Como tomar notas com efetividade
Estamos no começo do semestre letivo, e esta é sempre uma boa hora para considerar maneiras de melhorar nossa capacidade de registrar informações para consulta futura, especialmente no que diz respeito a anotações de aula para referência ou para eventualmente estudar na hora da prova.
Tomar notas é uma necessidade diária
Felizmente já ultrapassei essa fase nas minhas atividades escolares, e hoje dificilmente tomo notas em aula pensando na prova. Mas tomo muitas notas em reuniões, ou mesmo nas aulas, para futura referência, para registro ou mesmo para identificar pendências e ações necessárias no futuro próximo.
Minhas ferramentas preferidas para registro de informações são a caneta e o papel, e demorei um pouco até encontrar os dois instrumentos aos quais melhor me adapto: uma caneta Grip Plus Ball que comprei na papelaria da esquina (e não encontro mais, espero que a tinta dela dure bastante) e um bloco Moleskine Reporter, encadernado na parte superior das folhas, o que facilita tomar notas segurando o bloco nas mãos.
O simples hábito de tomar notas, em si, já é um grande aliado da memorização e da capacidade de posteriormente recuperar a informação. Mas existem muitas formas de torná-lo mais eficiente e efetivo - e cada pessoa se adapta melhor a algumas delas. Em setembro de 2007, ao falar sobre as vantagens de usar um caderno para registrar suas anotações, descrevi o método Dave Terry, que se baseia em folhas numeradas e datadas, e canetas coloridas indicando significados diferentes para o texto escrito. Eu gosto, mas exige tanto esforço para preparação que pode acabar comprometendo a motivação de quem está começando.
E é por isso que hoje vou apresentar uma maneira bem mais simples de tomar notas estruturadas: o método Cornell, que se baseia na divisão da folha em 3 zonas, como indicado na ilustração abaixo.
A página da direita mostra as 3 áreas do método Cornell
Você pode separar as áreas usando uma régua, imprimir folhas de fichário já neste formato, ou mesmo disciplinar-se para usar as áreas mesmo sem traçar seus limites, em um caderno comum.
O funcionamento é simples: você toma as suas notas (registrando inclusive as suas dúvidas) na área azul de cada folha, tão resumidamente quanto possível, mas sem perder a clareza. Ao terminar, você preenche na área vermelha algumas palavras-chave e questão que correspondem ao que está anotado na área azul, e em seguida registra na área amarela um breve sumário do assunto (incluindo a data e local da aula, o tema, os pontos principais), para facilitar a localização posterior, ao folhear as páginas.
Além de o processo de indexação imediata aumentar a sua memorização, a forma como o método Cornell é estruturado tem uma vantagem extra no contexto escolar: na hora de estudar para a prova, você pode tapar a área azul com uma folha de papel, e aí procurar lembrar do conteúdo a partir das palavras-chave das outras duas áreas.
O Método Cornell de Anotações foi criado na década de 1950 por Walter Pauk, professor em Cornell. Ele escreveu um livro a respeito, na época, mas seu método só se popularizou na última década. A descrição na Wikipedia dá mais detalhes sobre os fundamentos educacionais envolvidos no seu sistema.
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