Seu fluxo de caixa para o final do ano: outubro já está acabando!

Despesas adicionais de final de ano (ou começo do ano seguinte) são uma realidade concreta para muitos de nós. E não são só aquelas das festividades e férias: tem as matrículas em cursos, os impostos e taxas, o material escolar, e tantas outras que conhecemos bem.

Dificilmente temos condições de conseguir fontes de renda adicionais para fazer frente a isso, ainda mais quando só faltam 2 meses.

Mas mesmo com a renda existente, ainda dá tempo de adequar e ajustar os planos aos recursos, para priorizar tudo e evitar o risco tão comum de gastar em dezembro todo o dinheiro (e o crédito) que seria muito mais necessário em janeiro ou fevereiro. O equilíbrio é a chave, e ele está mais ao alcance de quem usa as ferramentas corretas, e planeja a tempo o que vai fazer!

Como adequar os planos de final de ano aos recursos existentes?

Fluxo de caixa é o registro (ou a projeção) dos valores de caixa recebidos e gastos durante um período de tempo definido. É um dos instrumentos de controle mais efetivos sobre a gestão do dia-a-dia dos recursos financeiros das empresas e dos profissionais, e bastante gente emprega (em versões simplificadas ou não) também na vida pessoal.

E na vida financeira de muitas famílias, talvez o melhor momento para começar a usar este tipo de instrumento de planejamento e acompanhamento seja a preparação para os gastos da virada do ano: IPTU, taxas e matrículas diversas, festas de final de ano, a comemoração do Natal (ou do Hanukkah, ou mesmo do Festivus), presentes, viagens, temporadas praianas e tantas outras despesas que aparecem neste período.

Afinal, o final do ano acaba sempre tendo muitas ocasiões para celebrar a vida, a família e a expectativa de um futuro melhor. E apesar de reconhecer que não custa absolutamente nada comemorar o que de bom a vida nos traz, também percebo que esta época é temporada (e pretexto) de consumo exagerado. Presentes, jantares, viagens, passagens, hospedagens, aluguel de casa na praia... Despesas intermináveis!

Ainda dá tempo! Como já fiz em anos anteriores, vou aproveitar que já estamos no fim de outubro para lembrar, antecipadamente, que ainda faltam 2 meses para o ápice deste consumo. Você já está se preparando?

O Efetividade convida: se vamos consumir, vamos ao menos fazer um esforço consciente para gastar nosso dinheiro de forma inteligente. E, se possível, para ter de onde tirar este dinheiro sem se endividar, como veremos a seguir.

Planejando o fluxo de caixa do final do ano

Planejar e gerenciar o fluxo de caixa é uma atividade que pode ter bom nível de complexidade (e temos um artigo sobre isso no histórico), mas para quem tem poucas fontes de renda e está pensando em uma perspectiva de poucos meses, pode ser bem simples de montar e acompanhar.

No nosso caso, além de fazer um planejamento de fluxo de caixa, também vamos aplicar um pouco mais de administração, para evitar que ao final você gaste mais do que queria, sem chegar a comprar tudo o que precisava e o seu dinheiro disponível permitia!

Veja como fazer, passo a passo:

  • Descobrir o saldo inicial e as entradas: O primeiro passo é o mais importante: descubra quanto dinheiro você pode gastar, e comece a contabilizar este saldo. Considere o valor que tem disponível hoje, o décimo-terceiro, o eventual adiantamento de férias que vai receber em janeiro, etc. e marque as datas em que cada entrada vai estar disponível na sua conta. Você provavelmente vai perceber que tem menos dinheiro disponível do que gostaria - mas é melhor perceber isso bem cedo, porque aí você pode se dedicar melhor ao passo seguinte, que é...
     

  • Identificar e priorizar os gastos planejados: quanto antes você fizer isso, melhor. Encontre tudo que você vai precisar fazer com este seu recém-calculado "Fundo Especial de Final de Ano". As festas de fim de ano, os presentes, as viagens, a matrícula na escola para o ano que vem, aquela reforma que estava sendo adiada... Coloque em ordem de prioridade, e faça um exercício de reflexão: mais vale investir em uma árvore de Natal decorada para impressionar os vizinhos, ou dar presentes caros para os filhos do cunhado para impressionar a sogra? Se você refletir bem, possivelmente decorará o interior da sua casa e dará presentes legais a quem você realmente gosta. Mas sob o ponto de vista do seu fluxo de caixa, o essencial é saber quanto tem que gastar, e sincronizar estes gastos com as entradas no caixa - deixe para pagar as passagens ou os presentes de Natal mais caros só depois de receber o 13o., por exemplo. E não deixe de contar também aquilo que não é opcional, como as matrículas do colégio ou o conserto no carro que você adiou desde o carnaval passado!
     

  • Ajustar os gastos ao orçamento disponível: Essa é meio óbvia, mas quanta gente deixa de fazer? É possível que você descubra que com o dinheiro disponível, não vai dar para comprar o Playstation 3, o notebook e ainda viajar para 30 dias na praia, a não ser que você deixe de matricular as crianças na escola, ou se endivide *profundamente*. Não faça isso! Deixe o PS3 para o ano que vem, agende o notebook para depois das férias, e viaje por apenas 10 dias, sem pagar os juros abusivos do seu cheque especial nem precisar fazer um consignado no banco. Quanto aos presentes, saiba definir qual fatia do seu orçamento será dedicada a eles.
     


     

  • Procurar liberar mais orçamento: Quem sabe se você deixar de realizar alguns outros gastos opcionais programados para novembro, dezembro e janeiro, sobrará mais dinheiro para passar uma semana extra na praia? Um jantar mais econômico (mas não menos saboroso), a troca do plano de TV a cabo por um mais básico, deixar de comprar um vestido, parar de almoçar no shopping e comprar revistas, ou reduzir os telefonemas para celular, sozinhos, podem não fazer efeito suficiente. Mas se a família inteira fizer, motivada pela possibilidade de um final de ano mais caprichado, pode ajudar. Claro que reduzir as despesas não é a única forma de aumentar seu orçamento: se você tiver como alcançar alguma renda extra neste período (e oportunidades no comércio e no setor de serviços não faltam), pode valer a pena.
     

  • Pesquisar preços na hora de consumir: na hora de comprar, não se afobe. Pesquise, compare, encontre a melhor opção. Especialmente quando se trata dos presentes de Natal, quando você sempre tem a opção de deixar de comprar, e simplesmente substituir por outro produto. Agora você sabe quanto e quando pode gastar, portanto valorize cada real!

Não esqueça de quem tem menos do que você

Esta é uma época de solidariedade e união. As circunstâncias acabam colocando no seu caminho muitas oportunidades para ajudar pessoas que têm muito menos do que você. Sejam quais forem as suas crenças, saiba aproveitar estas oportunidades.

Não vou fazer campanha por aqui - não é difícil encontrar este tipo de iniciativa, se você quiser procurar. Mas achei importante incluir esta lembrança no texto, para lembrar que o consumo não pode ser tudo, e que este tipo de ação pode ser planejada também.

Especialmente na hora de dar presentes, para quem tem este costume - às vezes aquela pessoa que significa algo para você mas acaba riscada da sua listinha é justamente quem não vai receber presente de mais ninguém, ou quem ficaria mais feliz com a demonstração de afeto que acompanha o ato de presentear.

Lave, enxágüe e repita

Muda a motivação, mas não mudam os processos. Se você conseguir colocar em prática as dicas acima - que não têm nada do outro mundo, é apenas bom senso - que tal transformá-las em hábito?

Sobrar mais dinheiro ao fim de cada mês para aplicar no que realmente é importante também é um instrumento para mais Efetividade na sua vida! E ao longo dos próximos 2 meses vou reeditar e atualizar também os artigos sobre logística nas operações de compra de presentes de Natal ;-)

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