Softwares gratuitos para estudantes - on-line ou em CD

Já tive oportunidade de escrever sobre o conjunto de aplicativos Software for Starving Students, um CD-ROM cheio de softwares gratuitos (muitos deles livres) voltado para uso de estudantes, com versões para Windows e Mac. Muitos destes softwares são também incluídos por padrão nas distribuições de Linux mais populares.

Se você nunca investigou o Software for Starving Students, faça-o já - vários dos aplicativos não servem apenas para estudantes, e alguns deles eu uso diariamente.

Mas se você costuma contar com uma conexão de boa velocidade à Internet, dê também um passo além e analise a Web 2.0 Backpack. É um conjunto de links para aplicativos populares e acessíveis via Internet, organizados em categorias de acordo com sua utilidade. Assim como o Software for Starving Students, a Web 2.0 Backpack foi organizada pensando nos estudantes, mas contém dicas válidas para bem mais gente.

Além de estrelas bem conhecidas na área de sucedâneos on-line do Office, há categorias específicas para tomada de anotações, mapas mentais, trabalho em equipe, agendamento e mais. Não deixe de dar uma olhada, é possível que a solução para algum problema seu esteja nesta lista!

1 ano de Efetividade.net - 22 de junho - aguardem a promoção!

Hoje é aniversário do Efetividade.net - há exatamente 1 ano, foi publicado o primeiro artigo do site, sob o título "Marcando páginas com Post-it Flags".

Nos últimos 365 dias tenho procurado manter alguma regularidade de posts, misturando artigos originais e resenhas de artigos externos, sobre temas variados mas sempre relacionados a um núcleo básico. A audiência fiel só faz aumentar, e agradeço a vocês todos pelo apoio.

Já tenho aqui comigo os brindes que o Efetividade vai distribuir na sua promoção de primeiro aniversário - 1 Palm, alguns moleskines e 1 exemplar do livro Lifehacker. Vou anunciar a promoção só na semana que vem, fiquem ligados ;-)

Dei uma olhada no histórico hoje para ver se encontrava alguns artigos para destacar neste aniversário, mas eu gosto de muitos (e o melhor é sempre o próximo). Vou destacar hoje apenas o "Usabilidade em casa: 7 dicas para mais efetividade na sua organização doméstica", que é meio que uma síntese das idéias aqui do Efetividade. Ao longo do final de semana, ou da semana que vem, farei uma seleta mais completa para quem quiser rever.

Parabéns, Efetividade.net! E pensar que você nasceu em uma tarde de tédio!

Campanha contra os trolls da Internet é destaque na Folha

Lembra da campanha pela qualidade das discussões nos comentários da web, que debutou este ano aqui no Efetividade.net mas que eu já venho realizando há alguns anos no BR-Linux.org? Subitamente ela foi exposta a um público bem maior.

Sob o título de "Reação ao Ataque dos Trolls", a Folha de São Paulo colocou na capa do seu caderno de informática desta semana justamente este tema, que vem merecendo atenção nas comunidades virtuais: a reação ao "internauta mal-educado", nas palavras do jornal - aquele agitador que "impulsionado pelo anonimato oferecido pela Internet, abusa dos espaços para críticas, ofendendo autores e desviando o foco de discussões."


Capa de 20/6 - clique para ver versão completa em tamanho grande

No BR-Linux eu faço a campanha "Não alimente os Trolls" há alguns anos, para lembrar seus usuários para preservar a qualidade das discussões, deixando os trolls falando sozinhos, e esta campanha foi apresentada na reportagem de capa, como contraponto ao "Código de Ética" que blogs internacionais estão propondo.

A reportagem da capa do caderno de Informática pode ser lida na íntegra por assinantes da Folha ou do UOL, e também pode ser vista (em versão editada para aproveitar melhor o espaço - mas cuidado com o zoom automático do seu navegador) clicando na imagem acima. Em outra reportagem publicada no interior do caderno, o jornal examina a atitude de blogs quanto aos comentários de seus usuários, comparando a solução adotada lá no BR-Linux e por boa parte dos blogs que freqüento - que não examinam ou aprovam previamente os comentários de seus leitores - com a de outros blogs nacionais, como o Blog do Noblat, que "contam com assistentes que lêem os comentários antes da publicação e apagam as ameaças e ofensas."

O índice da edição aponta para outros artigos sobre o mesmo tema, para os interessados.

Saiba mais (folha.uol.com.br).

O cliente 2.0 - presença no Second Life interessa a quem?

A atitude de determinados clientes, usuários e administradores que têm algum conhecimento técnico e por isso exigem que seus sistemas ou sites exibam determinados recursos só porque sabem que são possíveis, e não porque detectam que há necessidade deles, são a razão de fracassos retumbantes em muitos projetos, por substituir a análise e identificação de demandas reais pelos argumentos baseados no "o site X tem isso, e nós também podemos ter"!

E é sobre isso que o Marco Gomes comenta em seu artigo "O Cliente na Web 2.0" - a evolução dos clientes que queriam que seu site tivesse chat (sempre vazio), área de notícias (atualizada a cada 8 meses), e apresentações em flash que ninguém desejava ver - eles agora querem recursos de web 2.0, com efeitos e resultados similares - estrelinhas de avaliação que ninguém clica, virais que ninguém passa adiante, comunidades jabazeiras no Orkut que ninguém fora da empresa participa e as famigeradas "presenças" no Second Life.

Recomendo a leitura do texto do Marco Gomes, mas reproduzi abaixo um trecho para dar idéia da situação:

Quando comecei a fazer sites, no já distante ano de 1998, eu era o famigerado “sobrinho”: um pré-adolescente (não tinha espinhas na cara nem óculos) que fazia sites por dinheiro suficiente para um final de semana de curtição, algo como 200 reais.

Naquela época, os clientes pediam recursos muito comuns, coisas que eles viam em outros sites e achavam que seria interessante ter no site da sua empresa. Esses recursos eram sempre os mesmos, alguns que eu lembro agora: chat; notícias, apresentação em Flash, menu vertical à esquerda.

O problema com isso é que os sites eram todos cópias, com os mesmos elementos, e salas de chat sempre vazias… O recurso tecnológico era empregado simplesmente por “ser possível” e não por ser necessário. O chat era colocado não porque existiam pessoas interessadas em discutir o assunto, era colocado simplesmente porque o chat do UOL era legal e nós podemos ter um igual!. O cliente não notava que o mais importante no chat do UOL era sempre ter muitas pessoas nas salas, o que não aconteceria no site com 10 visitantes diários da fábrica de embalagens em PVC.

Hoje a entidade Cliente ainda existe (ainda bem), e pensa do mesmo jeito, mudaram apenas os recursos que os sites “precisam” ter: estrelinhas de votação, AJAX, RSS, mashup de qualquer coisa.

Os sites já não são cópias visualmente, mas conceitualmente continuam sendo. As estratégias continuam na mesmice: vídeos “virais”, comunidades “plásticas e jabazeiras” em redes sociais, blog monótono. O erro histórico se repete: não usa-se o recurso por ele ser necessário e enriquecedor, usa-se por ser possível.

Leia também: 7 dicas de sucesso para sites de pequenas empresas e profissionais liberais.

Notebook HP Compaq Presario por menos de R$ 1800 - "notebook para todos"

Complementando nossa matéria anterior sobre comprar notebook barato, recebi hoje do Submarino o aviso de que o notebook 15.4 Presario V6210b - HP COMPAQ acaba de cair de preço de R$1.999 para R$1.799. Segundo o aviso, esse preço pode mudar a qualquer momento e a empresa não garante estoque deste item. Mesmo com a redução de R$ 200, continuam o frete grátis para todo o Brasil, e o parcelamento em até 6x sem juros no cartão de crédito.

Para saber se o notebook HP Compaq Presario V6210b atende suas necessidades, recomendo uma leitura atenta ao nosso artigo anterior: "Notebook: aprenda como escolher para comprar bem e pagar menos". Segundo o resumo da empresa, ele tem processador AMD Sempron 3500+, gravador e leitor de CD 24x, leitor de DVD 8x, HD 60GB 5400 rpm, memória RAM 256MB 667MHz DDR2, tela 15.4 WXGA TFT, chipset nVidia, rede sem fio WLAN 802.11 b/g, Linux, fax/modem e rede com fio 10/100.

A HP recomenda esta linha de computadores para uso em atividades pessoais e domésticas, como e-mail, web, compras via Internet, editar textos e planilhas, acesso à Internet doméstico ou em hotspots, ouvir música digital ou criar CDs, assistir DVDs, gerenciar finanças domésticas e correspondência, levar suas mídias digitais para compartilhar com amigos e família, projetos criativos e atividades escolares.

Aparentemente as configurações e o preço estão adequadas às novas regras do programa governamental Computador para Todos, que permitirá financiamento especial para "notebooks para todos", com preço até R$ 1800.

Veja também:

Os blogs brasileiros concorrem entre si?

Nem toda interação envolve competição, e nem toda concorrência exige que alguém saia perdendo. Como isso se aplica aos blogs brasileiros?

Li hoje algumas referências a um artigo do Carlos Carvalho intitulado O futuro da blogosfera brasileira: até onde concorremos?, e estas leituras provocaram algumas reflexões.

Na minha opinião, as comunidades são formadas por várias vertentes e até mesmo por outras comunidades menores, com variados graus de integração. A idéia de haver "uma blogosfera brasileira" para mim só vale como uma grande abstração, pois trata-se de uma série de entes separados, às vezes completamente disjuntos, e tão variados e difíceis de tratar conjuntamente quanto um rebanho de gatos - neste sentido, o grande núcleo de blogs e blogueiros que interegem entre si com certeza forma um conjunto ou comunidade (vá lá, uma blogosfera), mas ela não agrega ou engloba o conjunto completo dos blogs nacionais.

A questão central levantada pelo Carlos Carvalho é se os integrantes da blogosfera concorrem entre si ou não. É uma questão interessante, especialmente quando pensamos na natureza desta possível concorrência. Entre outros significados, concorrer pode ser disputar a primazia, disputar a clientela, e também pode ser encontrar-se em oposição, visando suplantar uns aos outros. Em mercados sadios, é a concorrência uma das principais forças que conduz ao aprimoramento das ofertas disponíveis.

Na minha opinião, não há apenas uma resposta correta para a pergunta do Carlos. Parece mesmo haver na blogosfera um conjunto de participantes que de fato se posiciona como estando em competição pela primazia, ou mesmo buscando suplantar os demais. Muitos outros agem como se estivessem em uma permanente competição no estilo ganha-ganha, em que a sua vitória não depende da (ou causa a) derrota dos demais participantes.

Concorrência pode ser a chave da evolução

Esta é uma situação que ocorre em outras comunidades e mercados também. Uma mesma rua que conte com duas padarias pode levar a uma competição saudável entre elas (que de fato disputam entre si os mesmos recursos) com resultados positivos para ambas, ou a uma série de quadros em que o sucesso de uma delas contribui para o fracasso da outra. Nestes cenários, o grande problema para a evolução das ofertas disponíveis ocorre quando os participantes optam por forçosamente não concorrer, armando um cartel, loteando clientes ou de alguma outra forma posicionando-se à margem desta concorrência.

Quando uma grande rede de hipermercados se instala em uma nova região, entretanto, o posicionamento dela pode ser bastante predatório em relação ao comércio local, que muitas vezes simplesmente não consegue concorrer, e acaba saindo do jogo - porque concorre com o gigante pela obtenção de um recurso finito (e às vezes até escasso).

A disputa de diversos blogs pessoais, competindo entre si por recursos escassos, não é algo que ocorra com freqüência na realidade brasileira, na minha opinião. Quando os blogs são monetizados, pode haver a disputa por obter para si uma fatia maior dos orçamentos dos anunciantes, mas dada a disparidade entre o tamanho dos orçamentos e o total dos rendimentos dos blogs brasileiros, trata-se de uma situação extrema por aqui. Mas talvez ocorra todos os dias entre o Gizmodo e o Engadget, por exemplo.

De minha parte, não vejo o que ocorre no Brasil como concorrência propriamente dita, embora haja rivalidades aqui e ali, e até mesmo posicionamentos baseados no mais absoluto antagonismo de dono da verdade em cima do caixote. Pessoalmente, estou em competição comigo mesmo todos os dias, buscando melhorar indicadores e resultados, e publicar artigos sempre mais relevantes e que alcancem uma parcela maior dos leitores. Mas sempre consciente de que os eventuais leitores a mais que eu obtenho provavelmente não significam leitores a menos para os demais colegas ;-)

Mesmo assim, vejo como algo positivo a eventual competitividade na busca por oferecer os artigos mais completos, ou mais céleres, ou mais autoritativos, ou a cobertura mais ampla sobre assuntos de interesse. Como nos mercados sadios, quem sai ganhando com esta concorrência é o público - e por não haver a escassez de recursos, freqüentemente os blogs que estão competindo entre si agem como parceiros, se complementam e até mesmo atuam em conjunto de forma direta.

Para completar, considerando a dinâmica que ocorre com os mantenedores de blogs com quem tenho contato mais direto, acho que a comparação da Nospheratt acertou na mosca: a blogosfera é um samba de fundo de quintal.

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