IRPF 2009: Você já declarou o Imposto de Renda?
Imagino que boa parte dos leitores habituais do efetividade não sofram da Síndrome do Estudante, que é a compulsão para fazer as suas obrigações apenas no limite do final do prazo. Mesmo assim, como a Receita divulgou na sexta-feira que ainda faltava receber mais de 40% das declarações, assumo que alguns de vocês ainda estão com esta pendência.
Resumos de normas sempre acabam deixando alguma coisa de fora, mas o Terra publicou um apanhado interessante sobre quem são as pessoas obrigadas a declarar este ano, até 30 de abril:
Deve entregar a declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física o contribuinte que, em 2008, teve rendimentos tributáveis superiores a R$ 16.473,72 e produtor rural que obteve receita bruta de sua atividade em valor superior a R$ 82.368,60.
Também precisam declarar aqueles que receberam rendimentos isentos (como FGTS), não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte (como 13º salário), cuja soma foi superior a R$ 40 mil. Quem teve a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro de 2008, de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 80 mil também precisa prestar contas.
Outra condição que obriga a entregar a declaração é para o contribuinte que participou, em qualquer mês do ano passado, do quadro societário de empresa como titular, sócio ou acionista, ou de cooperativa, e que obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas.
É o seu caso? Fique ligado, então, nesta longa coleção de dicas, classificadas por assunto, que o G1 publicou para sua conveniência. Eu até separei algumas delas, que explicam alguns detalhes sobre como autônomos - e blogueiros - devem declarar o IRPF.
No meu caso, a declaração é longa e tediosa, cheia de fontes pagadoras "picadas" e de pagamentos realizados por mim que precisam ser declarados. Mas eu me organizo para isso durante o ano inteiro, colocando os documentos relevantes todos nas mesmas pastas e tomando nota de todas as informações que sei que precisarei usar na declaração do ano seguinte.
Aprendi isso depois de muito me incomodar por não encontrar, na hora H, notas e valores cujo preenchimento é obrigatório, ou os totais e comprovantes relativos a descontos e abatimentos.
A minha forma de não me perder, nem me incomodar mais do que o necessário com estes dados ao longo do ano inteiro, está publicada aqui: "Imposto de Renda: como declarar do jeito fácil - no ano que vem!" - e pretende facilitar a vida até mesmo de quem recorre a um profissional para preencher sua declaração.
Benjamin Franklin
Benjamin Franklin disse que nada pode ser dado como certo no mundo, exceto a morte e os impostos. Só que ter de declarar e recolher pode ser obrigatório, mas sofrer mais do que o necessário com a declaração, por não colocar em prática um mínimo de organização durante o ano fiscal não é obrigação, é apenas uma penalidade aplicada a quem não toma esta iniciativa na hora certa ;-)
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