Como arrumar malas, em 10 dicas simples

Arrumar a mala para viagens é sempre um desafio, mas com um pouco de planejamento e o aprendizado que nasce das experiências compartilhadas por viajantes do mundo todo, pode ficar bem mais fácil!

Preparei 10 dicas efetivas para arrumar sua próxima mala para que fique mais leve e sobre espaço para trazer as lembranças na volta ツ

Na semana passada tive oportunidade de ajudar (pelo @efetividadeblog) uma mãe a arrumar as malas de uma viagem de 10 dias para a família inteira, e o fiz em menos de 140 caracteres ツ A dica que transmiti a ela (sobre o que fazer em viagens acima de 1 semana) está incluída na lista a seguir!

Como arrumar malas

Dividir para conquistar. Se for viajar acompanhado, prefira ter malas separadas por pessoa, mas divida um pequeno conjunto (bem escolhido) de roupas de cada viajante entre as malas dos demais. Assim, se uma das malas se extraviar ou atrasar, ninguém vai ficar completamente desguarnecido. Se for viajar sozinho, adapte a dica: tente levar uma muda das roupas essenciais na sua bagagem de mão.

Limite de prazo. O viajante previdente leva roupas suficientes para uma semana ou para a duração da viagem mais 2 dias, o que for mais curto. Nas viagens de mais de uma semana, geralmente vale a pena planejar usar os serviços das lavanderias do seu caminho. Além disso, se você escolher bem, várias peças de roupa podem ser lavadas no banheiro do hotel e secam no quarto – procure no supermercado ou em uma loja de conveniência por um detergente líquido para lavagem de roupas, e leve consigo um cordão resistente e alguns prendedores.

Identifique e preserve. Pode haver malas iguais à sua em cada esteira de aeroporto e saguão de hotel. Para casos de extravio ou confusão, identifique-a de forma clara e evidente, por dentro e por fora, com seu telefone, pessoa de contato em casa, nome do hotel em que vai se hospedar no próximo destino e período. Coloque um item de cor vibrante (por exemplo, uma fita ou adesivo) preso nas alças para chamar a atenção na hora em que alguém esteja prestes a pegá-la por engano na esteira.

Nada de sapato novo na bagagem! Quem viaja sempre pode ter de caminhar mais do que planejou, e vai valorizar um sapato confortável, já amaciado. E vale a pena levar meias extras, para não ter de terminar um dia com meias molhadas após uma chuva inesperada!

Casacos divididos. Se for para um lugar um pouco mais frio, não leve o casaco mais pesado do seu guarda-roupa. No lugar dele, leve 2 casacos, um mais fino e outro um pouco mais pesado, que você possa usar separadamente (escolhendo o melhor para a temperatura de cada dia) ou em conjunto quando o frio realmente "pegar".

Registre o recheio. Faça uma lista e tire uma foto do conteúdo da mala, para facilitar a conferência na hora de arrumá-la para a volta, para ajudar a compor o álbum da viagem (se for turismo) e para ajudar a documentar a reclamação em caso de extravio. E se você guardá-las, a lista e a foto podem ajudar na hora de arrumar a mala da sua próxima viagem!

Não despache o que não deve. Aparelhos eletrônicos e objetos sensíveis devem ir todos na bagagem de mão, exceto se o regulamento não permitir. Mas verifique antes as normas aplicáveis a todos os trechos dos vôos, porque se você tentar embarcar com algum item restrito, o responsável pela inspeção geralmente dá 2 opções: abandonar o objeto irregular, ou sair da fila e ir até o balcão da companhia para despachar.

Planeje para o transporte. Atenção para o peso da bagagem, para a segurança dos fechos dela, e para a possibilidade de abrir e fechar a mala a qualquer momento sem traumas. Você vai carregá-la para cima e para baixo (sem recorrer a rodinhas, no caso das escadas e das calçadas menos regulares), e terá que lidar com o problema caso o zíper arrebente ou trave, ou se algum órgão de fiscalização resolver abri-la na sua presença.

Não exagere na lotação da mala. As companhias aéreas podem cobrar o sobrepeso, o zíper pode não aguentar, e você terá que fazer muito mais força. Se for essencial levar tudo o que você separou, mas não está cabendo na mala com facilidade, não use truques – repense o conteúdo (solução ideal), pegue uma mala maior, ou uma segunda mala.

A pequena checklist de malas de viagem do Efetividade.net: não esqueça de verificar se você vai precisar de: pilhas e carregadores para tudo o que for eletrônico, câmeras, cartões de memória, cabos, um baralho, um livro bom e leve, bloco e caneta, cartões de visitas, telefone celular, lanterna, canivete, informações sobre câmbio, hotel, passagens e aluguel de carro, documentos e cópias, dinheiro, ferro de passar e secador de cabelo (se você não vive sem), pente, escova de dentes, barbeador, desodorante, óculos escuros, capa de chuva ou guarda-chuva compactos, chaves, relógio com despertador, transformadores, adaptadores de tomadas, extensões, ferramentas, roupas de dormir, roupas para compromissos profissionais, roupas de baixo, roupas de lazer, roupas de frio, roupas de praia, calçados.

Dica extra: para fazer caber, arrume a mala como os profissionais!

Como acordar cedo: aprenda já a obedecer seu despertador

Acordar cedo é uma necessidade comum e incômoda para muitos, e muitos artigos já foram escritos sobre como acordar cedo, geralmente tratando de aspectos de disciplina, a preparação na noite anterior, a hora certa de ir dormir, o que comer, etc.

São aspectos importantes e certamente falaremos deles no futuro, mas hoje vamos nos dedicar a um ponto extremamente importante que pode facilitar conseguir acordar cedo regularmente com bem menos sofrimento: aprender a obedecer o despertador.

Vamos assumir: é como se tivéssemos 2 personalidades, sendo que uma delas decididamente programa o despertador na noite anterior para o horário em que sabe que precisa acordar, e outra é aquela que ouve o despertador tocar e fica imaginando mil desculpas para apertar o botão Soneca indefinidas vezes, ou mesmo para adiar o compromisso da manhã e ficar na cama "só mais um pouquinho".

Existem tratamentos e tecnologias que tentam ajudar, mas um truque simples, como em quase todas as questões que envolvem disciplina para mudar um mau hábito, é reduzir o poder que esta segunda personalidade dorminhoca tem, condicionando o comportamento que deve ser executado quando o despertador toca pela manhã.

Acordar cedo: como fazer

Poucos de nós pensam claramente nos primeiros minutos após acordar, e assim nessa hora a tendência é atender aos instintos e desejos mais básicos: o conforto da cama, a necessidade de dormir.

Cabe, portanto, um condicionamento. Deixe o despertador a pelo menos 2m da cama e treine algumas vezes, quando bem acordado, e ao longo de alguns dias, programar o despertador para tocar em 3 ou 5 minutos, aí deitar na cama e procurar relaxar, levantando assim que o despertador tocar, e repetindo o processo mais algumas vezes, para começar a fixar o comportamento.

Nestes mesmos dias. quando for programar o despertador "de verdade", preferencialmente sempre para o mesmo horário (ao menos no primeiro mês, enquanto o hábito se forma), coloque-o para despertar no prazo final, e não em um horário anterior que permita apertar o botão soneca algumas vezes. No momento este botão é um inimigo do seu hábito.

Durante suas práticas, pratique também a sua primeira ação pós-desligamento do despertador. É importante que esta primeira ação ocorra fora do quarto e sem necessidade de decisão consciente. É a mesma todo dia, e afasta você da cama sem precisar pensar.

Esta primeira ação do dia deve ocorrer em um ambiente iluminado (mesmo que por luz artificial), e imediatamente conduzir a uma rotina fixa do tipo fazer um breve alongamento, a higiene matinal, botar para tocar músicas "de acordar", ligar o noticiário, tomar o café, vestir a roupa que já ficou preparada no dia anterior, olhar a agenda, o e-mail, etc. e enquanto você estiver formando o hábito deve ser efetuada sempre na mesma ordem, sem ter de decidir a cada dia.

Após um breve período de prática (que deve ocorrer tanto no seu horário real de despertar, quanto em "exercícios" quando você estiver acordado), o toque do despertador logo será associado a levantar da cama, sair do quarto e a uma primeira ação que conduz a uma série de outras, que você executará mesmo naquele estado de semi-consciência que caracteriza os minutos iniciais do dia de muitos de nós.

Para boa parte das pessoas, o hábito de acordar em um horário fixo, depois de firmado, também torna mais fácil pegar no sono na noite seguinte e o seu corpo o conduzirá ao horário certo de ir dormir, embora você deva ter cuidados especiais durante o período de adaptação, e consultar um profissional ou seu médico de confiança sempre que tiver dúvidas sobre sono e saúde!

Depois do hábito formado, você pode devolver o despertador à mesa de cabeceira e até mesmo variar o horário diário de acordar, sabendo que o toque no horário programado será o suficiente para fazer você levantar e colocar seu dia em movimento, bem antes de a primeira decisão consciente relevante do dia vir a ser necessária!

Home Office: como organizar seu ambiente de trabalho

Planejar a forma como o home office é posicionado e distribuído pode ser tão importante para a produtividade quanto escolher os equipamentos adequados

A organização pessoal se apoia em métodos e disciplina, mas depende também de uma estrutura física que a suporte. No caso de quem pode trabalhar em casa, este terceiro componente é especialmente importante, porque geralmente são pessoas que operam sem uma equipe presente, o que torna a eficiência do ambiente ainda mais crucial.

Claro que há espaço para adaptação dependendo do ambiente e do estilo – por exemplo, algumas pessoas preferem deixar o máximo de ferramentas à mão e à mostra, outras preferem deixar o ambiente mais clean.

E às vezes a escolha pode ser profundamente influenciada pelos gostos pessoais, pois a mesa de trabalho pode estar adornada por um belo livro raramente aberto, enquanto uma ferramenta de uso diário é feia e desajeitada, e você acaba preferindo "escondê-la" na primeira gaveta e tirá-la de lá todo dia.

Organizando como uma cabine de avião

A dica geral, que se aplica à maioria dos casos em que o home office está em um ambiente único mas deixa espaço para gostos e adaptações pessoais, já é uma velha conhecida: organizar o ambiente e a mesa de trabalho como se fosse a cabine do piloto de um avião.

Cockpit de um Airbus A340 em procedimento de pouso

No cockpit do piloto, apesar do (apenas aparente) excesso de instrumentos, tudo está organizado de acordo com a prioridade e o uso, ou seja:

  1. Cada item está ali por uma razão clara e objetiva
  2. O usuário sabe onde está cada um deles
  3. Itens com funcionalidade semelhante estão agrupados
  4. Os itens mais usados ou mais importantes estão mais próximos do foco
  5. Todos os demais itens podem ser alcançados sem dificuldade

A regra 5 é especialmente importante, porque trata de um erro comum: o Efetividade está no ar há cerca de 6 anos, e muitas vezes já repeti aqui o exemplo que observo na prática sobre o material de escritório: mesmo que você os use pouco, se o arquivo ou a lixeira estiverem a uma distância que exija levantar da escrivaninha para depositar algo, você acabará fazendo pilhas de papeis nas gavetas e sobre a mesa.

Ao organizar o escritório como uma cabine de avião, você começa identificando os itens mais importantes e mais usados, e posicionando-os no ponto focal de sua atenção. Ali será o centro de tudo, e os demais itens vão sendo posicionados ao redor, considerando uma escala de proximidade de acordo com a importância e frequência de uso.

Só o que é raramente usado pode ficar "escondido" em um armário difícil de alcançar ou exigindo levantar, e mesmo estes itens precisam ter um lugar certo, pois em um ambiente eficiente é inadmissível ter de sair procurando onde está um instrumento de trabalho no momento em que ele se fizer necessário.

Móveis de escritório para home office

Certos móveis para escritório são melhor adaptados a maximizar o aproveitamento, tais como mesas com tampo em “L”, gaveteiros embutidos, prateleiras suspensas sobre a mesa, e as cadeiras com rodinhas, que ampliam a sua noção intuitiva sobre o tamanho da área que está "ao alcance".

No meu caso pessoal, que é o de alguém cujo trabalho se concentra em escrever, o home office está instalado ao redor do computador de mesa. Próximos a ele estão a multifuncional e os materiais de escrita (papel e caneta são instrumentos importantes na minha rotina), bem como a bússola sem utilidade objetiva mas que me lembra constantemente de que devo seguir um caminho. Ao redor (mas ao alcance das mãos) estão a lixeira e o triturador, de um lado, e o gaveteiro/arquivo de pastas suspensas, do outro lado.

Com o tempo, acabei agregando um segundo gaveteiro baixo e pouco profundo, mas do comprimento da mesa, que fica recuado e exatamente sob o seu tampo, onde posso manter à mão os objetos que uso com menos frequência, como os que estão aguardando que eu escreva sobre eles aqui no Efetividade, ou as reservas de material de expediente.

Minha cadeira tem rodinhas e o chão permite deslizar facilmente, mas com os anos de experiência e consequente redução dos itens supérfluos, as necessidades de sair da área imediata da mesa foram se reduzindo, como costuma acontecer, e o restante do espaço do ambiente acabou virando muito mais uma biblioteca do que uma extensão do escritório.

Como organizar seu escritório em casa

Os 4 passos a seguir só precisam ser feitos uma vez, e permitem que você siga uma sequência básica para organizar o home office seguindo o princípio da cabine do piloto.

  1. Preparar a área: pense criativamente em como posicionar sua mesa de trabalho e outros elementos da mobília de modo a ficar no centro da sua área de trabalho, e aproveite para avaliar criticamente o que está sobre as superfícies e nas prateleiras e gavetas "nobres": o que não for importante ou usado com frequência deve ser retirado desde já e movido em direção à periferia do seu círculo.
  2. Reservar espaços para manter vazios: Durante as operações de trabalho, você precisa ter espaço para colocar os objetos que estiverem em uso. Reserve-os antes de começar a distribuir os objetos, para não ter de redistribuir depois ou, pior, ter de abrir espaço todos os dias!
     

    A bússola na minha mesa está lá como um lembrete para seguir sempre em uma direção

  3. Classificar todos os objetos: aqui ocorrem as decisões de posicionamento, e algumas delas são difíceis. Nem todas são objetivas: não tenho uma justificativa prática para a bússola que mantenho sobre minha mesa, por exemplo. Mas é importante que as justificativas objetivas predominem sobre as subjetivas ao menos na maioria dos casos. Lembre-se de que a frequência de uso é um critério importante, assim como a relevância do objeto: um item trivial como o spray de limpar óculos pode merecer lugar de destaque, por exemplo.
  4. Pensar também nas distrações: Se você tem um home office sem objetos de distração, parabéns, afinal sabemos que Escritório em Casa não é Central de Entretenimento! Mas se as distrações estiverem presentes, apesar do risco de desviar o foco e atrair outros habitantes da casa para amplificar este seu efeito, ao menos posicione-as estrategicamente. Por exemplo, se vai ter uma TV no ambiente, não a posicione de tal forma que para olhar para ela você precise perder completamente o contato visual com a superfície de sua mesa.

Com as 4 dicas acima você conseguirá organizar o escritório (tradicional ou home office) para mais eficiência, e sem grande esforço. Basta usar a racionalidade, lembrar sempre da metáfora da cabine do piloto e não exagerar, afinal o seu escritório deve ser eficiente mas também deve refletir a sua personalidade e jeito de ser!

Capucha: a surpreendente capa de chuva que não ocupa espaço na bolsa

A capucha é um desses produtos cuja utilidade é óbvia, mas que se não estivermos atentos podemos passar a vida inteira sem saber que existem.

Trata-se de uma capa de chuva descartável, que vem dobrada em uma embalagem plástica minúscula (10 x 13 x 1cm, equivalente a 2 celulares lado a lado) e flexível, e que você pode levar no bolso do casaco ou dentro de qualquer mochila ou bolsa, discretamente, até a hora em que for precisar dela.

Quando viajo a serviço a lugares em que chove de repente, como Brasília ou Joinville, nem sempre dá de ter um guarda-chuva comigo, mas uma capucha vai no bolso e já me tirou de diversas situações em que um banho de chuva não era uma opção, e um táxi não estava ao alcance.

Também levo uma no carro, porque as estatísticas demonstram que a chance de chuva se multiplica na hora de ter de parar na beira da estrada para trocar um pneu ou aguardar um guincho.

Não é uma capa perfeita: ela é de "tamanho único", e fica meio apertada em mim. E o material é bem fino, não seria a escolha para desempenhar atividade física ou para usar durante o dia inteiro.

Mas pode ser a alternativa para o caso de a atividade física precisar ser interrompida devido a um aguaceiro, por exemplo, ou para se precaver durante um evento ao ar livre. Em uma viagem recente, uma pessoa da minha família usou até para se proteger da umidade (mas não do frio, claro) de uma nevada inesperada.

Vale destacar: produtos descartáveis de plástico não são ecológicos. Sempre que um guarda-chuva ou uma capa reaproveitável forem opções possíveis, prefira-os. E nos casos em que a capucha for a opção, lembre-se de descartá-la responsavelmente.

Trata-se de um produto discreto e por isso pode ser difícil de encontrar até mesmo nas lojas que as tenham em estoque, mas eu já às vi à venda nas lojas Multicoisas, por exemplo, e vi no site do fabricante que eles enviam para todo o Brasil. Também vi numa loja que fica a 50m do meu escritório, mas precisei procurar bem, e o próprio vendedor não sabia do que eu estava falando ツ

Eu uso e recomendo!

Reunião: como planejar e organizar

Não basta uma mesa e uma sala para reuniões: planejar e organizar uma reunião é a tarefa que, quando bem feita, garante melhores chances de que a mensagem para a reunião seja transmitida e o resultado pretendido seja alcançado, com a participação de todos os interessados e o entendimento de todos os envolvidos.

Mas as reuniões, atas e pautas são instrumentos eficazes de comunicação quando bem empregados, e também podem ser ineficientes ralos de produtividade quando abusadas ou mal executadas.

Fazer reuniões é custoso e complexo, e muitas vezes é possível substitui-las por outras formas de comunicação que não envolvam colocar todos os interessados ao redor de uma mesa de reunião. Mas quando elas forem inevitáveis, as 10 dicas abaixo podem facilitar a vida de todos os participantes, e especialmente a do encarregado de coordená-la.

Como organizar uma reunião

1. Agendamento prévio

Emergências acontecem, mas boa parte das que acontecem em cima da hora são porque o responsável não se organizou.

"A tempo" é um conceito aberto. Vai depende do assunto e contexto: às vezes, 30 minutos de antecedência podem ser suficientes, e em outras vezes 48h pode ser pouco.

Mas que fique claro: reuniões marcadas com minutos de antecedência dificilmente vão produzir resultados tão positivos quanto as marcadas com tempo para todosse prepararem e atualizarem informações.
 

2. Ter horário previsto para finalizar

Toda reunião previamente agendada tem local e horário para iniciar, mas frequentemente não é divulgada uma previsão de duração ou horário para encerrar.

Há reuniões (como as assembleias realizadas entre pares, incluindo as de condôminos ou entidades de classe) que não devem mesmo encerrar sem ser por comum acordo, mas uma reunião profissional, de equipe de projeto ou entre membros de uma mesma organização pode e deve ser planejada para se encaixar em um determinado horário.

A mera existência de uma hora marcada para o seu fim pode ser um instrumento adicional para manter a objetividade nas discussões.
 

3. Circular a pauta preliminar

Todos os participantes e interessados devem ser informados, já no primeiro contato verificando sua disponibilidade para participar da reunião, quais os temas previstos, e qual o objetivo de quem está promovendo o evento (É para consultar? Decidir? Comunicar algo? Mudar um plano?), para que possam responder e se preparar adequadamente.

Definir uma pauta inicial, mesmo básica – pode ser um parágrafo informal de e-mail – é essencial.
 

4. Divulgar a pauta definitiva

Quando a reunião já estiver completamente agendada, é importante circular a versão completa da pauta, incluindo os temas originais e possíveis outros temas que tenham surgido depois ou sugeridos por outros participantes – e cuidado com categorias como "outros assuntos", "diversos" e similares.

É também o momento de divulgar definitivamente o local, horário (de início e fim), e a lista dos participantes.
 

5. Elenco de apoio não fica no palco

Quanto maior o número de presentes sem interesse direto em cada assunto que estiver sendo tratado, maior será a complexidade (desnecessária!) da comunicação na reunião, que cresce com o número de pessoas participando.

É mais uma vantagem da pauta bem definida: poder dispensar os participantes que foram chamados apenas para um ponto específico dela, assim que este ponto for tratado.

Mas deixe isso claro desde o princípio, para que todos vejam isso como um ponto positivo, e não como uma rejeição!
 

6. Reunião não é assembleia!

Pessoas que você gostaria que participassem da reunião apenas para que estejam informados, ou para o caso de terem alguma opinião, em geral podem fazê-lo apropriadamente a partir da leitura da pauta e da ata, ou receber uma comunicação posterior.

Como já vimos acima, uma reunião só com as pessoas envolvidas diretamente tem mais chances de ser produtiva – mas cuidado para não sofrer um “choque de realidade” pós-reunião: inclua no grupo não apenas os tomadores de decisão, mas também as pessoas que compreendem os detalhes práticos das situações em análise.
 

7. Ter regra para telefonemas, eletrônicos e interrupções

Quem está em uma reunião geralmente preferiria estar em outro lugar, e tem outras obrigações ocorrendo em paralelo. 

É claro que a cortesia manda não deixar o celular levar vantagem: quem abriu mão de seus compromissos para estar no mesmo ambiente que você deve ser privilegiado com a sua atenção.

Mas a cortesia não basta: é importante haver uma política clara quanto ao tratamento de ligações, torpedos, notebooks, etc. É aceitável lidar com eles no próprio ambiente da reunião? É preferível sair da sala? Ou eles devem ser ignorados por toda a duração do encontro? Exceções são inevitáveis, mas ter uma regra geral, é melhor que o improviso, a incerteza e o tratamento diferenciado.
 

8. Cuidado com discursos e monólogos

A não ser que alguns participantes tenham sido designados como ouvintes, reuniões devem ser organizadas de modo a garantir voz e vez a todos os integrantes, pois as conclusões comprometerão igualmente a todos.

Conflitos e dissenso são naturais mas, ao perceber que um debate está se polarizando ou mesmo que algum participante está tentando impedir que outro conclua suas ideias, intervenha! Certifique-se que todos terão oportunidade de se expressar, se possível sem limitar prazos ou o direito de réplicas.
 

9. Temas relevantes que surgem fora da pauta

Se durante a reunião surgirem temas não conexos aos da pauta mas apropriados ao público presente, o secretário deve tomar nota deles, e a reunião prossegue sobre os pontos originais da pauta.

Ao final da reunião, com base nas anotações, os temas extras podem ser colocados em discussão, ou agendados para ocasião futura (e este agendamento também deverá constar na ata ou registro da reunião).
 

10. Secretaria forte é essencial

Toda reunião precisa de um secretário ou secretária previamente designado. Pode ser um dos participantes, que recebe esta atribuição adicional, ou uma pessoa que não participa das deliberações da reunião em si (embora esteja presente), mas fica encarregada de secretariá-la.

O papel do secretário é simples, mas exige atenção: ele deve ficar encarregado de acompanhar os pontos da pauta, para certificar-se de que serão todos discutidos, tomar notas sobre as decisões relacionadas (interrompendo imediatamente caso note que não entendeu com clareza absoluta qual foi a decisão tomada) e gerar uma ata ou resumo sumarizando-as – logo após a reunião.

Idealmente, antes de encerrar a reunião o secretário deve ser convidado a ler suas anotações sobre as decisões tomadas, para certificar-se de que todos os presentes têm o mesmo entendimento (naturalmente eles terão outra oportunidade para confirmar se concordam também com a ata ou registro, após sua produção).

O ideal é haver um mecanismo previamente definido sobre a forma de divulgar esta ata: Quem precisa assinar? É um documento público ou não? Quanto mais firme for esta política, mais automática será a difusão das informações da reunião. Como um bônus adicional, o secretário pode ficar encarregado de propor fazer a pauta avançar ao perceber que está sendo dedicado muito tempo a algum problema secundário.

Modelo de ata de reunião

O modelo de ata do Efetividade.net está à disposição, mas sabemos que em reuniões de equipe nem sempre é necessário seguir o velho modelo formal de ata: um registro simples (ou o chamado “resumo executivo”), com uma descrição informal em texto livre, é suficiente para preservar a memória da reunião.

Mas, seja qual for o modelo, os itens abaixo não podem faltar na sua ata ou registro de reunião:

  • Tema da reunião
  • Motivo da sua realização
  • Data, horário, duração e local em que se realizou
  • Quem a coordenou (se for o caso), quem secretariou e quem esteve presente
  • Tópicos discutidos e decisões tomadas
  • Para cada decisão registrada, idealmente deve constar qual será a próxima ação e quem entre os presentes é o responsável por ela

 

Leia também:

O que é Ética no Trabalho: guia rápido com 10 mandamentos essenciais

Ética é um conjunto de regras relacionadas aos valores e conceitos morais de um indivíduo ou grupo social. A ética está diretamente conectada aos princípios que disciplinam, orientam ou mesmo distorcem o comportamento humano.

Ética no trabalho é algo profundamente necessário para um ambiente saudável. Mesmo quando não há um Código de Ética formalmente definido para a sua empresa ou profissão, em geral há um conjunto de aspectos que são considerados "bom senso" (mas deixam espaço para interpretações variadas) em uma tentativa de delimitar o que é o "comportamento ético", incluindo os que representam integridade e comprometimento e separando os que ferem os princípios e assim são inaceitáveis (e assim considerados anti-éticos no âmbito pessoal ou do grupo).

Um código de ética definido formalmente é positivo porque remove dúvidas que possam surgir por divergências de opinião de cunho moral ou valorativo, já que as definições do "bom senso" nem sempre são compartilhadas. Um exemplo é o Código de Ética Profissional do Administrador, definido pelo Conselho Federal de Administração e ao qual me obrigo quando exerço minha profissão.

Mas nem toda profissão ou empresa conta com este luxo, portanto segue uma pequena lista de 10 itens que podem ajudar a pautar a confecção do seu código de ética pessoal ou mesmo as discussões a respeito no seu grupo de trabalho.

Eles usam conceitos abertos (como "honestidade") e são baseados na observação de comportamentos identificados como éticos, mas naturalmente exprimem um determinado conjunto de valores, portanto interprete-o e adapte-o à sua realidade!

E lembre-se sempre: embora o comportamento ético não vá constar no seu curriculo, ele será reconhecido e associado à sua personalidade e identidade profissional, e o oposto também é verdadeiro. Seja reconhecido como um profissional ético, e você sempre levará consigo esta poderosa referência!

Código de Ética no trabalho: 10 mandamentos essenciais

1. Seja honesto, honrado e digno em qualquer situação

2. Nunca faça algo que você não possa assumir perante sua equipe, seus superiores, seus subordinados ou o público

3. Seja humilde, tolerante, flexível e disposto a ouvir críticas e sugestões.

4. Críticas e repreensões devem ser feitos primeiro à pessoa a quem se referem, cara a cara. Se houver o dever de levá-los a mais alguém, que não seja pelas costas.

5. A privacidade do colega, do cliente e de todos os demais é inviolável. Independentemente de questões de propriedade corporativa, mexer na mesa, gaveta, informações ou documentos alheios exige autorização (de norma ou da pessoa envolvida) em qualquer circunstância.

6. Em ações e discussões internas, assuma sempre seus valores e princípios e as consequências dos atos a que eles conduzirem, mesmo que isso signifique ficar contra a maioria – mas jamais procure obstruir o direito de expressão e voto no posicionamento alheio.

7. Fique longe de fofocas e comentários maldosos, mesmo que pareçam fazer parte da cultura do grupo. Muitas vezes, o simples fato de dar ouvido a elas pode ser suficiente para identificá-lo com o rótulo de fofoqueiro.

8. A relação hierárquica e de equipe não deve considerar amizades nem antipatias. O subordinado amigo deve ao seu chefe o mesmo tratamento que os demais, e o chefe amigo precisa cuidar para jamais privilegiar o subordinado que lhe é próximo. Da mesma forma, antipatias pessoais não têm espaço no ambiente profissional. Reserve-as para seu íntimo e procure oportunidades para superá-la. No trabalho, trate o colega com o respeito comum, mantenha distância se possível, e não comente com outros a antipatia que sente.

9. Sempre dê crédito a quem merece, sem jamais aceitar elogios ou recompensas pelo mérito alheio

10. Ao errar, reconheça, sem exageros. A atitude esperada é "não foi um erro intencional, vou providenciar para que não ocorra de novo e vou remediar o acontecido".

O fato essencial é que ser ético significa, muitas vezes, renunciar a oportunidades de obter dinheiro, status e benefícios. Se os seus princípios e valores estiverem ajustados, a decisão ética será sempre a correta, mas a existência de um Código de Ética aceito por todos do grupo pode reduzir os conflitos e facilitar a resolução dos casos em que houver dúvida.

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