Conheça 200 blogs brasileiros em destaque na lista do Mundo Tecno

A vizinhança do Mundo Tecno preparou uma lista dos 200 blogs mais populares do Brasil em 2008, mapeada a partir de indicadores numéricos, que incluem (com pesos variados) o Google PageRank, os backlinks do Google e Yahoo, assinantes do feed e índice no Blogblogs.

Eu gostei da fórmula empregada, especialmente porque não inclui o índice do Alexa (que na minha opinião é bastante pobre devido à seleção amostral). Para melhorar, eventualmente poderia ser considerado o índice no Technorati também.

Meus 2 blogs (o BR-Linux e o Efetividade) ficaram bem colocados, mas o que eu mais gosto neste tipo de ranking é a possibilidade de conhecer novos blogs que me interessem.

Para registro, reproduzo os 20 primeiros blogs da listagem preparada pela Cynara:

  1. http://www.meiobit.com/
  2. http://br-linux.org/
  3. http://www.undergoogle.com/
  4. http://www.brainstorm9.com.br/
  5. http://www.interney.net/blogs/inagaki
  6. http://www.interney.net/
  7. http://sedentario.org/
  8. http://www.cocadaboa.com/
  9. http://www.tableless.com.br/
  10. http://www.revolucao.etc.br/
  11. http://www.contraditorium.com/
  12. http://www.googlediscovery.com/
  13. http://www.morroida.com.br/
  14. http://brunotorres.net/
  15. http://efetividade.net/
  16. http://novo-mundo.org/log/
  17. http://www.carloscardoso.com/
  18. http://omedi.net/
  19. http://www.brogui.com/
  20. http://www.papodehomem.com.br/

Veja a lista completa em: Os 200 blogs mais populares do Brasil em 2008.

Organização em casa - quando a bagunça começa?

O Gabriel Sousa me escreveu para avisar sobre o seu blog "my own stuff", onde pretende tratar inclusive sobre temas correlatos aos do Efetividade.

E ele já começou bem, com um artigo que achei bem interessante, intitulado "Organização em casa - quando a bagunça começa". Ele trata dos pequenos detalhes que permitem que a bagunça em casa surja, e de atitudes simples que podem evitá-la.

Separei um trecho:

Muitos que moram sozinhos, ou que como eu, são casados e têm filhos, sabem que a bagunça começa de uma maneira sutil, até se tornar o pesadelo de todos: o acumulado.

Para não deixar acumular é necessário estabelecer algumas prioridades na organização da casa. Resolvi fazer uma lista de acordo com o que eu e minha esposa estabelecemos por aqui.

O que dá mais trabalho? Pelo que pudemos observar o que da mais trabalho em casa são os objetos que têm um ciclo limpeza/sujeira, como:

1. Roupas
2. Louças
3. Poeira

Resolvi colocar de uma maneira bem generalizada, mas assim já podem ter uma idéia. O grande problema que ronda essas três tarefas é quando acumulamos.

O texto segue apresentando dicas para prevenir o acúmulo. Recomendo a leitura, e agradeço ao Gabriel pelo envio.

Na mesma linha, sugiro estes artigos anteriores aqui do Efetividade:

Manifestação em prol dos oceanos neste sábado em SP

Para atrair a atenção do público para o precário estado dos mares, uma ONG internacional está agendando para o próximo sábado (9/8) uma atividade no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, e conta com sua presença para fazer uma grande onda.

Segundo o comunicado que eu recebi da assessoria da entidade, o evento ocorrerá com qualquer condição climática.

E segundo o material da campanha, "a proteção dos oceanos é uma necessidade cada vez mais urgente, devido ao alto nível de degradação que temos hoje. Apesar de serem fundamentais para a vida no planeta, os oceanos não recebem o cuidado devido para evitar problemas de poluição e perda de biodiversidade, entre outros."

O ponto de encontro é às 9 horas, ao lado do anfiteatro que fica do lado direito da entrada principal. Se você gosta, compareça!

Primeiro dia de trabalho: como sobreviver

Se você está para começar em um novo emprego, uma nova atividade ou mesmo uma nova lotação dentro da mesma organização em que já trabalhava, provavelmente vai passar pelo mesmo desafio que a maioria das pessoas passa nessa situação: além das complexidades técnicas e profissionais, as questões de integração e interação social envolvidas são bastante evidentes e exigirão muito de você.

Dizem que é raro termos uma segunda chance de causar uma boa impressão, e geralmente é verdade, o que acaba causando boa parte do stress do primeiro dia de trabalho. Mas além da preocupação com a imagem e impressão que geramos, existem as questões funcionais a descobrir e entender.

Lembre-se de que você precisa ser espontâneo. Todas estas dicas podem ou não ajudá-lo a sobreviver ao primeiro dia, mas elas não irão fazer bem nenhum se, para segui-las, você precisar fingir ser quem você não é.

Veja abaixo, portanto, a um conjunto de dicas que podem facilitar a sua sobrevivência no primeiro dia em uma nova área ou organização, seja ela privada ou pública, educacional, hospitalar, militar ou de qualquer outra natureza.

1 - Antes de começar

Comece procurando dormir o suficiente na noite anterior, e saia de casa mais cedo do que precisaria - uma boa margem de segurança fará com que você chegue no trabalho bem menos estressado, e melhor preparado para enfrentar o longo dia.

Se chegar cedo demais, resista à tentação de "mostrar serviço" entrando mais cedo no trabalho. Pontualidade funciona nas duas direções; não há problema em chegar 10 minutos mais cedo, mas se você chegar meia hora mais cedo, vai chamar a atenção negativamente, e pode até mesmo atrapalhar uma eventual reunião cujo assunto é como recebê-lo. Caso chegue cedo demais, tome um refrigerante no boteco, leia o jornal ou se ocupe e relaxe a mente até a hora certa de entrar.

Quando for entrar, mentalize: sua tarefa principal para este dia inteiro é observar e aprender, e não "mostrar serviço".

2 - O alvo

Neste mundo projetizado, já tive minha cota de "primeiros dias de trabalho", e aprendi a definir metas relacionadas aos aspectos sociais e de relacionamento, não apenas as relacionadas às atividades em si, para serem cumpridas no primeiro dia. Elas valem também para primeiro dia de aula, ou de atividade voluntária. Cada pessoa tem as suas, mas as minhas incluem:

  • Saber claramente a localização da minha sala e da minha mesa de trabalho, e como chegar a ela a partir das entradas e dos demais locais relevantes.
  • Saber onde estão as saídas e os locais relevantes à minha atividade.
  • Saber onde ficam os banheiros, a copa, o almoxarifado e a reprografia.
  • Saber o meu telefone e ramal, bem como os dos meus principais contatos, e o fax, se houver.
  • Saber meu login e senha, os endereços associados a mim e os que eu precisarei usar freqüentemente.
  • Saber quais manuais ou guias a organização espera que eu leia.
  • Saber o nome e cargo do meu chefe e dos demais colegas próximos - anotá-los discretamente.
  • Ter uma idéia clara da natureza da minha atividade, e de como desempenhá-la.

3 - Linhas gerais

Mesmo que você não seja tímido e introvertido, pode valer a pena manter por alguns dias a política de ficar quieto e se esforçar mais em ouvir e observar, tomado nota do que for essencial, fazendo correlações e encontrando causas e efeitos.

Preste muita atenção em nomes, cargos, telefones e localizações. Anote-os discretamente, se puder. Chamar as pessoas pelo nome é uma forma segura de ser visto mais rapidamente como alguém "da turma", e não "de fora", e - exceto no caso de interlocutores intencionalmente antipáticos

Se tiver uma dúvida, pergunte à pessoa certa, mas procure fazer perguntas inteligentes. Critique pouco, e resista à tentação de oferecer sugestões imediatamente, especialmente se forem baseadas na forma como você estava acostumado a trabalhar em outro lugar - estas sugestões podem ser muito bem-vindas depois que o grupo já estiver se adaptando à sua presença, mas raramente enquanto você ainda for visto como o forasteiro recém-chegado.

Não é hora de destacar-se no vestuário, nos acessórios ou em outros aspectos pessoais. Você não precisa se esconder, mas também não deve esforçar-se para brilhar excepcionalmente.

4 - Benefícios

A empresa deveria se preocupar em deixar isto muito claro para você antes mesmo do primeiro dia, mas se ela não o fez, e você aceitou ser contratado sem esclarecer isso antes, deixe para perguntar a partir do segundo ou terceiro dia as informações e detalhes sobre férias, licenças, horário flexível, capacitação, previdência, sindicalização, plano de saúde, auxílios diversos, etc. - a não ser que alguma delas seja necessária para uso a partir do dia seguinte, como por exemplo questões de transporte.

A dúvida é importante e legítima, mas mesmo assim, se você tratar dela já no primeiro dia, pode dar a (injusta) impressão errada.

5 - Política e cultura organizacional - informal e formal

Nunca é cedo demais para começar a descobrir como a sua nova coletividade pensa. Se você tiver oportunidade (por exemplo, numa pausa para cafezinho), pode perguntar onde o pessoal costuma almoçar, se ocasionalmente se reunem para um futebol ou uma happy hour, onde tem bons lanches nas redondezas.

Outras questões mais formais muitas vezes são diferentes, na prática, em relação ao que consta nos manuais que você leu antes de aceitar o emprego, mas às vezes não dá de perguntar diretamente. Observe como são tratadas questões como o horário de entrada e de saída, as lideranças não formalizadas, o ritmo de trabalho, conflitos internos, atitude em relação à criatividade e a soluções imprevistas, se sugestões são sempre bem-vindas ou mal recebidas, e tantos outros aspectos que variam de grupo para grupo.

O que você precisa descobrir, tão cedo quanto possível, é o organograma (tanto o formal quanto o adotado na prática, considerando inclusive os "amigos do rei"), a quem você se reporta (e de que forma), quem se reporta a você, a quem pode recorrer se precisar de informações ou ajuda, a quem pode fazer solicitações, os relacionamentos com outras organizações e parceiros, a missão da empresa e a responsabilidade do seu setor, ou do seu cargo.


 

6 - Você comandará uma equipe?

Se você vai comandar uma equipe já formada, deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para saber de antemão no mínimo os papéis e responsabilidades de cada um dos membros, bem como conhecer as avaliações funcionais mais recentes sobre cada um deles. Caso você caia de pára-quedas na equipe, ou seja transferido diretamente para uma situação de combate, ao menos peça para que a autoridade que o designou para este local lhe apresente o quadro geral.

No primeiro dia em que for trabalhar com a nova equipe, procure estabelecer contato com todos, ou ao menos com os membros que irão se reportar diretamente a você, para identificar as questões mais prementes e iniciar a formar seu próprio juízo sobre cada um deles.

Marque também, e divulgue a data e pauta, uma reunião geral de todos os que irão se reportar a você, para que você possa identificar as dinâmicas e as questões de relacionamento envolvidas, além dos aspectos relacionados ao trabalho em si.

Em especial, nos casos em que você é recém-chegado e vai diretamente a uma posição de comando, procure identificar desde o primeiro momento quais as pessoas que estão descontentes com a sua chegada, por acreditar que eles mesmos, ou outras pessoas da organização, mereceriam o seu cargo. Após identificar, levante as razões e analise como tratar a questão.

Equilibre autoridade e respeito - você provavelmente obterá mais do segundo se precisar recorrer menos à primeira.

7 - Defendendo o currículo

É possível que o seu currículo tenha sido apresentado ao seu novo chefe, e até aos colegas. Se você escreveu nele que fala alemão fluentemente, esteja preparado para que alguém queira testá-lo, seja cordialmente, como parte de um rito de passagem ou mesmo como avaliação.

Estes testes informais, se ocorrerem, são importantes para formar a sua imagem perante os outros (como já dito acima, você nunca terá uma segunda chance de causar uma boa primeira impressão), portanto esteja preparado para encará-los com bom humor - eles são legítimos e merecem o seu esforço para posicionar-se claramente.

8 - Afinal, o que você faz?

Saber em que projetos e atividades você está envolvido é importante, mas há algo mais essencial neste momento: saber quais as primeiras entregas que você terá que fazer, qual a próxima ação relacionada a cada uma delas, e quais os prazos - especialmente se você tiver que começar a correr imediatamente.

Quando eu estava na graduação, sempre fazia questão de assistir a aula inicial de cada disciplina, mesmo sabendo que raramente o professor daria algum conteúdo naquele dia. Mas eu anotava as informações que normalmente são passadas no primeiro dia: quantas serão as provas, que outras formas de avaliação ocorrerão, qual a ementa da disciplina, como será a avaliação final, projetos de pesquisa, leituras obrigatórias, etc.

É possível passar de ano sem saber nada disso de antemão, mas saber o que vem pela frente facilita bastante a vida e dá a opção de se preparar, quando necessário. Na vida profissional é parecido: saber o que se espera de você, e como você será avaliado, ajuda bastante.

9 - Vá com calma

Cuidado com os julgamentos pessoais apressados. Algumas pessoas podem se aproximar de você por serem amistosas ou simpatizarem, mas outras o farão por interesse. Da mesma forma, algumas pessoas podem guardar distância por timidez, outras por respeito, outras ainda por timidez ou mesmo por antipatizarem com você. Aguarde alguns dias antes de formar seu juízo sobre quem são os amigos e com quem você acredita poder contar.

Seja profissional, mas amigável. Seja cortês, sem exagerar - nada de pedir desculpas por respirar, ou por existir. Não fique o tempo todo em guarda, saiba quando sorrir e quando falar. Arregace as mangas e ajude os colegas, sem deixar que se aproveitem de você. Adapte-se, ajuste-se e esforce-se para fazer parte da equipe - não apenas no papel.

10 - Ao fim do dia

Bem ou mal, você irá sobreviver ao primeiro dia. Se os colegas o convidarem para uma happy hour, e você quiser aceitar, não se esqueça que, para eles, a sua avaliação ainda não terá acabado. Vá com calma, mas permita-se relaxar um pouco. Caso contrário, vá para casa, permita-se relaxar, faça algo que você gosta e passe o dia em revista, eventualmente tomando nota dos pontos principais que possam ser necessários no futuro.

Depois descanse, porque o dia terá sido longo, e o dia seguinte vem aí - mas será bem mais fácil.

Como tomar notas com efetividade

Estamos no começo do semestre letivo, e esta é sempre uma boa hora para considerar maneiras de melhorar nossa capacidade de registrar informações para consulta futura, especialmente no que diz respeito a anotações de aula para referência ou para eventualmente estudar na hora da prova.


Tomar notas é uma necessidade diária

Felizmente já ultrapassei essa fase nas minhas atividades escolares, e hoje dificilmente tomo notas em aula pensando na prova. Mas tomo muitas notas em reuniões, ou mesmo nas aulas, para futura referência, para registro ou mesmo para identificar pendências e ações necessárias no futuro próximo.

Minhas ferramentas preferidas para registro de informações são a caneta e o papel, e demorei um pouco até encontrar os dois instrumentos aos quais melhor me adapto: uma caneta Grip Plus Ball que comprei na papelaria da esquina (e não encontro mais, espero que a tinta dela dure bastante) e um bloco Moleskine Reporter, encadernado na parte superior das folhas, o que facilita tomar notas segurando o bloco nas mãos.

O simples hábito de tomar notas, em si, já é um grande aliado da memorização e da capacidade de posteriormente recuperar a informação. Mas existem muitas formas de torná-lo mais eficiente e efetivo - e cada pessoa se adapta melhor a algumas delas. Em setembro de 2007, ao falar sobre as vantagens de usar um caderno para registrar suas anotações, descrevi o método Dave Terry, que se baseia em folhas numeradas e datadas, e canetas coloridas indicando significados diferentes para o texto escrito. Eu gosto, mas exige tanto esforço para preparação que pode acabar comprometendo a motivação de quem está começando.

E é por isso que hoje vou apresentar uma maneira bem mais simples de tomar notas estruturadas: o método Cornell, que se baseia na divisão da folha em 3 zonas, como indicado na ilustração abaixo.


A página da direita mostra as 3 áreas do método Cornell

Você pode separar as áreas usando uma régua, imprimir folhas de fichário já neste formato, ou mesmo disciplinar-se para usar as áreas mesmo sem traçar seus limites, em um caderno comum.

O funcionamento é simples: você toma as suas notas (registrando inclusive as suas dúvidas) na área azul de cada folha, tão resumidamente quanto possível, mas sem perder a clareza. Ao terminar, você preenche na área vermelha algumas palavras-chave e questão que correspondem ao que está anotado na área azul, e em seguida registra na área amarela um breve sumário do assunto (incluindo a data e local da aula, o tema, os pontos principais), para facilitar a localização posterior, ao folhear as páginas.

Além de o processo de indexação imediata aumentar a sua memorização, a forma como o método Cornell é estruturado tem uma vantagem extra no contexto escolar: na hora de estudar para a prova, você pode tapar a área azul com uma folha de papel, e aí procurar lembrar do conteúdo a partir das palavras-chave das outras duas áreas.

O Método Cornell de Anotações foi criado na década de 1950 por Walter Pauk, professor em Cornell. Ele escreveu um livro a respeito, na época, mas seu método só se popularizou na última década. A descrição na Wikipedia dá mais detalhes sobre os fundamentos educacionais envolvidos no seu sistema.

Leia também:

Como se livrar de conversas chatas, em 10 lições

No primeiro ano do Efetividade.net, eu escrevi o artigo "5 dicas para se ocupar discretamente durante apresentações irrelevantes", e acredito que seja um dos que eu mais tenho colocado em prática no dia-a-dia. O número de apresentações só aumenta, e a soma total da relevância delas é constante, o que traz como conseqüência um número cada vez maior de apresentações nas quais acabo tendo de estar presente, mas que pouco me interessam, ou me interessam apenas durante breves 4 minutos - embora exijam minha presença por uma hora.

As dicas para se ocupar discretamente funcionam bem em apresentações, mas em geral não podem ser aplicadas a uma outra situação comum: estar preso a uma conversa (em duas pessoas ou num pequeno grupo) que não lhe interessa.

Algumas pessoas, nessa situação, exercem naturalmente o seu poder de liderança e abreviam a conversa ou mudam o seu rumo. Outras não têm a menor dificuldade em conseguir escapar da conversa (ou da roda) sem parecer indelicadas. E outras ainda não encontram o menor problema em parecer indelicadas nestas situações.

Para todas as demais, o problema da conversa chata é uma realidade constante, e precisa ser resolvido. Mas para tudo há solução, portanto vamos a uma lista delas: leia abaixo os 10 métodos para escapar de conversas inconvenientes!

10 maneiras de escapar de conversas inconvenientes

  1. Mude ou desvie o assunto: se o seu interlocutor é chato e monopoliza a roda, falando de um mesmo tema, sem parar - e sem interessar a mais ninguém -, tome a iniciativa: escolha um assunto qualquer sobre o qual *você* gostaria de falar, e invente qualquer pretexto para desviar o tema usando uma pergunta bem construída, com dois componentes - o assunto dele, e a introdução do seu assunto. Por exemplo: o interlocutor só quer falar sobre blogs, e ninguém agüenta mais. Você sabe que o pessoal da roda preferiria conversar sobre automobilismo amador. Interrompa com uma pergunta: "Mas não é caro iniciar um blog? Ah não? Perguntei porque estava lendo uma reportagem sobre os custos pra começar a correr na Fórmula 3000, e vi que bastam R$ X, e blablabla, blablabla" - e pronto: se você tiver um mínimo de habilidade, e o restante da roda estava mesmo com vontade de mudar de assunto, rapidamente o novo tema vai pegar, a partir da sua fagulha inicial.
  2. Simplesmente interrompa, com um assunto de outra pessoa: Se não houver questões hierárquicas envolvidas, interrompa o interlocutor, lembrando de uma história que outra pessoa na roda vá contar, para não parecer que o chato monopolista de atenção é você. Algo assim: "Que interessante, isso me lembra uma história que o Fulano estava me contando ontem sobre o começo da carreira do Nelson Piquet, quando ele ainda competia só por hobby. Como era mesmo, Fulano?" Seja direto, e confiante. Fale em voz alta o suficiente para atrair a atenção de todos, e não apenas a do Fulano.
  3. Participe ativamente: às vezes a conversa é chata especialmente porque todos os presentes permitiram que ela se transformasse em um monólogo. Intervenha, dialogue, faça perguntas sobre aspectos que o interessam, mesmo que o tema em si não o agrade. No mínimo, isso aumenta a chance de surgir um gancho para você, ou alguém mais, mudar de assunto.
  4. Combine antes um sinal: essa só funciona se você tiver alguém bastante próximo de você, na mesma ocasião social, e que olhe para você de vez em quando. Combine com essa pessoa um sinal discreto (algo como: segurar a agenda fechada nas mãos, ou tirar os óculos), para que ela perceba que você quer um pretexto para sair da roda em que se encontra. Aí esta pessoa pode intervir, pedir licença para falar com você em particular por um instante, e está resolvido.
  5. Peça licença: Essa é muito simples: diga "Com licença, um instante", e saia da roda, com o olhar determinado de quem está indo fazer algo importante e imediato, e dispensa explicações. Caminhe até sair do campo de visão dos interlocutores, e pronto - em meio minuto você já pode retornar e juntar-se a outra roda.

  6. Copo vazio, canapé, banheiro, telefonema, amigo que acaba de chegar: em ocasiões sociais, pode funcionar bem. Esvazie o copo, e saia da roda para enchê-lo. Ou vá cumprimentar um amigo que acaba de chegar. Encontre no caminho algo que o impeça de retornar.
  7. Apresente alguém: "Ah, que interessante! Alfredo, pode vir aqui um instante? Veja só, o Rafael aqui estava justamente explicando o quanto é fácil ganhar verdadeiras fortunas na Internet hoje, e você estava com aquela sua idéia de negócios on-line. Que tal explicar pra ele?" E já emende com a dica acima: "Enquanto isso, com licença, um instante". E saia, com ar resoluto. Você pode ter passado o problema adiante (nada mais justo - você já deu seus minutos de atenção, é hora de começar um rodízio), mas também existe a chance de que a conversa entre os dois engrene melhor.
  8. Espalhe a roda: Se a conversa é entre várias pessoas, e uma das que estiver sendo vítima é amiga sua, busque a cumplicidade dela - inicie um assunto paralelo, em voz baixa, diretamente com ela. O assunto pode "pegar" na roda como um todo, ou então rapidamente vocês 2 serão ejetados da roda, que se fechará e prosseguirá sem a sua presença.
  9. Deixe seu recado e escape: Se é uma reunião ou uma conversa com uma finalidade definida, mas você prefere ou precisa sair na metade, retire-se deixando o seu posicionamento de forma objetiva e sucinta. Ao se levantar, diga algo como "Lamento não poder ficar, mas tenho outro compromisso em 5 minutos. Gostei muito das propostas, especialmente da número 2. Precisamos fechar o modelo e definir o preço final. Entrarei em contato, com esta pauta, amanhã às 16h, após discutir o assunto com meu superior. Se necessário, não hesitem em me mandar detalhes adicionais por e-mail". Só funciona se você tiver autoridade suficiente sobre os seus assuntos, entretanto - caso não tenha, ou a reunião tiver aspectos competitivos (por exemplo, um fornecedor rival presente), é possível que a manobra o prejudique.
  10. Deixe seu contato e escape: Se você não gostou de nenhuma das propostas, ou não tem interesse em ativamente procurar prolongar a conversação posteriormente, use uma variação da tática acima, mas deixando claro que são eles que deverão procurá-lo. Se possível, dê uma pista de que eles precisam de algo mais se quiserem fazer negócio com você. Algo assim: "Lamento não poder ficar, mas tenho outro compromisso em 5 minutos. Achei interessantes as propostas, e percebo que há potencial. No meu site você encontra o meu portfolio de serviços, e possivelmente encontrarão lá algo que possa ser beneficiado pelas suas ofertas. Se for o caso, encaminhem uma proposta detalhando isso, as informações de contato também constam no site. Agradeço a oportunidade, boa tarde!"

Claro que nem sempre a etiqueta e as boas maneiras são as únicas balisas presentes: leve em conta seus próprios objetivos, as consições ambientais e as circunstâncias. O artigo "How To Exit A Conversation" tem algumas dicas e pontos de vista adicionais.

Você usa outra técnica? Compartilhe conosco nos comentários!

Virando o jogo: impondo um assunto incomum a um chato

Eu não sou do tipo de pessoa que gosta de falar muito em ocasiões sociais - prefiro escutar ativamente a conversa alheia. Quando sou capturado dentro do raio de ação de algum chato e não consigo escapar - mesmo recorrendo às técnicas acima -, eu procuro tornar a ocasião menos chata, mesmo correndo o risco de entediar o interlocutor. Até porque este caso também é positivo, porque há chances de que ele se encha de mim e nunca mais me assombre!

O método é simples: tento virar o jogo, fazendo perguntas que levem o interlocutor a mudar de assunto para algo completamente não relacionado - por exemplo, em uma conversa chata sobre BI ou sobre a superioridade de determinada linguagem de programação, me proponho um desafio de mudar de assunto para algo como:

  • a atração gravitacional e os buracos negros
  • o movimento separatista de Gibraltar
  • as diferenças entre a hiperinflação alemã entre as duas grandes guerras e a atual hiperinflação do Zimbábue
  • o rúgbi australiano
  • a dificuldade de encontrar legalmente músicas da fase racional do Tim Maia, comparada à facilidade de obtê-las de forma não autorizada, on-line

ou outro que venha à cabeça na hora. Se eu consigo, me permito encerrar a conversa abruptamente, como prêmio, e ir fazer outra coisa. Se não consigo, é o chato que se cansa de mim, e procura alguém menos disposto a falar de assuntos absurdos!

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