Wunderlist atualizado traz suporte a tags e mais

Atualização do meu gerenciador de tarefas preferido oferece tags, novos atalhos de teclado e mais desempenho.

O Wunderlist é o app que eu uso para gerenciar minha lista de pendências e tarefas, como parte da minha estrutura de produtividade pessoal, mas há vários pontos em que ele poderia melhorar – e desde o lançamento da versão 2 ele vem caminhando passo a passo nessa direção.


A atualização da tarde de hoje está disponível inicialmente no acesso ao Wunderlist pela web, mas em breve estará disponível em todas as plataformas suportadas pelo serviço: Mac, iPhone, iPad, Android e Windows.

A principal novidade é o suporte a #tags, adotando a mesma convenção das hashtags do Twitter: um símbolo de sustenido em frente a uma palavra no título da tarefa tranforma essa palavra em uma tag, e clicando nela você verá imediatamente todas as tarefas com a mesma tag. Simples, prático e útil.


Além disso, a nova versão tem também suporte a atalhos de teclado configuráveis pelo usuário para acesso direto às Smart Lists, e considerável ganho de desempenho na exibição e processamento de tarefas.

Scanner portátil: Epson traz seu modelo WorkForce DS-30 ao Brasil

O scanner portátil WorkForce DS-30 digitaliza seus documentos com categoria, e tem um diferencial especial: a Epson o distribui oficialmente aqui no Brasil.

No final do ano passado compartilhei com vocês como o scanner Doxie Go foi o upgrade ideal para os meus esforços de escritório sem papel – ele é leve, sem fio, tem bateria fácil de recarregar e que dura semanas, envia os documentos para o computador via Wi-Fi e grava uma cópia num cartão SD local, produz imagens de qualidade mais do que suficiente e é bem fácil de operar.


Mas no mesmo artigo eu notei um aspecto nada positivo: o Doxie Go (imagem acima) não é fácil de encontrar no Brasil (o meu foi comprado em uma viagem aos EUA), e não há muitos concorrentes disponíveis com características similares no mercado local.

Foi por isso que fiquei contente ao ser avisado pelo Henrique, do blog vizinho Ztop (recomendo!), de que o Mário Nagano havia publicado seu review, detalhado como de hábito, do scanner portátil Epson WorkForce DS-30:

Ele faz o básico, mas não tão bem quanto o Doxie Go, a julgar pelo review do Nagano (que deu nota final 7,5 para o produto).

Só que o scanner portátil Epson WorkForce DS-30 tem um diferencial que pode ser importantíssimo: a Epson o distribui oficialmente no Brasil, ao preço (recomendado) de R$ 649. Sim, curiosamente é bem mais caro do que uma multifuncional com scanner, e isso também acontece com os scanners portáteis no mercado dos EUA.


Um trecho do resumo final do artigo complementa bem a descrição: "O que é legal? Simples de usar, dispensa o uso de tomada, ótimo pacote de programas inclusos, permite enviar documentos diretamente para a nuvem. O que é imoral? Não digitaliza livros ou qualquer impresso encadernado. Não é a melhor solução para digitalizar fotos — especialmente aquelas impressas em papel glossy."

Visite e ajude a testar o futuro novo layout do Efetividade

Preciso voltar a passar mais tempo escrevendo conteúdo do que administrando o site. Estou planejando algumas mudanças debaixo do capô do Efetividade, que deixará de ser baseado na dupla WordPress + MySQL, e aproveitei para dar uma reestudada no layout (Atualização: o novo layout já está ativo desde 18/5/2013).

O novo layout é responsivo (ao visitá-lo, reduza a largura do seu navegador para ver como ele se adapta a larguras de tablets e de smartphones), tem bem menos distrações ao redor do texto, e usa fontes maiores e escolhidas com mais capricho.

O trabalho está em andamento, mas pretendo migrar oficialmente todos os meus sites, começando pelo caçula BR-Mac, que não tem nem 800 posts ainda, já nos próximos dias.

Não tenho como testar em todos os navegadores (atualizados) e plataformas, portanto conto com os interessados para visitar e comentar (aqui neste post, preferencialmente) sobre eventuais problemas, sugestões, críticas, etc.

O novo layout exibindo o conteúdo do BR-Mac é assim:

Naturalmente a versão para o Efetividade terá algumas diferenças visuais. Mas você pode visitar a versão atual em trilux.org/temp (está em testes, pode estar lento, errado ou mesmo fora do ar no momento em que você chegar). Não há problema em comentar lá, mas é possível que eu não leia, e a área de comentários que está lá não é a que vai ser ativada quando o site for migrado. Portanto, se o comentário for a respeito do próprio site, prefiro que seja feito aqui ツ

Para quem gosta de saber o que ocorre por baixo do capô, eu estou substituindo o WordPress + MySQL pelo Axe, o CMS estático que estou desenvolvendo há algumas semanas. Os detalhes estão publicados lá no site de testes, neste post.

Obrigado pela atenção e pelos seus testes!

Técnica Pomodoro: não a recomendo por inteiro, mas ela tem fatias boas a aproveitar

A Técnica Pomodoro de gerenciamento de tempo é tão popular a ponto de quase dispensar apresentação, portanto vou começar deixando claro: eu não simpatizo com ela, e ela não serve para mim. Mas ela tem alguns elementos positivos que eu aproveito, recomendo, e vou destacar a seguir.

Nascida na virada para a década de 1990, essa técnica baseada na seleção prévia das tarefas que serão realizadas no dia, e posterior divisão dos períodos em "fatias" de tamanho fixo (geralmente 25 minutos de ação + 5 minutos de pausa) que serão marcadas por um timer vem encontrando popularidade crescente junto ao público interessado em ferramentas de gerenciamento operacional de seu tempo.

Seu nome simpático deriva do instrumento essencial de sua implementação original: um timer de cozinha, desses que se usa para não deixar a panela queimar ou a bebida congelar no freezer.

O criador da técnica (e autor do seu manual), Francesco Cirillo, usava um timer em formato de tomate (que em italiano se chama pomodoro) para gerenciar suas atividades, e o nome acabou pegando juntamente com a ideia.

Por que eu não aplico a Técnica Pomodoro?

Vejo virtudes na Técnica Pomodoro:

  1. Sou bastante a favor de usar timers para controlar períodos finitos de tempo dedicados a uma tarefa, e já em 2007 eu escrevi sobre meu uso de uma galinha temporal para motivar e controlar a organização doméstica – funcionava bem, e eu continuo usando o mesmo sistema, embora no final de 2012 a galinha temporal original tenha sido destruída por desaceleração súbita e impacto após uma queda do alto da geladeira...
  2. Também sou muito a favor de definir previamente, no início de cada dia ou período, a lista de tarefas ou atividades que serão desempenhadas. De fato, trata-se de um elemento fundamental da forma como eu pratico o método ZTD de produtividade pessoal.
  3. Sou extremamente a favor do valor motivacional de incluir no planejamento as pausas para descanso e inspiração, e a forma como o Pomodoro faz isso, encaixando 5 minutos em cada meia hora, com 10 minutos adicionais a cada 4ª repetição, é muito bem pensada.

Mas a forma como ele processa as tarefas, dividindo previamente o dia de trabalho em fatias arbitrariamente e uniformemente fixadas, me parece adequada mais a pessoas que precisam alternar (ao longo de dias ou semanas) a atenção a um mesmo conjunto pequeno de projetos de média ou longa duração, do que a quem lida com atividades com maior grau de variação e necessidade de adaptação ao longo do dia.

Na minha análise, seu sucesso ou aplicabilidade na forma de sua definição básica dependem ainda de predominância de tarefas que demorem 25 minutos ou mais para completamento (afinal, colocar várias tarefas curtas eum um mesmo ciclo equivale a abrir mão do poder de mudança de contextos que o timer tem...), e da capacidade de evitar ou reduzir as interrupções provocadas externamente.

Por outro lado, quando se trata de uma busca por foco ou sincronização, essa ferramenta de garantia da atenção monotarefa em intervalos previamente fixados tem vantagens claras.

As duas variações que eu aplico

Mesmo com todas as observações acima, eu mantenho um timer de cozinha (de R$ 1,99) bem estridente na minha mesa, e uso várias vezes por dia (mas não com intervalos fixos, nem continuamente).

Os cenários em que eu os uso são basicamente 2:

  1. Quando sei que preciso iniciar uma tarefa em seguida, mas não posso (ou não quero) fazê-lo imediatamente. É o momento ideal de encaixar alguma outra tarefa curta, para me colocar em movimento e motivar a ação que estou adiando, ou de fazer uma breve pausa – e em ambas as situações o timer me impede de continuar adiando indefinidamente, e me lembra que eu tenho algo definido a fazer logo depois.
  2. Quando vou começar uma tarefa, mas sei que não posso me prolongar nela. Às vezes trata-se da necessidade de fazer alguma outra tarefa depois, outras vezes a questão é impedir que eu acabe gastando o dia inteiro em um mesmo projeto que não merece toda essa prioridade. Seja qual for o caso, o timer me lembrará que eu já estou há tempo suficiente na tarefa para a qual planejei a interrupção. E geralmente eu ativo mais um período de 5 minutos, e o dedicao a encerrar de forma ordenada, e não abrupta, o que eu estava fazendo, facilitando a continuidade posterior.

Alguma das situações (e frequentemente as duas) acontecem todos os dias, e o timer entra em cena sempre. Funciona bem, é barato, e recomendo!

Um detalhe: não faltam aplicativos para computador ou celulares que implementam timers bem caprichados. Eu prefiro o timer de cozinha porque ele pode ser acionado sem sair do contexto da tarefa em que eu estava, e especialmente sem navegar pela interface dos aparelhos, devido ao altíssimo poder de distração que eles tem. Considere!

Nova versão do Wunderlist melhora interface, sincronização e permite delegar tarefas

A nova versão do Wunderlist saiu hoje trazendo a nova Barra de Ações, melhorias na sincronização entre dispositivos, a opção de mostrar ou esconder a lista de itens completos de cada um de seus grupos de tarefas, novas traduções e a possibilidade de se tornar um usuário Pro, com acesso a recursos adicionais.

Os usuários Pro podem, ao custo de US$ 5 mensais, ter acesso a funcionalidades adicionais, como delegar tarefas aos seus contatos cadastrados no app, registrar um número ilimitado de subtarefas para cada tarefa, usar 8 wallpapers adicionais (duh...) e em breve poderão anexar arquivos às tarefas e compartilhá-los com os membros da equipe.

Eu já uso o Wunderlist em grupos de trabalho há alguns meses, e a oportunidade de registrar no próprio aplicativo as delegações é para mim uma razão interessante para vir a considerar adquirir uma conta Pro (mas não nos primeiros dias, porque o histórico do Wunderlist com os períodos de trasição de versão não é bom).

Mesmo sem isso, a nova versão é útil desde já até para os usuários das contas gratuitas, pois recursos de sincronização melhorada são sempre bem-vindos, assim como a nova barra de ações, que permite selecionar a forma de ordenar as tarefas, facilita exportar a lista dos títulos delas para um e-mail e incluir novos usuários no grupo de trabalho com acesso a elas.

Já instalei no iPad, e vou fazer o upgrade no celular e no computador nas próximas horas – recomendo!

Leia também: Na prática: como eu uso o ZTD e o Wunderlist para ter mais produtividade pessoal.

Quando tudo é urgente, na verdade nada é

A situação é comum: o seu chefe volta da reunião da diretoria, chama toda a equipe e diz para pararem o que estão fazendo, porque surgiu a solicitação urgente de levantar dados para preparar um relatório, uma apresentação, proposta ou outro artefato de apoio.

Urgências existem, e é necessário reconhecê-las e adaptar-se a elas. Mas quando se tornam frequentes ou corriqueiras, as tarefas de apoio "urgentes" acabam se transformando na síndrome do relatório urgente, com várias consequências negativas, e que – especialmente quando parte dos escalões superiores – precisa ser tratada de forma cautelosa.

Um artigo recente da revista Forbes, de autoria de Ron Ashkenas, delineou alguns dos sintomas comuns dessa síndrome:

  • Os pedidos são sempre "para ontem"
  • Não há solicitações de materiais de apoio à decisão para entrega futura
  • Quando a entrega desses materiais é periódica, eles precisam ser ajustados frequentemente
  • Após chegar ao solicitante, o uso do material produzido não é imediato
  • A equipe se sente em constante estado de emergência
  • O estado de alerta consome o tempo das chefias departamentais e as leva a reduzir os recursos disponíveis para as operações, buscando preservar a capacidade de reagir a "urgências"
  • A qualidade das entregas tende a ficar em segundo plano, pois a métrica de sucesso é baseada no tempo de resposta

Quando é absorvida pela cultura organizacional, essa urgência constante acaba criando um clima similar ao de uma simulação de incêndio diária: todos sabem que o prédio não está mesmo pegando fogo, mas precisam evacuá-lo mesmo assim, com esforço extra (escadas, nada de elevador), aguardar no térreo e depois disputar com todo mundo os elevadores na volta – e, apesar do tempo que isso tudo consome, continuarão tendo de entregar a sua produção diária mesmo assim. Todos os dias.

Embora possa atingir igualmente todas as áreas da organização, Ashkenas destaca como principais afetadas as áreas de apoio: TI, Pessoal, Jurídico, Financeiro, Planejamento. Elas podem ficar sob o cerco constante das solicitações urgentes de seus clientes internos e relacionamentos estratégicos, a ponto de redefinir suas prioridades operacionais, com prejuízo para a missão.

Como lidar com a cultura da resposta imediata

A realidade é que quando tudo é rotulado como urgente, significa que nada é realmente urgente, pois tudo estará em um mesmo nível de prioridade.

Como em várias das outras moléstias organizacionais crônicas (como a do "manda quem pode obedece quem tem juízo" ou a do "bom cabrito não berra"), a síndrome do "pra ontem" traz um desafio às populações afetadas, que precisam encontrar uma forma de preservar o bom andamento das atividades ou de combatê-la, dependendo de seu grau de influência e de vários outros fatores.

Para este caso, o tratamento passa pela observação racional de que a responsividade, que é a competência exigida nessas situações, é positiva, mas precisa ser equilibrada com outras que preservam a qualidade do resultado e a manutenção do senso de prioridade.

A principal armadilha é que, a cada vez que um pedido urgente é atendido de forma imediata, a expectativa de urgência no próximo pedido será intensificada, e não abrandada.

Não existe solução simples ou definitiva, mas alguns tratamentos podem ajudar a aliviar os sintomas e avançar na direção da cura, desde que aplicados com cautela e acompanhados do preparo para justificar seu uso, se necessário:

Não assumir que "urgente" sempre significa "imediatamente": ao receber a solicitação urgente, explore a questão com quem a comunicou, colocando em perspectiva as outras urgências que já estiverem em andamento, e procurando definir em que ordem deverão ser entregues.

Definir de forma estrita a entrega: o relatório urgente solicitado não necessariamente precisa ter todas as informações e detalhamentos que um documento preparado de forma ordinária teria. Procure identificar qual o uso que o artefato terá, e aí negocie um escopo reduzido (mas adequado ao uso pretendido) para o que será produzido.

Saber diferenciar as crises e os pedidos urgentes: o que você deve procurar gerenciar (no limite do possível) são os pedidos urgentes nascidos de características internas do solicitante (ansiedade, pressa, etc.). Mesmo quando eles são a norma, ainda assim podem ocorrer situações reais de crise, e aí a sua resposta deve mesmo ser urgente, no interesse da missão. Vale lembrar, entretanto, que do ponto de vista de quem pede a urgência, a crise real sempre está presente, e frequentemente é a ela que compete essa avaliação.

Aprender formas melhores de dizer não: Recusar uma solicitação urgente pode ser temerário, mas existem formas positivas de dizer não, ou ao menos de reduzir o impacto gerado por um sim. Estar preparado para falar sobre outras prioridades estratégicas (do ponto de vista do solicitante), sobre outras alternativas para atendê-lo melhor, sobre como encaminhar situação similar no futuro, etc. Há consequências, claro, e a habilidade essencial aqui é identificar as situações em que simplesmente se deve dar um "sim".

Toda ação gera reação, e os relacionamentos humanos (inclusive os profissionais) usualmente são vias de mão dupla. As urgências constantes erodem o senso de prioridade e acabam desviando critérios de avaliação sobre a qualidade dos serviços prestados por um profissional ou equipe.

Não seja você a dar causa à síndrome, e quando ela ocorrer por causa externa e sem solução ao seu alcance, procure sempre mitigá-la, no seu âmbito de responsabilidade, para evitar os danos que ela pode causar à sua equipe e à qualidade do seu trabalho!

Artigos recentes: