Ganhou mais chocolates do que pretende consumir?

Páscoa é época de renascimento, renovação, fuga da escravidão do Egito para a Terra Prometida, e muito mais. É uma tradição milenar cheia de significados, mas por razões diversas acaba se traduzindo, para muitas pessoas, em uma fartura de chocolates que ameaça a eficácia de dietas, eleva o nível de diversas substâncias no organismo, prejudica a pele e muito mais. É um caso clássico do excesso de algo bom, que acaba se tornando algo... não tão bom.

Se você é o feliz destinatário de uma quantidade de chocolates maior do que pretende consumir em curto prazo, que tal tratá-los racionalmente, reduzindo a quantidade até um ponto de equilíbrio e ao mesmo tempo dando a outras pessoas menos afortunadas uma parcela deste excesso?

Basta escolher um abrigo de crianças (ou de idosos ou de qualquer outra categoria que conte com seu apreço especial) e deixar lá, amanhã ou depois, uma caixinha com o seu excesso. Eles provavelmente receberam bem menos que você!

Mas não deixe para a semana que vem. As ações de transformar boas intenções (ou, neste caso, um par de boas intenções: evitar o excesso de chocolate e distribuir algo com quem tem menos que você) em realidade costumam ser as primeiras vítimas da procrastinação, e manter a motivação para agir vai ser mais difícil conforme o estoque de chocolate for se reduzindo...

Uma opção extra é fazer uma implementação alternativa da curiosamente bem-sucedida experiência da revista Nova Escola que ofereceu livros a quem pedia esmolas no centro da cidade, e (onde a violência urbana não impedir) oferecer uma parcela do seu excesso a quem lhe aborda no cruzamento pedindo um trocado.

Aliás, as mesmas considerações valem para outras formas de excesso que entopem artérias ou gavetas em casa: tem mais pares de luvas e cachecóis do que vai usar? E brinquedos? Quem sabe está sobrando material para cuidar de animais de estimação? Abrigos e instituições de proteção provavelmente precisam deles bem mais do que você.

E dar uma nova utilidade a estes objetos está bem dentro do espírito de renovação que celebramos na Páscoa.

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