O papel da personalidade na escolha de sua carreira

Conforme avisei no dia 12, a excelente recepção que a série de artigos sobre Competências, da autora convidada Patrícia Wolf conduziu ao surgimento de frutos adicionais, pelo interesse que empresas do ramo têm em falar a este mesmo público.

A idéia de posts patrocinados, publieditoriais e similares não me agrada como leitor, por isso resisto a recorrer a ela nos blogs que mantenho. Talvez eu perca receita potencial com isso, mas imagino que vocês prefiram que seja assim.

E é nisso que se baseia minha política de aceitar material enviado por empresas interessadas: não há nenhum pagamento envolvido, eu publico o texto na íntegra, mas preciso concordar que seu tema é interessante e está dentro dos temas aqui do site.

É o caso do texto a seguir, enviado pela equipe do Emprego Certo (do UOL) e dirigido ao pessoal que está acompanhando a série da Patrícia para ajudar a evoluir conscientemente sua empregabilidade.

Eu li, gostei e aprovei, e agora compartilho com vocês. Claro que todo posicionamento que divide a humanidade em pequenos grupos (aventureiros, idealistas, racionais, etc.) é limitado por natureza e não necessariamente deve ser tomado ao pé da letra - somos humanos, e cada um de nós é uma exceção ambulante em potencial a qualquer classificação em pequenos grupos.

Mas como sabemos que parte considerável dos processos formais de recrutamento se baseia neste tipo de fundamento teórico, avalio que ter conhecimento deles pode interessar até mesmo a quem discorda dos "Tipos Psicológicos" de Jung e suas decorrências.

Com vocês, o texto enviado pela equipe do Emprego Certo:

Que carreira combina com a minha personalidade?

Escolher uma profissão que combine com seus traços de personalidade pode ser um atalho interessante para a felicidade

O mercado de trabalho exige muito de todos nós. Desafios como jornadas cada vez mais longas, funções acumuladas e necessidade constante de aperfeiçoamento estão na lista de profissionais de todas as áreas. Neste cenário, só uma coisa pode nos deixar mais equilibrados: fazer o que se gosta.

Um primeiro passo é descobrir o que, afinal, você gosta de fazer. De preferência antes de iniciar a faculdade. Uma boa maneira para descobrir que linha profissional seguir é fazer testes vocacionais. Eles dão alguns direcionamentos e tipos de carreira.

A teoria

A teoria por trás deste tipo de teste está baseada nos estudos de Carl Jung no início do século XX, sobre as Teorias da Personalidade. Já em 1927, no livro “Tipos Psicológicos”, Jung afirmava a personalidade humana pode ser composta por diversos fatores, que combinados tipificariam a personalidade de cada um.

Agora, percebam que curioso: a obra de Jung foi retrabalhada nos anos 50, quando Katherine Briggs Myers e sua filha Isabel Briggs Myers, donas de uma fábrica nos Estados Unidos, utilizaram seus fundamentos para seleção de pessoal.

Elas notaram, contudo, que os dois critérios iniciais para classificação de personalidades soavam incompletos e a eles somaram mais dois. O que começou com uma brincadeira entre mãe e filha tornou-se um estudo sério, sendo a base para do Indicador Myers Briggs dos Tipos de Personalidade.

Segundo este indicador, o tipo de personalidade pode ser identificado por meio de quatro critérios excludentes. Ou seja, a cada critério ou você é um ou outro. O primeiro é se você é Extrovertido ou Introvertido; o segundo se é Sensorial ou Intuitivo; o terceiro se é Pensador ou Sentimental e o quarto se é Julgador ou Perceptivo.

A identificação do tipo de personalidade pela seleção destes critérios, em tese, daria ao candidato um panorama mais realista do tipo de profissão que se encaixaria em seu modo de ver o mundo. Alguns exemplos:

Pessoas com personalidades mais racionais são mais determinadas e com forte raciocínio lógico. Vão curtir muito trabalhar em ambientes onde vale mais o raciocínio conceitual, orientando projetos, por exemplo. Gostarão de planejar e terão como diferencial a comunicação entre seus parceiros. Pessoas com este tipo de personalidade costumam se dar bem em carreiras como administração, comércio exterior, desenho industrial, engenharia, entre outras.

Mas se você é do tipo idealista, não desanime. Profissionais com este tipo de personalidade estão sempre pensando no futuro e adoram ajudar os outros. Seu diferencial é um entendimento acima da média das “coisas do mundo”. Por isso, acabam quase sempre se dando muito bem em funções intelectuais. Gostam muito de examinar os fatos e buscar a razão das coisas. Seu local de trabalho ideal é aquele com uma atmosfera amigável e cooperativa, sem burocracia e com muita liberdade criativa. Busca criar coisas novas e se cansa de locais onde a repetição é a regra. Dentre as profissões que encaixam com este tipo de personalidade estão Arquitetura, Propaganda, Jornalismo, Letras, entre outras.

Existem também os guardiões. Pessoas com este tipo de personalidade são as sérias e trabalhadoras, além de muito confiáveis. Se você acha que a vida não é uma festa e deve ser levada a sério, você é um guardião! Um das qualidades mais fortes é fazer as pessoas se sentirem seguras ao seu lado. Em função disso o ambiente de trabalho ideal para este tipo de profissional é aquele que priorize o trabalho em equipe, com certa dose de rotina e organização. Direito e Química estão entre as profissões que fazem a felicidade dos guardiões.

O quarto tipo de personalidade básica é a dos artesãos. São os aventureiros que procuram sempre por prazer e ação. O que para a maioria é loucura, para eles é pura adrenalina e diversão. Eles se dão bem em ambientes colaborativos, informais e que permitam o contato direto com pessoas. São artistas-plásticos, biólogos, cineastas e professores de educação física.

E você? Qual seu tipo de personalidade?

Este texto foi produzido pelo Emprego Certo, o site de empregos do UOL, com exclusividade para o Efetividade.net.

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