Backup pessoal: as ferramentas preferidas dos leitores do Efetividade.net

Dando continuidade à nossa série de artigos sobre as ferramentas de produtividade pessoal preferidas dos leitores do Efetividade.net, na rodada passada perguntei quais as ferramentas que vocês usam para gerenciar seus backups pessoais.

Cópias de segurança são precauções essenciais, e o grau de variação nas respostas mostrou o quanto as preferências pessoais podem variar na hora de escolher como colocá-las em prática.

Ao contrário do que aconteceu nas rodadas anteriores, entretanto, dessa vez tive que fazer uma ressalva quanto à mais popular entre as ferramentas apontadas na consulta aos leitores. Mas considero que isso enriquece o resultado, e cada leitor é livre para aceitar ou não a ressalva que fiz.

Sem mais delongas, portanto, vamos à lista!
 

A ferramenta preferida: Dropbox

O fato de a ferramenta mais mencionada pelos leitores ser o Dropbox mostra uma mudança de cultura: há poucos anos era comum afirmar que "usuário final não faz backup", mas a existência de serviços fáceis de usar que levam cópias de arquivos para a Internet e oferecem num mesmo pacote não apenas uma versão reduzida de ferramenta de backup, mas também o compartilhamento e a sincronização, parece estar mudando essa cultura, e agora os usuários finais antenados ao menos copiam manualmente seus arquivos para a Internet ;-)

Do meu ponto de vista de profissional que já atendeu a muitos usuários que haviam perdido seus arquivos pessoais pelas mais variadas falhas, o (excelente) Dropbox sozinho não pode ser considerado uma solução completa de backup, porque sua eficácia ainda depende de você lembrar de copiar seus arquivos para ele regularmente. Se usado em conjunto com uma ferramenta que automatize a cópia e garanta a confiabilidade que a disciplina humana raramente alcança (ao menos na operação de computadores), o cenário começa a melhorar.

De qualquer forma, o Roger resume a capacidade da ferramenta:"O Dropbox é um verdadeiro HD virtual multiplataforma (Windows, Mac, Linux). Gratuito – 2GB de espaço free –, pode ser acessado via site, ou ao instalar um pequeno programa, que cria uma pasta, possibilitando colocar seus arquivos dentro dela, para automaticamente replicá-los em sua conta online. O programa avisa e mantém um histórico quando é alterado, deletado, ou incluso algum arquivo, online ou na pasta instalada em algum computador."

Mas o backup oferecido pelo Dropbox não é dos mais completos, e está longe de ser automatizado. Mateus explica: "Quanto aos recursos são básicos mas suficientes para manter arquivos importantes sempre à mão, além de ter controle de versões de arquivos."

Mesmo assim, pode ser suficiente para necessidades mais comuns, como explica o Juliano Biscaia: "Os 2Gb free tem suprido minha necessidade de backup de arquivos realmente importantes, como docs da faculdade, contratos e coisas deste gênero, em geral arquivos em .odt (.doc), .ods (.xls) e alguns PDFs."

  Ver detalhes sobre Dropbox no BaixaTudo

Copiar manualmente os arquivos importantes para a Internet tem o ponto positivo da conveniência, mas tem também vários pontos negativos e insuficiências, razão pela qual convido os usuários que preferem o Dropbox para backups a dar uma olhada nas demais ferramentas mencionadas por seus colegas - algumas podem até mesmo ser usadas em complemento a ele ;-)
 

Cobian Backup

Criação do cubano/sueco Luis Cobian, o Cobian Backup funciona apenas em Windows, e era um programa em código aberto até sua versão 8. A atual versão 10 é gratuita e proprietária. Trata-se de um agendador de cópias de segurança, que podem ser realizadas em outro disco do mesmo computador, ou mesmo via rede.

O João Luís recomenda o Cobian a seus clientes, e explica a razão: "Até hoje é o mais simples e estável que conheço para Windows, além de ser freeware. O programa possui uma interface simples, amigável e em português, fácil para usuários de qualquer nível de conhecimento."

  Ver detalhes sobre Cobian Backup no BaixaTudo

Antonio Moraes acrescenta: "Com ele posso definir as pastas que quero fazer o backup e onde o mesmo vai ser salvo (que pode ser em próprio disco, HD externo ou rede). Além disso o programa permite que se configure a periodicidade dos backups e varias parâmetros como compactação, tipo de backup (completo, diferencial, incremental), entre outros."

E a Maggie complementa: "É possível programar várias tarefas de backups. Possui backup completo e incremental, utilizando lógica de atributos, incluindo ou não subdiretórios etc. Também pode ser configurada criptografia. Por fim, pode ser programado para backups manuais, uma única vez ou intervalos de tempo determinados."
 

Rsync

Criado em 1996, o rsync é uma ferramenta que tem grande apelo entre usuários de Linux e sistemas Unix, incluindo o Mac OS X (no qual vem instalado por default). Seu uso não é especialmente amigável, mas na documentação e na web há grande variedade de exemplos de uso facilmente replicáveis, além de uma série de interfaces gráficas para facilitar seu uso em Linux, Mac e Windows.

Pode ser usado para backup em um disco local, mas sua estrela brilha mais forte nos backups via Internet, graças a um engenhoso mecanismo que verifica se um arquivo mudou (e portanto precisa ser transferido novamente para o computador remoto) de forma especialmente eficiente.

A terminologia nas descrições enviadas pelos leitores é suficiente para deixar claro que esta é uma opção típica de um público um pouco mais geek ;-)

O Roger Lovato derrama elogios em um idioma à parte, que nós fãs de Linux compartilhamos: "Sinceramente o melhor backup pessoal que eu fiz até agora foi com um HD externo, crontab e um script com o rsync fazendo hard link para as versões anteriores. Dessa forma, eu tenho backup incrementais funcionando como se fosse uma espécie de time machine. Funciona muito bem."

O nfermat complementa: "Uso rsync para fazer meus backups tanto em HDs externos quanto em servidores SSH da universidade. Com o rsync consigo manter meu backup atualizado sem ter que copiar tudo sempre, além de deixar um script para fazer a copia automaticamente nos horários determinados."

E o Rodrigo Otávio Moraes usa uma das interfaces do rsync para Windows: "
Utilizo o DeltaCopy, na verdade se trata de um cliente rsync para Windows. O manual dele é fácil de ser seguido, mas exige que tenha acesso a uma máquina para ser o servidor. Configurei a solução para armazenar as cópias no meu provedor de hospedagem (Dreamhost) diretamente no RSync (via SSH) [veja um artigo do Efetividade sobre como fazer isso]. Outro detalhe importante é a possibilidade de fazer agendamento do backup, baseado em perfis."
 

Time Machine

O Time Machine é o jeito Apple de fazer backups: uma solução fácil, completa mas com poucas opções de configuração, e dispondo de complementos caros se o freguês estiver disposto a pagar ;-)

Após ser ativado, ele passa a ser o "dono" de um HD externo, volume de rede ou outra mídia de gravação, na qual prepara inicialmente um backup completo do seu computador e depois, a cada hora, executa nos bastidores uma cópia dos arquivos que tiverem sido alterados desde a cópia completa inicial. O Time Machine guarda backups horários das últimas 24h, diários dos últimos 30 dias, e semanais para o que ultrapassar 30 dias.

O Claudio Acemel resume: "Sou usuário Apple e utilizo o Time Machine, que já vem no próprio Mac OS X, para realizar o backup do meu Mac em um HD externo. É muito fácil configurá-lo e recuperar os dados, já que é bem integrado com o sistema operacional."

O Victor Fontes Costa usa o Time Machine como redundância dos seus backups realizados na Internet: "Prefiro o backup na nuvem, e para cada tipo de dados utilizo um serviço. Além disso o Time Machine adiciona um backup local redundante + a possibilidade de restaurar meu SO rapidamente caso algo algo aconteça com o MacBook."
 

Synctoy

O Thiago apresenta: "Eu uso o SyncToy da Microsoft para agendar diversas tarefas de sincronismo de pastas com meu HD externo e, também para manter cópias atuais de arquivos importantes no Dropbox. O SyncToy é gratuito e possui versões para Windows XP, Vista e 7, 32 e 64 bits (rodo no Win7 32)."

O Paulo Fontana também dá seu testemunho: "Meus documentos, fotos e músicas são backupeados em 3 HDs externos (Samsung S2, Iomega eGo e Hitachi) com o auxílio do SyncToy da Microsoft (um aplicativo sincronizador gratuito)."

  Ver detalhes sobre SyncToy no BaixaTudo

 

Outras alternativas

As respostas dos leitores sobre ferramentas de backup foram extremamente variadas, e há pelo menos 20 opções que foram mencionadas por apenas 1 ou 2 leitores, ficando assim de fora dos nossos destaques.

Mas algumas delas atraíram minha atenção, e recomendo a leitura via links diretos:

E veja também os outros posts da série sobre ferramentas de produtividade pessoal!

Coolendar: reduzindo as fronteiras entre tarefas e compromissos

Quando se fala em organização pessoal, as normas canônicas (estabelecidas em métodos como o popular GTD, de David Allen) definem alguns dogmas básicos, incluindo um que já mencionamos muitas vezes por aqui: a separação entre listas de tarefas (que são pendências sem data e horário) e agendas de compromissos (que têm hora certa e duração).

Mas novas ondas, associadas às chamadas "metodologias ágeis", questionam essa separação, e até mesmo critérios como a previsão antecipada de uma duração para os compromissos.

Estou sempre disposto a acompanhar a direção em que correm os estudos aplicáveis à produtividade pessoal, e foi assim que acabei tropeçando em um interessante aplicativo on-line.

Entra em cena o Coolendar

O Coolendar é um aplicativo on-line que expressa essa nova tendência: tarefas e compromissos são uma coisa só, as durações foram abolidas (e assim cada evento dura quanto tempo precisar durar, mas você será avisado se tiver outro evento comprometendo essa duração indefinida), tudo é social e compartilhável, usa tags, e tem foco na facilidade de uso.

Ferramentas complicadas são rapidamente descartadas ou passam a ser ignoradas - ninguém controla detalhadamente suas tarefas e compromissos por muito tempo se para cada registro for necessário preencher um longo formulário, e cada consulta envolver uma tediosa burocracia.

E o Coolendar parece brilhar nesse aspecto: as consultas são fáceis, as notificações são diretas, e a entrada de dados é em linguagem natural, embora em inglês: nada de navegar no calendário até achar a semana certa, depois o dia e a quadrícula de horário: você digita em linguagem natural, em um simples campo de texto, a frase (em inglês) descrevendo a data, horário e natureza do evento, tipo "tomorrow 10PM Avaí X Figueirense" - e (assim como outras boas ferramentas do ramo) o Coolendar entenderá e agendará.

A partir do agendamento, eu serei lembrado de assistir o jogo - via e-mail, desktop, twitter, messenger. O Coolendar é um comunicador bastante versátil.

Para completar, não é necessário criar mais uma conta de usuário para usá-lo ou testá-lo: o login usa sua conta do Google (GMail e similares), via Google App Engine, portanto sem que o aplicativo chegue a conhecer a sua senha ou ter acesso a qualquer aspecto dos seus dados no Google.

Não sei se estou pronto para pular para uma realidade em que as fronteiras entre agendamentos e pendências deixem de existir, mas o Coolendar me impressionou positivamente o bastante para compartilhar a ideia com vocês.

As coincidências da vida

Fiquei sabendo da existência do Coolendar por meio de um artigo no Lifehacker, mas já nos primeiros momentos de pesquisa sobre ele acabei percebendo que seu criador é um brasileiro: Fabiano Franz.

Nesta entrevista ele conta um pouco sobre o projeto e sobre aspectos técnicos do Google App Engine que podem interessar a outros desenvolvedores considerando usar essa plataforma.

Mas o que mais me impressionou foi um aspecto geográfico bem específico: o Fabiano mora a 1km da minha casa. Florianópolis - mais especificamente a praia de Jurerê - não é exatamente um ninho de profissionais dedicados a criar algo em prol da produtividade pessoal, mas em poucas quadras de praia já somos 2. Será que há mais? Talvez algum estatístico possa calcular as probabilidades envolvidas ;-)

Quando eu encontrar o Fabiano nas ruas de Jurerê, vou perguntar se ele tem planos de produzir uma versão em português do Coolendar e aí conto pra vocês!

Com que ferramentas você gerencia seus agendamentos e compromissos?

Saber com precisão quais seus compromissos agendados, e marcá-los sempre para horários em que será possível cumpri-los pontualmente, é um traço comum às pessoas produtivas e organizadas, e é também objeto de muitos métodos, técnicas e ferramentas.

Trata-se do outro lado da moeda em relação ao gerenciamento de tarefas pendentes, que já tratamos nesta série. A diferença principal é que estas últimas não necessariamente são marcadas para uma data e hora específicas, ao contrário dos agendamentos e compromissos, que sempre tem data, horário e duração, e usualmente têm também ao menos um interlocutor.

Já tratei do assunto diversas vezes aqui no Efetividade.net, mas hoje é a vez de perguntar a vocês, conforme estamos fazendo há 2 meses: queremos saber quais as ferramentas de produtividade (no caso da semana corrente, especificamente as de agendamentos e compromissos) que os leitores do Efetividade preferem.

O brinde da rodada anterior

Na rodada anterior, sobre ferramentas de backup (cujo resultado, na forma de um artigo sobre as ferramentas mais legais, sai nos próximos dias), tivemos mais de 50 respostas, e isso me deixou muito satisfeito, a ponto de escolher um brinde bem caprichado para sortear entre os participantes. Claro que a mesma ideia também vale para esta nova rodada que inicia hoje, conforme detalhes mais abaixo.

Mas antes vamos anunciar o ganhador da rodada anterior, que foi:

Osvaldo Junior: Ganhou um alicate multifuncional da Famastil Taurus, em aço inox, similar aos que vários leitores disseram que levam consigo na nossa série de artigos sobre mochilas, e idêntico ao que eu tenho na escrivaninha e uso quase diariamente.

Ele tem até sexta-feira (12 de novembro) para entrar em contato informando o endereço postal completo no Brasil para onde devo enviar o brinde!

Como melhor responder sobre suas ferramentas favoritas

Estamos tentando identificar as ferramentas preferidas de vocês para vários aspectos da produtividade pessoal (no caso dessa semana, especificamente o backup), e a ideia é ser inclusivo.

E ser inclusivo, neste contexto, significa que vale aplicativos para Linux, Mac, Windows, web, MSX, CP-500, smartphones diversos, truques mentais, ferramentas on-line, automáticas, manuais, etc.

A participação de vocês deve ocorrer ao longo dos próximos dias (até 20 de novembro), nos comentários desta notícia, e não há formato definido, mas eu gostaria que, para que a participação fique mais completa, vocês fossem específicos sobre alguns aspectos essenciais, tais como:

  • o nome da ferramenta,
  • onde pode ser obtida,
  • a facilidade de ativação e uso,
  • as vantagens percebidas
  • se tem custos específicos,
  • os requisitos para seu uso (por exemplo, se é para Mac, ou para celulares Blackberry, ou exclusivo para quem é cliente de determinado provedor).

Dica de formatação: em uma rodada passada o leitor Roger comentou que estava difícil encontrar as informações na lista de comentários, porque eram muitos. Portanto, sugiro que vocês coloquem títulos em seus comentários, na primeira linha deles, e entre asteriscos - por exemplo: *Eu uso disquetes um Almanaque Fontoura*, ou *Sou feliz com meu calendário de parede*.

E não precisam exagerar na padronização: usem as informações que melhor se aplicarem. Mesmo se alguém já tiver mencionado a sua ferramenta preferida, você pode acrescentar algo de válido falando sobre o seu caso de uso específico.

Peço, entretanto, que não tornem amplas demais as suas respostas. Se a sua solução é complexa, tente manter o foco na ferramenta central dela, caso contrário fica difícil a posterior compilação das soluções preferidas!

Na semana posterior (ou seja, de 27 de outubro em diante) eu publicarei um artigo sintetizando as opções trazidas por vocês, acrescentando meus comentários e falando também sobre as ferramentas que eu uso, e também farei a chamada para as respostas sobre uma nova categoria de ferramentas de produtividade pessoal.

E para estimular a participação... brindes!

Imagino que vocês vão ter interesse em participar espontaneamente, mas para estimular ainda mais, vou colocar dois brindes condicionais:

  • O primeiro brinde vai ser sorteado na data da publicação do resultado, entre os participantes completos, mas apenas se o número de participações completas for igual ou superior a 50.
  • O segundo vai ser sorteado na data da publicação do resultado, entre os participantes completos, mas (para ter desafio) apenas se o número de participações completas for igual ou superior a 80.

Portanto, não esqueça de avisar aos amigos para que eles também participem, e assim aumente a chance de chegar a haver os sorteios (já que os brindes aqui do Efetividade costumam ser bem interessantes!)

Entenda-se por "participação completa" aquelas em que o autor do comentário tratar especificamente sobre as ferramentas que adota para esta atividade, e der detalhamento suficiente sobre as ferramentas que usa (veja acima uma lista das principais características que você não deveria deixar de abordar, quando aplicáveis). Vou ser flexível na hora de avaliar, mas não a ponto de ser leniente com cópias ou participações apressadas demais ;-)

Os brindes serão definidos ao longo do prazo (conforme os requisitos forem sendo alcançados, se forem!) mas pretendo manter a linha adotada nas promoções recentes: gadgets para uso em produtividade pessoal, cadernos e blocos caprichados, e similares.

Importante: comentários participando do diálogo, complementando as particiações dos demais, fazendo perguntas, etc. são muito bem-vindos também, mas não participam do sorteio e nem da contagem. Cada pessoa só participará uma vez do sorteio, mesmo que mencione múltiplas ferramentas. Casos omissos serão decididos soberanamente pela administração do site. Os Termos de Uso do site serão aplicados normalmente aos comentários da promoção.

Agora é com vocês

Estou bem curioso para saber quais as ferramentas mais populares em PCs, na web e nos principais smartphones, e imagino que surgirão algumas bem criativas e inesperadas.

Comentem, detalhem, referenciem, pois agora o conteúdo virá de vocês! E lembrem-se: a pergunta é sobre as ferramentas que vocês realmente usam, e não as que vocês ouviram falar, ok?

Músicas do Iphone "já" podem ser controladas via Bluetooth

Usuários antigos do IPhone que o usam como player de música e possuem um bom fone de ouvido Bluetooth ou o conectam sem fio ao aparelho de som do carro, ao home theater ou outros dispositivos de áudio com suporte a Bluetooth possivelmente já perceberam que a impossibilidade de usar os botões de pausar, avançar e retroceder faixas no seu aparelho de som.

Embora a partir de uma determinada versão a Apple tenha decidido permitir que seus usuários fizessem uso de dispositivos Bluetooth para ouvir as músicas armazenadas no IPhone, a ordem de execução das faixas sempre foi controlada apenas pela sequência do iTunes, e só por meio de sua interface, na tela do IPhone, era possível ter acesso a esses controles essenciais.

"Dicas" alternativas não faltavam: deixar o fone de ouvido original da Apple conectado ao IPhone e usá-lo como controle remoto com fio, comprar um dos controles remotos vendidos por alguns trocados especificamente para este fim, manter o IPhone no dock e usar um Apple Remote, etc.

E nos fóruns especializados, todos os dias chegava alguém repetindo a velha pergunta: "meus fones de ouvido Bluetooth não suportam o pausar/ avançar/ retroceder no IPhone, alguém recomenda uma marca que funcione?"

Se tivesse sorte, esse usuário de fórum receberia a resposta tecnicamente correta: não dava de controlar o som do IPhone via Bluetooth devido a uma decisão da Apple, que não ativou no Iphone o perfil Bluetooth necessário para isso - não havia nada de errado com o fone de ouvido em questão, nem com o som do seu carro, ou o home theater da sua casa.

Perfis Bluetooth

Bluetooth é uma tecnologia complexa e cheia de detalhes, mas tem diversas características interessantes, incluindo a ideia de perfis: um aparelho com suporte a Bluetooth pode ter suporte a variados perfis, cada um útil para um conjunto específico de aplicações.

Alguns exemplos de perfis Bluetooth comuns:

  • HID (Human Interface Device) - é o perfil de suporte a mouse, teclado e periféricos similares.
  • HFP (Hands-Free Profile) - usado em sistemas de viva-voz veiculares e similares - com som mono, e controle da ligação.
  • DUN (Dial-Up Network) e PAN (Personal Area Network) - servem para permitir que seu computador acesse a Internet por meio de uma conexão Bluetooth ao seu celular conectado à rede.
  • A2DP (Advanced Audio Distribution Profile) - permite transmitir som estéreo do celular a um aparelho externo.
  • AVRCP (Audio/Video Remote Control Profile) - permite que um aparelho externo controle a execução multimídia no telefone, com comandos como avançar, retroceder e pausar.

Embora o IPhone tenha oferecido suporte ao Bluetooth desde sua primeira geração, ele começou bem modesto, oferecendo basicamente o suporte a sistemas de viva-voz.

Aos poucos, como é o costume da Apple, foi sendo liberado no software o acesso aos demais recursos que seu hardware já oferecia - em novas versões foram sendo liberados os perfis que permitiam a conexão à Internet via Bluetooth (perfil PAN), e ouvir as músicas do celular em um aparelho externo (perfil A2DP).

Notáveis ausências eram o suporte ao perfil HID (que permitiria o uso de um teclado externo Bluetooth) e ao perfil AVRCP, que praticamente todo aparelho de som e fone de ouvido sem fio suporta para controlar a execução das músicas via Bluetooth.

Uma mudança silenciosa

Há alguns meses, quando a chegada do iPad fez a Apple mudar o nome do sistema operacional Iphone OS para iOS e lançar uma versão 4.0, foi anunciada com destaque o suporte ao perfil HID para permitir o uso de teclados Bluetooth "genéricos" com o iPad (mas funcionando também no IPhone).

Poucas semanas após, no início de setembro, foi lançada a versão 4.1 do iOS, com atualizações de menor porte: Game Center, fotografia HDR, suporte à rede social Ping e poucos outros detalhes, que no momento ainda podem ser consultados on-line.

Mas a lista de novidades do iOS 4.1 anunciada pela Apple não mencionou uma mudança notável, porque a equipara neste quesito aos celulares Android, Symbian e outros que há anos têm suporte ao controle de execução das músicas via Bluetooth: agora o IPhone também tem suporte ao perfil AVCRP, e o seu fone de ouvido ou aparelho de som do carro poderão pausar, avançar e retroceder as faixas do telefone via Bluetooth sem precisar de configuração adicional.

Ou seja: se você gostaria de fazer uso desse recurso e não lembrou de testar depois da atualização do sistema disponibilizada em setembro, lembre-se de fazê-lo na próxima oportunidade, pois já deve estar tudo funcionando, e a Apple esqueceu de lhe avisar!

Eu descobri essa disponibilidade ontem, por meio de uma dica rápida do Lifehacker, e logo depois já pude usar o "novo" recurso no som do carro, para resolver rapidamente a situação quando o iTunes resolveu colocar uma música do U2 numa playlist automática de Rock Clássico - o que ele estava pensando?

Agora é torcer para a Apple demorar poucos anos para implementar as versões mais avançadas do AVCRP, que permitirão que o som do carro exiba na tela o nome da música que está tocando - algo tão simples e que já é suportado por ambos os equipamentos, mas só vai funcionar quando Steve Jobs achar que é bom para seus seguidores!

Qual deve ser o sexto tema da nossa série sobre ferramentas de produtividade pessoal?

Nossa série de artigos sobre as ferramentas de produtividade pessoal preferidas dos leitores do Efetividade.net segue a todo vapor. Já publicamos artigos sobre as ferramentas de:

e a consulta sobre as ferramentas de backup já foi concluída, devendo gerar seu próprio artigo na próxima semana.

Como já mencionado anteriormente, tivemos ainda um ganho extra: aquele quadro de Downloads Efetivos, ali na barra lateral, patrocinado pelo site Baixatudo, agora reflete apenas ferramentas de produtividade selecionadas em etapas anteriores da nossa série. Eles estão dando atenção a nós, e não são os únicos: recebi vários contatos de leitores relatando que adotaram ferramentas que conheceram por meio de nossa série, e estão muito satisfeitos - e é esse o objetivo final, certo?

Assim, como nas etapas anteriores, a partir de amanhã eu vou me dedicar a:

  • tabular as respostas que já chegaram sobre a etapa corrente;
  • compor e publicar um artigo falando das mais mencionadas ou mais interessantes, para publicar na próxima semana.

Mas ainda nesta semana já quero abrir nova questão para vocês irem respondendo enquanto eu processo a atual, por isso hoje pergunto (e conto com a resposta de vocês nos comentários até amanhã, quarta-feira) qual setor da produtividade pessoal eu devo abordar na consulta que começará a seguir.

3 opções

Várias outras etapas ainda virão, mas para esta próxima etapa ofereço 3 opções de temas:

  1. Gerenciamento de agendamentos e compromissos
  2. Ferramentas móveis - recursos que você usa em smartphone, celular, PDA ou tablet e que aumentam a produtividade pessoal (mesmo que sejam redundantes com os mencionados em outras etapas, mas especialmente se não forem!)
  3. Gerenciamento de contatos>: números de telefone, endereços de e-mail e todas as informações que precisamos ter à mão na hora de entrar em contato com alguém.

As outras categorias sobre as quais já consultei vocês também serão tratadas a seu tempo, mas agora estou apenas ajustando a escolha de qual será a imediatamente próxima, ok?

Estou satisfeitíssimo com as respostas até agora

As duas primeiras etapas tiveram mais de 80 respostas cada, e da terceira m diante, com aplicações menos comuns, quase chegamos às 60. Obrigado pela recepção calorosa, e continuem assim!

Eu optei, de propósito, por deixar as respostas em um formato livre, que dificulta bastante a tabulação automatizada e me dá bem mais trabalho para processar, compilar, ordenar e entender. Mas assim eu recebo bem mais detalhes, então o esforço acaba valendo a pena.

Portanto, vamos à questão de hoje: quero saber de vocês qual dos 3 temas enumerados acima vocês preferem que seja o próximo a ser tratado. Respondam nos comentários, e não se acanhem se quiserem fazer algum comentário adicional!

Não seja um mau perdedor

Ninguém gosta de perder uma competição, ou de ver o seu time ou representante não ser o vencedor. Lamentar a derrota é normal, e procurar as razões para a falha é importante - mas deve ocorrer em um contexto de atitude positiva, associada ao aprendizado e à busca de superar esta mesma causa em oportunidades futuras.

Nem toda disputa é esportiva, e a máxima "o importante é competir" não se aplica a todos os empreendimentos humanos, mas isso não impede que a boa atitude desportiva possa prevalecer entre rivais a partir do momento em que se conhece o vencedor de um certame.

Ter uma atitude indigna após uma derrota equivale a perder duas vezes, e estar preparado para não ser o vitorioso, e saber como lidar com a situação após o anúncio do resultado, é algo que se espera tanto dos participantes diretos quanto das suas torcidas, apoiadores e simpatizantes.

O "choro do perdedor", no sentido de desclassificar o adversário, as condições ambientais e a própria disputa - que até o momento da proclamação do resultado estavam plenamente aceitos - é um comportamento que pouco faz a favor de quem o pratica, e muitas vezes acaba aprofundando a natural insatisfação da derrota, além de impedir a reflexão sobre a origem real do resultado, associada ao comportamento do próprio participante e aos fatores que estiveram sob seu controle.

Como não ser um mau perdedor

É difícil manter o respeito por alguém que não consegue aceitar com dignidade a derrota - e isso ocorre desde a partida de videogame entre 2 irmãos, até o resultado das mais intensas disputas nacionais e internacionais.

Saber evitar este tipo de comportamento pode ser um sinal de maturidade, e costuma-se dizer que é mais importante saber como agir na derrota do que na vitória - pode-se errar em ambos os casos, mas a derrota é um obstáculo maior.

Para ajudar a identificar as atitudes de mau perdedor e assim facilitar combatê-las, eis as 5 principais atitudes do mau perdedor:

  • Inventar mil desculpas - a típica desculpa de um mau perdedor começa com "ah, mas". Pode ser algo como "ah, mas a outra equipe tinha muito mais recursos e apoio", ou "ah, mas deixaram a final para um feriadão e a torcida não estava lá para apoiar o nosso time". O que elas tem em comum é que procuram "culpar" as circunstâncias, ou fazer parecer injusta a superioridade demonstrada pelo adversário.
     

  • Menosprezar a vitória alheia - a súbita mudança de opinião sobre o valor da disputa é um sintoma claro do mau perdedor. Embora seja positivo compreender e comunicar que a recente derrota não impedirá vitórias futuras, isso não pode ter a lamentável conotação de "nem queríamos ganhar mesmo", como quando o derrotado que disputou até o final um campeonato estadual passa a dizer que está mesmo preocupado com o campeonato nacional, tentando assim (geralmente sem sucesso) desvalorizar a vitória do oponente.
     

  • Mudar de ideia sobre a validade da disputa - as regras e condições da disputa são conhecidas desde o princípio, e foram aceitas ao longo de todo o certame. Por que criticá-las só ao final e após não ter sido o vencedor? Se elas não tiverem sido cumpridas, a atitude correta é recorrer, e aí sim divulgar a providência tomada. Simplesmente criticar o que anteriormente foi aceito é o típico "choro do perdedor".
     

  • Culpar as circunstâncias - se as circunstâncias não desrespeitaram a regra que foi aceita, elas são parte da disputa, e todos os participantes terão estado expostos à possibilidade delas. A forma como as competências, habilidades e atitudes de cada oponente são usadas para fazer frente às circunstâncias que a eles se apresentem fazem a diferença. Vale lamentar que alguma circunstância tenha afetado de modo desproporcional o seu lado na disputa, mas não usar isso para implicar que o lado vencedor não mereceu sua vitória - afinal, se choveu forte e o adversário foi o melhor na pista por causa disso, o mérito de aproveitar melhor a circunstância é dele.
     

  • Desrespeitar o adversário - talvez o grau mais baixo da escala dos comportamentos de maus perdedores, quem pratica a atitude de desvalorizar o vencedor muitas vezes nem percebe a consequência lógica: se o adversário vencedor era mesmo tão ruim assim, que dizer de quem perdeu dele?

Atitude vencedora

É preciso força de caráter para o derrotado conseguir cumprimentar publicamente o adversário pela vitória, e manter um comportamento honroso nos momentos subsequentes à decisão de um certame.

Nada disso deve ser confundido com derrotismo - pelo contrário, a atitude vencedora pode ser demonstrada tanto na vitória quanto na derrota, e poucas demonstrações públicas são tão lamentáveis quanto a do derrotado que demonstra ser mau perdedor.

De uma derrota, além do exemplo de atitude e do mérito de ter disputado de forma honrada, pode-se adquirir conhecimento sobre seus próprios pontos fracos, bem como sobre quais as condições das quais o adversário conseguiu tirar melhor proveito - e usar isto a seu favor na próxima disputa.


Também existem os maus vencedores

Nada disso muda a realidade de que a derrota pode ser bastante dolorosa, e que ser exposto à comemoração da vitória do adversário prolonga a emoção indesejada. Raramente é interessante começar imediatamente a fase de análise e planejamento do próximo certame: dar um tempo para si mesmo, recolher-se e evitar cair nas eventuais provocações de maus vencedores permitirá alcançar o necessário grau de objetividade para buscar um melhor resultado na próxima vez!

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