Em cima do guarda-roupa e debaixo da cama

Os apartamentos modernos estão cada vez menores, e cada último centímetro cúbico de espaço útil que possa ser aproveitado sem causar impressão de aperto, bagunça ou desorganização é bem-vindo.

Colocar caixas de tamanhos e cores variadas em cima de um guarda-roupa ou prateleiras altas causa justamente essa impressão. Mas é relativamente fácil e barato obter uma coleção de caixas do mesmo tamanho e cor, ou de cores harmoniosamente combinadas, permitindo aproveitar este espaço sem gerar o famoso "ar de bagunça".

Guardar objetos em lugares altos tem uma série de inconvenientes. O peso é um grande obstáculo na hora de colocar ou retirar as caixas, e a própria dificuldade de acesso leva a tornar pouco prático armazenar desta forma itens dos quais você precisa com freqüência.

As duas caixas acima podem ajudar a compor uma solução. A da esquerda é um pouco maior (35 x 44 x 14cm) que a da direita (24 x 35 x 15cm), mas esta última leva a vantagem de ter um visor frontal para facilitar encontrar o que estiver dentro dela, na hora em que você procurar, e tem também reforço de costura. Como são relativamente pequenas, você pode empilhar algumas delas, e vai reduzir o problema do peso ao colocá-las e retirá-las do lugar (ao contrário do que ocorreria caso você optasse por uma única caixa pesada). Encontrei a da esquerda (com vários opções de cores) por R$ 11 e a da direita por R$ 16 no Kalunga.com.br.


Caixa baixa com rodinhas

Já a caixa acima, dica da vizinha Paula Fuzeto (na verdade ela indicou uma bem mais elaborada) tem uma vantagem especial para ser guardada debaixo da cama: ela tem rodinhas que facilitam colocar e retirar de posição a cada vez que você for acessá-la. Meça bem antes de comprar, para aproveitar melhor o espaço! O modelo acima, de 43 X 63,5 x 16cm, eu encontrei por R$ 50, também no Kalunga.com.br.

Por intermédio da mesma Paula eu cheguei também a esta simpática caixa organizadora & estação de recarga de aparelhos, que infelizmente não está à venda aqui no Brasil, e sim na Pottery Barn. Ela não serve bem para deixar em cima do guarda-roupa, nem debaixo da cama, mas parece tão útil com suas 4 tomadas, 2 caixas de som e vários compartimentos para guardar objetos de mesa, que de alguma forma me vi obrigado a mencioná-la - lembrando a todos os amigos que faço aniversário no mês que vem! ;-)

Completada a doação de US$ 700 do Efetividade para a Wikipedia e o Creative Commons

Lembra da nossa promoção para estimular as doações aos projetos da comunidade? O resultado dela saiu há mais de um mês, mas uma mudança de apartamento acabou ficando no meu caminho para realizar as doações do BR-Linux e do Efetividade.net aos projetos escolhidos pela promoção.

Mas ontem de manhã eu dediquei alguns minutos, e assim foram realizadas as duas doações prometidas, em homenagem aos 1012 blogs participantes da promoção. Foram US$ 350 para a Wikipedia e US$ 350 para o projeto Creative Commons.

Não preciso e nem posso lhes dar recibo comprobatório, mas a imagem acima (editada para caber melhor e proteger a privacidade do titular da conta) mostra o extrato das duas transações.

Assim fica cumprida a promessa e o compromisso. Tenho o hábito de contribuir com os projetos que uso, e sugiro e recomendo que você considere fazer o mesmo!

Livro: Dicas para um bom relacionamento no trabalho

O leitor Inacio Dantas entrou em contato para avisar sobre seu livro "Dicas para um bom relacionamento no trabalho", cujo tema tem forte identidade com vários artigos publicados aqui no site:

Sou autor do livro "Dicas para um bom relacionamento no trabalho" (Ed. Vozes, 141 páginas), que contém 300 dicas valiosas para o bom relacionamento num ambiente de trabalho. O livro está tendo excelente aceitação pelos leitores, e, assim sendo, venho propor a inserção do conteúdo no Efetividade. Com certeza terão também excelente aceitação pelos internautas que acessam o site.

Ele descreve: "Este pequeno livro vem atender às necessidades diárias de todo trabalhador, no que tange à convivência profissional e sua auto-vigilância. Afinal a mente é o principal instrumento para esse indivíduo e quanto mais saudável e aberta ela estiver, principalmente nos dias de hoje, maiores serão os sucessos."

Pedi a ele para enviar um pequeno trecho com amostra das dicas, e ele o fez, tanto em formato DOC quanto em Open Document. Desejo boa leitura!

"O general inteligente vence suas batalhas com facilidade" (Sun Tzu)

Sun Tzu, que no século 4 a. C. escreveu o livro que hoje conhecemos como "A Arte da Guerra" (que você deveria ler, ou reler, se ainda não o fez), escreveu:

O que os antigos chamavam de um general inteligente era aquele que não somente vencia, mas que primava por vencer com facilidade.

As vitórias pela inteligência parecem fáceis, do ponto de vista de quem observa, mas em geral demandam bem mais planejamento e preparação - esforços que o observador casual não percebe, ou não associa à vitória que observou.


Sun Tzu

Já tive minha cota de chefes que abriam mão de vitórias certas, usando expressões como "mas assim é muito fácil", ou "mas assim qualquer um faz".

Quando se conhece claramente o objetivo da organização, uma "vitória fácil" que a deixe mais perto de sua missão, ou de realizar sua visão, é algo desejável.

Abrir mão de um plano vitorioso pela preocupação de que vai parecer, ao observador externo, uma vitória fácil demais pode ser sintoma de insegurança, ou de fogueira das vaidades, colocando seu próprio ego acima dos objetivos da organização.

E o pior: muitas vezes essa atitude significa gastar uma série de recursos que seriam desnecessários, para atender a alvos secundários (mas vistosos), que acabam ficando (sob o ponto de vista do gestor) mais importantes do que o objetivo original.

Na próxima vez que você vir um plano simples ser descartado em prol de outro que envolva mais holofotes e fogos de artifício, lembre-se de Sun Tzu e procure influenciar as pessoas ao seu redor para que pensem mais claramente nos objetivos envolvidos, antes que acabem chegando a uma vitória de Pirro!

Para completar, mais um trecho da Arte da Guerra:

Se não for do interesse da Instituição, não aja. Se não tiver condições de vencer, não recorra ao conflito armado. Se não estiver em perigo, não desencadeie as hostilidades.

Se não agüenta o calor, não fique na cozinha!

Saiba mais: A Arte da Guerra (336 páginas, Ed. Martins Fontes).

Como informar problemas ao seu chefe

Você tem medo de levar más notícias? Muita gente se preocupa ao levar problemas a seus superiores, às vezes com razão: infelizmente, muitos chefes continuam adeptos da prática de sacrificar os mensageiros portadores de más notícias.


"Chefe, deu um probleminha no porto e TALVEZ os containers atrasem!"

Mas a situação não precisa ser assim e, mesmo quando é, às vezes você pode vir a ter a necessidade de ser o portador das más notícias.

Se acontecer com você, aprenda como virar o jogo a seu favor, identificando de antemão as respostas às 3 perguntas essenciais nas comunicações de problemas:

1 - Qual é o problema? Você precisa saber como contar ao chefe (alguns preferem que seja direto, outros preferem uma exposição detalhada das circunstâncias, etc.), mas não adianta entrar na sala sem saber uma descrição completa, incluindo o que, quem, quando, quanto custa, onde, como, por que. Mesmo em casos de urgência, se você vier com informações insuficientes sobre um assunto sério, talvez seu chefe tenha razão em ficar agitado.

2 - Qual a causa do problema? Ao formular sua resposta, cuidado para não participar de algum complexo de Rainha de Copas do seu chefe - prefira se esforçar para que ele resista ao impulso de sair cortando cabeças. Mas a razão ou motivo de o problema existir precisa ser identificada e apresentada.

3 - Qual o curso de ação proposto? Agora que sabemos que o problema existe, o que podemos fazer a respeito? Identifique cursos de ação possíveis, e saiba colocá-los em ordem de preferência. Pense em como fazer para prevenir o problema (se ainda der tempo), reduzir ou mitigar seus efeitos adversos, resolver o problema, evitar novas ocorrências futuras ou, no mínimo, como estar em uma posição menos desfavorável após a manifestação do problema.

Dependendo da saúde e maturidade da sua organização, pode existir uma quarta questão tão importante quanto as 3 acima:

4 - Como fazer o chefe poder dizer que foi ele que achou a solução? Faz tempo que não passo por uma situação dessas, mas sei por experiência própria (distante) que alguns chefes se sentem ameaçados pela possibilidade de o restante da equipe poder vir a cometer a heresia de pensar que um subordinado está guiando seus atos - e nessas situações, pode ser melhor para todo mundo se ele tiver uma saída clara que lhe permita ser visto como o salvador da pátria, enquanto você encontra uma forma de arranjar um chefe melhor para si.

Mas como todas as técnicas corporativas, esta traz embutido em si um problema potencial: a possibilidade de o seu chefe ler este artigo, e ao invés de se limitar a mandar o link pra equipe, ter a "brilhante idéia" de formalizar o processo, com formulários com 3 campos respondendo às questões acima, um código identificando o problema, e vários outros elementos a serviço da eficiência na catalogação e posterior recuperação das informações, e do acompanhamento da resolução do problema, como se faz (e aí corretamente) na hora de comunicar problemas entre equipes, ou entre cliente e fornecedor.

Prezados chefes: no âmbito interno da equipe, estas regras podem ser melhor implementadas pelo bom senso do que pela normatização. Não burocratize o processo de notificação de problemas do dia-a-dia no âmbito interno da equipe, ou as pessoas passarão a reportar menos destes problemas, e eles só chegarão a você tarde demais. Porque mesmo quem sabe como relatar um problema, eventualmente tem de quebrar as regras acima, na hora dos grandes incêndios, e formalização desnecessária nessa hora custa caro. Se for o caso, encarregue alguém do seu staff de registrar e formalizar as questões após elas terem sido relatadas.

Isso vale para você, mas também vale para sua equipe, para seus superiores e para mim. E assim, todos nós resolveremos os problemas, exceções e não-conformidades mais rapidamente.

Os 12 ingredientes do sucesso de um blog

Quais as características de um bom blog? Merlin Mann, criador do blog 43 Folders (que me inspirou a criar o Efetividade.net, em 2005) publicou uma pequena lista dizendo o que faz um bom blog, na opinião dele.

Eu vou colher dessa fonte mais uma vez, publicando abaixo minha própria lista - baseada na do 43 Folders, mas com alguns desvios e acréscimos.

Eu mantenho 2 blogs de porte razoável - o Efetividade.net, que você está lendo neste momento, e o BR-Linux, que está na estrada desde 1996. E acompanho vários outros, brasileiros e estrangeiros, e uma coisa que percebo é que os blogs que mais me atraem têm muito pouco em comum uns com os outros, especialmente no que diz respeito ao seu conteúdo.

E não é porque eu só leio um blog sobre cada assunto. Pelo contrário: o número de blogs sobre código aberto e sobre lifehacking que eu acompanho é considerável. Mas os melhores entre eles realmente são (os top-5, ou top-3 de cada categoria) em geral são completamente diferentes entre si.

E com o crescimento explosivo do número de blogs, vejo tanta gente iniciando seus próprios esforços, querendo fazer sua voz ser ouvida, mas cometendo o erro essencial de fazer cover da forma, nome e conteúdo de blogs existentes. Inspiração é legal, imitação assumida também pode ser uma forma de atrair interesse, mas de modo geral, para alcançar a luz própria vale mais a pena buscar percorrer os caminhos ainda não trilhados.

Assim, eis uma pequena lista de atributos que os bons blogs que eu acompanho possuem. Nem todos os bons blogs reunem todos os atributos, e nenhum deles pode possuir todos eles em grau máximo. Mas eles compõem bem o seu mix, e você também pode fazer o mesmo.

  1. Voz e face: Você pode concordar, ou discordar, do que está sendo dito em um bom blog. Mas você percebe e sente que se trata da opinião de quem escreveu. A face está exposta e a voz está ali, clara, com todas as suas tonalidades e timbres - não é aquela coisa neutra, sem cor, sem alma e sem graça. Para procurar a tal "neutralidade jornalística", sabemos onde ir, e não é ali.
  2. Uma obsessão exposta: Os bons blogs são sobre um assunto (ou conjunto deles) que interessam profundamente aos seus autores. Um tema que eles dominam, ou ao menos acompanham com grande interesse, e querem compartilhar com quem desejar ler.
  3. Bom texto, em blocos: Os bons blogs apresentam basicamente texto, organizado em parágrafos, que lemos de cima para baixo e da esquerda para a direita, pulando as partes que não nos interessam, como faríamos com uma revista preferida. Seus autores podem até não ser grandes prodígios da escrita, mas ao menos se esforçam para redigir com clareza, usando as maiúsculas na hora certa, acentuação, pontuação e alguma atenção à gramática.
  4. Formatos alternativos: Ocasionalmente, um bom blog quebra a regra acima, e é composto primariamente de imagens, ou de slides, ou de listas de itens, ou mesmo de links. Mas o conteúdo é tão interessante, a organização é tão original, e o conjunto é tão funcional (ou harmonioso), que ele consegue atrair e manter a atenção mesmo assim. Mas essa regra é tão freqüentemente abusada por autores que têm preguiça de escrever, que acaba sendo um obstáculo até para os talentosos.

  5. Sempre autêntico: Além de expressar a sua voz, o bom blog não tenta disfarçá-la. Se ele está fazendo uma propaganda comercial em seu texto (os chamados "publieditoriais", ou "posts pagos"), ele deixa isso claro, e o leitor pode aceitar ou não. Se ele é a favor de um determinado partido, ele não se finge de politicamente neutro. E assim, quando ele emite uma opinião a favor de uma idéia ou produto, você não tem dúvida de que é o que o autor realmente pensa, e não algo que ele foi pago para lhe mentir.

  6. Ele se distingue dos seus pares: Mesmo quando está cobrindo o buzz ou a grande notícia do dia, o texto dele tem algo que vai além do que os outros blogs do mesmo campo de atuação, e com acesso ao mesmo conjunto de fontes, puderam oferecer. Ou chega mais cedo, ou é mais amplo, ou tem opiniões mais balanceadas, ou uma análise mais específica, ou inclui links para mais fontes interessantes, ou a ilustração é fora do comum, ou tantas outras formas de se destacar pela qualidade.
  7. Você ocasionalmente discorda deles: A não ser que o blog em questão seja seu, você ocasionalmente discorda do que ele diz. Isso é uma conseqüência do item 1: o bom blog tem voz, expressa opinião. E às vezes você discorda do que ele diz sobre seu software preferido, sua empresa dos sonhos ou sobre uma ou outra técnica que recomenda. Mesmo assim, você continua a ler, porque até a discordância é interessante. E se o blog for bom mesmo, você encontra um jeito de dialogar com o autor, e a discussão enriquece a experiência. Se o autor nunca se arrisca a dizer nada que ele genuinamente acredite, mas sabe que pode desagradar a uma parte da sua audiência, seu produto pasteurizado passa a ser embalado e colocado no freezer, e não consumido em grandes doses.

  8. Ele não fica tentando discordar de você: Ter voz e provocar discordância ocasional é bom. Ser um troll que passa os dias inventando maneiras de provocar ou ofender determinadas classes do público, porque sabe que isso dá audiência, é algo completamente diferente. E pode até dar resultado para o autor, mas não faz um bom blog.
  9. Ele erra de vez em quando. E assume. Para fazer o que não foi feito ainda, qualquer empreendimento tem que contar com a disposição de arriscar, e eventualmente errar. Um bom blog de vez em quando lança alguma novidade que não atrai interesse nenhum, cria uma promoção que é um fracasso, tenta fazer algo que acaba não decolando. Mas ele não varre nada disso para baixo do tapete: o assunto é exposto, discutido, e serve para que os envolvidos aprendam e evoluam, e acertem mais na próxima vez.
  10. Ele dá crédito: Se uma idéia é inspirada no trabalho alheio, isso é mencionado claramente e com todas as letras. As fontes das novidades são referenciadas e linkadas apropriadamente. A colcha de retalhos é formada com partes cuja origem é conhecida e divulgada.
  11. Ele tem ritmo: Os leitores sabem o que esperar: um post por semana, 10 posts por dia, posts ilustrados, posts sérios, posts com fina ironia, etc. Um bom blog estabelece seu próprio ritmo, e depois o segue.
  12. Ele sabe quando quebrar as regras: Eventualmente o autor faz um post fora do seu tema central, se engaja em uma campanha alheia, publica um link ou imagem sem contexto, deixa de expressar sua opinião. Ele sabe quando fazer isso, o faz de forma ética, e sem interromper o fluxo usual.

E você?

Naturalmente, o que está exposto acima é a minha opinião, e a minha voz. Você pode discordar, e está convidado a expor nos comentários a sua própria voz sobre o que faz um bom blog!

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