Top 10: artigos sobre escritório em casa

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Meu escritório em casa

E dê uma olhada nestes artigos anteriores sobre escritório doméstico e trabalho em casa publicados por aqui:

  1. Trabalhar em casa: 10 dicas para aumentar sua produtividade
  2. Trabalhar em casa? Veja a solução para 6 problemas comuns no escritório doméstico
  3. 2 monitores no seu PC: ganhe produtividade e reduza o stress
  4. Usabilidade em casa: 7 dicas para mais efetividade na sua organização doméstica
  5. Produtividade pessoal: “Top 10″ de dicas para render mais, sem arrancar os cabelos
  6. 7 dicas para o escritório doméstico ideal - das cadeiras ao cartão de visitas!
  7. Ganhe produtividade sabendo lidar com as interrupções no trabalho
  8. Trabalho em casa: como encontrar um emprego e escapar das armadilhas
  9. Acordar cedo: como criar o hábito e ganhar mais tempo em seu dia-a-dia
  10. Escritório: como organizar

Mas a pauta do Efetividade é muito mais variada do que este tema. Veja esta seleção de outros artigos, para ter uma idéia do que você pode encontrar por aqui:

  1. Efetividade.net e Grazi Massafera na edição deste mês da Rolling Stone
  2. Efetividade.net - e SEO - na Folha de São Paulo novamente
  3. Ganhar dinheiro com blog: Associated Press mostra como
  4. GTD: Conheça um método eficaz de organização e produtividade pessoal que pode melhorar sua motivação e seus resultados
  5. Notebook: aprenda como escolher para comprar bem e pagar menos
  6. Como fazer seu currículo: modelos originais de curriculum vitae e dicas de preenchimento
  7. Modelo de plano de negócios: como fazer o seu com efetividade
  8. 10 dicas para criar os melhores cartões de visita e usá-los com efetividade
  9. Entrevista de emprego: como se sair bem - parte 1: antes da entrevista
  10. Fluxo de caixa: instrumento essencial para profissionais independentes
  11. 10 dicas: Como NÃO fazer uma excelente apresentação

Se não for suficiente, saiba mais sobre o Efetividade.net.

Economizando palitos: Consulta a alunos da Estácio de Sá

Caros amigos, faço uso deste espaço, que trata sobre efetividade, para consultá-los sobre uma medida que me pareceu inefetiva (tanto quanto economizar palitos e guardanapos em um banquete) anunciada esta semana pelo coordenador do meu curso de pós-graduação em gerenciamento de projetos, realizado em Floripa:

Por determinação da mantenedora da Faculdade Estácio de Sá os cursos de pós-graduação não poderão reproduzir mais o material de aula dos docentes do curso. Todo o material será publicado no sistema Aluno On-line em formato digital para reprodução pelo próprio aluno(a).

Ou seja: aquela apostila fotocopiada, com as transparências utilizadas pelo professor em aula, tão útil para acompanhar o contexto e fazer anotações, que custa pouquíssimo, e que era provida ao aluno pela instituição no início de cada disciplina, já era. E a mensalidade continua a mesma.


Economia de palitos?

Ela é barata, mas a mudança no escopo do produto no meio do curso chamou bastante a atenção. Reparei também que não se trata de a instituição achar que o material didático é desnecessário ou inefetivo: ela espera que os alunos o levem, só que quer que cada um reproduza o seu - sem o ganho de escala, portanto - e pague por isto diretamente.

Me afeta como aluno? Provavelmente não, posso imprimir ou mesmo acompanhar via Eee. Gera redução de custo para a instituição? Provavelmente sim, embora pequena em comparação com a mensalidade cobrada. Pode gerar conseqüências à imagem da instituição e dos cursos? Creio que sim também, especialmente quando o aluno em potencial parar para imaginar no que mais eles estarão cortando custos, se chegam a reduzir o gasto com reprodução de material didático.

Curiosamente, hoje mesmo recebi uma proposta para promover anúncio de um novo curso de pós-graduação da mesma instituição, aqui no Efetividade.net. Mas não vai ser desta vez, neste momento não me sinto em condições de recomendá-lo.

Portanto aqui vai a minha pergunta a outros alunos da Estácio que estejam lendo o Efetividade.net: nos seus cursos e unidades também ocorreu este tipo de redução do serviço recentemente? E qual a sua opinião sobre isso?

Se houver respostas, vou tentar encaminhá-las à universidade. Só não vale responder de forma ofensiva à instituição, porque aí vou me ver obrigado a editar ou descartar o comentário.

Atualização: 3 horas após a publicação desta nota, recebi mensagem do coordenador do curso, informando que a restrição foi revogada, e que para isto foi fundamental o conjunto de manifestações recebidas dos alunos. É isso aí!

Gestão da Qualidade em Projetos

Este é o quarto e último capítulo da Semana da Qualidade no Efetividade.net. Já vimos a conceituação no artigo "O que é qualidade", depois conhecemos (no artigo "Os papas da qualidade") a perspectiva histórica, incluindo as pessoas e os contextos em que surgiram as diversas definições, ferramentas e técnicas associadas à Qualidade, ontem chegou a vez de conhecer alguns detalhes sobre a qualidade hoje, incluindo alguns dos desafios atuais, as normas ISO (e ABNT) relevantes, e as ferramentas clássicas que continuam essenciais, e agora encerraremos com uma perspectiva introdutória da conceituação e tratamento da qualidade no gerenciamento de projetos, baseada no PMBoK.

Leia também:

Já vimos, em "O que é qualidade", que o PMI adota a definição da qualidade proposta pela ASQ, traduzida oficialmente como: "Qualidade é o grau até o qual um conjunto de características inerentes satisfaz as necessidades”, e assim um elemento essencial do gerenciamento da qualidade no contexto do projeto passa a ser "transformar as necessidades, desejos e expectativas das partes interessadas em requisitos, através da análise das partes interessadas, realizada durante o gerenciamento do escopo do projeto."

Outra distinção importante no contexto do Gerenciamento de Projetos, também já mencionada, é a diferença entre qualidade e grau, sendo que este último é definido como as diferenciações de características técnicas entre produtos de uso similares, que fazem com que um produto seja considerado de "primeira linha", "segunda linha", "popular", etc. Assim, grau é uma categorização, e um produto pode perfeitamente ser de grau inferior e alta qualidade simultaneamente.

Tanto o Gerenciamento de Projetos quanto as disciplinas da Qualidade reconhecem um conjunto de premissas em comum, incluindo:

  • A importância da satisfação do cliente, tanto no que se refere a atender os requisitos quanto à adequação ao uso.
  • Prevenir é mais econômico do que inspecionar & corrigir.
  • Responsabilidade da gerência em fornecer os recursos necessários para o sucesso.
  • Melhoria contínua.

O PMBoK define 3 processos associados ao Gerenciamento da Qualidade, e estes "incluem todas as atividades da organização executora que determinam as responsabilidades, os objetivos e as políticas de qualidade, de modo que o projeto atenda às necessidades que motivaram sua realização." Segue a lista, com os diagramas e as descrições que constam no capítulo 8 do PMBoK, e comentários adicionais de Mauro Sotille:

  • Planejamento da qualidade – identificação dos padrões de qualidade relevantes para o projeto e determinação de como satisfazê-los. Determinar qual vai ser a qualidade do projeto e como será medida. Ocorre durante o Planejamento.

  • Realizar a garantia da qualidade – aplicação das atividades de qualidade planejadas e sistemáticas para garantir que o projeto emprega todos os processos necessários para atender aos requisitos. Determinar se suas medidas de qualidade ainda são apropriadas. Ocorre durante a execução.

  • Realizar o controle da qualidade – monitoramento de resultados específicos do projeto a fim de determinar se eles estão de acordo com os padrões relevantes de qualidade e identificação de maneiras de eliminar as causas de um desempenho insatisfatório. Efetuar a medição e comparar com o Plano de Gerenciamento de Qualidade. Ocorre durante o Controle.

Segundo Mauro Sotille, "gerenciar com qualidade é fazer o que você disse que ia fazer" - nem menos, nem mais do que o acertado, considerando que os requisitos registrados atendem as necessidades do cliente.

O primeiro dos processos, Planejamento da Qualidade, inclui entre suas saídas, entre outros itens:

  • o plano de gerenciamento da qualidade, que descreve como a equipe de gerenciamento de projetos implementará a política de qualidade da organização executora e deve abordar o controle da qualidade, a garantia da qualidade e a melhoria contínua dos processos do projeto.
  • as métricas de qualidade, descrição específica de como serão as medições realizadas pelo processo de controle da qualidade. "Não é suficiente dizer que cumprir as datas planejadas do cronograma é uma medida da qualidade do gerenciamento. A equipe de gerenciamento de projetos também deve indicar se todas as atividades precisam começar pontualmente ou somente terminar pontualmente e se as atividades individuais serão medidas ou se somente determinadas entregas e, se for o caso, quais delas."
  • as listas de verificação de qualidade, checklists usados para verificar se foi executado um conjunto de etapas necessárias.
  • a linha de base da qualidade, para medição e emissão de relatórios de desempenho da qualidade.

O processo de Realizar a Garantia da Qualidade inclui entre suas saídas, entre outros itens:

  • Mudanças solicitadas: ações para aumentar a eficácia e a eficiência das políticas, processos e procedimentos da organização executora, para oferecer benefícios adicionais aos stakeholders.
  • Ações corretivas recomendadas: ação recomendada imediatamente como resultado de atividades de garantia da qualidade, como auditorias e análises de processos.

Finalmente, o processo de Realizar o Controle da Qualidade inclui em seu arsenal diversas das ferramentas essenciais da qualidade descritas por Ishikawa, e tem entre suas saídas, entre outros itens:

  • Medições de controle da qualidade
  • Reparo de defeito validado (após reinspeção)
  • Ações corretivas recomendadas
  • Ações preventivas recomendadas
  • Mudanças solicitadas
  • Reparo de defeito recomendado
  • Entregas validadas - Uma meta do controle da qualidade é determinar se as entregas estão corretas.

A qualidade tem custo, mas a ausência da qualidade tem custo maior. Recentemente verificou-se que esta diferença faz com que o custo do carro médio da Toyota seja equivalente a 2/3 do equivalente norte-americano, com salários similares. Segundo Mauro Sotille, a diferença é atribuída à orientação de qualidade da empresa japonesa, voltada à prevenção e ao trabalho com conformidade.

Segundo Ricardo Vargas, a maioria das pessoas acredita que há uma reação linear entre custo e qualidade, ou seja, se o orçamento é aumentado em 10%, a qualidade também pode ser aumentada em 10%. Entretanto, na prática, observa-se que os primeiros 80% do orçamento conseguem evidenciar apenas 10% da qualidade, e os 20% restantes do orçamento é que possibilitam os 90% de qualidade restantes.

Os impactos da não-qualidade no projeto incluem redução da produtividade, aumento do risco e incerteza, aumento da necessidade de monitoração, redução da motivação e aumento do custo final do projeto devido às não-conformidades (que geram devoluções, manutenção, retrabalho, recalls e mais).

Para fechar, alguns exemplos de métricas de qualidade comuns: ROI, percentual de rentabilidade do projeto, índices de desempenho de custo e prazo, percentual de pacotes de trabalho realizados no prazo, variação percentual do cronograma, do orçamento ou do esforço, número de erros ou retrabalhos, índice de satisfação do cliente, quantidade de mudanças de escopo.

Bibliografia consultada

LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Qualidade Total em Serviços. 5a. ed. Atlas. 2006.
MONTGOMERY, Douglas C. Introdução ao Controle Estatístico da Qualidade. 4a. ed. LTC. 2004.
PMI. Guia PMBoK. 3a. ed. PMI. 2004.
SOTILLE, Mauro. Capacitação em gerenciamento de projetos. 3a. ed. PMTech Consultoria e Assessoria Empresarial, 2007.
VARGAS, Ricardo Viana. Gerenciamento de Projetos: estabelecendo diferenciais competitivos. 5a. ed. Brasport. 2003.

Artigos on-line consultados e referências

Suporte articulado para monitor LCD

Por muitas vezes já publiquei aqui no Efetividade fotos da minha mesa de trabalho em casa, e em várias delas ocorreu de os leitores ficarem curiosos sobre o monitor LCD na vertical (em "retrato" e não "paisagem") e sobre o suporte de monitor que eu uso, que dá mais flexibilidade de posicionamento e libera espaço extra na mesa.


Minha mesa de trabalho em casa

Usar 2 monitores pode ser uma grande fonte de aumento da produtividade, e no caso de quem opera especialmente com documentos ou páginas da web, colocar o segundo monitor na vertical pode ajudar ainda mais.

E não é difícil. O monitor mostrado na foto é um Samsung Syncmaster comum, e eu simplesmente fixei ele na posição vertical, e configurei o sistema operacional para usá-lo deste modo, sem maiores problemas.


Suporte articulado para monitor LCD

Outra pergunta que me fizeram várias vezes foi sobre a origem daquele suporte articulado para o monitor, fixado no tampo da mesa. Eu sempre respondia que era um suporte da Clone, mas não lembrava o modelo.

Mas ontem encontrei um por acaso, no CompraFácil, e agora informo a quem interessar: é um suporte para monitor LCD Clone, biarticulado, com ajuste de altura e inclinação, fixação no tampo, tolerância até 10kg (eu uso um monitor de 21 polegadas, mas nunca estendo muito o braço do suporte, senão é possível que a própria mesa não agüente o momento da força peso). Não é exatamente igual ao meu, mas o meu já tem quase 2 anos - esse que está à venda agora deve ser o sucessor melhorado.

A fixação do suporte ao monitor é por um conector padrão VESA, que todos os monitores LCD que e usei até hoje suportam - são 4 parafusos formando um quadrado ("Aplicação: VESA 75mm x 100mm, Padrão VESA: MIS-D"), e o CompraFácil oferece 6 meses de garantia. Hoje custa R$ 199 por lá, e o meu saiu por R$ 230 quando comprei. É possível que você encontre mais barato por aí - não sou afiliado, parceiro ou coisa que o valha do CompraFácil, mas já comprei lá diversas vezes sem sustos!

Qualidade hoje: desafios, ISO, ferramentas essenciais

Este é o terceiro capítulo da Semana da Qualidade no Efetividade.net. Já vimos a conceituação no artigo "O que é qualidade", ontem conhecemos (no artigo "Os papas da qualidade") a perspectiva histórica, incluindo as pessoas e os contextos em que surgiram as diversas definições, ferramentas e técnicas associadas à Qualidade, e agora chegou a vez de conhecer alguns detalhes sobre a qualidade hoje, incluindo alguns dos desafios atuais, as normas ISO (e ABNT) relevantes, e as ferramentas clássicas que continuam essenciais.

Leia também:

Os desafios modernos da qualidade

No passado recente, os planos e programas de qualidade ocorriam com foco específico nesta função – tipicamente verificada pela redução de defeitos físicos ou desconformidades, e muitas vezes significavam elevação de custos de produção, overhead administrativo, aumento no tempo de duração das tarefas ou dos ciclos, etc. Hoje as técnicas buscam algo diferente: os demais aspectos relacionados à qualidade devem melhorar também, ou ao menos permanecer no mesmo patamar, sem decair. Ou seja: ao mesmo tempo em que se reduzem as não-conformidades, devem aumentar (ou ao menos empatar) a satisfação do cliente, o tempo de duração dos ciclos e tarefas, a produtividade, o custo total, etc.

Não é mais novidade a idéia de just-in-time, que busca produzir apenas o necessário quando necessário, eliminado estoques. Mas este tipo de mudança exige simplificação de processos, grande flexibilidade e uma relação diferenciada com os fornecedores, que passam a ser parceiros estratégicos - colocando a qualidade em contato direto com a logística. Mas os conceitos que a qualidade nos trouxe, como a melhoria contínua (princípio que afirma que a melhoria num produto, serviço ou processo é contínua e que deve ser sistematicamente procurada), são hoje praticamente um requisito essencial em muitos setores que enfrentam concorrência global.

E não é só isso: quando começamos a nos aproximar dos conceitos de excelência, a qualidade começa a ser vista com foco ampliado, definido inteiramente sob a perspectiva do consumidor ou usuário final (que não necessariamente é o seu cliente) e está baseada inteiramente na avalação que ele fará de toda a sua experiência como usuário – desde o momento em que ele teve a idéia de ir comprar, passando pelo atendimento no ponto de venda, sinalização, facilidade ou não de encontrar na prateleira, o transporte, armazenamento, uso, reuso, descarte da embalagem, preocupações com ecologia, responsabilidade social, etc. - como se vê, a tarefa de preocupar-se com a qualidade fica mais complexa conforme nos aproximamos da perspectiva do usuário consumidor.

ISO 9000 e seus companheiros

É difícil falar de Qualidade hoje sem mencionar a ISO 9000, família de normas e padrões para controles de gestão da qualidade. Mas já que este não é um texto científico, tomaremos a liberdade de pular a definição completa e começar com uma observação que busca desfazer um engano comum, que agrada muitos departamentos de marketing.

Ao contrário do que muitos pensam, a certificação de uma empresa na série ISO 9000 não representa nenhum tipo de garantia de que a empresa entrega ao consumidor produtos de qualidade superior, ou mesmo com um grau de qualidade decente. Esta certificação confirma apenas que os processos (e a documentação associada) definidos nas normas estão sendo seguidos.

Devido à percepção errônea do mercado, considera-se que muitas organizações buscam obter certificações ISO 9001 pelos motivos errados – ao invés de buscar melhorar os processos para oferecer produtos e serviços com garantia de sua qualidade, o foco passa a ser simplesmente estar apto a passar na auditoria e poder incluir a certificação em seu material de divulgação.

Mas não se pode culpar a norma pelos abusos, e mesmo sem a certificação, as empresas podem utilizar o modelo até mesmo como o termo de comparação para avaliar a efetividade ou adequação de seus programas de qualidade.

A série ISO 9000 mudou ao longo dos anos. No momento em que escrevo, ela inclui basicamente as seguintes normas:

  • ISO 9000:2000: fundamentos e vocabulário. Define o que são sistemas de gestão de qualidade, e apresenta um glossário essencial para uso na interpretação das demais normas. Não é usada diretamente em certificação.
  • ISO 9001:2000: define requisitos para sistemas de gestão da qualidade, aos quais uma organização precisa atender para alcançar a satisfação do consumidor através de produtos e serviços que atendem às expectativas e normas aplicáveis. É a única norma sobre a qual entidades externas podem oferecer serviços de certificação (veja observação acima), portanto quando uma organização diz ter certificação ISO 9000, em geral ela se refere à norma 9001. A partir da versão de 2000, a ISO 9001 incorpora também as normas anteriores ISO 9002 e 9003.
  • ISO 9004:2000: trata da melhoria contínua de sistemas de gestão de qualidade já maduros.

Está previsto para 2008 o lançamento de uma nova versão do padrão.

Outras normas correlatas (como a ISO 10007:1995) são consideradas parte da mesma série, mas não são tão freqüentemente referenciadas. No Brasil, as normas equivalentes são a ABNT NBR ISO 9000:2000, ABNT NBR ISO 9001:2000 e ABNT NBR ISO 9004:2000.

ISO 10006 - Gerenciamento da Qualidade em Projetos

A ISO 10006:2003 é a norma ISO voltada aos sistemas de gestão da qualidade, e contém diretrizes para a gestão da qualidade em projetos, incluindo a aplicação da gestão da qualidade em projetos.

Ela é aplicável a projetos de complexidade variada, pequenos ou grandes, de curta ou longa duração, em diferentes ambientes e independente do tipo de produto ou processo envolvido, embora possa necessitar de algum esforço de adaptação às características específicas do projeto.

Não se trata de um guia ao Gerenciamento de Projetos, e nem é a única norma a tratar da questão da qualidade em projetos - como já vimos, a ISO 9004 trata da questão da qualidade (associada à melhoria contínua) nos processos relacionados ao produto do projeto, e para a ISO 10006 restam as questões do gerenciamento da qualidade nos processos de gerenciamento do projeto em si.

Não existe certificação ISO 10006.

As 7 ferramentas de Ishikawa para a Qualidade

Kaoru Ishikawa, já apresentado anteriormente nesta série, propôs um conjunto de ferramentas simples para uso nas atividades relacionadas à Qualidade, capazes de ser entendida por qualquer participante no processo, e acreditava que embora nem todos os problemas pudessem ser resolvidos por elas, ao menos 95% poderiam ser, pois elas permitem acompanhar tendências, evidenciar descontinuidades, e relacionar causas com seus efeitos.

Não são ferramentas inéditas, e nem mesmo recentes. Mas mesmo que a maioria dessas ferramentas já fossem conhecidas há tempo, Ishikawa as organizou na década de 1960 em um conjunto com o objetivo específico: aperfeiçoar o Controle de Qualidade Industrial.

Segundo a Associação Norte-Americana da Qualidade (ASQ), estas ferramentas clássicas continuam básicas e indispensáveis a quem está iniciando sua jornada pelos caminhos da Qualidade.

São elas:


Exemplo de Diagrama de Pareto

1 - Diagrama de Pareto: também conhecido como diagrama ABC,80-20,70-30. Parte do princípio de Pareto, economista italiano que observou que de modo geral, 80% dos efeitos são causados por 20% das causas - ou seja: 80% das compras são feitas por 20% dos clientes, 80% dos problemas ocorrem com 20% dos clientes, 80% das movimentações do estoque ocorrem com 20% dos modelos estocados, e assim por diante. O diagrama de Pareto é basicamente um gráfico de barras ordenando as freqüências de forma decrescente e cumulativa, e permite priorizar os problemas, identificando as poucas (usualmente 20%) causas vitais que devem ser atacadas por primeiro.

2 - Diagrama de espinha de peixe: também conhecido como causa-efeito ou diagrama Ishikawa. Permite estruturar hierarquicamente as causas de determinado problema ou oportunidade de melhoria, bem como seus efeitos sobre a Qualidade. Permite também estruturar qualquer sistema que necessite de resposta de forma gráfica e sintética.

Este diagrama é alternativamente conhecido de formas variadas, dependendo da área de aplicação, por classificar os problemas em tipos básicos conhecidos:

  • Diagrama 6M, nas indústrias de transformação: Método, Matéria-prima, Mão-de-obra, Máquinas, Medição, Meio ambiente.
  • Diagrama 8P, na administração e indústrias de serviços: Preço, Promoção, Pessoas, Processos, Planta, Políticas, Procedimentos e Produto.
  • Diagrama 4S, na indústria de serviços: Arredores (surroundings), Fornecedores (suppliers), Sistemas, Habilidades (skills).
  • Diagrama de níveis neurológicos: identidade, crenças e valores, capacidade, comportamento e ambiente.


Exemplo de Diagrama Ishikawa ou espinha de peixe

Usualmente o diagrama Ishikawa inclui, à direita, a descrição do efeito ou objetivo sendo examinado, e uma linha horizontal levando a este efeito, da qual partem as "espinhas", cada uma delas representando uma causa principal (ou conjunto de causas) identificada ou suspeita. Cada espinha pode ser desdobrada em espinhas menores (mais específicas, causas secundárias ou contribuintes), e às vezes em mais um nível (razões, justificativas, detalhamento). As espinhas mais populadas podem identificar fatores mais influentes ou melhor conhecidos.


Exemplo de Histograma

3 - Histograma: é uma ferramenta básica e comum da análise estatística, que todo estudante acostuma a chamar de gráfico de barras. Mostra, no eixo horizontal, as categorias ordenadas, e no eixo vertical as freqüências. Permite identificar a natureza da distribuição, correlacionar duas variáveis (com histogramas justapostos) e mais.


Formulário de Verificação

4 - Formulários de verificação: São tabelas ou planilhas planejadas e estruturadas para cada caso específico, usadas para padronizar e facilitar a coleta e análise de dados. É uma ferramenta genérica, mas ao planejar a coleta, criar o formulário adequado, testá-lo em campo e ensinar os coletores a preenchê-los corretamente, evita-se comprometer a análise posteriormente. Idealmente o formulário é criado especificamente para cada evento a ser observado, já contendo espaços adequados para o período a considerar, e minimizando não apenas o registro de dados (se possível, realizado apenas por marcações - pontinhos, quadrados ou palitos, como na figura acima - e não por números ou letras) mas também o esforço posterior de consolidação.


Diagrama de Dispersão

5 - Diagramas de dispersão: gráfico com duas variáveis, uma em cada eixo, para analisar a presença de correlação causa-efeito. Por exemplo, se você suspeita que o número de empregados treinados em um novo software reduz o número de chamados ao suporte de informática, colete dados e construa um diagrama de dispersão. Mesmo que os dados não formem uma linha ou curva facilmente perceptíveis, é possível analisá-los de diversas formas, como neste exemplo da ASQ.


Fluxogramas

6 - Fluxogramas: são diagramas que representam processos, incluindo a seqüência de seus passos, eventuais tomadas de decisões, alternativas e repetições. Documenta visualmente os processos. (algumas listas incluem a Estratificação no lugar dos Fluxogramas).


Gráfico de Controle

7 - Gráfico de controle: são gráficos que acompanham um processo ao longo do tempo, representado no eixo horizontal. Os dados sobre o processo são colocados no eixo vertical, e assim pode-se facilmente perceber variações, padrões e tendências. Um gráfico de controle tem 3 linhas horizontais adicionais, para facilitar a comparação e acompanhamento: uma central, para a média ou a mediana, uma superior, para o limite máximo de controle, e uma inferior, para o limite mínimo de controle.

Referência e fonte: A Sociedade Norte-Americana da Qualidade (ASQ) mantém um site com explicações e exemplos das 7 ferramentas da qualidade propostas por Ishikawa, incluindo ilustrações.

Concorra a 2 exemplares do livro "Como Falar Bem em Público"

Recebi, como cortesia dos editores e por intermédio do Wagner Fontoura, 2 exemplares do livro "Como falar bem em público", lançamento da Ediouro. Trata-se de uma obra de 194 páginas, publicada pela Ediouro, com a firme intenção de ensinar técnicas para enfrentar (com sucesso) aquelas situações de pressão em aulas, negociações, reuniões, entrevistas e concursos.

Minha idéia é sorteá-los, e não vou enrolar: interessados só precisam me enviar um e-mail para o endereço falarbem@br-linux.org, dizendo qual foi a última oportunidade em que falou em público, incluindo também o seu nome e endereço postal completos (com CEP) até o próximo dia 6 de junho de 2008, sexta-feira. Na semana seguinte me encarregarei de sortear, divulgar por aqui o resultado, e enviar os brindes aos felizardos - e não vou usar os seus endereços postais ou de e-mail para nenhuma outra finalidade. Vou ler todos os e-mails, mas não prometo responder a nenhum, ok?

Claro que não resisti a folhear um dos exemplares, que já começou a me chamar a atenção a partir da lista de autores: William Douglas (Juiz Federal e professor universitário), Rogério Sanches Cunha (Promotor de Justiça e professor universitário e em escola superior de magistratura), e Ana Lúcia Spina (fonoaudióloga especialista em voz, doutoranda em ciências biomédicas, e professora de preparação para prova oral em concursos) - todos bastante habilitados a escrever sobre o tema, na minha opinião.

O livro é muito bem organizado, começando pelos aspectos mais psicológicos (a inspiração, a tremedeira, como ter mais segurança diante de examinadores), a mecânica de entrar em cena (inclusive as velhas perguntas sobre como se vestir), diálogo, argumentação e técnicas de oratória, autocontrole e mais. Os capítulos são curtos e diretos, incluindo um específico sobre o discurso amoroso, e outro sobre o ambiente corporativo.

O capítulo que eu mais gostei foi o intitulado "O peso do silêncio", que começa com uma citação de Platão: "O sábio fala porque tem algo a dizer; o tolo, porque tem de dizer alguma coisa", e em seguida discorre sobre quando NÃO falar, e sobre como usar o silêncio (incluindo as pausas) para reforçar o discurso.

Em termos de aprendizado, eu gostei do capítulo "Em busca do sim", que fala sobre o convencimento, e do apêndice 2, um guia de objeção e refutação.

Em resumo, "Como falar bem em público" me pareceu um excelente livro para quem precisa falar em público freqüentemente, mesmo que não tenha dificuldade com isso, já que não trata só daquelas técnicas de expressão e discurso, e busca até mesmo temas espinhosos como convencimento, argumentação e refutação. Recomendo!

Leia também:

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