IRPF: como fazer do jeito fácil

Declarar o IRPF deste ano está sendo um pesadelo para você? Saiba que facilitar o procedimento no ano que vem depende de começar a se preparar, com procedimentos bem simples, desde já!

O Imposto de Renda é uma realidade inescapável para grande parte dos trabalhadores assalariados e demais obrigados a declarar, incluindo a maioria das pessoas com salários brutos superiores a cerca de R$ 1800,00.

Mais precisamente, e de forma específica para o ano corrente: quem teve rendimentos tributáveis superiores a R$ 22.487,25 em 2010 precisa declarar agora em 2010, de 2 de março até às 24h do dia 30 de abril.

Embora para uma parcela considerável deste público a declaração seja bastante simples (preenche dados pessoais, preenche saldo da conta-corrente em 31/12, preenche dados salariais que o empregador informou, opta pelo desconto simplificado, encerra e envia), para muitos outros trata-se de uma ocasião anual memorável pela incomodação e dificuldade em localizar os dados necessários.

Para muitos de nós a tarefa é complexa, mesmo

Por exemplo, quem tem investimentos, bens e direitos a declarar precisa saber neste momento todas as transações que fez com imóveis, veículos e capital no ano anterior, e conhecer seu valor (de acordo com as regras do fisco) em 31/12 do ano passado e do ano retrasado. Isso pode significar ter de encontrar uma infinidade de recibos, comprovantes, contratos, extratos e mais, separar quais valem, e identificar neles os valores certos.

Quem é assalariado recebe da empresa uma declaração de rendimentos e imposto retido na fonte que já traz tudo mastigado: total bruto, valor retido na fonte, rendimentos isentos e não tributáveis, contribuição para a seguridade social e mais - basta guardar e depois transcrever, juntamente com os dados sobre a conta corrente que os bancos também enviam na mesma época.

Já quem tem fontes de rendas adicionais ou autônomas não conta com essa facilidade a seu favor: precisa também registrar e consolidar cada um dos seus demais rendimentos tributáveis, como prestação de serviços, alugueis, câmbio e tantos outros identificados na legislação. O contribuinte também precisa eventualmente identificar uma série de informações sobre os valores que possui no banco, em investimentos diversos, e até mesmo as quantias (em moeda estrangeira ou nacional) que guarda em casa.

E até agora só falamos de bens, direitos e rendimentos (do contribuinte e de seus dependentes). Mas tem também o outro lado desta balança: os descontos, baseados em recibos de uma série de serviços de educação, saúde e contribuições a entidades de utilidade pública ou assistenciais, entre outros. Para quem não opta pelo desconto simplificado, estes recibos podem significar um pagamento bem menor, ou uma restituição bem maior.

Para você, encontrar os valores e comprovantes é a parte mais difícil da declaração?

Ok, para algumas pessoas, o ato de declarar e lidar com o sistema disponibilizado pela Receita Federal em si é um tormento. Mas para boa parte delas, trata-se apenas de uma tarefa de entrada de dados, seleção de algumas opções relativamente inequívocas, transmissão e emissão de recibo - o complicado é saber quais valores preencher...

Mesmo quem opta por recorrer aos préstimos de um contador ou outro profissional que atue na preparação de declarações do imposto de renda pessoa física não escapa desta ginástica: reunir cada recibo, cada comprovante e cada extrato que traga os valores que devem ser preenchidos na declaração.

Mas nada disso é novidade, certo?

Quem já preencheu várias declarações sabe de tudo isso que eu expus acima: dá trabalho, e muitas vezes gasta-se bem mais tempo procurando papéis do que declarando. E a solução é simples: organizar-se.

Então por que continuamos caindo na mesma armadilha, ano após ano?

A resposta é simples, decorrente da natureza imediatista que nos caracteriza como sociedade, e consequência de um calendário inconveniente: Como só sentimos na carne essa complexidade ao declarar o imposto de renda do ano anterior, sempre lá pelo mês de março ou abril, um novo ano fiscal sempre já terá começado (e 2 ou 3 meses já terão se completado), razão pela qual os registros do ano corrente já estarão começando a se dispersar.

Para completar, na época de declarar o imposto relativo ao ano passado, já teremos problemas suficientes para ainda se preocupar com os do ano que vem. E assim, prometemos solenemente a nós mesmos: no ano que vem, a partir de janeiro, tudo vai ser diferente. Só que no ano seguinte a história se repete igualzinha.


A solução é bem simples

Minha proposta de solução

Eu adoto há alguns anos um esquema bem simples para prevenir todos estes problemas. Vou apresentá-lo a você, e aí você se encarrega de adaptá-lo e adequá-lo à sua realidade, ok? E de preferência com a ajuda de um contador ou profissional do Direito Tributário ;-)

O funcionamento se baseia em 3 pastas no meu arquivo de pastas suspensas, e mais uma caixa (estilo "arquivo morto"). São elas:

  • Pasta suspensa 1 - bens, direitos e rendimentos: aqui vai o original, ou uma cópia, ou mesmo um bilhete manuscrito contendo data, identificação da natureza e valor, de todos os rendimentos ou movimentações referentes a bens e direitos - compra e venda de carro e imóvel, pagamento recebido por serviço prestado, aluguel, etc. Quando recebo aqueles comunicados do banco ou da empresa contendo saldos e totais ao final de um ano fiscal, é aqui que eles são guardados também.
  • Pasta suspensa 2 - comprovante de despesa para desconto: aqui vai também o original, cópia ou anotação referente a todos os pagamentos que podem ser abatidos na declaração. Pagamento de faculdade, consultas médicas, uma série de doações e contribuições, etc. Quando antecipo algum pagamento de imposto (via "Carnê Leão" - obrigatório ao receber remuneração do exterior, por exemplo), guardo aqui os comprovantes, também, pois eles precisarão ser listados na declaração.
  • Pasta suspensa 3 - documentos da ou para a Receita Federal: aqui fica o relatório completo da declaração do ano anterior, mais o recibo de entrega, as guias de recolhimento DARF autenticadas comprovando pagamento, CD de backup do programa e dos dados do IRPF, etc. - tudo que for enviado ou recebido da Receita, relacionado ao Imposto de Renda do ano anterior.
  • Caixa de arquivo morto: Armazena os documentos das pastas suspensas 1, 2 e 3 relativos a anos anteriores. A Receita Federal recomenda guardar estes registros por pelo menos 5 anos. Após fazer cada declaração, eu guardo toda a papelada em 3 envelopes (um para cada pasta suspensa), identifico bem, e movo para o arquivo morto.

Colocando em prática

Claro que no início de cada ano (de janeiro a março ou abril) haverá alguma duplicação, pois já será necessário ter as pastas suspensas 1 e 2 relativas ao ano corrente, e as do ano anterior ainda não terão sido eliminadas, pois ainda não houve a declaração.

Isso é normal e esperado, mas é preciso resistir à tentação de colocar os papéis de 2 anos em uma mesma pasta - colocá-los é fácil, mas na hora de usar e guardar, complica tudo de novo.

Resista também a mover de forma antecipada para um envelope, pois os prazos legais para envio de documentos fiscais relacionados vão até o final de fevereiro, o que significa que você continuará recebendo mais papéis referentes ao ano que já se encerrou.

Se a minha observação sobre bilhetes manuscritos (nas pastas 1 e 2, como em "o original, ou uma cópia, ou mesmo um bilhete manuscrito contendo data, identificação da natureza e valor (...)") deixou você espantado, esclareço - eu só faço isso quando o comprovante existe, mas o local de armazenamento dela é em outra pasta, como a do veículo ou a de câmbio, por exemplo. Neste caso, na hora de declarar, pode ocorrer um dos 2 casos:

a) minha anotação vai ser suficiente para fazer a declaração, e se algum dia eu precisar apresentar comprovante, eu saberei onde procurar; ou
b) precisarei de dados que não constam na minha anotação, mas saberei onde procurar, e graças à presença da anotação, não corro o risco de esquecer deste registro.

Começando já

Depois que o processo já está em andamento, se torna fácil: são 3 pastas e pronto. Mas começar - e arrumar os papéis referentes aos meses já transcorridos - é algo relativamente trabalhoso. Não deixe para fazer isso junto com a declaração do ano que vem, comece já!

E quando começar, comece bem, e de forma completa - não deixe nada do ano corrente para trás, ou então você não vai confiar nestas pastas quando for fazer a declaração no ano que vem, e terá trabalho em dobro.

Para completar: leia o artigo "Organize seus documentos e papéis em casa - ainda estamos no começo do ano!" para ver minhas dicas de como arquivar documentos em casa!

Avisos paroquiais: #twitcarreiras e Jovens Talentos Natura

Quando alguém usa os formulários de contato aqui do Efetividade para contar que conseguiu um emprego (ou mesmo se dar bem com um currículo ou entrevista) graças às dicas de empregabilidade aqui do site, eu ganho doses extras de sensação de dever cumprido que duram vários dias.

Isso acontece quase toda semana, e é uma das razões que me estimulam a prosseguir com o site quando me dá aquela sensação de que já estou quase esgotando seus temas.

De vez em quando alguma empresa percebe esta identidade de assuntos e entra em contato pedindo para divulgar iniciativas de empregabilidade. É nosso caso de hoje, com um webcast promovido por uma universidade carioca e um inovador programa de recrutamento que a Natura está oferecendo para o pessoal buscando um início de carreira promissor.

Começando com o #twitcarreiras, que é hoje:

No #TwitCarreiras a VJ Marimoon comanda uma série de debates online. Em cada programa, um convidado especial será entrevistado ao lado de um professor representante da universidade que promove o evento, enquanto outras personalidades do meio virtual participarão via webcam com suas visões sobre o tema.

O segundo debate ocorre hoje às 20h, com o tema ”Como me apresentar ao mercado de trabalho”. Em pauta questões como profissões do futuro, como fazer um bom currículo, diferenciação profissional, formação e graduação a distância. Para participar, os interessados só precisarão acessar o site Tinychat através de suas contas no Twitter, assistir as diversas webcams participantes, enviar perguntas e dividir a opinião com o público online.

Para a edição do dia 29, a professora Andréa Bittencourt, que leciona assuntos relacionados à gestão em vários cursos EAD (Ensino a Distância), estará na mesa principal ao lado da VJ Marimoon e de Volney Faustini, administrador de empresas e autor de livros sobre telemarketing e inovação empresarial.

Entre as webcams participantes é esperada a presença de autores de blogs sobre carreira, finanças pessoais e empreendedorismo. Na primeira edição, entre os participantes online tivemos Tiago Yonamine (Twitter @Trampos), Bia Granja (site ResultsOn), Marina Santa Helena (do programa Fiz MTV ), Liliane Fonseca (blog Minha Carreira), Ricardo Cabianca e Maestro Billy.

Agora os detalhes do inovador programa de recrutamento de estagiários e trainees da Natura, que ocorre (até o próximo dia 11/4) via redes sociais:

Apresentamos o programa Jovens Talentos Natura, com vagas para trainees e estagiários em vários estados do Brasil e países da América Latina. O prazo de inscrição foi prorrogado até 11 de abril, e para saber mais é só olhar no site JovensTalentosNatura.com.

É um processo de seleção bem inovador, através de redes sociais.

Gostaria de pedir um apoio seu para repassar essa informação através do blog Efetividade. Não queremos vender nada nem divulgar a marca Natura, apenas contar com sua ajuda para repassar a informação que poderá beneficiar e mudar a vida dos visitantes qualificados e diversificados do portal.

Temos certeza de que as pessoas que virem a notícia por lá e conseguirem uma vaga vão lembrar sempre disso. Assim como nós.

Para maior clareza, confirmo que o Efetividade não é associado ou participante de nenhuma das iniciativas acima, e que estas notas informativas foram publicadas sem qualquer pagamento ou outro tipo de retribuição. Espero, entretanto, que sejam úteis para os leitores que estão em busca de seu lugar ao sol profissional!

Rumo ao home office sem papel

É possível reduzir a papelada das nossas pilhas, gavetas e arquivos, e passar a uma realidade mais organizada e espaçosa, em que o conteúdo dos papeis passa a residir organizadamente no seu computador ou mesmo na Internet.

Hoje veremos um software que facilita a busca por esta realidade, além de algumas dicas sobre o que fazer com os papeis restantes e a oportunidade de concorrer a um kit organizador para home offices.

Um sonho possível - ajustado

Para mim a ideia de um escritório doméstico sem papel é muito mais uma aspiração ou um uma meta de longo prazo do que uma possibilidade atingível hoje.

A Receita Federal, a necessidade de comprovar pagamentos realizados, e tantas outras demandas exigem de mim um arquivo de pastas suspensas onde caem, assim que são processados (e imediatamente organizados na sua pasta certa), os boletos pagos, os comprovantes fiscais necessários para o ano corrente e seguinte, os comprovantes de garantia dos produtos, e tantos outros documentos que podem vir a ser exigidos na sua forma original.

A quantidade de documentos em papel obrigatoriamente arquivados às vezes decresce: por exemplo, uma lei recente nos dispensou a todos de continuar guardando comprovantes de pagamento de anos anteriores de uma série de serviços (desde que o prestador cumpra sua nova obrigação de enviar - em papel... - um comprovante de quitação anual, que substitui os mensais).

Além disso há uma série de informações que chegam nativamente em papel mas não precisam ser arquivadas na sua forma original ou, mesmo que precisem, podem ser substituídas por uma cópia digital em parte considerável dos seus usos.

Um exemplo claro é o dos termos de licenciamento de softwares proprietários comprados no varejo, para os quais os 2 casos de uso são claros:

  • na eventualidade de haver fiscalização sobre o seu cumprimento (motivada, por exemplo, pelas associações "anti-pirataria" que defendem os interesses da indústria), será necessário oferecer as comprovações na sua forma original.
  • para todos os demais usos que sejam do interesse do próprio usuário - tais como o acesso aos códigos que habilitam para a instalação do software, ou mesmo a realização de um inventário de licenças - a consulta a uma imagem ou transcrição do documento de licença é suficiente.

Assim, ao tratar da digitalização do acervo de documentos de um home office ou mesmo na organização doméstica, não necessariamente temos como alvo o mítico "escritório sem papel": a ideia prática e alcançável pode simplesmente ser tornar mais conveniente (via facilidades de arquivamento e pesquisa digital) o acesso aos documentos que precisam permanecer arquivados.

Por consequência, livrar-se permanentemente de ter que armazenar fisicamente o restante da papelada, cujo conteúdo é importante mas a forma pode ser dispensada, vem quase como um bônus - é a cereja do sorvete.

Tudo isso, claro, pode ser muito bem complementado por uma estratégia de reduzir a quantidade de papeis que chegam a nós - optando por receber contas via Internet, ou assinando edições eletrônicas de revistas técnicas, por exemplo.

As precauções

Vamos falar a seguir sobre uma ferramenta de software que facilita a conversão dos documentos em papel para os documentos digitalizados, só que antes preciso fazer um alerta que muitas vezes gera grave (e ineficaz) arrependimento tardio quando não é observado.

E é algo muito simples a ponto de poder ser considerado óbvio: ao migrar dos arquivos em papel para os arquivos digitais, você precisa escolher um armazenamento compatível com a importância e valor do conteúdo em questão, e tomar as precauções adequadas.

Ou seja: conteúdo insubstituível e valioso exige muito planejamento e investimento no seu armazenamento, e conteúdo facilmente obtível pode ser armazenado com precauções mínimas.

Afinal, quando está tudo digitalizado, a enchente, a pane elétrica e o ladrão de ocasião têm muito maior condição de causar danos completos e irreparáveis às suas informações armazenadas - tanto no sentido de negar a você permanentemente o acesso a elas, quanto no de fazer com que terceiros tenham acesso indevido a elas.

Scaneando, escaneando e escanerizando

Feito o alerta, surge a dica: após analisar as minhas próprias demandas, optei por armazenar os meus documentos digitalizados em 2 locais diferentes: o Evernote (quando são materiais de referência) e o Dropbox nos demais casos (ambos complementados por estratégias de backup).

Mas mesmo com as comodidades do armazenamento e compartilhamento em serviços como estes, scanear (ou escanear/escanerizar, como o Houaiss preferiu grafar) os documentos com os aplicativos que acompanham os scanners e multifuncionais muitas vezes é uma tarefa ingrata.

Afinal, embora na classe de equipamentos mais comum seja quase impossível impedir que seja enfadonha a tarefa de ficar inserindo e virando as folhas que se quer reproduzir, tudo fica pior quando a infinidade de opções e seleções típicas destes programas ficam no nosso caminho quando o que queremos é apenas produzir e armazenar um documento textual simples.

Dependendo do scanner e do software escolhido, podem surgir complicações adicionais: além de nunca se cansarem de perguntar sobre profundidades de cores, resoluções e outros detalhes, alguns deles não oferecem uma opção fácil de scanear múltiplas páginas em um único documento PDF, outros não facilitam rotacionar, reordenar ou mesmo recortar partes das páginas escaneadas.

Entra em cena o Scandrop

O Scandrop é uma ferramenta bastante simples, mas que realiza bem a sua única tarefa: transformar páginas de papel em documentos PDF armazenados no local de sua preferência.

Disponível para Windows (download grátis) e para Mac (a versão da descrição a seguir foi comprada em oferta na Mac App Store, por US$ 1,99), ele se encarregada da produção dos documentos e os armazena automaticamente em um dos meios a seguir:

  • disco local
  • Dropbox
  • Evernote
  • Google Docs
  • Officedrop

O aplicativo é esperto o suficiente para oferecer, no momento de scanear, o acesso aos recursos úteis do meio de armazenamento selecionado - por exemplo, se o Evernote estiver selecionado, será possível escolher tags e até preencher uma anotação sobre o conteúdo, que permitirá melhor localizá-lo em buscas posteriores. Já se você estiver armazenando num disco local, ou no Dropbox, só vai poder escolher o nome do arquivo e a pasta de destino, e se dar por satisfeito ;-)

Mas é na hora de realmente digitalizar cada documento que o Scandrop brilha, alcançando uma característica de usabilidade que eu sempre aprecio: ele não fica no caminho.

Após pressionar o botão de scanear no aplicativo, ele exibe uma interface simplificada para esta operação, com poucas opções visíveis e as demais pré-selecionadas em valores default que me atendem plenamente, e aí você só tem que ir colocando as páginas no scanner e pressionando o botão de página adicional, até acabar de digitalizar todas - mesmo que sejam em formatos variados - por exemplo, uma página A4, uma terceira via (amarela) de nota fiscal, um ticket de caixa e um cartão postal podem perfeitamente ser páginas de um mesmo PDF.

Ao terminar de scanear as páginas, é possível que alguma delas esteja "de lado", fora da ordem ou precise ser recortada, e mais uma vez a simplicidade está presente: a sequência scaneada é exibida (com zoom configurável), e você pode selecionar qualquer página para recortar, rotacionar ou mesmo remover. E para mudá-las de ordem, basta arrastá-las para a posição que devem ocupar.

Quando estiver tudo como deve estar, basta apertar o botão de upload (ou "save & finish", se for para o Dropbox ou disco local), e o PDF é gerado e armazenado, encerrando o procedimento e já ficando tudo posicionado para o início de uma nova digitalização, se for o caso.

Eu uso o Scandrop e estou gostando, mas tenho interesse em saber quais as soluções de vocês - fiquem à vontade para compartilhar nos comentários!

Organizando o escritório: Como lidar com os papeis que ainda precisam ser mantidos?

Já tratamos do assunto anteriormente por aqui (e voltaremos a ele de forma detalhada e específica ainda na semana corrente), mas não custa sumarizar: perde-se muito esforço e tempo com papeis armazenados de forma errada, sem controle ou desnecessariamente.

Algumas ferramentas básicas que podem ajudar a manter o controle:

Bandeja de entrada e saída: para o que está chegando e ainda não foi identificado, e para o que está pronto para ser entregue. Veja detalhes em Produtividade servida em uma bandeja.

Escaninhos para procedimentos em andamento: os materiais referentes a cada uma das suas atividades em andamento devem estar na sua mesa (quando em processamento) ou armazenados todos juntos (quando estiverem aguardando a vez de serem processados). Dedique a cada processo ou projeto seu próprio escaninho, prateleira, gaveta ou caixa organizadora.

Arquivo de pastas suspensas: uma pasta por tema ou assunto referente ao seu escritório permitem encontrar rapidamente as contas pagas, o contrato de cada serviço, os alvarás, certificados e tantos outros papéis. Veja detalhes em Escritório doméstico: como arquivar documentos pessoais.

Porta-revistas: além de servir para revistas, armazena de firma organizada também os folhetos, catálogos, materiais de referência encadernados e outros similares típicos de qualquer escritório. Veja detalhes em Pilhas e mais pilhas? Como organizar suas revistas e periódicos de referência.

Lixeira bem posicionada: uma lixeira (ou fragmentadora) fora do alcance permanente das suas mãos aumenta muito a probabilidade de uma folha de papel que poderia ser descartada ir parar numa pilha ou gaveta. Veja detalhes em Home Office: organizando como uma cabine de avião

Arquivo morto: documentos que precisam ser mantidos acessíveis por longo tempo (por exemplo, referentes a exigências legais de comprovação) não precisam ficar permanentemente no seu caminho nas pastas suspensas: Compre na papelaria algumas caixas de arquivo morto (em papelão ou plástico polionda) e mova as pastas inteiras diretamente para eles. Etiquete-os adequadamente e tire-os do caminho, colocando em alguma prateleira alta ou outro espaço menos nobre.

Um kit inicial

Boa parte dos meus materiais de escritório são da marca Dello, que tem uma linha extensa de itens de organização.

Recentemente recebi deles como cortesia um kit que posso recomendar sem medo a quem está começando a colocar ordem no seu escritório: o Kit Office DelloGift.

Em uma caixa surpreendente pequena, o kit traz (desmontados, naturalmente) 4 dos itens básicos mencionados acima:

  • Um organizador de pastas suspensas para papéis tamanho A4
  • Um porta-revistas
  • Uma caixa organizadora para materiais em processamento
  • Uma lixeira

Todos estes materiais são produzidos considerando a sustentabilidade de suas matérias-primas, e deixam evidente a robustez que eu já conhecia de outras linhas da Dello: satisfazem ao mesmo tempo a estética e a resistência necessária para tolerar o uso típico de escritório.

Ideal para quem está começando a organizar seu home office ou escritório, este tipo de kit pode depois ser complementado por um suporte para maior quantidade de pastas suspensas e caixas organizadoras adicionais, para manter-se adequado à sua carga de trabalho e quantidade crescente de registros típica de qualquer empreendimento.

Ganhe seu Kit Office DelloGift

A cortesia da Dello em enviar um kit tão prático para nossa avaliação vai acabar revertendo em favor dos leitores do Efetividade: vou sortear um Kit Office DelloGift entre os leitores.

Para concorrer é muito simples: basta ser seguidor do @efetividadeblog no Twitter e twittar a frase e URL a seguir: Já estou concorrendo ao kit #dellogift de organização de home office que o @efetividadeblog vai sortear: http://efetivida.de/!3888

O prazo para participar está encerrado (foi até 4 de abril), e o sorteio (que será feito com número gerado via random.org) ocorrerá no dia 5, com divulgação do resultado via twitter e via atualização deste post. O vencedor terá 2 dias úteis a partir da divulgação do resultado para entrar em contato informando o seu endereço postal no Brasil para o qual deverá ser enviado o brinde.

O sorteio foi realizado em 5 de abril entre todos os participantes que reuniam as condições necessárias, e a vencedora é Debora Jahn Quandt (@deborajahn), que tem até as 23h59 de quinta-feira (7/4/2011) para entrar em contato informando o endereço postal para onde devo enviar o kit!

Mantendo a produtividade ao trabalhar fora do escritório

O Lifehacker é adepto de entregar bem mais do que oferece: em um artigo cujo título oferece os "top 10" truques para trabalhar fora do escritório, eles foram muito além e ofereceram links para dezenas de truques, classificados em 10 grandes categorias.

Mas as categorias são tão interessantes que podem ser entendidas como truques em si mesmas, veja só:

  1. Enrolar os cabos de forma prática
  2. Manter a mochila organizada
  3. Aprender a ser produtivo em cafés e lanchonetes
  4. Experimentar a portabilidade adicional de um tablet
  5. Usar um pen drive como ferramenta de privacidade
  6. Sincronizar os computadores
  7. Aproveitar ao máximo as baterias
  8. Encontrar armazenamento extra criativamente
  9. Nunca ficar sem Internet
  10. Evitar ser roubado

Trabalhar "na rua", em cafés e lanchonetes, não é algo que eu faça regularmente. Para vocês é uma realidade comum? Que tal compartilharem suas dicas ou mesmo indicar pontos para uma pauta futura?

Por outro lado, manter-se produtivo em quartos de hotel, saguões de aeroporto e intervalos em centros de convenção é um objetivo com o qual eu frequentemente lido, e sobre isso já compartilhei minhas 5 dicas para manter a produtividade em viagens a trabalho, que - não surpreendentemente - tem vários pontos de contato com esta matéria do Lifehacker.

Bullying no escritório

Quem tem paciência para ser tolerante com o bullying no ambiente de trabalho? Eu certamente não. Como se não bastassem os compromissos e as dificuldades do trabalho em si, você acaba tendo de lidar também com a intimidação do colega valentão, o manipulador, os formadores de quadrilhas (que pensam estar fazendo networking), e tantos outros personagens e estereótipos que encontramos como obstáculo a um trabalho bem feito e a uma equipe coesa.

Mas, gostando ou não, se você está em uma organização em que isto ocorre, terá que encarar as 3 opções apresentadas no agora já quase vintage filme Tropa de Elite I: ou se corrompe, ou se omite, ou vai pra guerra.

Se omitir em geral é fácil - é só ir abrindo mão aos poucos das coisas até não ter mais nada que os valentões desejem, e aí ser visto como ultrapassado e ficar no ponto pra ir pra rua na próxima reestruturação.

Se corromper neste contexto não é tão comum, mas ir para a guerra é - e nesta situação significa encarar de frente a política da intimidação, mesmo que não seja com as mesmas armas e nem na forma de um contra-ataque.

Identificando o bully

Normalmente não é difícil identificar um valentão mas, se você estiver precisando de uma confirmação, aqui estão alguns comportamentos comuns para colocar na sua checklist.

O típico valentão do escritório, inseguro e controlador, pratica pelo menos 4 dos comportamentos abaixo:

  • Remove arbitrariamente opções, de modo a deixar abertas só as alternativas que lhe convêm pessoalmente
  • Coloca a equipe contra a parede e sob pressão desnecessária
  • Tenta sabotar a possibilidade de discussão objetiva quando as suas preferências estão em jogo
  • Manobra nos bastidores para transferir suas culpas para os colegas e ficar com os créditos pelas vitórias deles
  • Eleva o tom de voz quando seu argumento não é o vencedor
  • Usa subterfúgios para fazer com que propostas que não lhe sejam convenientes nem cheguem a ser conhecidas por quem deveria analisá-las
  • Descarta (ou tenta desvalorizar) dados e fatos que não condizem com sua própria visão
  • Se esforça para evitar que o "outro lado da história" possa ser apresentado
  • Mascara o seu comportamento com eufemismos: "sou autêntico", "falo pela frente", "sou competitivo", "promovo o debate", etc.

Como se vê, não é requisito que o valentão do escritório seja grosseiro, se vista mal, critique inapropriadamente a aparência e o comportamento alheio, fale palavrão e pratique formas evidentes de assédio moral: na política corporativa é perfeitamente possível praticar a violência com luvas de seda.

Lidando com o valentão

Não é fácil se livrar deles. Assim como as baratas, os valentões existem desde os primórdios, e desenvolveram técnicas de adaptação que praticamente garantem que sobreviverão até mesmo a um holocausto nuclear - eles só não se adaptam a pessoas preparadas para não ter medo de discurso nem de cara feia.

Qualquer estudioso de táticas de combate poderá lhe confirmar que, do ponto de vista de uma estratégia primária de manutenção da integridade de quem é um alvo de perseguição, a evasão (ou seja, não ser percebido como alvo) é muito mais vantajosa do que o confronto ou a fuga.

Assim, se o que você quer é apenas cuidar da sua vida, procure evitar ser um alvo preferencial, pois os valentões geralmente escolhem alguns alvos repetitivos e os usam como vítimas para exibir seu poder aos demais da "manada".

Se você já for um alvo, e não puder agir direto na causa (por exemplo, remover o bully ou você mesmo ir para um ambiente mais saudável), aí o ideal passa a ser resistir ativamente.

Lembre-se sempre que tentativas de intimidação verbal são muito comuns, dentro e fora do escritório, mas a eficácia delas é limitada pela capacidade de as pessoas reagirem.

Se você se encolhe, certamente será intimidado de novo. Mas se mantiver a calma, pagar para ver, e sustentar sua posição, é bastante provável que acabe descobrindo que o intimidador não tinha nenhuma outra arma além da voz alta e da atitude ameaçadora - e aí será mais fácil resistir na próxima vez, até deixar de ser um alvo preferencial.

Durante o assédio

Assédio moral é questão séria, e se você for uma vítima, a recomendação é buscar orientação jurídica ou na sua entidade classista, pois pode haver muitos cursos de ação que sejam do seu interesse tanto na prevenção quanto na reparação.

Vale lembrar que, durante a intimidação verbal, a meta do valentão é fazer sua vítima perder o controle, para melhor poder ser manipulada. Se a vítima chorar, gaguejar, erguer a voz, tanto melhor - ele saberá como lidar com a situação e explorá-la. Portanto, se você retiver sua consciência, lembre-se que a SUA meta é manter o controle emocional e físico - se possível, encarando de frente o valentão e demonstrando que não se comove com o show dele. Revidar geralmente não é uma opção, ao contrário do que acontece no pátio da escola.

Mas na ausência desta providência, aqui estão algumas sugestões sobre como agir durante os ataques infundados do valentão:

  • Não perca a calma nem a postura: o assédio do valentão é uma situação que ele conhece bem, sabe controlar e tem como meta mostrar a você e aos outros que ele controla você. É uma armadilha, uma teia de agressões (expostas ou veladas) construída para fazer você perder o seu controle, se expor, e com isso fazer com que o valentão seja visto como o dono da situação.
    Assim, se você tentar falar e for interrompido, não tente de novo - avise (de forma que outras testemunhas lhe ouçam) que nessas condições não há diálogo, e aí ignore-o, ou comece a fazer outra coisa, mas deixe claro que gritos e grunhidos não servem como comunicação com você. Essas são respostas pelas quais ele não espera e, ainda que ele cante vitória pela sua "fuga", são percebidas pelos demais como um ato de superioridade de quem não precisa participar deste tipo de abuso.
     

  • Saiba o que falar no momento certo: já vimos que um dos comportamentos do valentão é evitar que o "outro lado" possa contar sua versão. Ainda que você tenha um discurso a fazer que o demoliria, ele não vai deixar você falar mais do que a primeira frase.
    Portanto, aproveite bem esta única frase, encare-o de frente e use-a de forma que o público do valentão também ouça, bem no momento em que ele estiver atraindo a atenção de todos. Uma que já usei com sucesso, com um "orientador motivacional" que perdeu seu foco, foi "Pode continuar falando! Não vou fazer, e quero ver quem me obriga" - aí prolongar o discurso só aumentava a derrota dele.

    Em outra ocasião, quando usei uma frase mais longa ("Se estou em falta, denuncie - estou em dia, tranquilo e ocupado, e esse teu discurso todo não convence nem comove"), só cheguei até a palavra "discurso" antes de ele começar a vociferar de novo pra plateia, mas aí eu já estava olhando pra uma planilha e o público perdeu o interesse.
     

  • Bloqueie o acelerador: se o valentão tiver autoridade - por exemplo, se for em uma reunião de investigação ou auditoria e estiver pressionando para fazer você responder só o que ele deseja que seja dito - e você for obrigado a responder a ele, cuidado com a tática do acelerador: ele faz uma pergunta, você começa a responder e, no momento em que já disse o que ele queria ouvir, ou quando começa a falar o que ele não quer ouvir, ele o interrompe com a próxima pergunta, não se deixe intimidar.
    O que você precisa responder é "responderei a esta nova pergunta também, mas depois de terminar a resposta anterior". A reação natural dele será dizer "Já está respondida e avancei para a próxima". Responda "Avançaremos sim, mas só quando eu terminar a anterior" tantas vezes quantas forem necessárias, a não ser que alguém presente tenha real autoridade para fazê-lo parar.

    Mas controle a emoção. Nada de elevar a voz ou demonstrar desrespeito. Ele vai continuar querendo cortar e acelerar, e pode usar o seu desrespeito para justificar o fim antecipado da sessão.
     

  • Documente: Na ausência de testemunhas confiáveis, o que se pode fazer é documentar (quanto mais cedo melhor) na forma de um relato assinado e datado que descreve o ocorrido, inclui a lista de evidências (se houver) e pede providências de prevenção de repetições, encaminhá-lo formalmente à autoridade responsável (seja a área de gestão de pessoas, o chefe da equipe, o seu chefe, ou o que for) e pegar o comprovante de recebimento aplicável à sua organização. Se a sua empresa for daquelas em que impera uma lei do silêncio ("bom cabrito não berra" e similares), isso pode lhe trazer problemas adicionais, portanto aja conscientemente e já com orientação jurídica neste ponto.

Não seja você também um brigão

Quem é vítima da política do escritório em geral não o faz por opção, mas esta é a escolha que resta, além de brigar ou fugir.

Só que uma consequência imprevista (além das óbvias que se manifestam na produtividade e motivação) é que ao resistir ao bullying, você pode acabar sendo visto como o "criador de caso" e brigão - exatamente como acontece no pátio das escolas há séculos - porque o bully tem simultaneamente a iniciativa e a experiência em parecer a vítima, e você é um mero amador.

Portanto, lembrando o exposto, se você não quer participar, o melhor é evitar se colocar na posição de alvo: não correr para tomar partido em discussões que não o envolvam (se o envolverem, aí ter uma posição passa a ser necessário, claro), manter o foco nos objetivos (os seus e os da organização), e cuidar para não misturar o que é pessoal e o que é profissional, mesmo que os outros estejam misturando.

Isso não significa que você precisa engolir desaforos (releia os parágrafos acima), mas sim que não precisa deixar os outros imporem a sua forma perniciosa de fazer política demarcando território!

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