Multiplicando a utilidade da mesa de cabeceira

Hoje vou compartilhar com vocês uma pequena obsessão, e como - após anos tentando - eu a resolvi de uma forma que me satisfez.

Se você tem uma série de itens que ficam dispostos ao seu alcance enquanto você dorme, é possível que você passe pela mesma dificuldade pela qual eu passo: encontrá-las no meio da noite sem acender nenhuma luz.

Como estes itens se misturam a outros que estão lá por outros motivos, as movimentações na penumbra (especialmente quando você não está TÃO acordado assim), tatear para encontrar o óculos, o antibiótico que terá que ser tomado às 3 da madruga, o controle remoto do condicionador de ar ou qualquer outro item do seu interesse, sem derrubar o abajur nem o copo d'água, às vezes pode ser uma chatice pela qual você passa várias vezes por mês mas no dia seguinte não lembra de tomar uma ação para prevenir a próxima ocorrência.

Existem várias soluções para a situação acima, sendo que a mais simples é totalmente indesejada para mim: tornar o quarto menos escuro. Acender uma luz no meio da noite enquanto estou deitado (mesmo que seja uma discreta luminária de led) ou mantê-la sempre acesa (mesmo que seja o mostrador de um rádio-relógio ou uma fresta desnecessária na cortina) é o oposto do que eu procuro.

A alternativa que eu tentei durante anos, embora leve a uma frustração quase obsessivo-compulsiva quando alguém, ao arrumar o quarto, não a mantém, é estabelecer um canto certo para cada coisa na mesa de cabeceira: um para o óculos, outro para o controle do AC (que recebeu uma fitinha fosforescente pra ajudar), outro para o relógio ou telefone, e o outro, mais distante, para o copo d'água ou o eventual remédio da madrugada. Só que, além da possibilidade de alguém "arrumar"e eu não notar, ocupar primeiro os cantos reduz bastante a utilidade de um tampo tão pequeno quanto o do criado-mudo.

Entra em cena o porta-controles

O embrião da solução já estava aqui em casa há anos, mas na sala: o porta-controle, com 4 compartimentos: dá certinho para designar um para o óculos, outro para o controle do AC (que se sente em casa em um porta-controles), outro para o relógio ou telefone, e ainda sobra um pro eventual antibiótico da madrugada.

É só deixar no canto mais perto da cama, seguir sempre as posições alocadas para cada utensílio noturno, e pronto: fica fácil encontrá-los até com os olhos fechados e funcionando no piloto automático, sem derrubar o abajur nem o copo d'água.

Funcionou durante anos, apesar das ocasionais incursões da faxineira, com a sua típica síndrome da reordenação doméstica. Se você tem a mesma demanda, recomendo! Dá até para prender com um bom adesivo, a algum dos cantos dele, uma lanterninha de led dessas de chaveiro, e dispor de iluminação também sempre ao seu alcance, para quando a necessidade de encontrar alguma coisa for atípica.

Indo além: assaltando a poltrona

Há algumas semanas, após ver a dica em um site sobre apartamentos (infelizmente não guardei o link para referenciar), eu dei um passo além nesta forma de organização: sequestrei um porta-controle de pano, feito para colocar no braço de poltronas e sofás, e o reposicionei na lateral da minha cama, próximo ao criado mudo.

No meu caso a cama é box, e o prendi entre os 2 níveis de colchão. Em uma cama tradicional, ele pode ser preso à estrutura, ou mesmo ficar ancorado entre o colchão e o estrado (mas meça antes, para ver se não vai arrastar no chão).

Como o óculos é delicado, o compartimento escolhido para ele foi o mais próximo da cabeceira e ganhou um reforço de alumínio, para garantir sua sobrevivência no caso de uma canelada acidental. O controle e o relógio são mais resistentes e não precisam deste cuidado extra.

E como o Lifehacker observou no final de semana, estes porta-controles de poltrona geralmente são revisteiros também, e no compartimento das revistas dá para largar, antes de dormir, o seu tablet, notebook ou mesmo a leitura de papel que você estiver lendo na cama, se for seu hábito.

Acabei descobrindo que existem soluções comerciais voltadas exclusivamente ao uso na cabeceira há anos, e algumas me parecem um pouco exageradas - parecem mais uma mochila. Mas o porta-controles/revisteiro que eu já tinha na sala me atendeu bem, e recomendo!

Aí o tampo do criado-mudo fica mais disponível para soluções governadas pela estética, e a faxineira vai até mesmo poder colocar nele uma toalhinha e um enfeite, que eu não vou ver como um risco adicional de derrubar tudo de madrugada ;-)

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