Stuff: revista nacional para quem gosta de gadgets, gizmos e outras bugigangas
Gadgets, gizmos, tralhas e bugigangas. A contínua e acentuada queda do dólar que vivemos até poucos meses atrás, e que agora foi revertida, tornou um pouco menos inacessíveis os produtos usualmente chamados de gadgets - ou que meu avô chamaria de bugigangas.
Descritos (só parcialmente brincando) como "coisas que você não precisa, mas deseja", estas quinquilharias (eletrônicas ou não) passaram a chegar ao Brasil por uma série de distribuidores, e os consumidores mais vorazes viraram fregueses de lojas virtuais como Thinkgeek, I Want One of Those e Uxcell, e leitores fiéis de sites como o Oh Gizmo.
Eu sou um desses interessados, e acompanho com atenção os últimos lançamentos na categoria das inutilidades curiosas. Foi por isso que quando encontrei na banca a primeira edição brasileira da revista Stuff, fiquei animado. Ler em português sobre este assunto, e eventualmente encontrar maneiras de comprar no Brasil (e a preços menos salgados) algumas destas inutilidades interessantes parecia promissor, e a revista de 100 páginas coloridas a R$ 9,90 foi prontamente colocada no carrinho.
A Stuff é publicada em 26 países mas tem origem britânica, e isso fica bem visível no humor difícil de traduzir para nosso idioma, no estilo meio cafajeste assumido (e diferente dos equivalentes norte-americanos) de ilustrar as matérias sobre tecnologia com modelos usando pouca roupa e, infelizmente, nos preços em libras e produtos e serviços locais apresentados aqui e ali na edição brasileira.
A editora Cadiz já vinha publicando esta mesma revista no Brasil, com o nome de "Stile". Agora o nome mudou para o internacional "Stuff", e assim a revista inaugural acabou circulando sob o número de edição 8, e a promessa de um novo editor a partir do número 9.
As imagens são caprichadas, especialmente no conteúdo que vem direto do exterior. O texto é meio morno, como a maioria dos textos traduzidos sobre atualidades e escritos originalmente em linguagem coloquial. Mas o conteúdo é rico, apresentando razões para comprar (e para não comprar, também - não é puramente uma revista de jabá, como tantas por aí) celulares, câmeras, motos, laptops, relógios, guitarras, TVs, games e até sandálias, chuteiras, sungas e aparadores de xícaras.
Eu não me importo de ver mencionados produtos sem previsão de chegada ao Brasil, ou cujos distribuidores não entregam no Brasil, mas preferiria que isso fosse indicado claramente nas matérias - senão fica um jogo de adivinhação chato, no caso daqueles eventuais produtos que você pode desejar mesmo comprar.
Todos os produtos que ilustram este post são mencionados na edição da Stuff de outubro, que é a que eu usei como base para esta minha análise.
Em suma: como a maioria dos gadgets em si, achei a edição brasileira da Stuff muito mais divertida do que prática, mas não vejo problema nisso. Vou comprar mais edições, se eles publicarem, torcendo para que o conteúdo relacionado ao mercado nacional passe a ocupar um espaço um pouco mais nobre (sandálias, sungas e chuteiras eu estou dispensando) - e especialmente bem demarcado.
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