Efetividade coloca homeoffice na capa da Revista Brasileira de Administração
Homeoffice é o local e a prática de desempenhar em casa atividades profissionais típicas de escritório, assunto que já foi tema de diversas matérias aqui no Efetividade, e que agora tive oportunidade de contribuir para que chegasse à capa da Revista Brasileira de Administração.
A Revista Brasileira de Administração é a publicação impressa do Conselho Federal de Administração, abordando temas variados sob o ângulo das necessidades do administrador e do empreendedor, e como circula entre profissionais registrados nos Conselhos Regionais de Administração, estudantes de Administração e para mais de 2.000 mil bibliotecas que oferecem cursos de graduação em Administração, é um grande instrumento de divulgação das práticas e tendências na Administração brasileira.
Assim, como Administrador foi com orgulho que vi meus artigos no Efetividade servirem como ponte para um convite a contribuir na matéria de 3 páginas que a edição corrente da RBA (número 90, páginas 17 a 19) dedicou ao tema home office, destacando já na capa as vantagens que os profissionais buscam ao aderir a ele: flexibilidade de horário, escapar do trânsito, ganho de eficiência ao reduzir deslocamentos e mais.
No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividade (Sobratt), o número dos trabalhadores em home office já é de 4,5 milhões, com crescimento médio de 20% ao ano, impulsionado pela evolução da comunicação e a queda nos preços dos serviços online. E não é só aqui: segundo a pesquisa da Ipsos Global Public Affairs, um em cada cinco trabalhadores mundiais, espe- cialmente na América Latina, Oriente Médio e Ásia, trabalha em casa frequentemente. Nos Estados Unidos o número de teletrabalhadores chega a 8% da força de trabalho.
Dicas para homeoffice
Na matéria da RBA, perguntado sobre a definição das atividades em home office, respondi: "pode ser um negócio cuja sede é o próprio ambiente doméstico, mas também é frequente que seja usado para teletrabalho ou mesmo nos modernos modelos que substituem a relação trabalhista tradicional. Essencialmente é um ambiente separado dos demais cômodos da casa, equipado para permitir o desempenho de atividade profissional – e esta precisa passar a ser acompanhada
da disciplina necessária para ser autogerenciável".
Os benefícios do home office são a parte que vemos por primeiro, mas em contrapartida (quando é teletrabalho) o profissional passa a estar fisicamente separado do seu chefe e da equipe. Além disso, eventualmente pode ter a inconveniência de receber parceiros, clientes e fornecedores na sua casa. Para completar, a necessidade de gerenciar as interrupções características do escritório é substituída pelas interrupções tipicas do ambiente doméstico e familiar, do encanador ao cachorro que precisa ser levado para passear.
O home office organizado segue os mesmos princípios de um escritório tradicional: atenção à iluminação, acústica e temperatura, posicionamento de móveis e utensílios, uma linha telefônica separada para não misturar comunicações domésticas com as profissionais, e também para não acabar ficando involuntariamente em um plantão telefônico 24h.
É importante atenção também ao que NÃO ter, especialmente quando se trata de um ambiente familiar: o ambiente do home office não pode ser a central de entretenimento da casa, senão – além do prejuízo à sua própria concentração – fica bem mais difícil para os demais moradores resistir ao desejo de compartilhar o ambiente no horário do seu "expediente".
Trabalhar em casa não significa liberdade para ser menos profissional: você não deve ser um chefe tirano de si mesmo, mas também não pode relaxar demais. É importante ter metas de produção, atenção à qualidade e, no mínimo, um horário no qual seus clientes e parceiros possam ter expectativa de encontrá-lo.
Fora isso, os desafios de um home office são similares ao de qualquer negócio, com a diferença de que o seu envolvimento pessoal é muito mais amplo, direto, concreto e imediato. A matéria da RBA dá as dicas, e recomendo a leitura!
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