2 monitores no seu PC: ganhe produtividade e reduza o stress

Encontre um uso para aquele monitor velho que sobrou após o upgrade, ou um bom motivo para comprar logo um LCD

Nos últimos 3 anos tem havido uma verdadeira corrida aos monitores LCD, e conforme os preços vão se reduzindo, mais pessoas conseguem fazer o upgrade do antigo e pesado monitor CRT para os seus modernos e esbeltos sucessores. Conheço várias pessoas que já estão no seu segundo ou até mesmo terceiro upgrade de monitor LCD - um amigo conta que comprou este mês um LCD de 19 polegadas widescreen pelo mesmo preço que pagou por um de 14 polegadas em 2005. E deve ser verdade, já que hoje já é possível encontrar no comércio regular monitores LCD de 19 polegadas por menos de R$ 1000.


Dois monitores ligados ao mesmo PC

Uma conseqüência é que está cada vez mais difícil vender bem o seu monitor CRT usado, que foi para o escanteio no momento da troca para o LCD. Você sempre pode optar por doá-lo e fazer a sua parte para a inclusão digital. Mas que tal manter a utilidade do seu monitor velho, sem abrir mão do novo? Basta conectar ambos os monitores ao mesmo PC, configurar o desktop "dual head" e pronto: você terá um ganho de produtividade inimaginável para quem nunca experimentou trabalhar com 2 telas ao mesmo tempo.

O ganho de produtividade

Quando você tem 2 monitores no mesmo computador, pode optar por trabalhar com 2 desktops independentes, ou com um grande desktop que se estende aos 2 monitores. Em qualquer um dos 2 modos, você pode abrir e mover suas janelas em qualquer um dos monitores, e o mouse se movimenta livremente entre os 2 contextos, fazendo o "salto" ao chegar na extremidade.

Fazer uso de um segundo monitor tem utilidades bastante claras, mas que às vezes não são óbvias à primeira vista. Se você é um usuário comum, e suas tarefas são orientadas ao e-mail, você pode deixá-lo aberto e maximizado em um dos monitores, enquanto opera seus demais aplicativos (também maximizados) no outro. Se você é desenvolvedor ou artista digital, pode deixar as janelas de edição em um dos monitores, enquanto observa a saída de seu projeto (ou a documentação relevante) no outro. No uso doméstico e de lazer, é possível deixar um vídeo passando em full screen, ou o seu comunicador instantâneo em um dos monitores, enquanto navega ou joga online no outro.

O maior vilão da perda de produtividade no uso de computadores é a perda de contexto. Se você tem que ficar alternando entre janelas maximizadas para trabalhar, seu cérebro precisa se adaptar ao contexto de cada uma delas a cada mudança, além de lidar com a operação necessária para a troca entre elas, e a seleção da nova janela adequada. Você já deve ter percebido isto ao ter de fazer múltiplas trocas de tela para conseguir copiar os dados de um e-mail para fazer um depósito em um banco on-line, por exemplo. E ao usar 2 monitores você imadiatamente dobra a sua possibilidade de manter contextos ativos simultaneamente.

Estudos de laboratório demonstraram que a adição de um segundo monitor ao desktop de um profissional aumenta sua produtividade entre 9 e 50%, dependendo do tipo de tarefa que ele desempenha. Os testes envolveram a habilidade de completar diversas tarefas comuns, alternar entre tarefas e lembrar de informações. Se você trabalha como desenvolvedor, veja este artigo específico sobre os ganhos de produtividade na sua área. Aproveite e veja também este artigo do Lifehacker que cita uma mais conservadora pesquisa do New York Times apontando ganhos de 20 a 30% na produtividade ao usar 2 monitores.

Eu uso 2 monitores há algum tempo (a foto acima é da mesa em que uso o notebook em casa), e posso afirmar que para mim o ganho não é apenas de produtividade: com 2 desktops visíveis, torna-se muito menos estressante trabalhar on-line, realizar atividades de pesquisa e manter contato com os colaboradores, sem ter de ficar guardando na memória as informações dos contextos e janelas que ficam escondidos.

A configuração

Configurar 2 monitores no mesmo computador pode ser bem mais simples do que você imagina: muitas placas de vídeo suportam 2 monitores simultâneos (1 pela porta VGA e outro pela porta DVI, ou mesmo com 2 portas VGA simultâneas), e nos casos em que este recurso não está disponível, em geral é possível instalar uma segunda placa de vídeo (aquelas PCI mais baratas - vi uma no comércio hoje por R$ 60,00) para permitir esta vantagem.

Se você usa com freqüência o notebook em sua escrivaninha, pode aproveitar a mesma dica. Em geral os notebooks contam com uma saída de vídeo VGA ou DVI adicional, para conectá-los a projetores, e estas saídas podem ser usadas perfeitamente para usar um monitor externo, tanto isoladamente quanto em paralelo com a tela LCD do próprio notebook.

A configuração de software é assunto para outro blog, mas dizem que no caso do Windows (desde o Windows 98) esta configuração é plug and play e trivial. Segundo uma matéria do IDGNow sobre o uso de 2 monitores, você deve ir "até a área de trabalho do monitor ativo do seu desktop com o sistema operacional Windows. Clique com o botão direito do mouse e escolha “Propriedades”. Uma janela vai se abrir. Clique na aba “Configurações”. Você verá dois ícones de monitores, identificados pelos números 1 e 2. Escolha qual será o principal e qual o secundário, apenas clicando sobre eles e mudando-os de posição. Depois disso, basta apenas clicar em ““Estender a área de trabalho do Windows a este monitor”, que aparecerá abaixo da “Resolução de tela”. Com isso, você pode usufruir todo espaço extra da tela. Por fim, você pode ajustar a resolução dos monitores independentemente."

Eu uso um segundo monitor junto ao meu notebook, um HP Pavilion rodando o Ubuntu Linux 6.10. Para ativar o desktop no segundo monitor foram necessários alguns passos um pouco mais cabalísticos, mas ao final funcionou bem. Não tenho condições de prestar suporte a usuários interessados em saber mais detalhes, mas eis uma cópia do meu arquivo xorg.conf com todas as alterações que foram necessárias para fazer funcionar um monitor externo Samsung Syncmaster 740N de 17 polegadas com o Linux no HP Pavilion DV4000.

Vale a dica padronizada para aquisições tecnológicas do Efetividade.net: pesquise bem antes de comprar qualquer coisa, e se você não é do tipo que aprecia um bom desafio tecnológico, convide um amigo geek para tomar um café na sua casa no dia em que for realizar a compra e a instalação.

Saiba mais

- Aprenda a configurar 2 monitores e ganhe produtividade (IDGNow)
- Tutorial: ganhe produtividade com 2 monitores (WNews)

D-Link DWL-G730AP: um roteador para redes sem fio completo e pesando apenas 50g

Leve na mochila um ponto de acesso sem fio menor que um sabonete comum, alimentado diretamente pela sua porta USB

O Efetividade.net testou o access point D-Link DWL-G730AP, um aparelhinho minúsculo (8 x 6 x 1,7cm) que pesa apenas 50g e que pode transformar em uma conveniente conexão sem fio qualquer ponto de rede físico a que você tenha acesso - num hotel, sala de convenções, sala de reuniões, etc.


Pelo tamanho do conector USB você pode estimar as demais proporções do D-Link DWL-G730AP

Há cerca de um mês eu já havia analisado o Linksys WRT54GC, um access point compacto, pouco maior que um maço de cigarros, que pode ser levado facilmente na mochila junto com o seu notebook, suporta alimentação via USB e transforma qualquer ponto de rede com fio em uma rede wireless instantaneamente.

E aquele modelo da Linksys é um verdadeiro gigante quando comparado ao modelo da D-Link que analisamos hoje. Ambos foram aprovados nos testes, mas cada um tem suas vantagens e pontos fortes. Vamos aos detalhes!

A maior vantagem: alimentação USB

O DWL-G730AP dispensa a presença de uma tomada, podendo ser alimentado diretamente via porta USB do seu notebook ou PC, o que é prático na maioria das situações, mas se torna uma vantagem imbatível em um caso especial: quando você está em um grupo e não dispõe de uma tomada livre nem mesmo para o notebook, mas pode contar com a bateria de um dos notebooks para alimentar o Access Point.

Para isto é necessário usar o cabo especial que acompanha o aparelho, que tem um plug de alimentação elétrica em uma ponta e um plug USB macho na outra ponta. Este cabo tem cerca de 40cm, o que pode ser suficiente para a maioria dos usos. Em situações especiais, talvez você precise de um cabo extensor USB, que não acompanha o produto mas custa uma ninharia em qualquer loja de acessórios.

Claro que em situações normais você pode ligar o aparelho diretamente na tomada, com o adaptador (100-240V automático) incluso.

A vantagem da mobilidade

Quando você opta por um access point compacto, está abrindo mão de uma característica bastante útil em aparelhos de maiores dimensões: o raio de alcance. Os modelos compactos em geral têm antenas internas e baixa potência, e não são a escolha certa para oferecer cobertura para sua casa inteira ou para um grande auditório.


O DWL-G530AP na minha escrivaninha

Em compensação, você passa a poder levar na mochila uma dose de conectividade sem fio na medida certa para uma sala de reuniões ou um quarto de hotel, ou qualquer lugar em que haja mais notebooks do que pontos de rede na parede. Um dos meus usos preferidos para um ponto de acesso sem fio são os quartos de hotel: quando há ponto de rede no quarto, geralmente ele está próximo a uma bancada desconfortável, e eu sinto falta de poder usar a mesa, ou mesmo digitar na cama, sem ter de andar com um cabo de rede de 10m (que no fim das contas ocupa mais espaço na mochila e pesa mais do que o DWL-G730AP).


O estojo e seu conteúdo

E o DWL-G730AP ganha pontos extras neste conceito por vir em um prático estojo com zíper, capaz de levar todos os seus acessórios de forma compacta e prática, e acrescentando uma camada extra de proteção contra impactos quando transportado na sua mochila.

Conectividade de gente grande

O DWL-G370AP tem 3 modos básicos de operação, selecionáveis por uma chave (física) localizada na sua base. Ele pode ser um ponto de acesso comum, um roteador sem fio ou um cliente para redes sem fio. Cada um dos 3 modos tem sua própria configuração independente, gerenciável via navegador e ativada automaticamente quando o usuário seleciona a posição correspondente da chave seletora já mencionada. Alterar a configuração de um dos modos não sobrepõe ou altera a dos outros.

O modo de cliente para redes sem fio é o mais sem graça dos 3, servindo basicamente como substituto para uma placa de rede sem fio para micros que não disponham de uma. Como ponto de acesso, o DWL-G370AP se conecta a uma rede local e dá acesso sem fio a ela para os micros e notebooks que estejam ao seu alcance. Mas é como roteador sem fio que o DWL-G370AP realmente brilha. Conectado a um modem ADSL, cable modem ou outra forma de banda larga, ele oferece acesso sem fio à Internet para os micros e laptops autorizados, com servidor DHCP incorporado, VPN Pass-through, firewall (incluindo NAT e filtro de endereços MAC).

Em qualquer um dos modos de operação, o aparelhinho suporta WEP de 64 e 128 bits e WPA-PSK, e os padrões 802.11B e G, até 54Mbps. O alcance nominal é 50m na velocidade máxima, e 200m a 6Mbps. A interface de administração via web é a mesma que em outros modelos da D-Link, mas mostra opções diferenciadas, dependendo de qual modo de operação esteja ativado.

Resultados dos testes

Eu coloquei um DWL-G370AP na minha seqüência de testes padronizada: tirar da caixa, ligar na tomada (em modo roteador) e a um cable modem, e ver o que acontece. E aconteceu o que devia acontecer: meu notebook (um HP Pavilion rodando Ubuntu Linux) reconheceu uma rede sem fio (cujo ESSID tem o nada criativo nome de "default"), pude acessar o assistente de configuração usando o Firefox (para preencher parâmetros como o fuso horário) e rapidamente estava navegando na Internet, a plena velocidade.


O diminuto painel de conexões

Em seguida fiz os testes "avançados": conectei a um modem ADSL (foi fácil ativar o PPPoE e configurar login e senha do provedor no roteador), depois ativei as opções mais comuns de criptografia, fiz alguns redirecionamentos de portas (para permitir o uso de serviços P2P e gaming). Sucesso total em todos os meus experimentos.

Testei ainda o alcance, e não era grande coisa, como esperado. Em uma sala de reuniões grande, a cobertura foi completa. Mas o sinal não ultrapassou paredes nem acompanhou curvas sinuosas da planta de uma casa como um access point D-Link doméstico, com antena aparente comum, faz com facilidade.

Conclusão

O DWL-G370AP é o menor ponto de acesso que eu já tive oportunidade de testar, e tem a forte vantagem de poder operar sem usar uma tomada extra, desde que esteja perto o suficiente de uma porta USB alimentada. Em compensação, ele perde do Linksys WRT54GC em um aspecto bastante importante: para ser tão pequeno, ele não inclui o switch 4 portas Ethernet que o modelo da Linksys (um pouco maior e sem alimentação USB) oferece.

Em compensação, ele é do tamanho de um sabonete gasto, pesa 50g e suporta todos os protocolos e recursos de rede que uma pessoa precisa para ser feliz. Ganhou nota 10 na análise do Efetividade.net. Se você viaja com freqüência ou sente falta de acesso sem fio em várias salas de reunião em que há pontos de rede fixos, pode ser sua chance de fazer algo a respeito - e ele é suficientemente barato para este tipo de uso esporádico.

Saiba mais

- Consulte o preço do D-Link DWL-G730AP no Submarino.
- Veja a página do produto (em inglês) no site da D-Link.
- Simulador da interface de administração.

Observação importante: Se configurações de rede local não são uma arte que você domina, e se você acredita que ler o manual técnico do equipamento pode não ser suficiente para que você o coloque em funcionamento, identifique desde já um amigo com pendores tecnológicos e convide-o para um churrasco na sua casa exatamente no dia em que o roteador chegar!

Aurelio.net: Ganhando dinheiro na Internet e com seus talentos geeks

O Aurélio Marinho Jargas, figura bastante conhecida na comunidade Linux brasileira, vem conseguindo há algum tempo viver confortavelmente naquilo que para muitos é a atividade ideal: uma carreira solo baseada quase puramente em seus talentos e habilidades geeks.

Claro que isso não aconteceu de uma hora pra outra. Ele escreveu alguns livros que vendem bem (3 deles eu comprei, e de um deles eu tenho até mesmo mais de um exemplar), ganha dinheiro com o Adsense, realiza trabalhos de programação (especialmente parsers, geradores, conversores de formato - fugindo do modelo do "sistemão" tradicional) freelance, e ainda por cima vende bem alguns outros materiais de documentação de sua autoria, diretamente e via Internet.

O modelo adotado por ele não serve para todo mundo, mas parece atendê-lo bem, já que segundo ele próprio, "não quero ser ProBlogger, nem escritor, nem programador. Quero poder fazer um pouco de cada e ainda assim ter uma vida livre, desfrutando dos prazeres das coisas simples, em contato com a natureza."

E ele resolveu sintetizar a lista das suas fontes de renda em um post em seu blog, sob o título de "Vamos falar de grana $$$". Talvez alguma das dicas dele inspire você a fazer algo parecido, para complementar suas demais atividades. Confira!

"Opinião de Aluguel"? Revista PC World brasileira compara PayPerPost e ReviewMe

"Opinião de Aluguel: Blogueiros são pagos - muitas vezes sem avisar seus leitores - para elogiar produtos em suas páginas". Assim começa a matéria da página 12 da edição corrente da PC World brasileira, que fala sobre 2 serviços on-line em que blogueiros participantes são pagos para escrever análises de produtos e serviços.

A generalização não me agradou. Especialmente a chamada na capa, que diz apenas "Blogs cobram para elogiar produtos". Mas não foi isto que me motivou a escrever, até mesmo porque acho que a PC World brasileira não consegue causar dano à imagem coletiva da "classe blogueira".

Ao mesmo tempo, se considerarmos verdadeiro o exemplo apresentado no artigo, do fulano que já publicou em seu blog artigos analisando (positivamente) itens tão variados quanto serviços de viagem, programas de TV, pisos laminados e lingerie, sempre motivado por sistemas de pagamento em troca de artigos, há espaço para refletir sobre a possibilidade de este modelo estar fazendo de bobo o anunciante ou o leitor, com análises tão artificiais quanto o lanche da foto acima.

Eu não sou completamente contra a idéia de intermediários unirem os anunciantes (dispostos a pagar para ter artigos de blogs gerando tráfego para seus sites) a blogueiros individuais (dispostos a oferecer espaço de análise em seu blog para estes anunciantes), mas acho que cabe ao blogueiro tomar algumas providências:

  1. Escrever apenas sobre produtos ou serviços que conheça ou tenha experimentado
  2. Ser sincero e equilibrado em sua análise, com a dose justa de elogios e críticas
  3. Jamais deixar de informar aos leitores quando uma análise estiver sendo paga
  4. Não deixar que os artigos patrocinados ocupem uma parcela muito grande do material do blog

Entre os 2 serviços mencionados no artigo da PC World, o ReviewMe (bastante conhecido no Brasil) parece ter as regras que mais dificultam os abusos - principalmente porque é necessário escrever em cada post que se trata de um artigo patrocinado, não há restrições editoriais contra análises negativas ou críticas. O que não significa que o Pay per Post favorece comportamento anti-ético, embora ele ofereça alternativas que dispensam a menção ao patrocínio no texto do próprio post, e permita que o anunciante tenha maior grau de controle ao definir o que espera que o blogueiro escreva sobre seu produto.

Como leitor, posso dizer que lembro de várias análises publicadas por John Chow, patrocinadas via ReviewMe, que me pareceram honestas e informativas, sobre produtos que me interessavam. Ao mesmo tempo, já li outras análises patrocinadas que eram puramente jabá (ou payola) e até mesmo me fizeram cancelar a assinatura do feed do blog que as publicou. Jabá do tipo "brodagem" (como indicar o escritório de contabilidade do seu irmão) é divertido, se for assumido, mas cobrar regularmente para escrever jabá sobre serviços que você nem mesmo usou é bem diferente.

Quem aceita publicar este tipo de material, sabe o risco a que está se expondo. Como em tudo na vida, a sabedoria está no equilíbrio, e a atitude ética é a chave e o critério que acaba diferenciando os que terão sucesso a longo prazo.

E os outros? Os outros ganham alguns trocados para levar revistas de tecnologia a escrever que "Blogueiros são pagos em sigilo para elogiar produtos", mas acredito que a longo prazo serão irrelevantes, pois sua opinião não será valorizada e até mesmo os sites de busca acabarão aprendendo a identificá-los. Eu não os leio. E você?

GTD: 4 dicas simples para facilitar a adoção deste método de produtividade pessoal

Já faz algum tempo que eu não publico nada por aqui sobre a metodologia GTD, de David Allen. Mas continuo aplicando boa parte dela ao meu dia-a-dia, e posso afirmar que ela vem funcionando bem para mim.

Se você não sabe ainda o que é GTD, leia os artigos do link acima, ou este resumo do GTD que eu publiquei em novembro passado. Segundo o próprio autor, a essência de GTD é:

"Tire tudo de sua cabeça. Tome decisões sobre cada coisa no momento em que toma conhecimento dela, sem esperar elas explodirem. Organize lembretes de seus projetos e das próximas ações em cada um deles em categorias apropriadas. Mantenha seu sistema atualizado, completo e analisado com uma freqüência suficiente para ter confiança em suas escolhas intuitivas sobre o que você está fazendo (ou deixando de fazer) a cada momento."

Implementar o GTD na sua vida pode ser visto como um ato de fé, ou uma conversão: o retorno só é maximizado se você adotar tão completamente quanto estiver ao seu alcance, e de uma vez só, para as diversas áreas da sua vida em que a produtividade importante: trabalho, faculdade, organização doméstica, etc. Mas é possível adotar algumas técnicas para facilitar esta transição.

Se você já andou lendo sobre GTD e está pensando em experimentar, eis 4 dicas que podem ajudar a experiência a dar certo:

  1. Comece com o que você já conhece: não torne tudo mais difícil ao se obrigar a se adaptar a novas ferramentas. Se você se dá bem com listas em papel, comece com listas em papel. Se já está bem adaptado a um palm, use-o. Se anda com um notebook em todo lugar, pode experimentar também. Mas não espalhe as informações em múltiplas ferramentas - o método GTD tem como um de seus fundamentos a unificação das caixas de entradas e listas de pendências.
  2. Popule seu sistema da forma mais completa possível, e revise regularmente: A idéia é que você possa se acostumar com a sensação de que não precisa manter uma lista de pendências paralela sempre na sua cabeça. Não sabote a si mesmo, deixe suas listas, fichas ou agendas sempre tão completas quanto possível, atualize o status de cada tarefa ao terminar, e revise tudo regularmente.
  3. Torne seu sistema portável: e carregue-o consigo! Se você estiver na loja de ferramentas e perceber que não sabe a bitola dos cabos que faltaram, e que eles estão anotados em uma agenda lá no escritório, você estará criando o reforço negativo que deveria evitar, e não conseguirá se convencer de que vale a pena tirar da memória as informações que registra nas fichas. Se sua agenda ou notebook não podem ser levados e consultados em qualquer lugar, você deveria repensar a ferramenta adotada.
  4. Dê a si mesmo o tempo de criar o hábito: É razoável esperar ao menos 4 semanas para transformar a intenção em hábito. Não desista no terceiro dia!

A dica vem da Kelly Forrester, que trabalha com David Allen, criador do método GTD - portanto ela deve entender do assunto ;-)

Empreendedorismo e blogs: a importância de um plano de negócios

A colega Nospheratt publicou em seu blog, cujo tema são as técnicas de monetização de blogs, um artigo que tende a interessar os leitores aqui do Efetividade.net. No artigo, George A. de Araújo defende a importância do plano de negócios como ferramenta básica para a estratégia de quem quer se posicionar como empreendedor, mesmo que seja no âmbito dos blogs. Como administrador, não posso deixar de concordar.

Leia o artigo, intitulado Fatores Importantes Para o Seu Plano de Negócios, e deixe por lá sua opinião.

Ou continue lendo por aqui para saber um pouco mais sobre o conceito de modelo de negócios e por que ele é tão importante para quem tem intenções de longo prazo.

A Nospheratt foi convidada para escrever um artigo aqui para o Efetividade, de um tema sobre o qual vou guardar surpresa. Em breve deve aparecer algum material dela por aqui.

O artigo do George não tem a intenção de apresentar as definições e técnicas relacionadas a planos de negócios, mas você pode considerar a seguinte definição, que tem o aval do SEBRAE:

Plano de negócio é um documento escrito que tem o objetivo de estruturar as principais idéias e opções que o empreendedor analisará para decidir quanto à viabilidade da empresa a ser criada. Também é utilizado para a solicitação de empréstimos e financiamento junto a instituições financeiras, bem como para expansão de sua empresa.

Numa visão mais ampliada, o plano de negócio tem as seguintes funções:

- Avaliar o novo empreendimento do ponto de vista mercadológico, técnico, financeiro, jurídico e organizacional;

- Avaliar a evolução do empreendimento ao longo de sua implantação: para cada um dos aspectos definidos no plano de negócio, o empreendedor poderá comparar o previsto com o realizado;

-Facilitar, ao empreendedor, a obtenção de capital de terceiros quando o seu capital próprio não é suficiente para cobrir os investimentos iniciais.

Nem todas as funções essenciais de um plano de negócios são importantes para quem pretende manter um blog (que raramente precisa de captação de recursos financeiros externos, por exemplo), mas mesmo assim as suas técnicas constituem uma boa forma de diagnóstico preliminar e planejamento.

Pessoalmente, não me vejo como blogueiro profissional - sou funblogger, embora meus blogs gerem bom faturamento. Mesmo assim, tracei um plano de negócios e procuro mantê-lo, atualizá-lo e utilizá-lo para comparar periodicamente o previsto com o realizado. Sei que vários dos profissionais da área adotam as mesmas técnicas, e não tenho dúvida de que isto é uma parte (ainda que pequena) da receita do seu sucesso.

Saiba mais sobre planos de negócios no site do Sebrae.

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