Embarque imediato: 12 dicas para viajantes efetivos

Viajar a passeio ou para visitar a família geralmente é bom e compensa o esforço e as dificuldades. Mas viajar a serviço nem sempre é assim: horários apertados, agenda lotada, compromissos em locais distantes e com pessoas desconhecidas, e a necessidade de se manter alerta e produtivo contribuem para aumentar o stress e tornar mais pesada a carga.

Cada pessoa tem suas preferências sobre como viajar. No caso das viagens aéreas, por exemplo, eu prefiro me programar para chegar bem cedo ao aeroporto, viajar nas poltronas do corredor, e jogar videogame durante o vôo. Você pode preferir chegar no horário limite do check-in, ir dormindo, ou mesmo ir na janela vendo a paisagem.

Esta semana vi um artigo no Lifehacker com dicas para viajantes, mas boa parte delas não parece adequada à realidade daqui. Isso me levou a colocar em prática a idéia antiga de registrar aqui a minha própria coleção de dicas que me ajudam a me manter produtivo durante as viagens, com menos stress, e reduzindo a bagagem para fazer caber os itens optativos (alguns diriam que eles são supérfluos) que eu gosto de levar. E são essas dicas - que servem igualmente pra quem prefere sentar na janela ou no corredor ;-) - que eu compartilho agora.

12 dicas para viajar com menos stress

  1. Roupas que viajam bem: Embora muitas vezes dê para contar com o (caro) serviço de lavanderia dos hotéis, ou mesmo com um ferro elétrico portátil, o tempo se torna escasso e valioso quando estamos viajando, por isso faço o possível para evitar gerenciar ou realizar estas tarefas. Raramente uso camisas de microfibras quando estou na cidade, mas elas são as minhas preferidas para viajar: amassam pouco, secam rápido, dependendo da situação dispensam o ferro elétrico - toleram até um pouco de aperto na mala. As calças são escolhidas também considerando a sua tendência a amassar ou a sujar rapidamente. Geralmente levo a quantidade mínima necessária, mais uma unidade de reserva para cada item.

     

  2. Bagagem na quantidade certa: geralmente viajo para reuniões ou eventos curtos, e muitas vezes dá para me safar apenas com bagagem de mão (com o inconveniente de ter de viajar vestindo o paletó...), poupando bastante tempo no check-in - especialmente em companhias modernas que permitem o check-in eletrônico - e escapando da espera pelas malas na esteira, na chegada. Se a viagem for mais longa e a serviço, recorro a uma mala, não muito grande, com as roupas para o período, muitas vezes contando com o (caro) serviço de lavanderia dos hoteis (ou alguma lavanderia próxima, se os horários permitirem) pelo caminho, como complemento. Eu já escrevi um artigo em 3 capítulos sobre como arrumar bem as malas, e sempre tenho que guardar espaço para o kit de sobrevivência Geek - e dando preferência aos itens mais leves, para reduzir o impacto ambiental do combustível aéreo necessário para transportá-los ;-)

     

  3. Estojos pré-prontos: PC e pessoal: Eu tenho 2 estojos escolares (daqueles de guardar canetas e lapiseiras) médios, e em neles guardo permanentemente os itens essenciais de viagem, para não ter de ficar procurando pelo escritório na hora de arrumar a mala, nem ter de ficar procurando pelos bolsos da mochila, às pressas, na hora em que eles forem necessários. Num deles guardo os cabos, adaptadores e outros acessórios que possam ser necessários para trabalhar com o notebook longe da minha mesa, e no outro levo utilidades variadas, incluindo, entre outros, remédio para dor de cabeça, pastilhas para dor de garganta (que às vezes permitem recuperar a voz durante uns 45 minutos, sem dor, quando não dá de adiar uma palestra), band-aid, lenço de papel, chiclete, cadeado, mini-lanterna e versões reduzidas de pente, escova e pasta de dentes, barbeador e desodorante. Fica tudo na mochila da bagagem de mão, disponível até mesmo quando o avião faz escalas inesperadas, ou a espera no aeroporto se prolonga. A cada viagem sempre ocorre alguma grande espera em que dá tempo de revisar e anotar o que está quase vencendo e precisa ser trocado, e assim eu posso até mesmo esquecer (ou deixar de propósito, no caso de viagens muito curtas) a frasqueira em casa, e não passar uma noite horrível no hotel até ter oportunidade de ir a uma farmácia no dia seguinte comprar os itens básicos de higiene pessoal.

     

  4. Ficha completa: Dependendo da situação e da complexidade do roteiro e das atividades envolvidas, eu reúno antes todo o material informativo (bilhetes de passagens, confirmação de reservas de hotéis, informações sobre veículos, horários e locais de palestras, contatos, etc.) e faço ao menos uma de duas coisas: fotografo cada um deles com o celular, ou tiro uma cópia reduzida de todos eles em uma mesma folha (frente e verso) para ter uma referência completa sempre comigo. Afinal, a experiência demonstra que estas informações acabam sendo necessárias nas horas mais inesperadas.

     

  5. Tudo no bolso certo: Quantas vezes você já viu gente tendo de largar todas as malas no chão, no aeroporto, rodoviária ou saguão do hotel, para procurar algum objeto importante? Pode ser um documento, a câmera fotográfica, o bilhete de embarque ou tantos outros itens que a pessoa não sabe se estão no bolso de uma jaqueta (que está dentro da mala), em um dos muitos compartimentos da mochila, ou na bolsa, ou na frasqueira, e assim por diante. A solução é uma só: itens importantes que possam ser necessários em momentos específicos devem ter um lugar certo, para que ninguém tenha que perder tempo procurando na hora de usar, e assim acabar perdendo uma foto espetacular, seu lugar na fila, a paz de espírito, etc. E aqueles mais urgentes, como o bilhete de embarque, devem ficar à mão, mas em um local seguro, à salvo dos dedos leves dos amigos do alheio!

     

  6. Registros instantâneos: Se você vai precisar posteriormente de alguma informação recebida por escrito, ou vai ter de prestar contas das despesas realizadas, use bem a câmera do seu celular: tire fotos dos recibos, das telas de uma apresentação (se for permitido, claro), dos cartões de visita, do telefone ou URL que voce viu em um cartaz ou outdoor, da fachada de uma loja que vai recomendar a alguém, etc. Caso você possa (ou precise) guardar o papel também, guarde (e posteriormente organize, com calma). Mas assim que a viagem terminar, ou em alguma das longas esperas que ocorrem durante elas, você sabe que terá reunido imagens de tudo (incluindo os itens que não dá pra levar consigo, como o texto de um outdoor) em um local de fácil acesso, e é só transcrever para seu relatório, planilha ou arquivo pessoal, ou mesmo enviar por e-mail aos interessados.

     

  7. Anotações centralizadas: Eu prefiro um bloquinho e caneta, e você pode preferir algo mais tecnológico, mas tem algo que funciona bem em qualquer caso: anotar tudo no mesmo lugar (e mantê-lo à mão - sem perder, claro!) - depois que a viagem acaba, cada anotação pode ser transcrita para onde melhor couber, mas durante ela, às vezes é necessário consultar alguma coisa durante um telefonema, dentro do táxi ou em um papo de elevador - e ter tudo em um só lugar ajuda muito.

     

  8. Aumentando a duração das baterias: Em viagens é comum acontecer de o notebook ter de funcionar ao longo de um período extenso sem possibilidade de recarga - e aí desativar os efeitos 3D, reduzir o número de processos desnecessários em execução, desligar a rede wireless (se não estiver em uso), e ficar de olho nas oportunidades de usar uma tomada - se possível, sendo um bom companheiro, e compartilhando-as com os demais. No caso do celular, já demos várias dicas para aumentar a duração da bateria, mas o Lifehacker insiste em uma que não mencionamos: segundo ele, deixar o celular em contato com nosso corpo (por exemplo, no bolso da calça) tem um malefício extra: o calor acelera o consumo da bateria. Uma razão a mais para deixá-lo em um local mais saudável. Outra dica, para os casos em que for necessário, é ter baterias extras, os carregadores para elas, e o preparo físico para transportar o peso extra delas por aí.

     

  9. Conexão em (quase) todo lugar: Muita gente reclama da qualidade ou desempenho das conexões 3G, mas para mim é uma alternativa que tem funcionado (com desempenho aceitável) em todos os locais para os quais viajei recentemente, e mesmo quando o desempenho piora, é melhor do que não ter acesso na hora da necessidade. Conexões de aeroportos, hotéis e restaurantes às vezes são boas, mas é difícil contar com elas: somem de repente, não têm bom suporte, e sua segurança nem sempre é das melhores - ter alternativa à mão pode fazer a diferença.

     

  10. Proteção para o notebook: existem alguns softwares que podem ajudar na recuperação pós-furto (pesquise junto ao seu fornecedor), mas na minha opinião o mais eficaz é prevenir a ocorrência. Nos locais em que há alta incidência destes crimes, uma trava bem visível pode ser uma boa forma de fazer com que o criminoso não escolha o seu micro. Eu prefiro uma trava Targus com alarme sonoro acionado por movimentos, porque ela ajuda também a não levarem o notebook quando ele está dentro da mochila. Claro que isso só ajuda contra o criminoso furtivo, que pretende levar um notebook discretamente e sem ser notado. Se ele quiser usar a violência, travas e alarmes pouco adiantarão.

     

  11. Entretenimento e distração: Já mencionei várias vezes ao longo deste texto a questão das longas esperas que ocorrem ao longo das viagens - os períodos nos aeroportos, o aguardo por conduções, o próprio tempo de vôo, os períodos não-ocupados durante os eventos, etc. É saudável usar vários deles para se manter em dia com as pendências, mas em alguns momentos é interessante dispor de uma alternativa que conduza ao relaxamento e à distração - mesmo quando você não deseja, ou não pode, tirar uma sonequinha. Eu às vezes recorro ao celular (para um jogo rápido ou para navegar na web, quando dá), e tenho levado comigo um PSP com alguns jogos, e uma seleção de músicas, algum filme ou seriado na memória. Basta estar em um local suficientemente seguro e discreto, colocar os fones de ouvido (ligando ou não a atenuação de ruídos externos, dependendo da ocasião), e relaxar, escapando da programação duvidosa da central de entretenimento do avião, ou tentando esquecer do desconforto das salas de embarque. Parei de usar o notebook para esta finalidade, porque no final das contas o PSP é mais prático e discreto, é leve o suficiente, e não há necessidade de se preocupar com consequências mais sérias de um eventual esgotamento das suas baterias. E caso elas acabem (e acabam...), sempre posso contar com um livro leve ou revista que vai na bagagem de mão.

     

  12. Final de ano e feriadões - Caos aéreo: Se você for viajar em um período em que é razoável imaginar que os aeroportos estarão lotados, tendendo ao atraso e bem mais estressantes que o usual, vale se prepara com um Kit para Caos Aéreo na bagagem de mão, para aqueles casos em que a lanchonete e a banca de jornal do aeroporto já fecharam, e você ainda estará lá por algumas horas. Travesseiro inflável, garrafa de água, biscoitos, uma muda de roupa para frio (não esqueça das conexões...), algum dinheiro trocado, um livro (leve) extra, baralho, os remédios que você toma regularmente, etc.

Sua vez

Compartilhei acima algumas das dicas que já colecionei, e alguns links para artigos complementares aqui do Efetividade.net. Mas, como de costume, conto com vocês para complementá-las com as suas próprias experiências, nos comentários!

Efetividade também para manter limpo o banheiro

Só conheci uma pessoa, em toda minha vida, que de fato *gostava* de limpar o banheiro da sua casa. Todas as outras lamentam ter de desempenhar a tarefa (como seria bom se os banheiros fossem autolimpantes...), e algumas até mesmo tentam adiá-la ou evitá-la tanto quanto possível, quando não podem repassá-la a alguém mais. Por esta razão, todo produto ou serviço que conduza a mais efetividade, ou mesmo a mais produtividade, nesta obrigação inglória, precisa ser devidamente divulgado aos amigos.

Mas escrever sobre produtos de limpeza sempre conduz ao risco de sugerir ou mesmo mencionar o escatológico, ainda mais quando se trata de limpeza dos banheiros - o que me faz ter algum respeito pelo desafio que o pessoal da publicidade de papéis higiênicos encara, ao não poder mencionar o uso concreto a que seu produto se destina... ;-)

No meu caso, eu vejo como pouquíssimo higiênicos diversos produtos típicos de banheiros, tendo como vice-campeã a escova de limpeza interna de vasos sanitários, e como campeões absolutos aqueles tabletes "desodorizadores sanitários" (purific, fluss e tantos outros) que são fixados ou pendurados dentro do vaso sanitário, e acabam expostos a todo tipo de impureza para desempenhar sua atividade - isso sim é que é serviço sujo!

Para reduzir o problema das escovas de limpeza, só mantendo uma exclusiva para cada banheiro, minimizando o transporte delas (e do que elas levam consigo...) pela casa - só se desloca mais de meio metro quando é hora de levar pra uma limpeza mais caprichada do lado de fora.

Já para os tabletes, a minha solução era deixar de usá-los - por mais eficientes que fossem, eu sempre duvidei que as suas estruturas de fixação e suporte não acabavam gerando mais problemas, pelo acúmulo de detritos (microscópicos ou não) - pior ainda quando o suporte em si não é descartável, e só o tablete é trocado regularmente, na forma de refil.

Entra em cena minha irmã

Minha irmã é profissional da área de saúde, e compartilha comigo o interesse por produtos que reduzam o esforço e melhorem o resultado alcançado nas tarefas domésticas - por isso, de vez em quando ela surge com algum produto novo, ou alguma versão mais prática, como quando ela descobriu as latinhas pequenas do tradicional removedor Varsol Casa, e ajudou a sumir com as manchas dos pisos e paredes com bem menos esforço e cuidado.


Sempre um novo produto

E ela também foi a responsável por trazer a novidade que resolveu o problema dos tabletes de limpeza interna de vasos sanitários daqui de casa, de uma vez por todas - com uma idéia que ela já vinha aplicando na casa dela há algum tempo, usando um produto pouco divulgado, ou cuja estratégia de divulgação certamente não chegou a me alcançar.

Os tabletes para caixa acoplada

E a solução é genial em sua simplicidade: tabletes que, em vez de ficar pendurados dentro do vaso, são jogados diretamente dentro da caixa de descarga (modelo acoplado - se for embutida ou suspensa, fica difícil...), e ficam lá se dissolvendo por algumas semanas - e a cada acionamento da descarga, sai junto uma quantidade suficiente de líquido com ação desinfetante, ajudando a manter higienizadas as instalações. A caixinha fala em frescor, e em "limpos e brilhantes", mas eu não iria tão longe na descrição - quem mantém limpo e brilhante continua sendo o o procedimento regular, e o tablete só ajuda a prolongar o efeito.


Caixa acoplada

O líquido tem cor bem forte (azul, no caso do que nós adotamos aqui em casa), e assim dá de perceber facilmente quando é hora de trocar. E a troca em si é muito simples: levanta a tampa da caixa acoplada e joga o tablete lá dentro, onde ele ficará permanentemente imerso na água ainda não servida - o que sai na hora da descarga é apenas a pequena parcela que se dissolve a cada uso.


"Harpic Tablete para Caixa Acoplada"

Não sei se existem concorrentes (tomara que sim), mas aqui em Floripa nós só encontramos o produto da marca Harpic, com o nome original de "Tablete para Caixa Acoplada". Adotamos desde a mudança (5 meses...), estamos satisfeitos e recomendamos.

Outros produtos

Quando se divulga um produto destes, que parece uma idéia tão genial, sempre se corre o risco de depois descobrir que todo mundo já conhecia, que em outros estados o produto existe há anos (parece ser o caso - foi lançado em 2002), ou que era anunciado em horário nobre, em algum programa que eu não assisto.

Assumo o risco, na expectativa de que mais gente não conheça e vá achar interessante. Bom proveito! E se você tem alguma dica de produto de limpeza inovador ou inteligente que quiser compartilhar, a área de comentários está à sua disposição!

Evite acidentes, faça de propósito!

Abro este novo mini-artigo relacionado ao conceito de efetividade com uma citação do tempo da Internet a lenha: "evite acidentes, faça de propósito".

Claro que a frase espirituosa não nasceu com o sentido que eu hoje vou abordar, mas ela cabe bem para a situação que quero tratar: a das pessoas cuja "solução" básica para os dilemas da sua vida é aguardar e torcer fervorosamente para que um acidente aconteça e mude sua situação. É uma situação comum, e todo mundo ao redor identifica, mas às vezes é complicado para a pessoa que está envolvida perceber objetivamente o que ela (não) está fazendo.

E aí entram aquelas situações típicas: a pessoa que está em um relacionamento insatisfatório e fica torcendo (sem nem ao menos tentar dar motivo) para a namorada terminar com ele, ou alcança uma responsabilidade indesejada no trabalho e aguarda passivamente (e sem tentar se adequar a ela) que alguém perceba que ele não está rendendo, e deve ser tirado dali antes que cause algum mal maior à organização.

Também tem aquelas situações em que o controle sobre a resolução está fora do alcance do indivíduo, mas ele renuncia até mesmo a fazer o que está ao seu alcance para se ajudar. É o caso de tantos hipertensos, diabéticos e cardiopatas que, mesmo diagnosticados cedo, não adequam seus hábitos e permanecem sedentários, sem ajustar a dieta, fumando... como se não houvesse amanhã. É o caso de quem não tem emprego (ou não está satisfeito com seu emprego) mas não procuram oportunidades de aumentar sua empregabilidade e nem procuram emprego - se bobear, nem mesmo têm um currículo atualizado.

"♬ Deixa a vida me levar, vida leva eu... ♪"

Sorte tem quem acredita nela e trabalha a favor do resultado positivo, mas se omitir nas suas próprias decisões não é contar com a sorte: é dificultar até mesmo o trabalho dela, pela ausência da escolha de qual é o resultado desejado. É como aquela piada velha do cidadão que todos os dias reza para que seu santo o ajude a ganhar na loteria, e o santo reclama com um colega: "se ao menos ele comprasse o bilhete, eu até ajudaria...".

O que as pessoas dos exemplos acima têm em comum é a necessidade de uma solução para a situação em que se encontram, acompanhada pela incapacidade ou ausência de energia para agir e provocar esta solução: o que elas desejam é que algum fator externo - um "acidente" - que mude sua situação, encerre seu relacionamento, dê um jeito na sua carreira, resolva a hipertensão, acabe com o desemprego, sem se dar conta que muitas vezes as soluções acidentais possivelmente ficam muito abaixo do potencial que poderia ser alcançado se o problema fosse encarado de frente.

E assim, por não tomar as rédeas de seu próprio destino, as pessoas dos exemplos se sujeitam a uma chance maior de um divórcio litigioso no final da paciência da outra parte (quando poderia ser, por exemplo, uma separação amigável ou mesmo uma retomada da relação), uma "geladeira" ou mesmo a demissão no emprego (quando poderia ter um ajuste na carreira, ou mesmo capacitar-se para estar à altura da missão que lhe foi dada), e assim por diante.

Entra em cena o conceito de Efetividade

Entre as diversas alternativas, por aqui se adota a seguinte conceituação de efetividade:

Em uma definição simplificada, eficácia é a capacidade de realizar objetivos, eficiência é utilizar produtivamente os recursos, e efetividade é realizar a coisa certa para transformar a situação existente.

Elaborando um pouco mais, pode-se afirmar que a efetividade diz respeito à capacidade de se promover resultados pretendidos; a eficiência indica a competência para se produzir resultados com dispêndio mínimo de recursos e esforços; e a eficácia, por sua vez, remete à capacidade de alcançar as metas definidas para uma ação ou experimento.

Coloquei em destaque o trecho que contrasta com a atitude descrita acima: efetividade está associada a realizar a ação certa para transformar a situação existente - e raramente isso pode corresponder à passividade de quem aguarda (sem estratégia) que as situações se resolvam sozinhas.

Assumindo suas opções

Ninguém melhor do que você pode exercer o direito de escolher qual o resultado desejado para as situações da sua vida, mas muitas vezes conviver com as consequências da escolha requer coragem, e em outras é necessário se esforçar bastante para conseguir melhorar as alternativas disponíveis. Raramente é fácil, mas as decisões são a essência da vida.

Mas deixar nas mãos do acaso (ou nas dos outros...) as decisões que lhe competem dificilmente leva a resultados tão bons quanto os que são possíveis por uma escolha consciente, acompanhada de uma atitude positiva: trocando a passividade pelo posicionamento ativo, mesmo quando se sabe que será necessário enfrentar uma situação fora do seu controle em um equilíbrio precário, mais ou menos como o surfista da foto acima - mas ele se preparou, conta com sua habilidade e com o equipamento adequado, e possivelmente com outras pessoas para lhe apoiar caso algo dê errado, seguindo a receita do que devemos procurar também em nossas vidas.

Fica, portanto a dica: se sua vida está em algum compasso de espera e você não está gostando, talvez você esteja precisando fazer algumas escolhas, tomar algumas decisões e correr para viabilizá-las - antes que o destino decida, possivelmente contra você. Faça de propósito, não espere pelo acidente!

Leia também: Planejamento estratégico: como aplicar à sua vida e Planejamento estratégico: quais são os seus valores?

Produtividade - e estilo? - com 2 monitores no desktop

Vi ontem no site da Info um vídeo mostrando um Samsung Lapfit - um produto legal, mas baseado em uma premissa da qual eu discordo: a de que um segundo monitor para um notebook é mais legal se puder ficar ali ao ladinho da tela interna dele, no mesmo ângulo, com a moldura da mesma cor.

Mas as características do monitorzinho (um SyncMaster LD190G) em si são legais - eu recomendo que você assista ao vídeo pra entender melhor. Só que eu prefiro que o segundo monitor seja maiorzão, acoplável a um suporte articulado, e de preferência montável na vertical (em "modo retrato"), para facilitar a visualização de porções maiores de páginas da web e documentos de texto.

Eu hoje não uso mais um segundo monitor no notebook, porque hoje trabalho ancorado ao desktop do escritório em casa, e reservo o notebook para quando preciso de mobilidade. Mas houve tempo em que eu usava o notebook também em casa, e adotava uma configuração de tela secundária similar à dos 2 monitores do meu desktop de hoje, mostrados nas fotos acima e abaixo - inclusive com o mesmo suporte articulado que já usava naquela época.

A configuração dos tempos do notebook-desktop, aliás, pode ser vista na foto que ilustra o artigo "2 monitores no seu PC: ganhe produtividade e reduza o stress", que escrevi para contar as razões pelas quais achava vantajoso usar um segundo monitor. Aliás, continuo achando, e hoje me sinto bastante limitado quando preciso trabalhar com uma tela só.

Pra resumir, colando de mim mesmo (em 2007): "com 2 desktops visíveis, torna-se muito menos estressante trabalhar on-line, realizar atividades de pesquisa e manter contato com os colaboradores, sem ter de ficar guardando na memória as informações dos contextos e janelas que ficam escondidos."

Ou seja: o editor de texto fica o tempo todo maximizado e ocupando a tela (vertical) inteira, e ao mesmo tempo a tela do outro monitor deixa sempre visível o material de referência, o mensageiro, o media player, a documentação ou o que quer que seja que estiver servindo como apoio à tarefa que eu estiver fazendo no momento.

Recomendo! Mas não precisa ser o estiloso Lapfit da Samsung - até um monitor CRT que sobrou em um upgrade na sua família já ajuda, basta que a sua placa de vídeo suporte dois displays ;-)

Guardar dinheiro em casa?

Guardar dinheiro ou objetos de elevado valor monetário em casa ou no escritório dificilmente é a sua melhor opção - seja pelo fator segurança, ou pelo fator rentabilidade. Mas o número de pessoas que optam, seja por qualquer motivo (inclusive a desconfiança no sistema financeiro), por ter em seu ambiente mais próximo alguma soma em dinheiro, títulos, certificados, jóias e outros itens de grande liquidez - e frequentemente ao portador justifica tratar sobre como fazê-lo, com a ressalva de que pode ser uma alternativa contra-indicada, e que há até mesmo implicações fiscais.

Se você guarda valores em casa, certamente tem preocupação com a possibilidade de que alguém não-autorizado tenha acesso a eles, e os subtraia, em um roubo, furto, sequestro-relâmpago ou outra ação do gênero. Dependendo da situação, há o risco ainda pior: o de o furto ser praticado por alguém com acesso legítimo ao ambiente, como visitantes, prestadores de serviços diversos, ou mesmo empregados.

Existem muitas dicas sobre como guardar discretamente os valores em casa, apelando para esconderijos inusitados - até mesmo um artigo anterior aqui do Efetividade.net já tratou do tema, explicando como criar um "cofre secreto" dentro de uma lista telefônica velha ou de uma garrafa cheia de 2L de refrigerante.

Existem muitas soluções que possivelmente despistariam boa parte dos ladrões "de oportunidade", que entram na sua casa com o objetivo de encontrar os valores e rapidamente sair em segurança, levando os objetos de valor que puder carregar. A tomada falsa é um exemplo clássico (e conhecido...), desde que ela não seja obviamente diferente das demais tomadas da casa. O relógio de parede/armário secreto se baseia no mesmo princípio: não parece ser algo de valor, e (espera-se) não será analisado mais detidamente - da mesma forma que os termômetros, luminárias, caixas de fusíveis e até falsas pedras que bastante gente usa para esconder no jardim uma chave de emergência para a sua casa, por exemplo.

Trata-se de uma medida baseada no princípio da "segurança pela obscuridade", que tem um calcanhar de aquiles muito significativo: só funciona enquanto o ladrão não souber de sua existência. Depois que ele souber, já era: basta ele ir lá e colher o conteúdo do "cofre secreto". E às vezes as idéias que o dono do segredo acha criativas, como esconder a chave-reserva na caixa do popular "relógio de luz", são segredos conhecidos por muitos - mesmo que não leiam o Efetividade.net... ;-)

Entra em cena o ladrão aposentado - com uma alternativa insuficiente

Para a possibilidade do roubo ou furto, não tenho solução a oferecer a quem opta por guardar valores em casa: muito já se tentou, e nenhuma alternativa conveniente, barata e com aplicação genérica se popularizou - mesmo cofres pesados já foram levados de residências, e existem maneiras eficazes de motivar quem estiver em casa no momento da ação a revelar ou audar a procurar os esconderijos secretos existentes.

Mas este post do SavingAdvice traz uma visão interessante, que deve ser analisada em conjunto com as outras existentes - e já me levou a afrouxar os parafusos do cofre vazio que tenho guardado em casa.

O autor entrevistou um "ladrão aposentado", que apresentou o seu ponto de vista sobre o funcionamento destas medidas furtivas. Para ele, quando um ladrão (profissional ou pé-de-chinelo) entra objetivamente em uma casa para furtar, ele assume a premissa de que lá há algo de valor, e irá procurar até encontrar, até cansar, ou até que sua segurança justifique a retirada antecipada.

Se você conhece alguém que retornou de uma viagem para encontrar a casa toda revirada, mobília quebrada, paredes e portas danificadas, pode perguntar: às vezes valeria mais a pena ter deixado algum objeto de valor menor em um local "pretensamente" secreto, como as gavetas da cômoda, para que o ladrão eventual encontre o engodo, chegue à conclusão errada de que aquilo é o maior tesouro da casa, pare de procurar e se mande.

E é isso que o ladrão aposentado do post acima recomenda, e foi por isso (pensando nos ladrões que não sejam leitores do Efetividade.net) que eu coloquei alguns papéis e um peso dentro do meu cofre vazio, afrouxei seus parafusos e escondi melhor a chave, e avisei sobre a localização dela a toda a família - na expectativa de que o eventual ladrão que invada a casa vazia leve logo o cofre "pesado e solto" e pare de procurar outros valores - inexistentes - na casa.

É o mesmo princípio das pessoas que usam duas carteiras - e eu conheço várias delas. A idéia é ter uma que vai sempre num bolso de fácil acesso, só com os documentos essenciais, dinheiro trocado e outros itens que façam pouca falta e sejam facilmente canceláveis ou substituíveis, enquanto a outra fica armazenada em segurança e segredo, só sendo acessada em momentos de necessidade. Trata-se de mais um modelo de segurança por obscuridade associada a um engodo: na hora do assalto, se a carteira "light" for entregue, é possível que o ladrão não prossiga na busca. Por outro lado, uma vez que o assaltante saiba ou suspeite da existência da segunda carteira, a ferramenta torna-se inútil, no melhor dos casos, e um fator adicional de risco, no pior.

Em resumo, passamos a trabalhar com a idéia de mitigar um risco mais amplo do que o simples furto do total de recursos armazenados, e para isso separamos de antemão uma quantia "do ladrão", significativa o suficiente para que ele se convença de que está levando tudo o que poderia.

A alternativa ideal?

Possivelmente você chegou até esta altura do texto com a mesma sensação que encontrei ao escrevê-lo: alternativas de segurança baseadas na redução da expectativa de perda potencial, que envolvem "separar um valor para o ladrão" são patéticas, embora sejam cada vez mais populares.

Mas a questão da segurança pública no Brasil é complexa, assim como são complexos os nossos sistemas financeiro e tributário. Tudo considerado, para meu próprio uso eu acredito que, se tivesse valores a guardar, recorreria a um banco sólido que me oferecesse os serviços que me interessassem. Por mais que eu aplicasse princípios de segurança residencial e escolhesse bem onde morar, guardar valores em casa teria riscos adicionais que eu não tenho recursos suficientes para evitar, que o seguro residencial não cobre, e nem me sinto seguro o suficiente ao apenas reduzi-los.

Não posso lhe oferecer uma solução genérica para este problema tão difícil, nem conheço o seu caso, portanto não posso lhe afirmar que a minha solução é a melhor para você. De qualquer forma, se você guarda valores em casa, espero que a opinião do "ladrão aposentado" mencionado acima leve à reflexão sobre o conjunto dos riscos associados, que não se restringem aos associados ao furto do valor em si - e para alguns dos riscos adicionais, especialmente em caso de assalto, invasão da residência ou sequestro-relâmpago, as alternativas acima nem mesmo oferecem grande conforto adicional...

Portanto, não apenas reflita sobre uma nova solução, mas também para os potenciais problemas da sua solução atual, se você for uma daquelas pessoas que guarda valores em casa, apesar de tudo.

Em busca da caixa de ferramentas ideal

Quando escrevi sobre as 10 ferramentas essenciais para se ter em casa, revelei que tenho um fraco por lojas de ferramentas e ferragens. Embora eu não chegue perto do nível daquela compradora compulsiva que foi encontrada morta em casa, soterrada sob uma pilha de compras, dificilmente consigo sair de uma loja dessas sem comprar algo - e acabo com várias ferramentas em duplicata, em consequência.

Mas um item que estava fazendo falta na minha coleção, e talvez faça falta na de muitos outros interessados no tema, era uma boa caixa de ferramentas. Eu até tenho uma prateleira para guardar esse tipo de coisa, mas a prática dos consertos domésticos demonstra que raramente precisamos de apenas uma ferramenta de cada vez - o ideal é ter um kit móvel com todas as ferramentas essenciais.


Baú nosso de cada dia...

Mas não é tão fácil achar. Os modelos disponíveis nos hipermercados e lojas de ferramentas mais comuns por aqui são variações sobre um mesmo tema de "baú com duas tampas": caixas com alguns compartimentos na tampa, uma bandeja (rasa demais) com alça e subdivisões que serve como tampa interna, e um grande vão livre no seu interior, onde tudo fica solto e amontoado, ou exige muito esforço para ser mantido no lugar. E nem são tão baratas assim...

Visitando o site de alguma loja especializada em ferramentaria, logo se percebe que há grande variedade de itens com qualidade diferenciada (e preços variados...), mas esse não é o tipo de coisa que eu queira comprar on-line, razão pela qual eu acabei esperando chegar a oportunidade de encontrar algo do meu agrado no comércio local - e valeu a pena.


Se eu morasse em uma oficina...

Se eu morasse em uma oficina, provavelmente acabaria escolhendo um carrinho de ferramentas, modelo pequeno, com prateleiras internas, rodas grandes, portas, caixa de ferramentas acoplada e espaço para ir largando as peças durante o serviço, já que raramente temos o luxo de trabalhar em uma bancada. Sonhar não custa nada, como se diz.


Um pouco menos irreal

Uma alternativa um pouco menos irreal, mas ainda fora do viável para o tamanho do apartamento, é um carrinho com rodas como o da foto acima. Adota o mesmo modelo "baú com duas tampas" das caixinhas comuns, mas é grande, e tanto a tampa interna quanto os compartimentos da tampa externa têm espaço suficiente para ferramentas de verdade (comporta 15kg, e tem 65cm de comprimento). Mas para quem quer guardar as ferramentas essenciais no escritório, não serve tão bem...


Bond, James Bond - mas pode chamar de Maleta Vonder

Mas as andanças pelas lojas de ferragem me fizeram encontrar uma solução realista: uma maleta 007 com estrutura metálica reforçada, superfície externa rígida, divisões internas ajustáveis, e um porta-ferramentas que ocupa toda a área da tampa. Para completar, tem chave e uma correia (removível) para levar a tiracolo.


Minha vistosa maleta amarelo-carteiro

Encontrei a minha, em um vistoso amarelo-carteiro que eu vou encontrar mesmo quando faltar luz (também tinha em cor "prata", mais comum, e uma de outra marca ainda menos conhecida, com superfície externa preta e estrutura em "prata"), por cerca de R$ 140,00 aqui em Floripa, em uma loja de ferragens do centro da cidade. A documentação oficial da Vonder diz que esta maleta (MF 931) é revestida internamente em EVA, suas fivelas, travas e dobradiças são em aço cromado, e que o porta-ferramentas da tampa é removível. Existe também uma similar (MF 180) que é bastante parecida, mas conta com alça telescópica, rodinhas para transporte e fechaduras com segredo, no estilo maleta de aeroporto. Em um formato ou no outro, a organização interna é similar à deste modelo da Loja do Mecânico.


Uma alternativa à altura

Claro que a minha maleta não é a única alternativa que eu posso recomendar. O modelo da foto acima, da Tramontina, mantém o formato típico de uma caixa de ferramentas comum, mas foge do esquema "baú" - o espaço interno é dividido em gavetas. Ela é feita para uso em ambiente industrial, com resistência bem maior que os modelos domésticos - mas o preço reflete isso: encontrei por R$ 350,00.

De uma forma ou de outra, o que importa é ter um lugar para cada coisa, e cada coisa em seu lugar. Quem tem menos ferramentas pode se arranjar muito bem com um plástico no estilo tupperware para guardá-las, ou mesmo uma sacola ou caixinha de papelão no fundo da gaveta. Para mim, mas veleu um gosto do que dois vinténs, como dizia meu avô - e já faz 2 meses que as ferramentas andam pela casa com muito mais gosto.

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