Prêmio ANBIMA de Mercado de Capitais oferece R$ 60.000 em bolsas para mestrandos e doutorandos

Embora eu não faça publieditoriais por aqui, de vez em quando chega algum release interessante que publico gratuitamente por achar que interessa a vocês.

No caso da nota de hoje, o público interessado é bem restrito (os aptos a ser mestrando ou doutorando em Administração, Direito ou Economia), mas o incentivo oferecido parece interessante. Desejo sucesso aos responsáveis e a quem se candidatar ツ

Segue a íntegra do texto recebido da agência encarregada de divulgar o prêmio:

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados e de Capitais) em parceria com o IEPE/CdG (Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças) bonificará com R$60.000,00 em prêmio os autores dos melhores projetos de dissertação de mestrado e tese de doutorado com tema relevante para o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro.

Para participar, o candidato deve estar matriculado em uma instituição com programa de mestrado ou doutorado dos cursos de Economia, Administração de Empresas ou Direito, reconhecidos pelo MEC e atender as demais condições previstas no Regulamento do Prêmio.

Uma bolsa no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) para os 2 (dois) melhores projetos de dissertação de mestrado e 1 (uma) bolsa no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para o melhor projeto de tese de doutorado.

Além do prêmio em dinheiro, os vencedores receberão um certificado de premiação e poderão ter seus trabalhos publicados pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) caso sejam indicados pela comissão julgadora.

As inscrições tiveram início em 02/05/11 e se encerram em 30/09/11.

A Associação promove o Prêmio ANBIMA de Mercado de Capitais desde 2005, tendo como objetivo fomentar o debate sobre as diretrizes, desempenho e crescimento do mercado de capitais no Brasil por intermédio de trabalhos inéditos.

"Matrix da Classe Média" e coaching financeiro

 
Por Seiiti Arata

Acompanho o Efetividade.net faz muitos anos e sempre aprendi muita coisa boa com o Augusto. Foi uma grande felicidade termos feito uma entrevista sobre produtividade pessoal alguns meses atrás.

Mas a lição mais valiosa que aprendi no Efetividade foi a meta-informação que o Augusto nos mostra através de ações. É como ele nos ajuda pesquisando assuntos, simplificando idéias complexas e compartilhando com nossa turma de leitores. E nós retribuimos com a audiência e com a vida ao blog. Essa dinâmica é a essência da economia da gratidão - existe inclusive um livro bacana publicado pelo Gary Vaynerchuk chamado The Thank You Economy que ilustra bem esse modelo econômico.

Quando perguntei se o Augusto toparia publicar um artigo patrocinado para divulgar um programa de coaching financeiro, recebi uma resposta que já esperava: ele mantém o compromisso de não fazer publieditoriais. Mas se ofereceu a compartilhar gratuitamente aqui conosco um link que me dá muita satisfação pessoal, que é a opinião dos clientes de coaching que é desenvolvido pela Arata Academy.

Pra quem tem interesse em educação financeira e nos aspectos psicológicos e de marketing que nos dificultam alcançar a independência financeira, preparei um vídeo descontraído no meio da neve aqui, falando da "Matrix da Classe Média", que é uma introdução ao conteúdo que a gente aborda no programa. Espero que gostem!

Viaje sem despachar bagagem e reduza o stress

Eu e as viagens temos uma relação conturbada: sempre fico feliz em saber que tenho a possibilidade de me deslocar até onde precisar ou desejar ir, mas mesmo assim detesto todo o processo de viajar, especialmente se for de avião, com toda a burocracia insana envolvida: check-ins, estacionamentos, bagagens, rotinas e proibições de bordo, engarrafamentos no deslocamento ao aeroporto, horários que mudam, etc., etc.

Mesmo assim a via aérea pode ser a melhor alternativa, ou a única que permitirá cumprir o meu compromisso, e por isso sempre vale a pena para mim rever e expandir procedimentos que permitem reduzir o nível de stress necessário para encarar tudo o que está ao redor dos aviões.

E é o caso deste artigo do Lifehacker dedicado a tornar tão desnecessário quanto possível um dos grandes geradores de stress de viagens: como (quase) garantir que você nunca mais vai ter de despachar bagagem.

Tem uma variedade de dicas interessantes, outras nem tanto, e destaquei as que eu mesmo aplico ou passarei a aplicar:
 

Ter malas apropriadas. É um equilíbrio difícil: uma mala tão pequena que possa ser levada como bagagem de mão, mas grande o suficiente para conseguir levar tudo o que você precisa. O mercado oferece boa variedade, e você até pode escolher se prefere o máximo de espaço interno, mais proteção contra impactos, mais divisões internas organizadoras, etc.
 

Fazer caber. Isso é algo que se consegue basicamente por duas vias: priorizar bem o que levar (uma lista de bagagens permanente pode ajudar a ir aperfeiçoando o seu desapego!), e acondicionar adequadamente o que for mesmo necessário levar (aprenda com a arrumação da mala desta comissária!). Na hora de fazer a lista, não esqueça de considerar o custo/benefício de usar uma lavanderia no destino e carregar menos mudas de roupa - geralmente o custo e a conveniência levam a não escolher esta opção, mas há casos em que ela faz sentido!
 

Carga X Bagagem. Em alguns casos bem específicos (em especial na viagem de volta, e quando não há pressa nenhuma envolvida), despachar seu excesso de bagagem como carga em alguma empresa de transporte de encomendas pode fazer muito sentido financeiro. Há riscos, custos e inconvenientes em qualquer alternativa que você for preferir, mas no caso de itens volumosos, pesados ou cujo transporte como bagagem for vedado, até os serviços de cargas dos nossos combalidos Correios podem ser uma alternativa a considerar.
 

Misturar as bagagens. Em 2 sentidos: o primeiro e muito importante é, quando viajar em família, reservar reciprocamente 20% do espaço de cada mala para levar uma muda de roupa de outra pessoa, mitigando os efeitos imediatos de extravios parciais de bagagem, que parecem cada vez mais comuns. O outro sentido é entre a bolsa e a mala, ou entre a bagagem de mão e a bagagem despachada: levar uma peça de roupa estratégica na pasta (uma blusa adequada a uma conexão em local frio, por exemplo), e em troca colocar na mala itens que não são roupas mas talvez você não use, como os carregadores dos seus eletrônicos sem conectores correspondentes a bordo, por exemplo.
 

Não expor itens valiosos. O roubo de itens valiosos em bagagem despachada é cada vez mais comum, e infelizmente é facilitado por um padrão comum do ato de arrumar as malas: primeiro armazenar toda a roupa, e só depois colocar os outros itens que os ladrões procuram: o tablet, o notebook, a câmera, etc. Nem sempre o ladrão que atua dentro do processo de transporte de cargas tem acesso aos scanners de bagagens - ele abre as malas mais promissoras e "alivia" os itens que encontrar, geralmente com pressa e precisando ser discreto. Portanto, se for levar itens de valor em sua bagagem despachada, o mínimo que você pode fazer é embrulhá-los individualmente em peças de roupa macias e inseri-los no meio da sua mala, e não no topo!
 

Usar o seguro. É possível que o seu cartão de crédito ofereça um seguro da bagagem conveniente e (relativamente) barato, bastando que você compre as passagens pagando por meio dele. Verifique se é o caso e como usar e, caso você seja um viajante frequente e não disponha ainda de um cartão com este recurso, vale a pena incluir este critério na hora de negociar a sua próxima renovação!

Claro que estas não encerram nossas dicas, mas também não quero repetir hoje as que já apareceram por aqui antes. Você as encontra em posts anteriores como estes:

Home office sem papel pode não ser a meta certa

A meta de organização em um escritório doméstico muitas vezes acaba sendo definida em termos de quanto se consegue reduzir a quantidade de papel que por ele tramita ou nele é arquivado.

Embora a redução da presença do papel possa mesmo ser um bom indicador do avanço da eficiência dos processos típicos de um escritório, é importante lembrar de não confundir o indicador com o objetivo: a simples remoção de papel pode ser alcançada com a mera automatização (que quando é aplicada a processos originalmente ineficientes pode acabar perpetuando-os em vez de fazê-los evoluir), ou mesmo com a prática altamente indesejável de descartar documentos em papel que idealmente deveriam ser processados e arquivados - ou ainda fazendo como o alegre rapaz da imagem abaixo.

Um meio termo que muitas vezes é aceito como "a solução viável no momento", embora esteja longe de ser a solução que você deveria desejar, é livrar-se do papel colocando um scanner do lado da bandeja de entrada.

Simplesmente digitalizar todos os documentos que precisarão ser processados ou arquivados pode ter um ganho imediato quanto à operacionalização - é mais fácil de encaminhar e o arquivamento ocupa bem menos espaço físico, por exemplo.

Mas é uma solução bem insuficiente, se parar por aí. Para começar, o papel em si continua sendo usado e transportado, o que pode reduzir bastante o ganho ambiental com a atitude. Além disso, pelo menos duas operações a mais (a digitalização em si e o descarte apropriado do papel original) são acrescentadas à sua rotina, e nem sempre há garantia de equivalência (por exemplo, para fins judiciais ou contábeis) entre a sua cópia digitalizada e o papel original.

A dica, portanto, é definir a sua meta em termos de ganho de eficiência. Aquilo que normalmente se expressa em termos de redução de papel geralmente pode ser melhor definido como buscar reduzir os processos que precisam que documentos sejam recebidos, expedidos, encaminhados, circulem internamente ou sejam arquivados.

O desafio pode ser grande nos home offices e também nas grandes corporações. Mas o ponto em que você pode ter mais chance de agir com eficácia máxima é na origem dos documentos, como no exemplo das contas, boletos, notificações e extratos que puderem ser recebidos ou expedidos com segurança por meio eletrônico, ou mesmo integrados a um sistema de pagamento automático (débito em conta, cartões de crédito e similares), desde que você coloque em prática um processo de acompanhamento adequado, para não ser cobrado a mais nem ficar devendo sem saber (e se livrar de executar pessoalmente vários procedimentos intermediários para pagamentos, recebimentos, acompanhamentos parciais e similares)!

Além disso, reservar 2h para escrever (cartas ou e-mails) para os endereços de contato que constam em cada um dos papeis que você recebe regularmente sem solicitar e rotineiramente descarta (boletins de associações, jornais de ofertas, catálogos, etc.) solicitando a remoção do mailing pode ter sucesso em um bom número de casos (para mim funciona em uns 70% das tentativas) e reduzir não apenas o esforço de triagem mas também a sua participação neste desperdício de material e transporte.

Fora isso, trata-se de uma questão de processos internos. Reduzir a sua própria necessidade ou interesse em gerar, receber ou arquivar documentos (em papel ou não) depende de cada caso, mas gera resultados bem melhores quando está claro que o objetivo é a eficiência, e não apenas substituir cada papel por uma cópia digital (ou várias...).

E no caso das tramitações e arquivamentos de papel que sobreviverem ao facão metafórico que deve passar pelos processos, aí sim temos o caso em que o scanner, aliado a um bom processo para identificar, armazenar, proteger e pesquisar os arquivos digitalizados, pode desempenhar bem o seu papel ;-)

Multiplicando a utilidade da mesa de cabeceira

Hoje vou compartilhar com vocês uma pequena obsessão, e como - após anos tentando - eu a resolvi de uma forma que me satisfez.

Se você tem uma série de itens que ficam dispostos ao seu alcance enquanto você dorme, é possível que você passe pela mesma dificuldade pela qual eu passo: encontrá-las no meio da noite sem acender nenhuma luz.

Como estes itens se misturam a outros que estão lá por outros motivos, as movimentações na penumbra (especialmente quando você não está TÃO acordado assim), tatear para encontrar o óculos, o antibiótico que terá que ser tomado às 3 da madruga, o controle remoto do condicionador de ar ou qualquer outro item do seu interesse, sem derrubar o abajur nem o copo d'água, às vezes pode ser uma chatice pela qual você passa várias vezes por mês mas no dia seguinte não lembra de tomar uma ação para prevenir a próxima ocorrência.

Existem várias soluções para a situação acima, sendo que a mais simples é totalmente indesejada para mim: tornar o quarto menos escuro. Acender uma luz no meio da noite enquanto estou deitado (mesmo que seja uma discreta luminária de led) ou mantê-la sempre acesa (mesmo que seja o mostrador de um rádio-relógio ou uma fresta desnecessária na cortina) é o oposto do que eu procuro.

A alternativa que eu tentei durante anos, embora leve a uma frustração quase obsessivo-compulsiva quando alguém, ao arrumar o quarto, não a mantém, é estabelecer um canto certo para cada coisa na mesa de cabeceira: um para o óculos, outro para o controle do AC (que recebeu uma fitinha fosforescente pra ajudar), outro para o relógio ou telefone, e o outro, mais distante, para o copo d'água ou o eventual remédio da madrugada. Só que, além da possibilidade de alguém "arrumar"e eu não notar, ocupar primeiro os cantos reduz bastante a utilidade de um tampo tão pequeno quanto o do criado-mudo.

Entra em cena o porta-controles

O embrião da solução já estava aqui em casa há anos, mas na sala: o porta-controle, com 4 compartimentos: dá certinho para designar um para o óculos, outro para o controle do AC (que se sente em casa em um porta-controles), outro para o relógio ou telefone, e ainda sobra um pro eventual antibiótico da madrugada.

É só deixar no canto mais perto da cama, seguir sempre as posições alocadas para cada utensílio noturno, e pronto: fica fácil encontrá-los até com os olhos fechados e funcionando no piloto automático, sem derrubar o abajur nem o copo d'água.

Funcionou durante anos, apesar das ocasionais incursões da faxineira, com a sua típica síndrome da reordenação doméstica. Se você tem a mesma demanda, recomendo! Dá até para prender com um bom adesivo, a algum dos cantos dele, uma lanterninha de led dessas de chaveiro, e dispor de iluminação também sempre ao seu alcance, para quando a necessidade de encontrar alguma coisa for atípica.

Indo além: assaltando a poltrona

Há algumas semanas, após ver a dica em um site sobre apartamentos (infelizmente não guardei o link para referenciar), eu dei um passo além nesta forma de organização: sequestrei um porta-controle de pano, feito para colocar no braço de poltronas e sofás, e o reposicionei na lateral da minha cama, próximo ao criado mudo.

No meu caso a cama é box, e o prendi entre os 2 níveis de colchão. Em uma cama tradicional, ele pode ser preso à estrutura, ou mesmo ficar ancorado entre o colchão e o estrado (mas meça antes, para ver se não vai arrastar no chão).

Como o óculos é delicado, o compartimento escolhido para ele foi o mais próximo da cabeceira e ganhou um reforço de alumínio, para garantir sua sobrevivência no caso de uma canelada acidental. O controle e o relógio são mais resistentes e não precisam deste cuidado extra.

E como o Lifehacker observou no final de semana, estes porta-controles de poltrona geralmente são revisteiros também, e no compartimento das revistas dá para largar, antes de dormir, o seu tablet, notebook ou mesmo a leitura de papel que você estiver lendo na cama, se for seu hábito.

Acabei descobrindo que existem soluções comerciais voltadas exclusivamente ao uso na cabeceira há anos, e algumas me parecem um pouco exageradas - parecem mais uma mochila. Mas o porta-controles/revisteiro que eu já tinha na sala me atendeu bem, e recomendo!

Aí o tampo do criado-mudo fica mais disponível para soluções governadas pela estética, e a faxineira vai até mesmo poder colocar nele uma toalhinha e um enfeite, que eu não vou ver como um risco adicional de derrubar tudo de madrugada ;-)

Entrevista de emprego: "Qual seu maior defeito?"

Entrevistas de emprego mal conduzidas ou massificadas às vezes parecem seguir um verdadeiro script, quase como as danças populares nas festas juninas.

O entrevistador diz "olha a cobra!", o entrevistado diz "é mentira!". E a quadrilha prossegue: "Olha a chuva!", "Já passou!", e assim por diante, enquanto fazem evoluções que o candidato experiente já viu em tantos lugares, e das quais o entrevistador cansa de ouvir a mesma resposta, sem contar as dinâmicas que são as mesmas desde 1989, e o avaliador as viu inicialmente em uma fita de videocassete que já era velha.

Claro que nem sempre é assim - e quando não é, todo mundo sai ganhando: o empregador vai receber candidatos melhor avaliados, o avaliador não vai morrer de tédio, e o candidato vai ter um pouco mais de chance de mostrar suas qualidades reais, e não a mera habilidade de seguir um roteiro que viu nos classificados do jornal de empregos.

Há alguns anos publiquei um roteiro de perguntas de entrevista de emprego para quem está exposto a entrevistas assim, quer dar respostas relativamente seguras, mas sem entrar no script igual ao de todo mundo que lê os artigos que os jornais de empregos requentam a cada 5 semanas.

Desde lá os scripts alheios avançaram um pouco (e de vez em quando reconheço alguma das minhas respostas em alguns deles, e fico feliz), mas de modo geral o meu modelo ainda está atualizado - o que não me impede de, vez em quando, publicar um adendo - como este em que tratei da famigerada pergunta "Por que devemos te contratar?"

Qual o seu maior defeito?

E hoje é a vez de mais uma pergunta que, assim como a mencionada acima, até tinha algum sentido - mas anos de repetição e de candidatos sendo doutrinados a responder algo que (no entender de quem dá a dica) não é um defeito de verdade ("sou perfeccionista", "trabalho demais", "não gosto de encerrar o expediente quando ainda há pendências", etc.) acabaram comprometendo em boa parte sua eficácia prática, a não ser como teste para ver se o candidato está procurando ser genuíno ou está seguindo um roteiro.

Mas isso não é motivo para o roteiro de muitos entrevistadores mudarem, e toda semana eu recebo algum relato ou consulta de gente dizendo que recebeu esta pergunta na entrevista e não sabe qual seria "a resposta certa", como se existisse e fosse só uma - e torço para que no futuro, ao invés de me perguntar, parte deste contingente encontre este post numa busca on-line! ;-)

Eis o que eu respondi no guia de perguntas entrevistas de emprego de 2008:

Cuidado! A maioria das pessoas que já leu dicas de entrevista acha que deve escolher algo que não seja tão negativo assim, como “ser muito perfeccionista”, ou “exigir demais de si mesmo”. Na minha opinião, quando eu mesmo entrevisto, essas respostas prontas que disfarçam um ponto positivo como se fosse negativo passam uma idéia de artificialidade, e de ausência de respeito pelo interlocutor e pela empresa.

Diga que não consegue lembrar de uma característica profissional que possa comprometer seu desempenho no cargo para o qual está sendo considerado, e aí acrescente um ponto negativo real (no qual você pensou com antecedência), que faça sentido no contexto da empresa, mas que não vá comprometer suas chances de aprovação. Se possível, equilibre-o explicando a forma como você lida com este ponto negativo, e mencione um ponto positivo forte já em seguida. Mas não exagere escolhendo algo que possa soar pior do que é na realidade.

O que eu escrevi naquela ocasião está mantido: mesmo que a pergunta seja pouco inspirada, uma resposta genuína e segura é possível, mesmo sem recorrer à dica do jornal.

Mas nesta semana o Lifehacker ofereceu um complemento interessante que eu achei que valia a pena compartilhar com vocês: para escolher o tal ponto negativo real que não comprometa a sua avaliação, uma forma segura é escolher uma habilidade que lhe falte em outra área de conhecimento profissional especializado, que não seja a da vaga que você está procurando.

Se a vaga envolve controladoria ou contabilidade você não vai dizer que odeia matemática financeira, mas pode dizer algo que inviabilizaria o trabalho de um comissário de bordo ou de um auxiliar de enfermagem, por exemplo - e ainda acrescentar que foi isso que o motivou a escolher a contabilidade ou a gestão financeira como carreira, porque potencializa os seus pontos fortes e evita completamente este defeito que você escolheu para mencionar. Mas não vou dar exemplos específicos, senão vou estar reproduzindo o comportamento dos guias de jornal ;-)

Cuidado com a armadilha do silêncio

Já que estamos tratando do assunto de perguntas-padrão, vale um destaque: nem sempre o que o avaliador quer saber está no conteúdo da sua resposta: às vezes surgem perguntas com respostas óbvias, sem respostas certas, potencialmente embaraçosas, etc. apenas com o objetivo de provocar e observar a sua atitude: se foge do tema, se encara de frente, se traz uma resposta enlatada, se responde de forma genuína, se vai se expor ou se proteger, etc.

Pode muito bem ser o caso da pergunta do "seu maior defeito" ou "seu ponto fraco". Saber a resposta até interessa, mas a sua atitude ao receber a pergunta talvez seja um material muito mais rico para o entrevistador avaliar - portanto, responda conscientemente!

Para completar, às vezes a sua resposta virá acompanhada de mais uma ferramenta para gerar constrangimento e observar como você reage: uma encarada silenciosa, em que o entrevistador simplesmente continua olhando para você, sem fazer a próxima pergunta, nem comentar ou dar nenhuma dica visual de que concordou, discordou, espera algo mais, etc.

Trata-se de um teste - ou uma "pegadinha", e bastante gente cai: ao perceber a situação de stress, assumem que o entrevistador considerou a resposta errada, mentirosa, insuficiente, ridícula ou qualquer outra coisa, e começam a tentar “consertar”, muitas vezes com resultados desastrosos para si mesmo.

A intenção pode ser mesmo intimidar e provocar stress, para ver como o candidato se sai. Se tentarem isso com você, sugiro aguardar também alguns segundos calmamente, e em seguida não afirmar nada, apenas perguntar: “há algo mais que eu possa esclarecer sobre este ponto?” Se o entrevistador continuar em silêncio, simplesmente aguarde silenciosamente também, em atitude respeitosa e séria, prestando atenção a ele,como se estivesse dando a ele tempo para pensar, até que ele perceba que você não se intimidou e nem vai “se entregar”.

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