Twitquero: novo sistema para gerenciar promoções via Twitter

O Adriano Caetano, uma das poucas pessoas que já tinham presença na web brasileira tratando sobre Linux antes de eu criar o BR-Linux em 1996 e continuam na atividade (hoje ele mantém a LinuxMall), me mandou um aviso de lançamento de um novo projeto que pode interessar a vocês.

Hoje ele atua profissionalmente também na área de apoio ao comércio eletrônico e percebeu o número de pessoas que, por não conhecer ou não se satisfazer com as alternativas de automação existentes, vêm organizando sorteios de brindes via Twitter e precisam repetir procedimentos manuais para operacionalizá-los.

Não é o meu caso: quando faço alguma promoção via Twitter, tenho o maior prazer em reviver meus dias de programador e desenvolver scripts para obter da API do Twitter e verificar os participantes inscritos, sorteando-os depois.

Mas nem todo mundo é ex-programador nostálgico, e muitos acabam recorrendo mesmo a procedimentos manuais chatíssimos, piorados ainda mais pelas constantes falhas do Twitter.

Assim, ele criou seu próprio site de automação de sorteios via Twitter, o Twitquero, que se encarrega de verificar a adesão de seguidores ao procedimento do sorteio, e de sorteá-los na data certa, via random.org - que gera números aleatórios baseados na entropia dos ruídos atmosféricos, garantindo um sorteio mais isento de preferências.

Pedi ao Adriano que descrevesse o sistema para vocês, e ele não se fez de rogado:

O sistema é simples e útil para empresas que desejam promover seus
produtos ou aumentar sua visibilidade nas redes sociais.

Vantagens:

- Aumente a quantidade de seguidores do seu Twitter;
- Dê grande visibilidade para produtos e/ou serviços;
- Promova o sorteio com imagem e link para o site;
- Gerencie todos os seus sorteios de forma simples;
- Serviço gratuito.

Funcionamento:

- Os visitantes participam do sorteio (e automaticamente passam a
seguir o Twitter da empresa, e é feito um "post" do sorteio no twitter
dos participantes, multiplicando a visibilidade)

- Dessa maneira, a empresa aumenta significativamente sua quantidade
de seguidores, e passa a anunciar tão apenas para os participantes,
mas para os amigos dos participantes.

- É definido uma data e a quantidade de ganhadores. O sistema gera um
número aleatório baseado no random.org e define o(s) vencedor(es).

Desejo sucesso ao Twitquero e espero que seja útil para vários de vocês no futuro!

E-mail: como escrever para receber melhores respostas

O e-mail é uma tecnologia datada do início da década de 1960, cheio de limitações, de concorrentes, de problemas e de insuficiências. Mesmo assim ele permanece sendo uma ferramenta essencial de comunicação da nossa geração - podendo ser um pilar da eficiência ou um grande dreno de tempo, dependendo de como lidamos com ela.

A maioria dos artigos explicando técnicas para lidar melhor com os e-mails tratam de uma questão que é essencialmente de eficiência: sobre o ponto de vista de quem recebe as mensagens e precisa esvaziar a caixa de entrada.

Mas existe outra situação, que é essencialmente de eficácia, que não pode ficar esquecida: o ponto de vista de quem envia o e-mail e deve se esforçar para garantir que uma resposta chegue a tempo, trazendo a informação desejada.

7 dicas para receber mais respostas aos seus e-mails

É difícil garantir que todos os e-mails que você manda serão respondidos, que as respostas chegarão a tempo ou dirão aquilo que você espera.

Mas se você agir como se a outra pessoa fosse simultaneamente esquecida, distraída e respondesse aos e-mails dela usando um teclado de celular, em breves intervalos entre um compromisso e outro, há como aumentar a chance de a sua resposta esperada chegar a tempo - até porque a situação descrita é a realidade de muita gente.

As dicas de hoje explicam como fazer!

Use bem o campo "Assunto". Ele precisa ser um resumo do seu... assunto. Não mais que 8 palavras! Inclua o verbo! "Reagendar reunião sobre o próximo curso de estatística" é melhor do que "Curso de estatística" ou do que "Nossa reunião".

 

Uma mensagem, um tema. Escreva seu e-mail e-mail sobre um único assunto. Se precisar de resposta sobre vários temas diferentes, mande vários e-mails ao longo do tempo (e não todos juntos).
Seja breve. Não prejudique o seu conteúdo, mas se a mensagem puder ser lida sem rolar a tela, já está muito bom. Se não tiver mais que 10 linhas, melhor ainda.

 

Seja objetivo. Vá direto ao ponto, e deixe muito claro qual a ação que você espera do seu destinatário. E-mail não é dissertação, e na maior parte dos casos você deve ir direto à conclusão. Portanto, se você quer resposta, faça logo a sua pergunta, e a construa de tal forma que a resposta também possa ser objetiva: "Sim", "Na manhã de terça", ou "Prefiro na churrascaria", por exemplo.

 

Adiante a sua parte da questão. Se a pessoa para quem você está escrevendo precisará de uma informação sua para poder lhe responder, já a adiante. Não escreva "Precisamos nos reunir, quando é bom pra você?", porque a resposta tende a ser "Sobre o que? Quanto tempo? Quando você pode?". Escreva direto: "Precisamos nos reunir por meia hora para fechar o contrato com o provedor, tenho disponibilidade todas as tardes dessa semana, menos quarta-feira, quando é melhor pra você?"

 

Identifique-se. A não ser que você tenha certeza de que o seu destinatário sabe as respostas, diga quem você é, onde o conheceu, ou qualquer referência necessária para que ele saiba a quem está respondendo.

 

Releia antes de enviar. A responsabilidade pela qualidade da sua mensagem é sua. Atenção para ambigüidades, para subjetividades, insuficiências e excessos. Remova-os sem piedade.

 

Pessoalmente falando, já faz tempo que eu recebo mais e-mail do que consigo processar, e deixo muitos sem resposta, embora me esforce para verificar o máximo possível. Obviamente, o meu primeiro critério para responder das mensagens que recebo é o interesse do assunto que ela trata - o meu próprio ou se consigo perceber o do interlocutor.

Mas tenho certeza de que perco muitas mensagens que me interessariam, porque os seus autores não conseguem deixar claro qual é o ponto de interesse para mim, ou porque eu termino de ler a mensagem sem entender o que seu autor deseja que eu faça. E neste caso, frequentemente os dois lados saem perdendo.

Que dicas você acrescentaria à lista das técnicas que ajudam a garantir mais respostas a e-mails?

Como pedir desculpas com efetividade

Não existe fórmula mágica para reparar o impacto de qualquer dano ou mágoa que você possa causar mas, quando existe um caminho para uma solução, geralmente ele passa por um bom pedido de desculpas, no qual você reconhecerá qual o seu ato que causou o problema, que se arrepende por ele e que gostaria de repará-lo.

Só que, embora os pedidos de desculpas possam ser o caminho mais direto entre a ofensa e o perdão, eles também podem ser bem complicados de executar. Não procure por mensagens de desculpas ou fórmulas prontas: os componentes essenciais são o reconhecimento do erro e a disposição genuína de apresentar este reconhecimento à pessoa prejudicada.

Todo mundo comete erros. E nem todos eles podem ser consertados, mesmo quando são entendidos e reconhecidos. Pedir desculpas, entretanto, quase sempre está ao alcance, mas bastante gente erra na hora de colocar esta idéia, aparentemente tão simples, em prática.

Comunicar claramente o que se pensa e sente é um talento que precisa ser desenvolvido, mas algumas necessidades de comunicação do dia-a-dia das nossas vidas (profissionais, acadêmicas, familiares, afetivas, etc.) são tão comuns, que é possível se preparar para elas de maneira bastante específica.

A situação dos pedidos de desculpas é mais uma que pode ser tratada desta forma. E aqui é necessário fazer uma distinção importante: pedir desculpas não é a mesma coisa que dar as famosas "desculpas" para se justificar. Estas últimas servem para que você não ser levado a sério, enquanto as primeiras podem fazer muito a favor de sua reputação e imagem.

 

Não há técnica nenhuma que faça você arrepender-se genuinamente, nem que garanta que irá receber o perdão, ou mesmo que chegará a ser ouvido pela pessoa de quem deseja este benefício, mas se você conseguir reunir estas condições, a técnica poderá ser bem empregada e levar a melhores resultados.

Entendendo como é o jeito errado, para evitá-lo

Antes de explicar os passos que conduzem a um bom pedido de desculpas, vou usar o recurso didático de apresentar alguns dos elementos centrais mais comuns de um pedido de desculpas que não funciona.

 

Um pedido de desculpas que não funciona reune vários dos seguintes ingredientes:

  1. é apresentado mesmo quando a pessoa não está pronta para ouvir
  2. é feito em público ou por intermediários, e não diretamente à pessoa atingida ou ofendida
  3. só surge depois que o erro cometido se torna público e "pega mal"
  4. é apresentado na condicional ("desculpe se por acaso exagerei")
  5. generaliza para não mencionar o que se fez de errado ("desculpe ter causado incômodo")
  6. diz que o erro foi de interpretação de quem se ofendeu ("desculpe se alguém entendeu erroneamente que a minha piadinha do trem era preconceituosa")
  7. não gera o entendimento de que há arrependimento e haverá um esforço para corrigir, compensar ou evitar repetições do mesmo erro
  8. é seguido de novas ofensas caso as desculpas não sejam integral e imediatamente aceitas

É fácil exemplificar alguns destes itens. Muitas vezes acontece de o ofensor mencionar seu arrependimento somente a uma terceira pessoa, esperando que ela vá contar ao ofendido ou, pior ainda, querendo evitar que esta terceira pessoa fique com má impressão sobre o ofensor, que não está nem aí pra opinião do ofendido.

É como quando uma pessoa pública que ofende uma comunidade inteira e, ao ver que pegou mal, não se dirige a ela para se desculpar, mas sim procura os jornais e revistas que o público dela (e não a tal comunidade) lê, para "pedir desculpas" publicamente, também.

Os itens 4 e 5 também são tristemente comuns - são o tipo de pedido de desculpas que na verdade ampliam e aprofundam a ofensa original. É como se a pessoa estivesse, ao invés de pedir desculpas, chamando o interlocutor de burro por não entender o que se quis dizer, ou dizendo que na verdade não houve ofensa, mas SE a pessoa quiser achar que houve, recebe as desculpas por esta ofensa imaginária.

O item 6 é o mais inefetivo de todos, porque caracteriza as famosas "desculpas vazias". A pessoa está fazendo um gesto por educação ou por sentir-se obrigado, mas nada vai mudar.

Como pedir desculpas do jeito certo

Um bom pedido de desculpas tem muitos ingredientes, mas os mais essenciais entre eles são o genuíno reconhecimento de que se fez algo indevido, e o sincero desejo de apresentar este reconhecimento à pessoa ofendida ou prejudicada pelo erro.

 

Quando estes 2 ingredientes estão presentes, até mesmo um pedido de desculpas mal executado tem chances de ser aceito.

E o oposto também é muito verdadeiro: se houver suspeita da ausência deles, a chance de o pedido de desculpas ser aceito com sinceridade passa a ser bastante reduzida.

Portanto, depois de verificar que você reune os 2 ingredientes acima, prossiga com a minha versão adaptada do procedimento proposto pelo Wikihow:

1 - análise pessoal: em sua própria reflexão, identifique claramente qual foi a ação errada, quem foi a vítima e de que forma ela foi prejudicada. Para depois poder pedir desculpas corretamente, você tem que aceitar em sua mente que houve um erro de sua responsabilidade, e que este erro ofendeu ou causou prejuízo a outra pessoa ou pessoas.

Porcure identificar claramente estes elementos, para poder se referir a eles de forma objetiva na hora de pedir desculpas.

 

2 - aceite a responsabilidade por este erro e ofensa. Já ouvi o ditado "nunca peça desculpas por algo fora do seu controle", e concordo com ele - se você vai pedir desculpas genuínas, deve ter reconhecido que o ato pelo qual está se desculpando era de sua responsabilidade.

Em especial, não acrescente junto ao seu pedido as "explicações" que não comovem ninguém e tentam minorar a sua responsabilidade sobre o erro. Em especial, não diga:

  • "são as normas da casa",
  • "foi problema com o entregador/garçom/atendente/funcionário",
  • "foi orientação superior, eu era contra",
  • "eu estava bêbado", etc.

Pois podem até ser explicações verdadeiras, mas não cabem no seu pedido de desculpas - ou você aceita toda a responsabilidade por ter causado ou não ter agido para evitar a situação, ou apresentará desculpas parciais que só irritam e até agravam a ofensa.

3 - escolha momento e local adequados. Você precisará de tempo, pois um bom pedido de desculpas é muito mais um diálogo do que um discurso. Pense na oportunidade ideal, e tome providências para conseguir que ela aconteça, evitando embaraços e constrangimentos desnecessários.

Oportunidades comuns são após uma reunião, em um convite para almoço, em uma conversa de corredor, etc. Às vezes temos a felicidade de pedir desculpas imediatamente após cometer o erro (e aí tudo fica mais simples), mas nem sempre é o caso, e nem sempre é melhor, dadas as emoções envolvidas. Mas esperar demais também não é bom.

 

4 - apresente o seu pedido de desculpas, que idealmente não deve ser um longo discurso, e precisará ser dito de forma espontânea, mas deve incluir componentes como estes (possivelmente nesta mesma ordem):

a) O reconhecimento de qual foi o erro, e qual o prejuízo causado ("Desculpe por eu ter amassado a lataria do carro e guardado na garagem sem te contar", "Desculpe por eu ter contado ao Fulano qual era o preço máximo que você pretendia oferecer, e assim ter arruinado a compra da casa", ...) 

Este é o ponto em que você precisa ter cuidado com os erros comuns que mencionamos no início do texto: caso a sua frase tenha um "se" ou um "mas", ou você estiver se desculpando por como a pessoa se sentiu, e não pelo que você fez, cuidado!

Cuidado também com sutilezas e insinuações - elas têm seu lugar na comunicação, mas este lugar raramente inclui os bons pedidos de desculpas.

b) A proposta de fazer algo concreto para compensar o dano causado, ou para evitar que a situação se repita. Aqui também não deve haver nada no condicional - não diga "se você me perdoar e continuar emprestando o carro nos sábados, eu prometo nunca mais dirigir acima do limite de velocidade". A proposta deve ser em termos absolutos.

c) A reafirmação do valor que a pessoa ofendida tem para você (caso tenha)

d) O pedido de que ela o desculpe, perdoe, dê nova oportunidade para compensar ou para reiniciar o processo sem voltar a cometer o mesmo ato.

Assim como na web, em um bom pedido de desculpas o conteúdo é o rei. Fazê-lo acompanhado de poemas, olhar triste, um cartão, presente, um jantar, flores, vantagens e firulas, mas sem um reconhecimento sincero, pouco adianta para o objetivo intrínseco.

5 - Seja paciente. Você pode ser desculpado na hora, mas também existe a possibilidade de a pessoa ainda não esteja pronta para lhe desculpar, perdoar e esquecer.

Se acontecer este segundo caso, esteja preparado para simplesmente encerrar o seu pedido, reforçar que espera que no futuro isso possa ser revisto, e se retirar. Se acontecer o primeiro caso, aja normalmente, sem forçar a pessoa a situações para "testar" se ela realmente o perdoou.

6 - Mantenha sua palavra. Se você se disse arrependido, fez uma proposta de mudança, ela foi aceita, e você não a cumprir, chegará o momento em que o resultado será bem diferente...

Contrastando com o método John Wayne

Em um western de 1949, o personagem interpretado por John Wayne disse uma frase emblemática, que traduzo livremente: "nunca se explique e nunca peça desculpas - são sinais de fraqueza".

 

Há pessoas (e corporações) que levam suas vidas com base nesta filosofia. Na vida profissional, já tive oportunidade de encontrar dois superiores que conheciam a frase e a citavam como política de relações públicas e marketing pessoal.

Com um suprimento inesgotável de impulso próprio e capacidade de ignorar os feedbacks e solicitações recebidos, até acredito que seria possível levar uma vida aparentemente feliz e saudável adotando este lema. Mas estes suprimentos inesgotáveis não são tão fáceis de encontrar.

Eu não compartilho da idéia, nem a recomendo. Mas resolvi mencioná-la aqui porque ela pode servir de contrapeso importante ao que foi dito acima, na hora de lembrar que também não é ideal passar a vida se explicando e se desculpando.

No artigo "Evite acidentes, faça de propósito!", já tratamos do tema: o ideal é ter consciência das atitudes que se deseja tomar, e estar preparado para as suas consequências.

Reproduzo um parágrafo de lá:

Fica, portanto a dica: se sua vida está em algum compasso de espera e você não está gostando, talvez você esteja precisando fazer algumas escolhas, tomar algumas decisões e correr para viabilizá-las – antes que o destino decida, possivelmente contra você. Faça de propósito, não espere pelo acidente!

Mas quando fizer, não se desculpe: foi sua escolha, e você não deveria estar arrependido dela ;-)

Utilidade extra para seus cartões indesejados

A competitividade do mercado faz com que cada vez mais empresas queiram disputar uma fatia dos nossos recursos (e das informações sobre eles).

Uma forma popular de fazê-lo envolve oferecer cartões que as habilitam a virar intermediárias dos nossos pagamentos, do nosso crédito ou titulares da nossa “fidelização”, conceito mais amplo e que permite que até a farmácia e a papelaria da esquina desejem que andemos com um cartão delas sempre no bolso.

Cartões indesejados chegando na nossa caixa do correio ou sendo oferecidos no balcão de cada loja são cada vez mais comuns. E mesmo os cartões que não são indesejados se acumulam, precisando ser adequadamente tratados quando expiram ou deixam de ser úteis.

Andar com uma quantidade muito grande de cartões é imprático e nem sempre é a alternativa mais segura. Frequentemente eles podem ser substituídos por outra forma de identificação e, na prática, nem sempre é do interesse do consumidor – apesar do benefício oferecido pelo lojista – identificar-se tão docilmente a cada compra.

É por esses e outros motivos que muitas vezes a alternativa de inutilizar e se desfazer de um cartão é especialmente atrativa.

 

Entra em cena a prensa de palhetas

Desfazer-se de um cartão indesejado é um ato que frequentemente vem acompanhado de uma emoção. Quando é o caso,  a tesoura acaba sendo uma arma ao mesmo tempo em que é uma ferramenta ;-)

Talvez seja este potencial que tenha me atraído a atenção para o Pickmaster Plectrum Punch: um dispositivo que opera sob o mesmo princípio do clássico perfurador de papel, mas ao ser aplicado sobre um cartão de crédito ou de fidelidade, produz palhetas para seu violão ou guitarra.

Claro que, do ponto de vista da (mínima) utilidade prática, você pode escolher outros materiais, e assim produzir palhetas mais finas ou mais duras. Mas a sensação de produzir música a partir do ato de rejeição ao cartão que alguém queria usar para lhe fisgar também é bem interessante ;-)

Claro que dá pra fazer as palhetas de cartão de crédito usando só uma tesoura, mas a simples existência do dispositivo especializado pode ser um motivo a mais para lembrá-lo deste uso secundário (ou primário, no caso dos cartões que você não deseja) para todo esse plástico que se acumula nas caixas de correio!

E a possível vantagem de usar as letras em alto relevo (quando houver) pra dar mais firmeza na pegada da palheta também não pode ser desconsiderada ;-)

 

Outros usos para seu cartão indesejado

Dá para extrair várias outras utilidades de um cartão que você não pretende aceitar. Aqui estão algumas delas:

Um suporte de mesa para o seu celular

 

Um carretel para fones de ouvido

 

Um organizador de cabos

Mas, seja lá o que você for fazer, certifique-se de não deixar íntegros o chip, a tarja magnética e a sua identificação, para que a utilidade secundária não se transforme em um risco primário!

Planejamento e Motivação: preparando-se para evitar 5 arrependimentos comuns

Em um post de 2007 que continua muito visitado até hoje, vimos que é possível aplicar os princípios do Planejamento Estratégico à vida pessoal, conduzindo de forma mais segura à plena realização do que se deseja alcançar, por identificar de forma objetiva a sua missão pessoal e o que seria a visão de sucesso.

Um dos requisitos para um bom planejamento estratégico é a análise do ambiente, incluindo a questão das ameaças. Infelizmente, entretanto, a pressão do aqui e agora  dificulta uma visão objetiva sobre o que realmente importa a longo prazo – nos preocupamos em identificar ameaças operacionais (desemprego, acidentes, doenças) e as realmente estratégicas, que impedem a realização plena a longo prazo, ficam ocultas.

Perguntando a quem já contabilizou

Bronnie Ware trabalhou por vários anos com Cuidados Paliativos, definidos pela Organização Mundial de Saúde em 2002 como uma abordagem ou tratamento que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameacem a continuidade da vida.

Nas palavras dela, bem mais cruas, talvez fique mais fácil de entender: “Meus pacientes eram aqueles que haviam voltado para casa para morrer”.

Não tenho dúvida de que o desgaste emocional de lidar profissionalmente com pessoas em estágio terminal de suas doenças, que sabem que o fim da vida é iminente, deve ser avassalador.

Mas além do exercício da compaixão, Bronnie também colheu outra oportunidade em sua profissão: a de ouvir o que essas pessoas tinham a dizer após aceitarem sua condição, fazerem as pazes com a realidade, identificarem o que realmente importa na hora do balanço final, e compartilharem como vêem a vida após estarem despidos de quase tudo o que atrai e desvia a nossa atenção no dia-a-dia.

O saldo fica mais visível no balanço final

Sempre podemos aprender com a experiência alheia, e Bronnie sem dúvida aprendeu. Uma das questões que lhe chamaram a atenção foi a dos arrependimentos, pois o “maior arrependimento” da vida de seus pacientes frequentemente era mencionado ao longo dos seus cuidados.

Na análise dela, há um conjunto de 5 arrependimentos que se repetiram com grande frequência.

Conhecê-los pode oferecer uma perspectiva adicional sobre a direção na qual sua vida está sendo conduzida, portanto reproduzo e comento abaixo a lista, ao mesmo tempo em que recomendo visitar também o post original da Bronnie para conhecer os comentários que ela também acrescentou.

Os 5 arrependimentos mais comuns

Queria ter tido a coragem de ser fiel a mim mesmo, e não às expectativas dos outros. Este é o arrependimento mais frequente: sonhos e aspirações ficaram “para depois”, enquanto a pessoa se curvava ao que percebia como sendo o que os outros esperavam dela.

Só que, quando o tempo se esgota, percebe-se que o “para depois” na verdade significava “para trás”, pois nunca mais chegará. Gerenciar as expectativas dos outros é importante, mas também é importante saber quais são as suas próprias, e não deixar um conjunto sobrepor completamente o outro.

 

Queria não ter trabalhado tanto. A ética do trabalho conduz a muitas oportunidades de felicidade, mas em alguns casos é abordada de forma disfuncional.

O fruto do trabalho é essencial para a maior parte das realidades, mas quando o trabalho em si se transforma em meta ou em fuga, as interações e atividades que ele parece estar substituindo podem ser fonte de grande arrependimento mais tarde, ao perceber que não substituiu nada, e o que foi perdido não pode ser recuperado.
 

Queria ter tido coragem de expressar meus sentimentos. Suprimir seus próprios sentimentos para “manter a paz” com o vizinho ou a família limita o potencial de felicidade e tem efeitos negativos para quem pratica e também para as pessoas que, na intenção de quem praticou, estariam sendo “poupadas” de ouvir o que ele tinha a dizer.

Dizer o que se sente conduz a 2 oportunidades de vitória: resolver o problema que o incomoda, ou remover os contatos que não o satisfazem. Guardar silenciosamente o que se sente mantém o problema e o mau contato.

 

Gostaria de ter mantido contato com meus amigos. As pressões e urgências do dia-a-dia muitas vezes não deixam espaço para o que é importante, incluindo as amizades.

É relativamente fácil fazer um novo amigo, mas geralmente é impossível fazer um velho amigo a curto prazo – e são os velhos amigos que realmente contam, no saldo geral.

 

Gostaria de ter me permitido ser mais feliz. Pode parecer piegas, mas geralmente se observa que não ser feliz pode ser uma escolha.

Manter-se conscientemente em padrões e hábitos infelizes vistos como confortáveis e seguros é comum, e impede a acumulação de um saldo de vida muito importante: o de sorrisos genuínos.

Agir agora para não se arrepender depois

As experiências relatadas por Bronnie Ware são com pessoas que já tinham chegado ao ponto em que era tarde demais para consertar os efeitos de suas escolhas.

Dificilmente poderemos contar com a certeza de chegar ao final da vida sem arrependimentos, mas para os 5 exemplos acima, que são bastante comuns, certamente podemos tomar uma atitude preventiva.

E se você olhar bem, perceberá que há até mesmo interconexões entre alguns deles.

Então que tal colocar agora na sua agenda dos próximos meses vários lembretes para entrar em contato com amigos que não vê há tempos, ou mesmo promover um encontro entre vários deles? Colocar na agenda permitirá que os compromissos de trabalho não sobreponham esses reencontros!

Pense também em algo que gostaria de ter dito a alguém próximo e não disse, e dê um jeito de corrigir a situação, ainda que isso vá ferir as expectativa deles.

A felicidade é difusa, mas a realização pessoal depende da sensação de ter cumprido sua própria missão, e isso está ao alcance de quem planeja. Comece planejando pequenas ações, você verá que é assim que os hábitos se formam!

Home office (e Efetividade.net) na EXAME

Quando eu ainda era graduando em Administração, em meados da década de 1990, os jornais e as revistas impressas ainda eram a maneira básica de acompanhar o que estava acontecendo no cenário da profissão.

Na época, a leitura periódica da EXAME (primeiro na biblioteca da faculdade, depois como assinante) servia não apenas como fonte de informação, mas também como indicador de progresso no curso: era interessante perceber quando eu começava a entender de fato as matérias sobre macroeconomia, ou sobre governança, por exemplo.

Eu lia tudo isso, mas o que eu gostava mesmo (e continuo gostando) eram das matérias sobre empreendedorismo, pequenas empresas, e produtividade pessoal.

Assim, não é pequeno meu orgulho ao perceber que agora – em outra época, em que há anos não assino a EXAME mas leio seu site regularmente – virei fonte da mesma publicação, para falar sobre um assunto que desde aquela época me interessava: a produtividade pessoal ao trabalhar em home offices.

A matéria “6 dicas para trabalhar melhor em casa” com dicas minhas sobre como administrar um negócio em casa sem comprometer o atendimento ao cliente e a vida pessoal, foi ao ar na semana passada, e começa assim:

Ter uma rotina mais flexível e equilibrar melhor vida pessoal e profissional é o sonho de muitos empreendedores que abrem um negócio em casa. Mas se algumas regras de comportamento e convivência não forem estabelecidas e respeitadas, o trabalho em home office pode virar um verdadeiro pesadelo.

Confira a seguir as dicas de Augusto Campos, administrador, especialista em gerenciamento de projetos e autor do blog de produtividade pessoal Efetividade, para trabalhar melhor em casa.

As dicas da matéria não surpreenderão a quem acompanha a tag Homeoffice aqui no Efetividade, mas eu me esforcei para reunir em um texto curto as que fossem mais essenciais para quem ainda está pensando em experimentar esta forma de trabalho, então é possível que seja do seu interesse ;-)

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