O poder do hábito

O leitor Cícero Morais enviou uma mensagem descrevendo como aproveitou o tempo em que teve de aguardar na sala de espera de um cliente para escrever um pequeno artigo sobre o poder dos hábitos.

Selecionei um trecho:

O hábito é um dos elementos mais importantes para a aprendizagem, pois ele transforma o ato de aprender em parte de nosso dia-a-dia. Aprender também é viver o objetivo didático.

Veja o seguinte... aquela situação, quando sentamos confortavelmente no sofá frente a televisão e o programa nos chama a atenção. Aos poucos o sofá fica quentinho, os músculos relaxam e o intervalo comercial chega. Daí você percebe que o controle remoto não está a mão, olha para a mesinha de centro e lá está ele. A indolência (para não dizer preguiça) toma conta de nosso ser agradavelmente, fazendo-nos ignorar a tediosa grade de comerciais, e refestelamo-nos deliciosamente esperando que eles acabem.

Não é estranho isso? Poxa vida, o controle está a menos de dois passos... por que nos comportamos assim a vezes? Simples...

Nós somos cativos da inércia.

Se ficamos parados por um tempo tendemos a relaxar. É delicioso às vezes não fazer nada, ficar num lugar quentinho, protegidos e sem dores de cabeças para gerenciar.

Leia o texto completo: O poder do hábito, por Cícero Morais.

Organização doméstica e no escritório: combata excessos nas gavetas, estantes e outros acumuladores

As coisas estão sempre tramando contra a sua organização doméstica e pessoal.

Coisas são aqueles objetos, tarefas, documentos e outros itens que estão ali, ocupando espaço, mas você não tem consciência exata de por que eles estão ali, como podem ser úteis, ou qual deve ser a sua próxima ação com relação a eles. Quando você sabe o que são e para que servem, eles deixam de ser estas entidades genéricas e inimigas da organização, e passam a ser ferramentas e aliados úteis.

Na primavera a natureza se renova, e é um bom momento também para uma boa reorganização, reduzindo o império das coisas e passando a saber o que há nos seus armários, gavetas e outros acumuladores de objetos.

O Productivity501 publicou um artigo dando dicas sobre como realizar esta reorganização, e vamos discutir algumas delas, abaixo. Conto com vocês para as usuais complementações nos comentários!

Organização doméstica e pessoal: Dicas para redução da bagunça

Considerando a definição de coisas, conforme exposto acima, você pode facilmente concluir que quanto mais coisas você tem, maior a dificuldade para encontrar alguma ferramenta ou objeto útil em meio a elas.

Por isso, o artigo Simple Stuff Reduction Tips explica várias formas de se livrar destas coisas. Vamos ver algumas delas:

  • Limpando os chaveiros: você deve ter chaves que usa poucas vezes por ano, ou chaves que nem mesmo lembra para que servem. Retire-as do chaveiro que usa diariamente, e se possível separe suas chaves entre vários chaveiros: as chaves do trabalho, da casa de praia, da sua casa, do carro, da bicicleta, etc. devem ser agrupadas e guardadas de acordo com o uso.
  • Embaralhando os cartões: sua carteira tem 3 cartões de crédito, 5 cartões de afiliados, 1 cartão de seguro do carro, outro do plano de saúde, 2 de companhias aéreas e mais 3 que você nem lembra do que são? Hora de avaliar a real necessidade de andar com todos eles o tempo todo, ou de mantê-los fora da carteira - por exemplo, em um porta-cartões no porta-luvas do carro, ou na mochila - e não sempre no seu bolso.
  • Tem luvas no Porta-luvas? Por falar no porta-luvas, o que tem lá dentro? Documentos vencidos? Balas derretidas? Fusíveis queimados e peças quebradas que você nunca jogou fora? Limpe e deixe espaço para algo útil!
  • Armário de remédios: eu apostaria que mais de 80% dos leitores que possuem um armário de remédios encontrarão vários itens fora do prazo de validade, ou mesmo vazios (ou sem conteúdo suficiente para ser útil) lá dentro. Medicamentos fora do prazo de validade são perigosos, e não devem ser doados nem guardados - precisam ser jogados fora, e com cuidado especial ao fazê-lo. Aproveite e anote os itens que estão faltando, para comprar na próxima visita à farmácia.
  • Moedas: provavelmente há uma grande quantidade de moedas espalhadas nas gavetas, armários, bolsos e outros cantos. Agregue-as em um local central, e depois coloque-as novamente em circulação! Eu às vezes dôo as minhas para alguma instituição, mas também já as depositei no banco, já troquei em um restaurante amigo (eles adoram), e separo algumas de R$ 1 em um pote perto da porta para entregar para os entregadores de refeições (em valor proporcional ao preço da pizza que estiverem entregando) quando eles chegam realmente rápido - avisando a eles sobre a razão, o que aumenta a chance de que eles cheguem rápido na próxima vez. Funciona muito bem, quando peço dos mesmos restaurantes regularmente.

O artigo tem várias outras categorias e dicas, vale a leitura. Mas quero saber suas dicas também, compartilhe nos comentários ;-)

Emagrecer: Como perder peso de verdade, parte 1 - aprenda a gostar dos exercícios

Como emagrecer? Dietas, programas, contagem de calorias, exercícios... As abordagens para perder peso ou emagrecer variam muito, mas todos sabemos que a maior parte das pessoas que recorrem a elas acabam falhando. E fora nos poucos casos em que o insucesso é causado por más escolhas de dietas, o que impede a maioria das pessoas de concluir seu esforço de emagrecimento é a desistência devido à dificuldade de resistir a tentações ou mudar seus hábitos.

Qualquer pessoa com senso prático poderá lhe dizer que há duas abordagens básicas para perder peso de forma natural: alimentar-se de forma controlada ou fazer exercícios. Nosso artigo de hoje é sobre a segunda forma, uma prática natural e saudável de manter-se em forma e viver mais, além de ser bastante eficaz para perder a barriga.

Mas por que é tão difícil adaptar-se a uma rotina de exercícios? Simples: porque é difícil modificar hábitos, ainda mais quando a modificação exige voluntariamente realizar mais esforços ou privar-se de algo. Para fazer exercícios regularmente e isto valer a pena no sentido do emagrecimento, é necessário abrir mão do tempo que você anteriormente dedicaria a outras atividades, eventualmente expondo-se fora de forma a outros praticantes na academia ou mesmo na rua, e depois ainda resistir à tentação de comer um cachorro quente no capricho e tomar uma coca-cola geladinha ao final das seqüências.

Claro que sempre há algo que podemos fazer para aumentar as chances de a iniciativa ter sucesso - e é bom lembrar que se não for contínua, a nova rotina não alcançará nenhum resultado positivo. Assim, após consultar um médico, fisioterapeuta ou professor de educação física para identificar qual o melhor exercício para o seu caso, veja abaixo o que você pode fazer para aumentar as chances de o hábito "pegar".

Como gostar de fazer exercícios

Exceto no caso das pessoas extremamente disciplinadas, o hábito de fazer exercícios só vai "pegar" se você der um jeito de gostar do que faz. Eu gosto de pedalar, então tendo a recorrer a este tipo de exercício. Outras pessoas gostam de nadar, ou de correr, e podem aproveitar essa preferência para dar o pontapé inicial no novo hábito.

Mas mesmo se você não gosta de nenhum exercício em particular, as 13 dicas do artigo 13 Tips to Actually Enjoy Exercising podem lhe ajudar a gostar da nova rotina. Vamos discutir algumas delas:

  • Crie o hábito: nas primeiras semanas, você precisa se obrigar a cumprir um programa estabelecido: segunda, quarta e sexta, em tal horário, você estará correndo por 50 minutos, não importa se chove ou faz sol. Depois de o hábito estar estabelecido, você pode flexibilizar - mas se flexibilizar muito cedo, aumenta muito o risco de abandonar a rotina.
  • Encontre um colega: Ao combinar de fazer exercícios com mais pessoas, a motivação aumenta, ocorre o apoio mútuo, e fica bem menos tedioso, especialmente no início. Mas escolha bem, caso contrário o tiro pode sair pela culatra!
  • Fixe metas: Mas não as baseie no resultado (como o nível de perda de peso ou de ganho de músculos, por exemplo), e sim no processo em si: quantas vezes por semana praticar, quanto tempo correr, quantos quilômetros percorrer, quanto peso erguer, etc. Estabeleça recompensas para si próprio ao alcançar as metas. As metas estimulam a prosseguir, e você logo estará concorrendo contra si mesmo, de maneira positiva, para quebrar seus índices anteriores.
  • Registre indicadores: Não adianta ter metas se você não registrar seus resultados diários. Anote tudo sempre, de preferência no mesmo papel (ou planilha) em que registrou quais são as metas.
  • Defina o nível certo: Não se exercite tanto a ponto de se prejudicar, e nem fique em um nível fácil demais. Como em qualquer sistema de motivação, as metas devem ser desafiadoras, mas alcançáveis. Vá elevando-as ao longo do tempo, sem pressa para chegar ao nível olímpico ;-)
  • Varie: não desista de fazer exercícios só porque você não suporta a academia. Troque de academia, pratique um esporte, experimente algo ao ar livre, em equipe, com equipamentos... Há muitas opções.
  • Equipamentos são recompensas: Não compre os melhores equipamentos logo na primeira semana. Se você tem os recursos para comprá-los, comece com os que já tiver à mão, e combine consigo mesmo ir comprando os melhores conforme for superando determinadas metas. Você irá perceber que dá mais vontade de alcançar logo a marca de 12km diários para "poder" comprar o ténis novo, ou um MP3 player especial para esportistas.
  • Crie o tempo: é muito fácil encontrar desculpas para não ter tempo de fazer exercícios. Você precisa definir suas prioridades e viver de acordo com elas!

Eu já precisei perder 12kg, e consegui me livrar deles em 3 meses e meio com base principalmente em bicicleta e skate. O velocímetro da bicicleta acabou se tornando um grande adversário que eu precisava vencer todos os dias, e ter metas diárias e semanais de percurso e de ganho em desempenho ajudou bastante.

Isso foi há alguns anos, e hoje estou precisando perder peso de novo, o que acabou me levando a escrever este artigo. Mas prometi a mim mesmo que só o escreveria após colocar a bicicleta em condições de uso, e já o fiz ;-) Se eu conseguir me motivar a prosseguir, depois atualizo vocês sobre os progressos.

E você? Quais as suas dicas para manter a motivação do hábito de se exercitar para perder peso?

Parcerias com blogs: "Tio, me dá um link?"

Cada vez mais autores de blogs tentam conseguir que outros sites publiquem links para eles usando a estratégia errada. Veja como isso acontece, e de que forma obter links para seu site sem cair nos mesmos problemas.

Devido ao entendimento precário sobre como funciona a geração de valor na web, parece ser crescente a tendência de novos participantes tentarem alcançar seu lugar ao sol por meio de propostas de trocas de links, chamadas (em geral impropriamente) de parcerias, na intenção de melhorar seu posicionamento em sites de busca, com base em seu entendimento de como funcionam as técnicas de SEO (otimização para sites de busca).

A busca de obter links relevantes é algo muito importante para o desenvolvimento da audiência de um blog ou site. Se os seus planos incluem a busca da audiência, é normal desejar e mesmo procurar ativamente obter estes links. Mas isto não é a primeira atividade a que você deve se dedicar, e nem mesmo a mais importante.

Antes de pensar em buscar ter links, você precisa ter outras coisas, entre as quais se destaca o conteúdo ou o serviço prestado. Original, relevante e correto, sobre um assunto que possa interessar à sua audiência, mesmo que ela ainda não saiba disso.

Tem sido comum a busca por um atalho neste caminho, na forma de uma mensagem a autores de outros blogs, pedindo o apoio na divulgação, na forma da inclusão de um link para o blog do pedinte, na barra lateral ou no rodapé. Não há nada de errado em pedir, mas em geral estas mensagens compartilham algum dos problemas a seguir:

  • O seu blog ainda não tem conteúdo, ou este não é original, relevante ou atualizado.
  • O assunto do seu blog não tem relacionamento claro com o público do site para o qual se pede o link.
  • A sua proposta não oferece nenhuma vantagem clara para o público do site para o qual se pede o link.
  • Mesmo assim, você inclui a oferta de alguma contrapartida cujo valor para o público do site para o qual se pede o link é negligível ou mesmo inexistente - por exemplo, a inclusão de um link em retribuição.
  • A mensagem é enviada em massa, para diversos sites, sem acrescentar nada que indique que você se deu a qualquer trabalho que não fosse obter uma lista de endereços de sites e compor uma mensagem genérica.
  • Além de ser enviada em massa, a mensagem é disfarçada para parecer que é pessoal ou individual.

Oferecer links a outros sites interessantes é algo que todo site faz com prazer, ou pelo menos deveria. Mas antes de pedir os links, você precisa garantir que o seu site *é* interessante, e dar um jeito de comunicar ao autor do site no qual deseja um link qual o motivo pelo qual isto será interessante para os seus leitores, ou para ele mesmo.

Claro que há um Ardil-22 nisto tudo - mas ele funciona a seu favor. Basicamente, se você caprichar o suficiente no seu conteúdo, você nem mesmo precisará pedir muitos links - outros autores que começarem a conhecer o seu trabalho vão escrever recomendando algum texto seu, e nem se darão ao trabalho de lhe avisar. O oposto também é verdade: se o seu conteúdo é desinteressante, o esforço para obter links será infindável e inefetivo.

Mas se você quer obter um atalho, e se deu ao trabalho de ler até aqui, vou dar uma dica: encontre quais são os principais sites no seu nicho ou assunto, escreva alguns artigos *caprichados* que complementem material que eles tenham publicado recentemente sem esgotar, publique em seu blog, e os notifique, pedindo que ajudem a divulgar este conteúdo. Se o seu conteúdo for bom, o atalho tende a funcionar bem!

Gerenciamento de Projetos: uma versão "light" para aplicar em pequenos projetos

Você também associa Gerenciamento de Projetos à construção de plataformas de petróleo e à pesquisa espacial? Não deveria se restringir a isso, mas aparentemente esta é a imagem que a maioria dos livros e professores sobre o tema incutem de forma mais vívida na memória de seu público.

Os podcasts semanais do Ricardo Vargas, autor conhecido no âmbito do Gerenciamento de Projetos no Brasil, vêm se tornando uma fonte constante de material para o Efetividade.net, mas a razão é simples: a sua visão prática e (por que não dizer?) efetiva do gerenciamento de projetos combina muito bem com a linha adotada pelo site.

Na edição desta semana, ele tratou da questão do gerenciamento de pequenos projetos, na forma normalmente encontrada em micro e pequenas empresas, mas também nos projetos individuais. Ou seja: gerenciamento de projetos não é uma disciplina a ser aplicada só nas áreas em que os insumos chegam em containers e os produtos lotam navios.

O tema da edição pega um gancho em uma discussão recente na lista PMISP_PMO, do Grupo de Estudos Técnicos em PMO do capítulo paulista do PMI, que versou exatamente sobre gerenciamento de projetos "light". Na discussão por e-mail sobre se era válido ou não adaptar as melhores práticas de gerenciamento de projetos aos casos de pequeno porte, adotando um "modelo light", o Prof. Ângelo Valle, presidente do PMI carioca, sintetizou: "Sim. Você tem o direito de pensar livremente, usando as suas próprias palavras. Você pode usar as planilhas e ferramentas que quiser. Devemos entender o Guia PMBOK como Guia e não camisa-de-força."

Você pode ouvir o podcast em seu site oficial, que exige cadastramento prévio. Mas o Prof. Ricardo Vargas gentilmente autorizou a disponibilização do arquivo para download direto, portanto se preferir você pode ir baixando a versão disponibilizada pelo Efetividade.net (MP3 zipado, 5 minutos de duração de áudio) enquanto continua lendo o texto, abaixo ;-)

Gerenciamento de projetos de pequeno porte: como adaptar?

Ainda na discussão na lista do PMISP_PMO, Gerhard Tekes expôs de forma bastante didática a fundamentação que justifica a adaptação dos processos de Gerenciamento de Projetos às necessidades específicas do contexto das pequenas organizações:

"Você não estará ferindo princípios. Ao contrário. O PMBOK se entende como guia para o corpo de conhecimento e não como modelo ou framework. Trata se de processos que representam as melhores práticas na maioria dos projetos, na maioria das vezes na maioria das organizações.

Você sempre deve adaptar o conjunto na sua aplicação, intensidade e rigor às necessidades do projeto. Isso inclusive é a principal função dos processos de Integração. Isso se chama na literatura muitas vezes “Tailoring”.

E como se faz esta adaptação? É aí que entra o conteúdo do podcast do Ricardo Vargas em si. Segundo ele, o Gerenciamento de Projetos é conceitual, a base é entender a forma como você trabalha. Nas pequenas empresas e nos projetos individuais, há menos pessoas envolvidas, menos dinheiro, menos insumos e escopo menor. Essa situação justifica insistir em aplicar os 44 processos do PMBOK?

Geralmente não, mas uma saída melhor do que simplesmente deixar de gerenciar os projetos é passar a gerenciá-los de forma "light". Por exemplo: se o projeto não for lidar com aquisições, já são 6 processos a menos. Se puder dispensar o gerenciamento de risco, ou fazê-lo apenas de forma simplificada (ele explica um exemplo no áudio), já corta mais alguns dos aspectos mais complexos das melhores práticas do PMBOK também.

Há mais um detalhe importante: muitas vezes você acaba sendo ao mesmo tempo o gerente do projeto, o único executor e o patrocinador, o que pode reduzir as necessidades de gerenciamento de comunicação, recursos, as iniciativas de motivação (que você terá que fazer, mas de outras formas), e mais.

Mas ele alerta de forma bem clara: a proposta é enxugar, e não suprimir. Não corte todos os 44 processos, reduza-os a 15 ou 20 (cortando ou aglutinando) conforme a sua necessidade, e use-os bem. Se for o caso, agregue o termo de abertura com a declaração de escopo. Capriche na EAP (Estrutura Analítica do Projeto), faça um bom cronograma, mesmo que simples, pense na alocação de recursos, considere se vale a pena colocar os custos em uma planilha, avalie que tipo de atenção dar ao gerenciamento dos riscos. Ele chama bastante atenção para a questão da definição do escopo, que pode ser a chave para a conclusão ou o sucesso até dos menores projetos.

De forma bastante pragmática, ele conclui: nas microempresas, o gerenciamento precisa ser Fácil, Prático e Direto - senão o custo de fazer o gerenciamento acaba não sendo justificado pelo objeto gerenciado.

Dica extra

Pretendo voltar mais freqüentemente ao tema do gerenciamento de projetos aqui no Efetividade, e aos poucos vou esmiuçar e detalhar vários aspectos que hoje não detalhei e que possivelmente só fazem sentido para aqueles leitores que já tiveram alguma exposição formal ao PMBOK ou a algum outro enfoque sobre o assunto.

Mas para aqueles que querem ir se adiantando, e não fazem questão da ortodoxia das literaturas disponibilizadas pelo próprio PMI, sugiro 2 livros que eu li e venho recomendando a colegas que estão ingressando em ambientes orientados a projetos, ambos de autoria do mesmo Ricardo Vargas que nos forneceu o tema do artigo que você está lendo.

Gerenciamento de Projetos: Estabelecendo Diferenciais Competitivos, 6a. edição: é um "livrão", em formato típico de material escolar (bastante apropriado) que em suas 276 páginas apresenta um panorama geral (e bem prático) do gerenciamento de projetos. Vai desde os conceitos até a aplicação, bom como primeiro livro ou material introdutório.

Manual Prático do Plano de Projeto, 3a. edição: também em formato grande, traz em suas 232 páginas os modelos de documentos de projetos, desde o termo de abertura ("project charter") até o término dos processos previstos no PMBOK. Além de trazer os modelos, ele traz ainda exemplos de preenchimento para um projeto fictício, e inclui um CD-ROM com os arquivos correspondentes. Não é um bom primeiro livro, porque as explicações e conceitos são bem mais superficiais, mas pode ajudar bastante na prática dos projetos.

Procure ambos na biblioteca ou na sua livraria preferida, folheie e verifique se vale a pena comprar. Eu comprei o primeiro, e estou considerando seriamente comprar também o meu próprio exemplar do segundo.

Como enviar cartas para um amigo deficiente visual: Central Braile dos Correios

Braille é um sistema de leitura com o tato para cegos inventado pelo francês Louis Braille. O sistema Braille é um alfabeto convencional cujos caracteres se indicam por pontos em relevo, o deficiente visual distingue por meio do tato. A partir dos seis pontos salientes, é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, algarismos, sinais algébricos e notas musicais. Um cego experiente pode ler mais de duzentas palavras por minuto usando o método. Em português, aceita-se também o substantivo braile para se referir ao método inventado pelo genial Braille.

Segundo notícia do site dos Correios, recentemente os cegos do Brasil passaram a dispor de um serviço postal pioneiro que lhes permite comunicar-se, por escrito, com as pessoas que enxergam. O Ministério das Comunicações e a Diretoria Regional dos Correios de Minas Gerais perceberam a importância e a necessidade de se criar o Serviço Postal Braille, que representa grande avanço na luta pela socialização dos deficientes visuais. A iniciativa valoriza a comunicação, divulgando e ampliando o acesso ao Braille - instrumento que permite ao cego ser mais cidadão.

A transcrição é realizada pela recém-inaugurada Central de Braile dos Correios, e pode ocorrer em ambos os sentidos (tinta para braile e braile para tinta). Ela inicia suas atividades com capacidade de transcrição de 1000 mensagens por mês.

Se você tem um amigo, colega ou parente deficiente visual, poder enviar material por escrito para ele - desde um cartão de felicitações até uma carta contando como vai a família distante - pode ser uma gentileza rara e inesperada. Se você estiver interessado, basta enviar sua correspondência para a Central, que se encarrega da transcrição e em seguida encaminha ao destinatário. O serviço é gratuito, assim como o envio para a central de transcrições. Apenas é cobrado o valor da postagem para o destino desejado, ou seja, o mesmo valor de uma correspondência normal.

As correspondências a serem transcritas deverão ser enviadas a partir de qualquer agência dos Correios de todo o Brasil, para o seguinte endereço: Av. Afonso Pena, 1270 - sala 202 - Belo Horizonte/MG - Cep 30130-971 - Central de Braile dos Correios. Peça orientação no balcão de sua agência!

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