10 dicas de visual e formatação para criar um modelo de curriculum caprichado

Completando a série de artigos sobre currículos iniciada na semana passada aqui no Efetividade.net, preparei um conjunto de dicas para evitar 10 erros comuns na edição e formatação de currículos.

Já vimos que nem sempre o candidato com o currículo mais caprichado leva vantagem na seleção para uma vaga de emprego ou estágio, mas é comum que aqueles que enviam um currículo desleixado ou incompleto acabem ficando para trás, porque as informações essenciais para a tomada da minha decisão acabam não estando tão acessíveis ou visíveis quanto deveriam - e isso certamente diz alguma coisa sobre o profissional que enviou aquele documento.

Devido às minhas atividades profissionais, eu analiso dezenas de currículos de profissionais da área de informática todos os anos, e muitas vezes tenho a desagradável tarefa de pré-selecionar exclusivamente pelo currículo pessoas para agendar entrevistas para as vagas mais disputadas, e quando isso acontece, a forma de apresentação do currículo é muito importante.

Um currículo caprichado pode fazer a diferença entre uma leitura atenta por parte do avaliador, ou uma simples análise apressada que classifica você como "mais um que copiou o modelo que saiu no jornal", e o coloca na pilha de descarte. Você não precisa ser um designer profissional para fazer um currículo caprichado - basta ter um pouco de bom senso, e usar bem os recursos que o seu editor de texto lhe coloca à disposição.

Leia também a primeira parte deste artigo, "10 dicas de conteúdo para criar um modelo de curriculum caprichado". Mas antes continue lendo as dicas abaixo, que foram selecionadas em diversas origens e complementadas com minha própria experiência na relutante condição de pré-avaliador de currículos. Ao final, veja também uma coleção de links para as fontes de informação que selecionei sobre o assunto.


O resumo da ópera é que ao mesmo tempo em que você deseja que seu conteúdo seja lido e entendido, você não quer correr o risco de ser visto como "mais um", ou que seu avaliador tenha a impressão de que você não se aplicou o suficiente na preparação do currículo. Mas você também não pode correr o risco de se destacar negativamente por cometer exageros na sua composição, ou por fazer com que a forma do currículo chame mais atenção do que o conteúdo. Vamos às dicas, que se concentram nos erros comuns que você deve evitar.

  • 1 - Não seja "mais um". Fuja dos modelos de currículo pré-fabricados e dos sites que preenchem os currículos automaticamente para você: você não deseja que o seu avaliador veja você como "mais um". Pelo contrário, você quer se destacar, e precisa fazer isso sem perder a linha. Não há problema em consultá-los, estudá-los ou mesmo em adotar algumas idéias deles, entretanto.
  • 2 - Não use papéis extravagantes. Se você deseja investir na qualidade do papel de seu currículo, escolha um papel de boa qualidade, mas branco, liso e em formato A4. Peça na papelaria por papel A4, gramatura 90 g/m2. Texturas, cores, marmorização e outros "diferenciais" nem sempre passam a mensagem que você gostaria que passassem.
  • 3 - Não inclua uma folha de rosto. É um currículo, e não um relatório escolar! Veja no artigo anterior (10 dicas de conteúdo para criar um modelo de curriculum caprichado) o que deve constar imediatamente na primeira folha do seu currículo.
  • 4 - Não desperdice esforços com uma capa ou envelope especiais. Não há nada de errado com eles, mas tende a ser esforço desperdiçado. A não ser que a empresa seja muito pequena, é provável que os currículos sejam recebidos por um setor de protocolo, repassados a alguém que vai colocá-los em uma pasta e só então entregues ao avaliador - e o seu envelope, capa ou invólucro especial têm enormes chances de irem para o lixo nas primeiras duas etapas.
  • 5 - Não use fontes Times New Roman, Comic Sans ou uma fonte extravagante. A primeira seria adequada (não há nada de errado com ela), mas como é a fonte padrão de vários editores de texto, tem grande chance de ajudar você a parecer "mais um". A segunda só é adequada para decorações de festas infantis. Escolha uma fonte clara, sóbria e com boa legibilidade. Experimente Arial, Georgia, Verdana. Minha preferida é Georgia 10 ou 11.
  • 6 - Nada de fontes microscópicas. Seu avaliador pode enxergar mal. Uma fonte bastante legível pode ser reduzida até no máximo 9 pontos. O ideal é não descer abaixo dos 10 pontos. Se a parte essencial do seu texto não couber na primeira página, não tente espremê-la reduzindo a fonte.
  • 7 - Use fontes em qualquer cor, desde que seja preto. O uso de fontes em cor cinza é um truque comum para reduzir o "peso" de uma página, mas existe um limite abaixo do qual ele prejudica a legibilidade. Prefira o preto, ou no máximo um cinza bem escuro (75% ou mais).
  • 8 - Sem decoração excessiva. Nada de desenhos, gravuras, ilustrações. Molduras e bordas também devem ser evitadas. Se for usar alguma cor (além do preto), limite-se a apenas uma, e apenas onde houver necessidade de destaque.
  • 9 - Fuja de papéis em formato estranho. Seu avaliador vai receber muitos currículos, e terá que guardá-los em um envelope ou pasta. Se o seu for muito grande, não vai caber. Se for muito pequeno, pode ficar solto, ou ficar entre 2 outros e nem ser lido. No Brasil, use sempre papel em formato A4.
  • 10 - Não imprima em formato paisagem. Ninguém quer virar o seu currículo de lado para ler, especialmente se ele estiver grampeado a vários outros, ou fixado em uma pasta. Arranje outras maneiras de ser diferente ;-)

Que outras dicas você acrescentaria a esta lista? Inclua nos comentários!

Referências e links para mais informação

7 dicas para o escritório doméstico ideal - das cadeiras ao cartão de visitas!

Cada vez mais pessoas trabalham a partir de casa, e esta é uma tendência que não deve diminuir. Pelo contrário, a nova organização da economia está indo cada vez mais nesta direção, e algumas pessoas começam a ser bastante bem-sucedidas nas suas atividades profissionais executadas parcial ou totalmente a partir de um escritório doméstico.

Mas um pouco de planejamento pode tornar o seu ambiente profissional doméstico muito mais efetivo, sem perder as vantagens de trabalhar dentro de casa. Veja abaixo 7 dicas para compor o escritório ideal na sua casa ou apartamento.

  • Defina o local. O ideal é que seja um ambiente isolado do restante da casa, bem iluminado, com acesso fácil (especialmente se você pode vir a receber clientes, parceiros ou fornecedores no seu escritório doméstico), e com a infra-estrutura necessária: energia elétrica, linha telefônica, etc. Como em tudo na vida, aqui também o foco é importante. Tratar a casa inteira como se fosse o seu escritório é receita de confusão e perda de produtividade, mesmo se você mora sozinho.


    Mini-arquivo de pastas suspensas

  • Organize espaço para armazenamento: no mínimo, você precisa de gavetas e de uma boa estrutura de arquivamento organizado de documentos e papéis em geral. Em qualquer papelaria você encontra arquivos de pastas suspensas "modelo econômico", que podem ser um bom primeiro passo. E não basta possuir: você tem que usar bem. Coloque etiquetas nas abas de todas as pastas, e guarde tudo na pasta certa imediatamente, sem deixar acumular em uma pilha. A melhor forma de garantir que isso ocorra é manter o arquivo sempre ao alcance de sua mão. Nas gavetas, você pode manter o material de escritório, equipamentos eletrônicos e outros itens que não precisam ficar sobre a sua mesa. Se você precisa de muito material de referência, prateleiras em um local conveniente também passam a ser essenciais. E um balcão (para a impressora, o arquivo e outros itens que precisam ficar expostos mas fora da sua mesa), de preferência conjugado a um armário fechado é o primeiro passo no caminho de um escritório doméstico completo. O que você não pode encontrar, você não pode usar - e em um escritório em casa, você não terá a quem culpar. Mantenha tudo organizado, etiquetado e limpo!
  • Escolha bons móveis de escritório: além do mobiliário específico para armazenamento, você precisará de móveis de escritório comuns, inclusive uma escrivaninha com gavetas (na hora de escolher, leve em conta o espaço disponível!), uma cadeira giratória e com rodas para facilitar a sua movimentação, pelo menos uma cadeira para seus interlocutores, um bom cesto de lixo, e um balcão que possa abrigar a impressora, fax, arquivo e a garrafa de café. Considere os aspectos ergonômicos, e ao escolher o local dos móveis, não coloque nada no seu próprio caminho: facilite seu deslocamento entre a mesa, o arquivo e a impressora, ou você perceberá que está deixando de imprimir, ou empilhando os papéis em cima da escrivaninha, para evitar ter de dar uma volta e chegar lá.


    Fone auricular

  • Invista em comunicações: Se você mora com mais pessoas, ter um número telefônico exclusivo para o escritório doméstico é essencial, e não custa caro. Certifique-se de ter uma secretária eletrônica ou correio de voz, para os momentos em que você não puder atender. O computador também não pode manter a linha ocupada, portanto um sistema de banda larga vem a calhar. Compre um aparelho telefônico com suporte a viva-voz ou um fone auricular - você vai trabalhar sozinho, ter as mãos livres é essencial.
  • Seja encontrável: Ainda que você não tenha um website completo, registrar um domínio com o nome da sua empresa ou o nome mais adequado à sua atividade, publicar nele uma página de contato e usar um e-mail baseado neste domínio, custa pouco e faz toda a diferença na hora de causar uma primeira boa impressão, ou de ajudar um cliente a lembrar como encontrá-lo. Registre também seu telefone, e-mail e URL em todas as listas telefônicas classificadas ("páginas amarelas") de sua cidade. Tenha cartões de visita e use todos os dias. Não imprima em casa: use serviços profissionais para isso. Diga neles quem você é, o que você faz, e como pode ser encontrado.
  • Cuidado com o computador: Um dos itens com maior impacto no orçamento. Use o mais adequado às suas necessidades, mas se você for comprar um só para isso, prefira um notebook econômico, ainda que não seja especialmente leve ou compacto: na maior parte do tempo você vai usá-lo na sua própria mesa. Compre e use uma corrente específica para fixar o notebook à mesa (à venda na maior parte das lojas de informática brasileiras), reduzindo o risco de furto. Exija suporte a redes sem fio, e o máximo de memória RAM que você puder adquirir.


    Multifuncional em ação

  • Escolha bem os periféricos: Se você ainda não tem impressora, provavelmente a melhor opção é partir diretamente para uma multifuncional, que além de imprimir com qualidade, serve também como scanner e copiadora (e às vezes fax). Contrate um plano de banda larga - ADSL, Cable modem ou similar. Faça cópias de segurança de todos os seus dados regularmente.

Claro que, se você não mora sozinho, a dica mais importante é: faça com que sua família compreenda e apóie a sua dedicação a atividades profissionais dentro de casa, e trate adequadamente o período em que você está no escritório.

Aproveite a oportunidade e compartilhe com os leitores as suas dicas!

GTD: Conheça um método eficaz de organização e produtividade pessoal que pode melhorar sua motivação e seus resultados

GTD é um método eficaz de organização e produtividade pessoal que pode melhorar sua motivação e seus resultados, e como tal já foi abordado diversas vezes aqui no Efetividade.net.

A metodologia GTD, ou Getting Things Done, foi descrita inicialmente no livro "Getting Things Done: The Art of Stress-Free Productivity", de David Allen. Os preceitos de Allen (veja um resumo deles na Wikipedia), baseados em idéias simples e relativamente fáceis de manter, por não dependerem de nenhuma técnica complexa nem de suporte tecnológico avançado, vêm ganhando adeptos no mundo todo, e inclusive me inspiraram a criar o Efetividade.net - embora eu esteja longe de ser um dos seguidores quase religiosos que seguem à risca os dogmas do "Culto de Allen" ;-)

Em compensação, após ter lido e estudado os 2 métodos recentes aparentemente mais populares no Brasil, acredito que quem está em busca de organização e produtividade pessoal está muito melhor nas mãos de David Allen e sua metodologia GTD do que se buscar ajuda da Franklin-Covey e seus "7 hábitos das pessoas muito eficazes", método que está muito mais próximo da escala da auto-ajuda.

As idéias de David Allen são realmente simples e fáceis de botar em prática, se baseando em uma premissa que qualquer um compreende sem esforço: nossa capacidade de ser produtivos é diretamente proporcional à nossa capacidade de deixar o trabalho fluir sem necessidade de intervenção consciente no gerenciamento da seqüência de tarefas. É preciso criar uma base de organização mental e do ambiente para poder atingir o patamar desejado de produtividade com menos stress, liberando o nosso potencial criativo.

E o método está longe de ser abstrato. Embora inclua "regras" como as que permitem escolher quais tarefas realizar imediatamente e quais adiar, ou como tratar a sua lista de atividades e projetos pendentes, ele também envolve aspectos bastante práticos, incluindo sugestões sobre qual a melhor forma de armazenar e classificar o oceano de papéis (contas, bilhetes, relatórios, etc.) em que nossas vidas flutuam, ou como usar um Palm ou o seu cliente de e-mail a seu favor, e não contra a sua produtividade.

Veja abaixo como se informar melhor (e em português) sobre os métodos e conceitos de produtividade pessoal e o ganho de motivação e desempenho que o método GTD pode trazer.

Para saber mais sobre GTD em português, recomendo a leitura da tradução mais recente do livro que descreve o método, que no Brasil recebeu o título de "A Arte de Fazer Acontecer", com o subtítulo de "Uma fórmula anti-stress para estabelecer prioridades e entregar soluções no prazo". O link é do Submarino, mas você deve encontrar o livro à venda em sua livraria preferida, já que é da editora Campus e foi publicado em 2005. São 224 páginas de tradução bem feita e fácil de ler, eu comprei (mesmo já tendo lido a versão em inglês anteriormente) e achei que valeu o investimento de R$ 39,00 (na época).

Se você já conhece o básico do GTD e quer dar o próximo passo, uma sugestão é ler também o novo livro do próprio David Allen, lançado nos EUA 2 anos depois do Getting Things Done com o sugestivo título de "Ready for Anything: 52 Productivity Principles for Work and Life". Eu recebi meu exemplar esta semana e ainda não li, mas acabei de ver que já saiu a tradução brasileira, com o título de "Gerencie sua mente, não seu tempo - 52 princípios do código da produtividade". Eu folheei o meu exemplar e percebi que os 52 princípios se concentram ao redor da idéia central do GTD: criar suportes confiáveis para não ter de ficar mantendo o estado de todas as pendências e tarefas constantemente na sua mente, procurar ativamente (e fechar) as pontas soltas, como ajustar o foco, etc. etc. As dicas e exemplos práticos continuam presentes, então estou recomendando a leitura também ;-)

Se você quiser saber mais sobre GTD sem gastar nada, uma boa dica é visitar a página do gtdbr, grupo de entusiastas que discutem, em português, "assuntos relacionados ao sistema de organização pessoal Getting Things Done - GTD - de David Allen". O grupo não se limita ao método GTD, falando também sobre produtividade e desenvolvimento pessoal e temas relacionados, usando principalmente GTD, mas não exclusivamente. Assuntos relacionados são bem vindos. Você pode visitar o arquivo de mensagens sem fazer parte do grupo, mas para enviar mensagens, ter acesso aos arquivos e outras vantagens, é necessário assinar (gratuitamente) a lista de discussão.

Outra dica é ler os diversos artigos sobre GTD já publicados aqui no próprio Efetividade.net, incluindo:

Entre outros. E muitos outros virão!

10 dicas de conteúdo para criar um modelo de curriculum caprichado

Criar o seu currículo profissional e mantê-lo atualizado é uma atividade que ajuda a visualizar o andamento da sua carreira, e pode fazer a diferença na hora em que você precisar concorrer com outras pessoas por uma vaga, principalmente quando houver pré-seleção (a partir dos currículos, sem chance de um contato adicional) para ver quem passará para a fase das entrevistas.

Devido às minhas atividades profissionais, eu analiso dezenas de currículos de profissionais da área de informática todos os anos, e sempre me impressiono como pessoas com tanta intimidade com o computador podem ter tão pouca noção sobre fazer um documento facilmente legível, compreensível e pesquisável. Muitas vezes tenho a desagradável tarefa de pré-selecionar exclusivamente pelo currículo pessoas para agendar entrevistas para as vagas mais disputadas, e quando isso acontece, a forma de apresentação do currículo é muito importante.

Ao contrário do que o candidato pode pensar, isso não significa que aquele que tem o currículo mais caprichado leva vantagem (embora indiretamente leve), mas sim que aqueles que enviam um currículo desleixado ou incompleto acabam ficando para trás, porque as informações essenciais para a tomada da minha decisão acabam não estando tão acessíveis quanto deveriam - e isso certamente diz alguma coisa sobre o profissional que enviou aquele documento.

As dicas abaixo falam sobre conteúdo e formatação, e foram construídas a partir de um conjunto de artigos disponíveis na Internet (referenciados ao final) e da minha própria experiência profissional. Elas não se aplicam tanto a currículos acadêmicos (Lattes e coisas assim), mas podem fazer a diferença crucial para você ser selecionado para a próxima vaga de emprego ou mesmo de estágio a que você for concorrer.

Você está lendo a parte 1, referente ao conteúdo do seu currículo. A parte 2, sobre o que fazer e o que evitar na formatação visual do currículo, também já está disponível, aqui mesmo no Efetividade.net.

Leia também: Entrevista de emprego: Como se sair bem

10 dicas de conteúdo para criar um modelo de curriculum caprichado

Quando alguém for analisar se deve ou não contratar você, ou chamar você para uma entrevista, existe um determinado conjunto de informação que essa pessoa precisa ter à mão - e cabe a você encontrar este ponto de equilíbrio, sem deixar faltar nenhum dado essencial, nem colocar informações desnecessárias que possam prejudicar a análise.


Siga as seguintes dicas:

1 - Nada de pressa. Prepare-se para dedicar algum tempo à tarefa de criar o seu currículo - ele não vai ficar pronto em 10 minutos, e certamente será um tempo bem empregado.

2 - Faça um diagnóstico. Procure se informar (no site da empresa, na imprensa ou de outra forma) sobre o que fazem as empresas para as quais você vai entregar o currículo, e que tipo de profissionais elas procuram. Escreva os currículos dando destaque às características que você tem e que se adequem ao perfil que a empresa deseja.

3 - Seja original. Para se inspirar, não há problema em ver modelos de currículos divulgados na imprensa ou em sites especializados, mas não os copie. Lembre-se que o seu avaliador provavelmente vai receber vários outros iguais a aquele modelo, e tudo o que você NÃO quer é ser apenas "mais um"

4 - Seja localizável. As informações de contato são essenciais. Elas devem vir no alto, em destaque, na primeira folha. Não procure ser mais extensivo do que o necessário: para a minha análise, basta ter o nome completo, telefone fixo, telefone celular e e-mail (todos devem estar atualizados e corretos). Informar múltiplos telefones fixos ou múltiplos e-mails deve ser evitado, a não ser que você tenha uma boa justificativa - o mínimo que se espera de um possível contratado é que ele consiga decidir qual o seu telefone e o seu e-mail de contato.

5 - Tenha um foco. Se você está procurando ao mesmo tempo uma colocação como professor de violão clássico e como programador web, faça um currículo separado para cada uma das vagas, sem misturar neles as aptidões tão diferentes entre si. Mas não tenha medo de mencionar (mas aí como nota adicional, sem destaque) no currículo para uma vaga técnica as suas aptidões artísticas ou humanas, ou vice-versa - as empresas não contratam robôs, e muitas vezes têm interesse em saber desde cedo como é a pessoa (e não apenas o profissional) que está contratando. O mesmo vale para atividades extra-curriculares, trabalhos voluntários e outros "extras".

6 - Seja claro, direto e verdadeiro. Um ponto essencial é incluir a informação correta e completa, de forma direta e concisa. Tentar mascarar informações que a empresa vá descobrir depois é um risco desnecessário, e pode levar a uma posterior avaliação negativa simplesmente pelo fato de você ter tentado.

7 - Escreva de maneira informal, mas corretamente. Leia e releia, remova os erros de ortografia e gramática. Pontue, acentue. Entregue para alguém revisar, e verifique inclusive os dados e números. A última coisa que você quer é que o seu telefone de contato esteja errado. A penúltima coisa que você quer é que a presença de erros de digitação levem o seu avaliador a acreditar que você não é zeloso, ou que escreve mal.

8 - Seja seletivo. Dificilmente o seu avaliador desejará saber onde você fez o pré-escolar, ou o estágio obrigatório para se formar no segundo grau. É provável que ele queira saber se você fez cursos de informática ou de formação profissional em alguma área, mas o número de vagas para as quais é relevante a informação de que você fez curso de piano quando tinha 12 anos é bastante limitado. Incluir este tipo de detalhe no currículo é praticamente uma confissão de que o candidato não tem nada de mais relevante para informar, ou que não tem discernimento do que é importante. Duas boas razões para sair da pilha dos currículos que serão chamados para a entrevista...

9 - Inclua o essencial. Em um bom currículo, não podem faltar as informações de contato atualizadas, uma caracterização sobre você (nome completo, data de nascimento, cidade onde mora, estado civil, se tem filhos) dados sobre as experiências profissionais recentes (empregos, estágios - incluindo período e atividade desempenhada em cada um deles, no mínimo), a formação acadêmica (com detalhes apenas sobre as mais relevantes), e outras atividades e fatos que possam ajudar a definir você como profissional: participação em cursos e eventos, atividades como instrutor, atividades comunitárias, domínio de idiomas, aptidões adicionais (exemplo: dirigir, ter carro próprio...) e outros itens, desde que sejam relevantes para a vaga pretendida!

10 - Capriche no visual. Claro que a parte mais importante do seu currículo é o conteúdo, mas você definitivamente não deseja causar má impressão. Imprima com capricho, e entregue originais (e não xerox) do seu currículo em cada empresa. Se você tiver que corrigir alguma coisa, simplesmente edite e imprima de novo, nada de alterar escrevendo com esferográfica sobre o seu original desatualizado. Lembre-se que se você caprichar, o seu currículo pode ser o primeiro contato que a empresa terá com você. Mas se você não caprichar, é provável que ele seja o último.

E lembre-se sempre: nada de excessos. A sabedoria está no equilíbrio!

Leia também: 10 dicas de visual e formatação para criar um modelo de curriculum caprichado, aqui mesmo no Efetividade.net.

O que tinha na minha mochila

Conforme informei anteontem, esvaziei a mochila e fiz uma lista de tudo o que estava dentro dela, no processo de migrar para uma mochila nova. Já tinha feito isso no ano passado, e descobri várias coisas que eu carregava diariamente sem precisar. É um bom exercício de efetividade, e eu convido vocês a fazerem o mesmo (e compartilhar suas listas!)


Conteúdo da mochila espalhado na mesa da cozinha

Veja abaixo a lista do que eu encontrei, o que foi mantido e o que foi retirado.

Antes de mais nada, uma foto um pouco mais de perto das bugigangas, mostrando detalhadamente a toalha da copa, estilo "casa da vó":


Quanta tralha!

Agora vamos à lista. Os itens riscados são os que não estão mais na mochila após a revisão. Segui a foto a partir do notebook, mais ou menos em sentido horário.

  • Notebook
  • O livro que estou lendo
  • HD externo USB com cabo xipófago xifópago
  • Leitor de cartões 8 em 1
  • Flanela para limpar tela do notebook
  • Porta-CDs com instalador do Ubuntu, um filme em DVD e alguns CDs virgens
  • Cabo ethernet
  • Extensor de cabo RJ-11
  • Cordão para crachá "Powered by Linux"
  • Mini-CD bootável do Damn Small Linux
  • Cabo USB universal (com adaptadores para todos os formatos comuns de conector) retrátil
  • Calculadora comum
  • Caderno moleskine sem pauta
  • Porta-cartões (com cartões de visita)
  • Chaves do carro
  • Treo
  • Swisscard lite (com led vermelho)
  • Tylenol
  • Dinheiro pro taxi e 1 cartão telefônico, pra emergências
  • 2 adesivos "Linux Inside", para evangelização on the road
  • Conector telefônico padrão telebrás, com 2 saídas RJ-11, para facilitar uso de Internet via linha telefônica em quartos de hotel
  • Bloco de anotações pequeno
  • Apontador laser para apresentações
  • 2 Canetas e 1 marcador permanente
  • 1 chave Philips
  • Lifedrive
  • Fone de ouvido
  • 2 pilhas recarregáveis

Agora as miudezas que estão ali em cima do Risque & Rabisque (o qual não estava na mochila):

  • Canivete
  • velocímetro da bicicleta
  • a caneta que uso com o Lifedrive
  • mosquetão pequeno
  • iluminador USB para o notebook
  • 1 dado de 20 faces, para decisões difíceis
  • 5 anilhas de amarrar cabos
  • pen drive de 1 GB
  • 1 moeda de 1000 cruzeiros, da década de 80
  • Certs
  • cadeado com chave
  • 1 tomada tipo "T", com conversor de 3 para 2 pinos
  • conversor de tomada de "pino chato" para "pino redondo"

Agora é a sua vez!

O que você carrega na sua mochila ou pasta?

Há pouco mais de um ano eu publiquei um inventário das coisas que carrego na minha mochila. O ano passou, o mundo girou, e hoje eu comprei uma mochila nova, o que vai me levar a migrar todo o conteúdo da mochila velha (que aliás ainda está em bom estado, é uma Targus com compartimento pra notebook de 14 e agüenta muito bem o tranco - qualquer dia escrevo um review dela aqui) para a nova - e é uma boa oportunidade para inventariar de novo.


O conteúdo da minha mochila em agosto de 2005

Aproveito para convidar os leitores a fazer o mesmo: tirar TUDO de dentro da mochila ou pasta, fazer uma lista do que estava lá, do que foi para o lixo e do que foi guardado em outro lugar. Aposto que 86,8% dos leitores vão notar que a mochila fica BEM mais leve depois dessa experiência.

Aqueles entre vocês que têm blogs podem postar o resultado (se possível acompanhado de uma foto) em seus próprios blogs e depois colocarem o link aqui nos comentários. Os desblogados podem postar as suas listas diretamente aqui nos comentários mesmo ;-)

Assim que eu fizer o transplante da mochila velha pra nova, eu publico a minha lista nova. Por enquanto, fique com a minha lista de 2005.

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