Qual deve ser o terceiro tema da nossa série sobre ferramentas de produtividade pessoal?

Nossa série sobre as ferramentas de produtividade preferidas dos leitores está indo bem: a lista de ferramentas de pendências e to-do compilada a partir das sugestões de vocês ficou bem completa, e embora ainda estejamos no prazo (até amanhã, domingo) para que vocês respondam com que ferramentas vocês gerenciam suas finanças pessoais, já temos mais de 80 respostas para essa questão também, o que é prenúncio de que teremos mais uma bela seleção.

Como na etapa passada, a partir de segunda-feira eu vou me dedicar a:

  • tabular as mais de 80 respostas que já chegaram sobre isso, bem como as que ainda chegarão
  • compor e publicar um artigo falando das mais mencionadas ou mais interessantes
  • se possível, mandar algumas sugestões de aplicativos pro pessoal do Baixatudo, que está patrocinando aquele quadro de Downloads Efetivos ali na barra lateral, e vai gostar de saber das escolhas de um público tão seleto ;-)

O prazo que eu tenho pra isso tudo vai até sexta-feira, mas na terça já quero abrir nova questão para vocês irem respondendo enquanto eu processo a atual, por isso hoje pergunto (e conto com a resposta de vocês nos comentários) qual setor da produtividade pessoal eu devo abordar na consulta que começará na semana que vem.

Dois temas já foram: gerenciamento de finanças pessoais (em andamento) e de pendências/tarefas (já publicado). Várias
outras etapas ainda virão, mas para esta terceira etapa ofereço 3 opções de temas:

  1. Gerenciamento de anotações e referências (páginas da web arquivadas, documentos eletrônicos ou não, links, textos, notas, citações, etc.)
  2. Gerenciamento de agendamentos e compromissos
  3. Gerenciamento de leituras pendentes (ferramentas on-line ou não que facilitem organizar e ler convenientemente livros, textos e as páginas web que vamos encontrando pelo caminho...)

As outras categorias sobre as quais já consultei vocês também serão tratadas a seu tempo, mas agora estou apenas ajustando a escolha de qual será a imediatamente próxima, ok?

Estou satisfeitíssimo com as respostas até agora

Com mais de 80 respostas em cada uma das consultas até agora, como poderia não estar? Obrigado pela recepção calorosa, e continuem assim!

Eu optei, de propósito, por deixar as respostas em um formato livre, que dificulta bastante a tabulação automatizada e me dá bem mais trabalho para processar, compilar, ordenar e entender. Mas assim eu recebo bem mais detalhes, então o esforço acaba valendo a pena.

É lógico que, assim como ocorreu no post de pendências e tarefas, nem todos os detalhes e ferramentas serão mencionados no post sintetizando as respostas de gerenciamento financeiro pessoal, mas os comentários de vocês servirão como referência, mesmo que não sejam mencionados diretamente, ok?

Imagino que a maioria de vocês já está satisfeito só por participar, mas eu prometi sortear brindes entre quem responder as ferramentas de finanças pessoais, e claro que cumprirei.

Ainda não decidi o segundo brinde, mas o primeiro já está aqui em cima da escrivaninha: é um alicate multiuso em aço inox com 14 funções da Famastil/Taurus, similar aos que vários leitores disseram que levam consigo na nossa série de artigos sobre mochilas.

Mas hoje nossa pergunta é outra

Voltando ao tema de hoje: quero saber de vocês qual dos 3 temas enumerados acima vocês preferem que seja o próximo a ser tratado. Respondam nos comentários, e não se acanhem se quiserem fazer algum comentário adicional!

5 dicas para evitar o stress das viagens aéreas

Na terça-feira vimos como se manter produtivo durante viagens a serviço, mas não poderíamos terminar a Semana da Efetividade em Viagens sem revisitar o outro lado dessa moeda, que é como reduzir o stress das viagens de avião.

Quem não se estressa com os longos deslocamentos congestionados até chegar nos aeroportos, as longas filas das companhias aéreas, longas esperas, atrasos, informações deficientes, correrias para pegar conexões, companhias aéreas que mandam desligar até os celulares que têm modo avião, desconforto a bordo e toda a variedade de obstáculos no caminho de uma viagem aérea tranquila?

Em feriadões, férias e períodos de eventos, tudo se complica mais, mas a malha aérea é frágil e a infraestrutura terrestre está no limite, então estamos permanentemente sujeitos às situações que a imprensa se acostumou a chamar de "caos aéreo".

Sair mais cedo, planejar bem os deslocamentos e outras dicas de puro bom senso também se aplicam, mas as 5 dicas a seguir buscam oferecer outras formas simples de planejar e exercitar o conforto possível nas situações adversas comuns nos vôos brasileiros.

1 - Atitude positiva

Nossos conhecimentos e habilidades nem sempre são os fatores que fazem a diferença quando estamos em uma situação completamente fora do nosso controle: as atitudes é que permitem construir a diferença entre o profundo stress e um incômodo gerenciado.

Como consumidores, sempre esperamos o atendimento com o nível de conforto que é nosso direito, e pelo qual muitas vezes estamos pagando caro. Amenidades como o check-in antecipado on-line, ou a possibilidade de fazer viagens curtas levando apenas bagagem de mão, ajudam a tornar mais prático o ato de viajar.

Mas às vezes as coisas começam a dar errado ao nosso redor e fora do nosso controle, e logo se percebe as maneiras diferentes como as pessoas lidam com a situação, e como isso se reflete no seu próprio nível de stress.

Alguns permitem que a revolta domine suas reações, e passam as horas olhando intensamente para os painéis e esbravejando contra o atraso, o assento apertado ou a falta de informações confiáveis, enquanto outros conseguem aguardar com o máximo de conforto possível (nas circunstâncias), até que a situação, usualmente fora do seu controle, seja resolvida ou superada.

Sabemos que o nível de conforto oferecido pelos aeroportos e companhias aéreas nessas horas geralmente deixa muito a desejar, faltando acomodações, informação atualizada, alimentação, comunicação e muito mais.

Mas uma atitude negativa que não melhore em nada a sua situação, nem a que ocorre ao seu redor é, na menos pior das hipóteses, um grande desperdício de energia.

A forma como lidamos com a situação pode fazer grande diferença, e reduzir o nosso próprio nível de desconforto geralmente está ao nosso alcance, se atentarmos para isso.

2 - Entretenimento pessoal

Não ter algo mais para se distrair é uma forma certeira de abrir espaço para a mente se fixar no desconforto da situação, amplificando a sensação do assento apertado, do vizinho chato da poltrona ao lado, ou da espera interminável para embarcar.

Nem sempre se pode contar com a livraria do aeroporto para suprir alguma distração nessas horas. Todos temos nossos passatempos favoritos, e muitos deles são portáteis o suficiente para ir na bagagem de mão: um bom livro, uma revista, jogos eletrônicos, palavras cruzadas, sudoku - leve suprimento suficiente para todo o trajeto!

Quem conta com o celular para oferecer jogos, músicas, vídeos ou leituras durante a viagem aérea precisa ficar atento: dependendo da companhia aérea, seu uso pode ser proibido durante todo o trajeto, mesmo que o seu aparelho disponha de um "modo avião".

Mesmo nesses casos, o uso de notebooks, tablets, videogames portáteis, media players e outros aparelhos continua permitido, então se você tiver alguma dessas alternativas, ainda poderá contar com entretenimento eletrônico individual a bordo.

Até o ano passado, além de um livro, eu costumava viajar levando um videogame PSP com vários jogos, músicas e vídeos na memória, e a bateria dele era suficiente para me manter entretido durante a viagem. Continua achando uma boa opção, e não me parece que nenhuma companhia o proíba.

Mas hoje tenho um tablet, e nas viagens recentes foi ele que me atendeu, permitindo assistir a um vídeo numa tela maior, jogar um pouco, ouvir música, ler alguns ebooks e até colocar em dia as leituras dos artigos da web que eu gravei para leitura posterior (offline, claro) com o Instapaper.

Claro que os preços dos tablets que estão hoje no mercado tornam proibitiva a aquisição para uso só com essa finalidade de entretenimento a bordo, mas se você já tiver um, é o que eu recomendo para complementar as opções de distração a bordo e nas esperas.

Quanto ao conteúdo, além dos ebooks e audiobooks que estiverem à mão, sou fã de alguns seriados da TV, e para levar em vôos prefiro converter os DVDs de alguns episódios das séries que possuo, do que converter algum filme - as interrupções em escalas, serviço de bordo, etc. tornam mais prático assistir a múltiplos conteúdos de menor duração do que um único conteúdo maior.

3 - Conexão à web em (quase) todo lugar

Vários aeroportos brasileiros dispõem de redes Wi-Fi, muitas delas oferecidas por provedores comerciais dos quais você pode contratar o serviço na hora, pagando com seu cartão de crédito por meio de seu próprio micro, a não ser que já seja cliente e disponha de uma franquia de horas. Informe-se previamente sobre as condições nos aeroportos de sua rota.

Mas em boa parte dos destinos brasileiros é possível contar também com o serviço móvel 3G das operadoras de celular, e dispor deste tipo de conexão no seu notebook pode ser a forma de conseguir ter acesso a mais informações e contatos durante longas esperas, ou uma maneira alternativa de se informar sobre o que está acontecendo, quando as companhias aéreas se negam a prestar informações completas.

A qualidade do serviço 3G varia, mas mesmo uma conexão ruim é melhor do que não ter conexão nenhuma. Mesmo que você não disponha de um modem 3G para usar no seu notebook, verifique (previamente!) a possibilidade de realizar a conexão dele por meio do seu celular (na operação conhecida como tethering), via Bluetooth ou cabo USB, e esteja preparado caso a necessidade de uso apareça, pois você não terá como pesquisar isso no Google se não conseguir se conectar ;-)

4 - Fazendo durar as baterias

Em viagens é comum acontecer de o notebook ter de funcionar ao longo de um período extenso sem possibilidade de recarga - e aí o esquema é desativar os efeitos 3D, reduzir o número de processos desnecessários em execução, desligar a rede wireless (se não estiver em uso), e ficar de olho nas oportunidades de usar uma tomada - se possível, sendo um bom companheiro, e compartilhando-as com os demais.

Quando nenhuma tomada está à mão e é necessário usar uma conexão 3G (voraz consumidora de energia), eu procuro usar os recursos de trabalho off-line disponíveis nos aplicativos - conecto, busco as informações necessárias, desconecto, opero sobre elas (por exemplo, escrevendo respostas a todos os e-mails importantes), aí reconecto, envio e recomeço o procedimento. A não ser que a etapa de processamento seja curta, manter a conexão ativa enquanto estamos operando apenas com recursos locais é um dreno desnecessário para a bateria.

No caso do celular, já demos várias dicas para aumentar a duração da bateria, mas o Lifehacker insiste em uma que não mencionamos na ocasião: deixar o celular em contato com nosso corpo (por exemplo, no bolso da calça) tem um malefício extra: o calor acelera o consumo da bateria. Uma razão a mais para deixá-lo em um local mais saudável.

Para mim, a regra de ouro é não misturar as baterias de entretenimento e as de serviço. Quando o aviso de que vai haver um longo atraso chegar, faço questão de ter bastante bateria disponível no telefone e netbook para todos os contatos, consultas e procedimentos que desejar fazer, e ficaria profundamente desapontado comigo mesmo se já as tivesse gastado assistindo a seriados e jogando Angry Birds!

5 - A bagagem de mão do viajante prevenido

Já falamos sobre check-lists de bagagem nessa Semana da Efetividade em Viagens, mas há algo a complementar: quando o viajente tem foco na preservação do conforto possível durante situações adversas em aeroportos e aviões, há alguns itens extras que não podem faltar em sua bagagem de mão:

  1. Dinheiro trocado. Às vezes o produto ou serviço que você mais deseja, às 3 da manhã em um saguão lotado, depende de alguém que não terá como trocar R$ 50.
     

  2. Muda de roupa extra: tanto pensando em situações climáticas imprevistas (como acontece todos os dias de inverno com pessoas que não sabiam que fariam conexões em São Paulo para vôos ao Nordeste) quanto na possibilidade de querer trocar de roupa em uma permanência prolongada em um saguão de aeroporto. Afinal, encarar uma espera noite adentro em um saguão de aeroporto em roupas suadas, ou tremendo de frio, amplia bastante o stress. Escolha peças versáteis e que ocupem pouco espaço.
     

  3. Conexão móvel à Internet. Veja a dica acima sobre conexão à web em (quase) todo lugar.
     

  4. Travesseiro inflável: fácil de encontrar em lojas de malas e em aeroportos, ele quase não ocupa espaço, é fácil de inflar e esvaziar, e reduz o desconforto tanto a bordo quanto nas situações extremas de espera em saguões.
     

  5. Celular com bastante carga, crédito, e habilitado para funcionar no destino. Querer e não poder ligar para pedir uma providência ou avisar de uma mudança inesperada de itinerário ou horários pode ser uma grande frustração. Prevenir isso depende de parcimônia no uso da bateria e, quando possível, na presença do carregador e de uma tomada funcionando.
     

  6. Fones de ouvido com supressão de ruídos externos. Isolar-se auditivamente do stress ao seu redor pode ser positivo, mas só deve ser feito em situações de espera em terra se houver alguém para lhe avisar se houver algum aviso ou novidade. Tampões de ouvido podem ser usados para a mesma finalidade.
     

  7. Distração. Veja acima a dica sobre Entretenimento Pessoal.
     

  8. Higiene pessoal. Escova de dentes, pente, desodorante, os remédios que você toma regularmente, analgésico, antigripal, kit das lentes de contato, lenços, pastilha para garganta, band-aid.
     

  9. Alimentação. As lanchonetes dos aeroportos fecham! Ter barras de cereais (as mesmas que as companhias nos servem à bordo e odiamos), biscoitos, água (quando possível) pode fazer a diferença.
     

Sua vez!

Que providências você toma para reduzir o stress causado pelas viagens aéreas? Compartilhe conosco nos comentários!

Arrume as malas sem stress com uma lista de bagagens permanente

Uma boa lista do que levar na bagagem pode reduzir muito o stress de uma viagem, atuando em 2 fronts principais:

  1. Planejando antes o que levar na bagagem, a arrumação das malas fica bem mais simples.
     

  2. Com uma mala planejada, a chance de levar bagagem demais (como o infeliz passageiro acima) ou de ser pego de surpresa pela falta de algum item essencial diminui muito.

Nas suas 9 dicas para viajantes insanamente ocupados, Ed Hewitt (do IndependentTraveler.com) inclui uma sugestão que é útil até mesmo para quem não é insanamente ocupado, mas viaja com alguma frequência: manter uma lista permanente de bagagens, permitindo o reuso da experiência acumulada em viagens anteriores, evitando ter de repensar toda lista a cada nova viagem.

Atributos de uma boa lista de bagagens

Uma boa lista de bagagem não precisa ser completa na profundidade, ou quanto ao detalhamento dos itens - por exemplo: não há por que quebrar a cabeça definindo regras para dizer se vai ser necessário levar um casacão, ou criar uma fórmula para definir a quantidade de calças e camisas a transportar, baseada no número de dias, tipo de compromisso e previsão do tempo (acredite, já vi esse tipo de coisa em sistemas on-line).


Para estar preparado para qualquer eventualidade, precisaríamos de uma mala com espaço interno infinito

O que a lista permanente precisa é ser tão completa quanto possível na amplitude: por exemplo, ela não pode deixar de mencionar a possibilidade de você levar um casacão, e aí você risca esse item (ou não) na hora de se preparar para cada viagem, dependendo do destino (e das conexões - muita gente que vai para o Nordeste passa frio numa conexão em Guarulhos...).

Além disso, uma boa lista é modular e categorizada, dividindo o que é essencial e presente em qualquer viagem (por exemplo: roupas) do que é acessório e do que é específico para determinadas categorias de viagens (por exemplo: final de semana numa casa de praia). Afinal há itens que não se misturam: raramente é necessário levar toalhas e roupas de cama em uma viagem de negócios quando se hospeda em um hotel, mas quando é para um final de semana em casa de praia, deixar de levá-los pode ser um erro grave.

A minha lista de bagagem

Eu mantenho há anos um check-list de bagagem permanente, adequado ao tipo de viagens que costumo fazer, que são deslocamentos rápidos para compromissos de 1 dia (ou 2 no máximo) e hospedagem em hotel de cidades com as mesmas condições climáticas da minha - nada comparável às bagagens de 10 dias que vimos no artigo de ontem!


Fragmento da minha lista

A minha lista serve muito bem para as minhas necessidades, mas possivelmente não servirá integralmente para você - por exemplo, ela não tem nenhuma previsão para viagens com crianças, viagens longas ou idas para climas mais extremos.

Mesmo assim compartilho, porque vários dos meus itens podem ser aproveitados na sua lista, e o formato também pode inspirar você a fazer a sua (talvez com uma ajuda da lista de bagagens universal?).

Além de incluir um módulo específico para as viagens de fim de semana, ela também inclui outro para viagens em que o celular não pode fazer o papel de livro, despertador, jogo e media player - porque há trechos superiores à duração segura da bateria, ou porque companhias aéreas indiscriminadamente exigem o desligamento de telefones, inclusive quando estes possuem um modo específico para operação segura em aviões.

Downloads: Disponibilizei a minha lista em 3 formatos:

E tenho uma dica extra: antes de fechar as malas que vai despachar, fotografe a mala e seu conteúdo com o celular, e leve-o na bagagem de mão - pode ser uma grande ajuda na recuperação caso haja um extravio da mala ou de seu conteúdo.

Quero saber o que você acrescentaria

Estou sempre em busca de dicas que reduzam o stress de viajar, incluindo as relacionadas ao planejamento dos itens que precisam estar na bagagem. O que você acrescentaria à minha check-list? Compartilhe sua opinião nos comentários!

5 dicas para manter a produtividade em viagens a trabalho

O turismo de negócios é fundamentalmente dual: as viagens de trabalho são repletas de oportunidades, mas muitas vezes cansativas além do limite.

Algumas medidas de planejamento e organização permitem que você possa se estressar menos com o acúmulo de informações e atividades, não seja pego desprevenido por imprevistos, e torne úteis os intervalos de tempo muitas vezes desperdiçados, para não precisar ficar até tarde no quarto de hotel depois do jantar colocando em dia as surpresas de última hora que sempre aparecem!

Dando continuidade à semana da Efetividade em Viagens, hoje veremos 5 dicas que eu uso em viagens a serviço para reduzir o stress reduzindo e distribuindo melhor os focos de atenção.

1 - Sincronize seus arquivos

Se você pode contar com a expectativa de ter conexão à Internet durante todo o tempo da viagem, uma ferramenta completamente on-line como o Google Docs pode ser uma forma de manter sincronizados os documentos do escritório e os que você leva consigo.

Com uma ajuda do Google Gears, até dá para manter em uso essas ferramentas durante os momentos sem conexão, como durante vôos e outros deslocamentos.

Mas nem sempre aplicativos on-line fazem tudo o que precisamos, e aí a minha sugestão é recorrer a serviços de sincronização automática. Já comentei sobre o Dropbox, que até o momento é a minha alternativa preferida, pois torna a sincronização completamente transparente para o usuário, que apenas tem que lembrar de gravar os arquivos na pasta certa, e saberá que eles serão sincronizados com seus outros computadores assim que houver uma conexão disponível.

Outras alternativas, como levar uma cópia dos arquivos consigo e sobrescrever os originais no retorno da viagem, ou ter todos os arquivos de trabalho apenas no notebook que também é levado nas viagens também podem funcionar, se você nunca errar os procedimentos, e fizer um backup confiável. Mas hoje prefiro a conveniência e a automação do que o controle maior sobre o procedimento, que eu teria se optasse por uma solução manual.

2 - Mantenha as informações sob controle

Para mim, uma viagem a serviço significa uma montanha de dados a ser gerenciada. Passagens, números e horários de vôos, vouchers de hoteis, endereços de destinos, portões de embarque, restaurantes recomendados, horários de reuniões, arquivos de apresentações, inúmeros cartões de visitas recebidos, comprovantes de embarques e despesas, onde está estacionado o carro, etc., etc., etc.

Existem várias estratégias para lidar com isso, mas a minha é a mesma há anos, e vem funcionando bem, baseada em 2 ferramentas básicas:

  1. um envelope grande e
  2. a câmera do celular.

Alinhado à metodologia GTD, procuro deixar minha atenção e foco disponíveis para as tarefas que tenho à minha frente, e acho que ficar tentando acompanhar e memorizar todas as informações mencionadas acima prejudica esse objetivo.

É aí que entram em cena as 2 ferramentas mencionadas acima: cada novo papel (ou informação exibida em tela de computador) que chega às minhas mãos no aeroporto, hotel, locadora, sala de espera, etc. é fotografado no celular (para que eu possa ter acesso rápido ao seu conteúdo quando quiser) e assim que possível é guardado no envelope, que vai num bolso facilmente acessível na bagagem de mão.

Informações que exijam uma ação adicional são registradas na ferramenta mais apropriada (por exemplo, horários de compromissos vão para a agenda, pendências vão para o To-Do, e a maioria das outras informações de referência podem ir para o Evernote) posteriormente, a partir das fotos, aproveitando as enormes quantidades de tempo dispendidos em salas de embarque e de espera.

Se necessários, os documentos guardados no envelope servem como backup ou complemento durante a viagem. Quando retorno ao escritório, arquivo-os ou encaminho-os para onde for necessário, antes de terminar o processamento da viagem.

3 - Leve um kit de utilidades digitais

Levante o mouse quem nunca presenciou a embaraçosa situação de alguém que chega para fazer uma apresentação e esquece algum componente vital: o arquivo não é compatível com o computador do auditório, o notebook precisa de um adaptador VGA que ficou na outra mochila, algo está na voltagem errada, precisa de acesso à Internet mas o auditório não oferece, etc.

Essas pessoas, de modo geral (há exceções, quando um anfitrião promete disponibilizar algo e não cumpre), planejaram insuficientemente o seu próprio material de trabalho, e às vezes pagam caro por isso. E é fácil evitar ser uma delas: basta montar um kit adequado das utilidades digitais que serão necessárias para realizar suas atividades.

Além dos itens mencionados acima, isso pode envolver os cabos de dados para celulares e câmeras, controle para apresentações, fones de ouvido, mídias para backup, cabo de rede, adaptadores para 2 ou 3 tipos de tomadas, modem 3G, mouse e muito mais, dependendo das suas demandas digitais.

Pare para pensar nos recursos que estão disponíveis no seu local de trabalho e são necessários ou desejáveis para a sua atividade, e imagine quais podem estar ausentes no hotel, aeroporto ou sala de conferências. A Lei de Murphy garante: se eles podem estar ausentes, certamente estarão, e aí você deve levar consigo uma alternativa. Mas cuidado para não levar na bagagem de mão itens que não podem ser transportados a bordo!

4 - Planeje a segurança

Nada que você faça pode tornar desnecessária a atenção à segurança em todos os momentos em que você esteja em trajeto portando bagagens e valores.

Mesmo assim, é possível que você possa ter um pouco mais de paz de espírito para ser produtivo durante a viagem, ou mesmo para descansar um pouco e ser mais produtivo quando chegar ao seu destino, se tomar algumas precauções antes.

Uma dica bem simples é levar na bagagem de mão um chaveiro do tipo mosquetão, como o da foto acima, e usá-lo para prender as correias de todas as malas e sacolas sempre que for dar atenção a outra coisa - como uma parada para o lanche, a leitura de um livro ou o uso do notebook numa sala de embarque, por exemplo. Se puder fixar o conjunto de bagagens a algum objeto fixo, ou mesmo passar uma de suas pernas pela correia de uma mochila, melhor ainda.

A razão é simples: os ladrões que atuam nesses lugares contam com a desatenção de todos, inclusive do proprietário do item que ele planeja roubar. Mas se para levar um componente da sua bagagem ele for precisar soltar uma correia ou fivela, certamente ele preferirá ir adiante até encontrar alguém menos precavido. E caso ele não perceba a sua preparação e mesmo assim tente roubá-lo, você terá uma chance maior de perceber.

Fechar os zípers das mochilas com cadeados funciona com base no mesmo princípio: claro que o ladrão ainda poderá levar a mochila inteira, e nem terá muita dificuldade em arrebentar o cadeadinho, se tiver tempo para tentar. Mas o que ele quer é agir sem ser notado, então se a sua bagagem der um pouco mais de trabalho que a de quem não tomou precauções, as chances já estarão a seu favor, ainda que você não fique protegido contra um ladrão firmemente determinado a escolher você.

Mas cuidado ao usar cadeados em bagagens que serão despachadas - consulte antes o regulamento, pois as inspeções de segurança feitas fora da sua presença podem exigir arrebentá-los. Existem cadeados feitos para permitir a inspeção pelas autoridades norte-americanas, mas desconheço a existência de similares voltados ao Brasil.

Sempre que a ocasião permite, levo comigo uma trava para notebook e bagagem como a Defcon-1, da Targus, mostrada na imagem acima. Além de servir para fixar o notebook à mobília (mais uma vez fazendo com que o ladrão casual potencial vá preferir procurar outra vítima menos precavida), ela tem um sensor de movimento e alarme sonoro, que podem ser ativados até mesmo como segurança auxiliar para a bagagem, quando você a deixa no chão da sala de embarque enquanto joga Bejeweled no celular e espera a conexão atrasada. Se alguém mexer, ela apita. Só não esqueça de destravar antes de levantar...

Outras dicas óbvias que muita gente não segue porque acha que o desastre só acontece com os outros: faça backup antes de todos os dados valiosos do seu notebook, não leve com você o backup (pode se extraviar junto com o notebook...), não deixe evidente que você leva itens valiosos, coloque senhas fortes em tudo (notebook, smartphone, etc.), não use serviços on-line relevantes em redes públicas ou abertas, não largue objetos valiosos (câmeras, jogos eletrônicos, etc.) em lugar nenhum, se possível instale e ative os serviços anti-furto do seu celular e notebook, e tenha anotado em lugar seguro e acessível os números de série, marca e modelo de todos os aparelhos valiosos que levar consigo.

5 - Economize as baterias

Se você for depender de aparelhos eletrônicos, o melhor é sempre escolher aqueles que tenham autonomia suficiente para suportar, com folga, todos os períodos em que você vai estar em deslocamento sem poder recarregá-los.

Mas nem sempre isso é possível, e aí a segunda melhor possibilidade pode ser levar consigo baterias extras ou um carregador portátil com bateria própria como o da foto acima, que possa recarregar os aparelhos que forem ficando pelo caminho, independente de onde você estiver. Eles não são baratos, acrescentam um peso extra e um compromisso adicional (mantê-los carregados), mas podem ser a salvação se você realmente precisa de eletrônicos durante os deslocamentos.

Eu levo comigo um carregador de celular como o da foto acima, que funciona com uma pilha pequena (AA) e vem com conectores para Motorola, Nokia, LG, Sony Ericsson e Samsung, e é impressionante como a energia de uma pilha alcalina pode ser suficiente para resolver uma enrascada, ainda mais quando dependo do smartphone e o dia acaba sendo mais longo e agitado do que o planejado. O meu adaptador foi comprado por R$ 25 numa revistaria de aeroporto no Brasil, e sei que sai por cerca de US$ 6 no exterior.

Mas a minha estratégia básica é diferente: procuro fazer com que as baterias durem mais. São vários os pequenos truques, incluindo:

  • Desabilitar todo tipo de conectividade desnecessária no momento: Bluetooth, Wi-Fi, infravermelho, periféricos USB, 3G, GPS, etc.
  • Não usar aplicativos de lazer (jogos, música, ...) em aparelhos cujo uso possa ser necessário depois.
  • Evitar aquecer desnecessariamente os aparelhos (acelera o consumo de bateria)
  • Reduzir o brilho da tela
  • Desligar ao invés de deixar em stand-by, quando possível
  • Desligar (ou colocar em modo avião) telefones ao passar por áreas sem sinal, pois eles gastam mais bateria tentando encontrar conexões

Sua vez!

Estou sempre interessado em conhecer as técnicas e ferramentas que os leitores usam para manter em alta a produtividade durante suas viagens a serviço. Compartilhe conosco as suas dicas nos comentários!

Arrume as malas como os profissionais: aprenda como a comissária leva roupa para 10 dias em uma maleta

Arrumar as malas fazendo caber tudo que é necessário, amassando o mínimo possível, pode ser um pesadelo de quem viaja casualmente, mas dá trabalho até para muitos que viajam regularmente. Mas existe solução!

Iniciamos nossa Semana da Efetividade em Viagens com a história de Heather Poole, que é uma comissária de bordo de Los Angeles, e como é comum entre seus colegas de profissão, viaja apenas com uma maletinha de bordo do mesmo tamanho das que eu loto em qualquer viagem de 3 dias.

No caso dela, frequentemente é necessário levar roupas para usar durante 10 dias, mas ela tira de letra, e explica como faz.

A dica saiu no New York Times, mas é fartamente ilustrada (algumas das imagens de lá estão reproduzidas aqui neste post), então o idioma será um obstáculo menor.

Entre as dicas da comissária, destaco algumas:

  1. quando possível, enrolar ao invés de dobrar - protege mais contra amassar, e fica menor;
  2. sapatos formam a moldura, e as peças mais grossas (jeans, etc.) forram o fundo;
  3. as demais peças vão subindo em camadas, até chegar às mais delicadas, que vão por cima;
  4. a frasqueira vai por cima de tudo, bem embalada;

Esse negócio de "enrolar as roupas para caber mais e amassar menos" pode assustar, mas pesquisei a respeito e bastante gente recomenda, embora a parte do "amassar menos" dependa de como se faz. Achei um vídeo mostrando detalhadamente como se faz (inclusive com dobras auxiliares, antes do enrolamento, especiais para camisas e calças), e outro vídeo específico para as camisetas, que parece bem interessante.

E a ideia de enrolar as roupas está mesmo bem longe de ser inédita: existe até uma linha de malas dedicada a isso. Mas a Heather usa uma mala comum, e a lista do que ela leva (foto acima) me impressiona: 3 calças sociais, 3 calças casuais, 3 shorts, uma saia, 3 camisolas, 3 roupas de praia, uma canga, 3 casacos, 4 vestidos, 10 blusas casuais, 6 blusas sociais, 2 pares de sapatos e a frasqueira.

Ela fecha a mala sem esforço (e nem precisa sentar em cima!). Mas se ela organizasse os mesmos itens do jeito tradicional (dobrando e empilhando), ficaria como na imagem abaixo:


Do jeito tradicional ficaria assim!

No mesmo artigo, a Heather também ensina como faz quando a bagagem é para menos dias:


Técnica alternativa, para viagens mais curtas

Nesses casos ela usa uma técnica híbrida e mais conhecida: a maioria das peças é dobrada e empilhada tradicionalmente, mas as calças forram o fundo e "abraçam" as demais peças ao final, conforme demonstrado no passo-a-passo ilustrado.

Dá trabalho e precisa de algum planejamento, mas o resultado final, com a mala fechada sem esforço, é bem menos stress!

Além do guia ilustrado da Heather, veja também a matéria em que vários outros tripulantes compartilham suas dicas de arrumação de bagagens - de roupas, eletrônicos e até de comida para consumir a bordo!

Veja mais dicas sobre bagagens:

  1. Como arrumar a mala com efetividade
  2. Aeroportos lotados: reduzindo o stress das viagens de final de ano
  3. Victorinox Stonehenge: uma mochila ampliada para suas viagens curtas

Board Plus: aproveitando melhor o espaço da escrivaninha no seu home office

Que tal criar um discreto "segundo andar" transparente da sua escrivaninha, para liberar espaço útil onde você mais precisa?

Quando vejo na web fotos de escrivaninhas minimalistas, de gente que aparentemente consegue trabalhar com uma mesa em que só há um notebook, um post-it e uma canetinha, a minha primeira reação é de descrença, e a segunda é que, mesmo que seja verdade, eu jamais chegarei a isso.


Nunca trabalharei assim!

Preciso de bastante material para trabalhar e, assim como os projetistas de cockpits de avião, disponho os utensílios ao meu redor conforme a importância e frequência de uso - para mim não faz muito sentido deixar longe o HD de backup e o scanner, por exemplo.

Mas isso não quer dizer que espalho as coisas de qualquer jeito, ou que deixo minha mesa de trabalho bagunçada. Longe disso! Minha escrivaninha é auto-organizante e estou sempre procurando formas melhores de ter as ferramentas sempre à mão e mesmo assim sobrar espaço para trabalhar confortavelmente com espaço para documentos e objetos.


Minha escrivaninha com a Board Plus

Um dos aspectos a que dou atenção é evitar que os maiores objetos sobre a mesa (no meu caso, os 2 monitores e a multifuncional) inutilizem o espaço sob eles. O monitor da esquerda, que fica em modo retrato, há anos usa um suporte articulado para monitor que permite que eu o gire e reposicione conforme a demanda do dia.

Entra em cena a Board Plus

E recentemente, graças a uma rápida pesquisa internacional, resolvi com categoria a questão do espaço do monitor da direita, que antes ficava equilibrado sobre uma caixa para estar na altura certa para mim: encontrei uma mesinha com tampo de vidro temperado e pés de ABS da altura certa (10cm), que vai sobre o tampo da minha escrivaninha e permite colocar o monitor no lugar e ainda dá espaço para guardar outras coisas abaixo dela.

No meu caso, abaixo da Board Plus cabem com folga a minha diminuta CPU do home office e os 2 HDs de backup, mas poderia ser um teclado, um notebook, ou o que estiver ocupando espaço aí na sua mesa hoje.


Board Plus - "genérico" da uBoard

Encontrei a BoardPlus após um pouco de trabalho: estava pesquisando, para resolver este mesmo problema, onde comprar uma UBoard, mas estava achando os preços salgados demais, e não preciso das portas USB extras que ela oferece. Aí fui pesquisar no eBay, e não demorei a encontrar um fornecedor do genérico da UBoard: exatamente a BoardPlus (talvez este link não esteja mais disponível quando você clicar), com outro design, sem portas USB e pela metade do preço da UBoard.

Comprar pelo eBay está sujeito a uma série de riscos e pode ser trabalhoso, além de envolver pagamento internacional e uma transação em inglês - avalie cautelosamente antes de prosseguir. Minhas experiências têm sido positivas, e mais uma vez deu certo: após menos de 2 semanas os Correios entregaram na minha casa o produto (este tempo incluiu a liberação pela alfândega brasileira). Meu custo total foi de R$ 87,00 - R$ 55,00 pelo produto, mais R$ 32 pelo envio, diretamente da Coreia do Sul.

A minha BoardPlus tem 10cm de altura, 50cm de largura, e 20cm de profundidade nas laterais (no centro a profundidade do tampo é menor, pois há um pequeno recuo). Ela vem sustentando um monitor de 23 polegadas sem sustos.

Já que estamos no assunto

O mesmo efeito de liberar espaço pode ser alcançado com uma tábua simples (qualquer supermercado vende, já pintadas e cortadas em tamanhos de prateleiras comuns) posicionada com cuidado (já que o monitor é frágil e valioso...) sobre apoios adequados, considerando a melhor altura de monitor adequada aos critérios ergonômicos do seu escritório - se o seu monitor não tiver um manual específico sobre seu posicionamento, não deixe de consultar um profissional habilitado, para evitar tendinites, torcicolos e outros males de uma mesa mal adaptada!

Superados os aspectos ergonômicos, dá para usar bastante a criatividade. Aquele suporte para a impressora com 2 nichos da foto acima, por exemplo, foi comprado em uma loja de materiais de construção, e lá estava à venda como 2 cestos de lixo em bambu - e tinha até um porta-escovas de dente combinando, que virou o charmoso porta-canetas ali ao lado.

Com alguns protetores de borracha adesivos, da 3M, esse apoio não transfere para a mesa as vibrações da impressora, e nem deixa ela escorregar - e os 2 nichos que ele cria permitem guardar bastante coisa ao alcance das mãos!

Otimizar a mesa de trabalho é uma questão de planejar bem a organização, e aplicar a criatividade para conseguir realizar o planejado. Aproveite e repense a sua!

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