Bike: faróis mais baratos para sua segurança, e um mini-compressor para encher os pneus

Sempre tive o hábito de encher os pneus da bicicleta no posto de gasolina da esquina de casa - é fácil, rápido, econômico (o posto oferece este serviço como cortesia aos clientes) e permite bem mais precisão do que as bombas manuais mais comuns, graças ao medidor que permite calibragem precisa, inflando os pneus até a pressão recomendada pelo fabricante, ou a mais adequada à atividade pretendida. O mais comum é eu colocar 36 libras (bem mais do que o usual em pneus de carro, por exemplo) para andar no asfalto, e o esforço necessário para colocar esta pressão usando uma bomba manual seria suficiente para reduzir o desejo de manter o pneu sempre cheio.


Uma bomba acionada com os pés, com manômetro para calibrar

Mas aí eu mudei de endereço, e subitamente não há mais um posto na esquina. Quando os pneus estão suficientemente cheios, ainda dá para ir pedalando com conforto até o posto mais próximo, mas se acontece de uma das bicicletas ficar algumas semanas sem uso, é preciso ir empurrando, ou levar de carro, ou recorrer à desmotivadora bomba manual.


Uma bomba de acionamento manual

Claro que há grande número de alternativas que reduzem este esforço - já experimentei ou possuí, anteriormente, bombas de acionamento com os pés e bombas manuais com variadas formas de acionamento que permitem maior aproveitamento do esforço muscular, enchendo os pneus mais rapidamente ou com alguma comodidada adicional. Mesmo assim, no meu caso, continua sendo um fator desmotivador: ando de bicicleta por uma série de motivos, mas todos eles acontecem ao ar livre e em movimento, e não esbaforido dentro de uma garagem fazendo outro exercício que não seja aquele que me propus a fazer.


Compressor 12V para encher pneus

Entra em cena o mini-compressor: há alguns meses encontrei uma solução que vem me atendendo muito melhor, e agora compartilho com vocês: um mini-compressor elétrico (12V), que já vem acompanhado de um manômetro para permitir calibragem relativamente precisa, e encheu rapidamente os pneus de todas as bikes nas quais eu o testei - inclusive uma cujos pneus estavam 100% vazios. A agulha do pequeno manômetro não inspira muuuuuuita confiança, mas serve para evitar que fiquemos muito abaixo ou muito acima da pressão habitual.


Um modelo "nacional", com lanterna acoplada

Comprei na loja de ferragens da esquina, mas é fácil encontrar modelos idênticos, com marcas diversas (o meu é identificado como "Western" - o da foto acima é da Schultz) em lojas de ferramentas e até no Mercado Livre, com preços que variam entre R$ 30 e R$ 60. Alguns são de fabricação bem... econômica (não tem nem mesmo chave liga/desliga), e aparentemente compartilham algumas características: são barulhentos, funcionam conectados diretamente ao isqueiro de um carro (cuidado para não ficar sem bateria), não têm opção de ligar numa tomada comum , mas há algo que eles fazem com competência: enchem os pneus da bicicleta (e consta que os de carros e motos também).

Vários modelos vêm com adaptadores para encher também bolas e outros infláveis (bóias, colchões, etc.), portanto há possibilidade de utilidades extras em uma viagem de camping ou à praia. O meu está funcionando há meses, poucos minutos de cada vez, e vai aguentando bem. E deve continuar na ativa, pois guardamos as bicicletas na garagem, e por aqui sempre há algum carro com a bateria bem carregada quando chega a hora de encher os pneus. Se os seus casos de uso forem parecidos com os meus, recomendo - caso contrário, siga com as bombas de acionamento muscular ou a passadinha no posto ;-)

Faróis para segurança do ciclista

Aproveitando que estamos no tema, vamos a mais uma medida barata que pode ser bastante efetiva - desta vez para a segurança dos ciclistas, especialmente os noturnos: instalar faróis e lanternas.


Dínamo: Antigamente todos os faróis de bicicleta captavam energia assim...

Na minha já nem tão próxima infância, faróis para bicicletas eram aparelhos com mais complexidade aparente, que envolviam dínamos que giravam em contato com a roda da frente, para produzir energia que alimentava uma luz nem sempre muito regular.


Modernos faróis LED importados, a pilhas

Mas hoje tudo mudou, e em qualquer boa loja de artigos esportivos você encontra variados modelos de faróis e lanternas, sendo que alguns dos faróis de fato conseguem iluminar bem, até alguns metros à frente, e as lanternas traseiras, vermelhas como o trânsito em geral espera, têm configurações variadas de oscilações e pisca-piscas, de modo a tornar o indefeso ciclista o mais visível possível, em condições noturnas, para os motoristas de automóveis que trafegam ao seu redor. Muitos deles são importados, com etiquetas de preço que chegam facilmente aos 3 dígitos - caro demais para muitos ciclistas, mas com tecnologia correspondente, que ilumina mais longe, faz a pilha durar mais tempo e ainda conta com um belo design.


Este farol ilumina de verdade, e tem autonomia de 90 horas, mas... custa até R$ 250 em lojas brasileiras.

Aliás, quanto à sinalização, o nosso Código de Trânsito é modesto e se satisfaz com refletores (estilo "olho de gato") para cumprir a sua determinação de que todas as bicicletas sejam comercializadas já com a "sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais" prescrita em seu Art. 106. E de fato os olhos de gato já são bem melhores do que nada, e aumentam a chance de que os motoristas enxerguem o ciclista a tempo de evitar situações de risco.

Mas quem já dirigiu à noite em estradas mal iluminadas sabe que uma pequena luz em movimento que possa ser percebida antes de estar ao alcance dos faróis do carro (que é a limitação básica dos refletores) chama muito mais a atenção do motorista, e isso é algo que os faróis e lanternas eletrônicos fazem muito bem, especialmente quando configurados para oscilar ou piscar rapidamente - o que os ajuda a se tornar mais eficazes até mesmo em ambientes com iluminação pública.


Um farol econômico Frog

Uma alternativa mais econômica: se você pedala à noite em ambientes urbanos, é bastante possível que você não precise de um caro farol de múltiplos LEDs para iluminar o seu caminho, mas poderia se beneficiar de lanternas dianteiras e traseiras para tornar-se mais visível aos motoristas. E é neste caso de uso que brilham as lanternas Frog, da empresa australiana Knog, que podem ser encontradas no Brasil por cerca de R$ 35 (no exterior encontrei da mesma marca por cerca de US$ 15 o par), e se não iluminam o seu caminho, têm uma virtude especial mesmo assim: são feitas para serem vistas a até 600m de distância.


Duas Frogs - traseira e dianteira - instaladas lado a lado

Configurada no modo piscante, elas têm autonomia de pilha (CR2032) prevista de 160 horas, e podem ser facilmente acionadas com um toque em sua superfície de silicone (que as tornam resistentes à água). Seu mecanismo de fixação é simples e permite prender a lanterna ao guidão, ao garfo, ao canote ou até mesmo ao capacete, dependendo do modelo dele. Se for deixar a bike estacionada em local inseguro, é fácil remover o Frog, também.

Eu pedalo na praia (e lá não há iluminação pública), então para mim estas soluções são insuficientes, e eu acabei optando por um farol com múltiplos LEDs, para ajudar a evitar buracos e obstáculos. Mas se você trafega usualmente por locais iluminados e gostaria de estar mais visível aos motoristas, considere a opção. Ou consulte antes alguma alternativa importada a preços mais baixos, se você gosta de importar diretamente e conhece bem os fatores envolvidos...

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