Wunderlist 2: melhor app de lista de tarefas agora tem repetição e subtarefas

Saiu a aguardada versão 2.0 do Wunderlist, o app de gerenciamento de lista de tarefas e pendências que eu uso e recomendo.

Após o insucesso na experiência ao lançar o app Wunderkit, os desenvolvedores resolveram voltar à prancheta e renovar o Wunderlist, seu grande sucesso, e hoje concretizaram o plano, na forma do lançamento do Wunderlist 2.0.

As novidades enriquecem ainda mais o Wunderlist, sem abrir mão da sua facilidade de uso e leveza. Entre elas, destaco:

  • Agora é possível definir tarefas repetitivas (por exemplo, atividades mensais)
  • As tarefas agora podem ter subtarefas, como pequenos projetos
  • Você pode solicitar que o Wunderlist notifique (push, e-mail ou no app) quando chegar o prazo definido para realizar determinadas tarefas.
  • É possível compartilhar tarefas no seu grupo de trabalho, e o Wunderlist estabelece os contatos inicialmente por e-mail ou pelo Facebook.
  • O app ficou mais rápido, pois foi desenvolvido nativamente para cada plataforma suportada.

A nova versão também continua valorizando a integração entre as plataformas, sincronizando os seus dados entre os vários dispositivos que você usa no dia-a-dia, seja Mac, iOS, Android, Windows ou via web.

Tem outras novidades também, e o vídeo acima as sumariza. No momento, com o frenesi do lançamento, o acesso aos serviços do app parece estar indisponível, portanto o vídeo terá que servir por algum tempo até que possamos ver mais ツ

Futuramente escreverei sobre meu uso das novidades quando atualizar meu artigo explicando como uso o Wunderlist como ferramenta central da produtividade com o método ZTD, mas primeiro preciso me acostumar às novidades. Até lá!

Efetividade coloca homeoffice na capa da Revista Brasileira de Administração

Homeoffice é o local e a prática de desempenhar em casa atividades profissionais típicas de escritório, assunto que já foi tema de diversas matérias aqui no Efetividade, e que agora tive oportunidade de contribuir para que chegasse à capa da Revista Brasileira de Administração.

A Revista Brasileira de Administração é a publicação impressa do Conselho Federal de Administração, abordando temas variados sob o ângulo das necessidades do administrador e do empreendedor, e como circula entre profissionais registrados nos Conselhos Regionais de Administração, estudantes de Administração e para mais de 2.000 mil bibliotecas que oferecem cursos de graduação em Administração, é um grande instrumento de divulgação das práticas e tendências na Administração brasileira.

Assim, como Administrador foi com orgulho que vi meus artigos no Efetividade servirem como ponte para um convite a contribuir na matéria de 3 páginas que a edição corrente da RBA (número 90, páginas 17 a 19) dedicou ao tema home office, destacando já na capa as vantagens que os profissionais buscam ao aderir a ele: flexibilidade de horário, escapar do trânsito, ganho de eficiência ao reduzir deslocamentos e mais.

No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividade (Sobratt), o número dos trabalhadores em home office já é de 4,5 milhões, com crescimento médio de 20% ao ano, impulsionado pela evolução da comunicação e a queda nos preços dos serviços online. E não é só aqui: segundo a pesquisa da Ipsos Global Public Affairs, um em cada cinco trabalhadores mundiais, espe- cialmente na América Latina, Oriente Médio e Ásia, trabalha em casa frequentemente. Nos Estados Unidos o número de teletrabalhadores chega a 8% da força de trabalho.

Dicas para homeoffice

Na matéria da RBA, perguntado sobre a definição das atividades em home office, respondi: "pode ser um negócio cuja sede é o próprio ambiente doméstico, mas também é frequente que seja usado para teletrabalho ou mesmo nos modernos modelos que substituem a relação trabalhista tradicional. Essencialmente é um ambiente separado dos demais cômodos da casa, equipado para permitir o desempenho de atividade profissional – e esta precisa passar a ser acompanhada
da disciplina necessária para ser autogerenciável".

Os benefícios do home office são a parte que vemos por primeiro, mas em contrapartida (quando é teletrabalho) o profissional passa a estar fisicamente separado do seu chefe e da equipe. Além disso, eventualmente pode ter a inconveniência de receber parceiros, clientes e fornecedores na sua casa. Para completar, a necessidade de gerenciar as interrupções características do escritório é substituída pelas interrupções tipicas do ambiente doméstico e familiar, do encanador ao cachorro que precisa ser levado para passear.

O home office organizado segue os mesmos princípios de um escritório tradicional: atenção à iluminação, acústica e temperatura, posicionamento de móveis e utensílios, uma linha telefônica separada para não misturar comunicações domésticas com as profissionais, e também para não acabar ficando involuntariamente em um plantão telefônico 24h.

É importante atenção também ao que NÃO ter, especialmente quando se trata de um ambiente familiar: o ambiente do home office não pode ser a central de entretenimento da casa, senão – além do prejuízo à sua própria concentração – fica bem mais difícil para os demais moradores resistir ao desejo de compartilhar o ambiente no horário do seu "expediente".

Trabalhar em casa não significa liberdade para ser menos profissional: você não deve ser um chefe tirano de si mesmo, mas também não pode relaxar demais. É importante ter metas de produção, atenção à qualidade e, no mínimo, um horário no qual seus clientes e parceiros possam ter expectativa de encontrá-lo.

Fora isso, os desafios de um home office são similares ao de qualquer negócio, com a diferença de que o seu envolvimento pessoal é muito mais amplo, direto, concreto e imediato. A matéria da RBA dá as dicas, e recomendo a leitura!

Saiu o primeiro livro em português sobre o Evernote, e você deve ler

O Evernote é uma das ferramentas de maior destaque para a organização pessoal e armazenamento de informações, e o livro Organizando a Vida com o Evernote mostra a razão - e ensina na prática como fazer.

Vladimir Campos tem autoridade para escrever sobre o tema: além de usar o Evernote desde 2008, ele foi nomeado embaixador do Evernote no Brasil, o que demonstra a posição de destaque que ocupa no ecossistema da ferramenta.

Não é exagero dizer que os registros da vida dele estão todos na ferramenta: o controle das contas da casa, os contatos e compromissos profissionais, e até a imagem da página de jornal com a lista dos aprovados do seu vestibular, da ápoca em que isso ainda se consultava em jornais.

É isso mesmo: ele digitalizou todos os papeis da sua vida e, à exceção do que precisa ser preservado como original em papel, agora tudo reside em blocos do Evernote, organizados, referenciados e acessíveis no seu computador, tablet e smartphone.

Recentemente o Lifehacker perguntou, no título de um artigo 'por que se fala tanto sobre o Evernote? eu deveria usá-lo?', e na resposta dividiu o mundo em 2 grupos: os que amam o Evernote e os que não (ou ao menos não entendem por que tanta gente ama o Evernote).

O fato é que realmente muitos usuários têm uma relação quase afetiva com essa ferramenta na qual registram tantos detalhes da sua vida, e um exemplo pode ser encontrado nas respostas dos leitores do Efetividade quando perguntei a eles qual a sua ferramenta preferida para anotações e referências.

Mas o Vladimir vai muito além das anotações e referências: para ele o Evernote também é o suporte do gerenciamento de tarefas, de contatos, de finanças pessoais, de planejamento, de apoio a viagens, e muito mais.

No livro Organizando a vida com o Evernote ele conta em detalhes e com exemplos detalhados como faz isso, incluindo a lista de ferramentas auxiliares ao redor do Evernote: como ele digitaliza o que está em papel (ele até indicou um artigo meu sobre o Scandrop), como ele envia lembretes ao Evernote via Twitter ou e-mail, e até como ele compartilha conteúdo do Evernote com quem não é usuário da ferramenta, entre muitas outras dicas práticas nascidas da experiência.

E isso é apenas a Parte 2 do livro. Na Parte 1 ele apresenta longamente os recursos do próprio Evernote, com foco nos novos usuários mas com diversos detalhes que eu, que uso a ferramenta há alguns anos (só para anotações e referências) não conhecia.

O livro Organizando a Vida com o Evernote, de Vladimir Campos, tem 173 páginas em português, foi lançado em dezembro de 2012, e está disponível em formato digital na iBookstore (para iPad e iPhone) e na Amazon (para o Kindle). Recomendo!

Nota: este artigo foi publicado simultaneamente no BR-Mac e no Efetividade.

Está na hora de deixar os gadgets do lado de fora das reuniões?

Será que a presença cada vez maior da tecnologia pessoal está tornando as reuniões melhores ou piores?

Smartphones, tablets e até os notebooks podem ser ferramentas muito importantes para quem está fazendo uma apresentação ou secretariando uma reunião, e muitos de nós já estão acostumados a usá-los para tomar notas, consultar dados ou mesmo permanecer acessível ao mundo exterior durante um evento.

A pergunta que me surgiu após ler um artigo a respeito no final de semana é: vale a pena? Será que os usos mencionados acima não são também uma forma de negar o elemento mais básico devido aos demais participantes, que é a nossa atenção?

A informação que consultamos durante a reunião não é aquela que já traríamos preparada quando ainda não podíamos contar com a Internet no nosso bolso?

E quando os usos ultrapassam os mencionados e viram de fato uma mera distração?

Eu sempre questionei a adequação dos tablets como instrumento de anotação pelos participantes (note que não estou falando dos organizadores, ou do apresentador, ou de alunos em uma sala de aula unidirecional) de uma reunião, justamente por acreditar que a anotação em papel cumpre melhor este objetivo.

Ao registrar uma reunião em um editor de textos, frequentemente vamos além da mera anotação e passamos a editar/redigir em paralelo, o que naturalmente tira a atenção do que deveríamos estar fazendo em primeiro lugar, que é absorver a informação e interagir com ela.

Curiosamente, David Allen, o criador do GTD, concorda comigo – ou vice-versa ツ – quanto a isso. Para ele, o importante ao tomar notas é registrar, e não produzir um texto. O processo de produção posterior de um texto (que para ele frequentemente corta 80% do que foi anotado) é uma parte importante da reflexão e análise sobre o que foi discutido, e a mera anotação não atrapalha a participação.

O posicionamento do artigo Tech Is Making Meetings Worse, It’s Time For Digital Hat Racks, publicado neste final de semana pelo TechCrunch, também é compatível com a ideia, ao propor um cabide para gadgets que fique na porta de entrada da reunião e garanta um encontro mais curto e com mais atenção para todos os presentes.

Não sou a favor de exageros, e é preciso encontrar em cada situação o limite do bom uso da tecnologia.

Mas também já cansei de ver apresentações cujo índice de pessoas ao redor checando seus e-mails ou conversando pelo WhatsApp do celular é maior do que o de interessados, o que para mim indica baixíssima efetividade e produtividade.

Em 2013 vou me esforçar por colocar em prática, onde eu puder influenciar, uma política pelo uso consciente da tecnologia durante reuniões, e convido-os a fazer o mesmo - especialmente se forem às mesmas reuniões que eu ツ

E já que estamos no assunto, veja também nosso modelo de ata de reunião, para quando o registro precisar ser um pouco mais formal!

Escritório sem papel: Com o Doxie Go, fiz upgrade para o scanner ideal

O Doxie Go digitaliza com qualidade, e não precisa ficar conectado ao computador nem à tomada, facilitando o uso tanto no escritório quanto na mochila.

Na busca do home office sem papel, já em 2011 eu consegui colocar em prática o plano de entrar em contato com todas as empresas e organizações que me mandavam regularmente documentos em papel (contas, extratos, etc.), e em quase todos os casos consegui substituir por recebimento digital, que passei a arquivar no computador e na nuvem (no meu caso, Dropbox + Evernote).

Mas sobraram algumas que não oferecem esta opção, e que se unem a materiais que não reconhecem o significado de paperless e na prática doméstica precisam ser arquivados em papel mesmo: documentos oficiais ou com firma reconhecida, determinados contratos e comprovantes em que há possibilidade de algum dia precisar apresentar o original autenticado para alguma autoridade (fiscal, previdenciária, etc.), entre outros.

Para estes casos, o scanner é a opção. Ele gera a cópia digital indexável, arquivável e facilmente consultável, e aí o documento original pode ir residir em alguma pasta da qual só precisará sair na remota possibilidade de ter de ser apresentado a alguém, pois a cópia digital fácil de acessar basta para os meus próprios usos.

Mas resta um problema: mesmo eu sendo disciplinado e o scanner da multifuncional estando sempre sobre a minha mesa, o ato de scanear e arquivar um documento, incluindo posicionar na bandeja, preencher as informações básicas sobre eles, colocar tags, escolher uma pasta, etc. é chato e tira o foco do que mais estivermos fazendo na hora em que o documento chega e – como aprendemos ao estudar o GTD – a inconveniência dos processos é a mãe da procrastinação. Acabo deixando o papel empilhar para scanear "outra hora", ou arquivando sem scannear mesmo "só desta vez".

Entra em cena o Doxie Go

No início de novembro tudo isso mudou. A chegada de um scanner Doxie Go fez, basicamente, que eu pudesse scannear os documentos quase sem olhar para eles, e removeu o obstáculo que existia para que eu me motive a arquivá-los (ou triturá-los, quando percebo que não preciso guardar) imediatamente.

A diferença é que o Doxie Go é feito exatamente para isso: scanear documentos curtos, em folhas soltas de qualquer tamanho (vale o cartão de visitas, a foto, o papel A4 e os intermediários) sem exigir atenção - é só ligar e ir inserindo as folhas, sem interagir com algum software ou interface elaborada.

Você insere o documento com a face voltada para cima, na entrada do Doxie Go, e ele começa a puxá-lo automaticamente, scaneando conforme ele passa, até sair pelo outro lado - e pronto, agora é só guardar o original.

Para permitir essa despreocupação, a imagem de cada página scaneada fica guardada na memória do Doxie Go (ou em um pen drive, ou cartão SD), aguardando o dia em que você estiver disposto a gastar meia horinha indexando cuidadosamente, e aí sem atrapalhar o foco de outra tarefa, os scans mais recentes.

Essa indexação é feita plugando o Doxie Go ao computador usando um cabo USB, e com ajuda do utilitário do próprio Doxie Go (para Mac e Windows), com o qual você pode fazer os ajustes básicos nas imagens (por exemplo, rotacionando), unir várias para compor um documento de múltiplas páginas (quando for o caso) e depois exportar em PDF, que pode ser preto e branco ou colorido, com ou sem OCR (também pode ser em JPG e PNG). Para completar, ele pode sincronizar diretamente com o Dropbox e o Evernote.

A bateria do Doxie Go carrega pela própria porta USB e dura perto de 100 scans até precisar recarregar, e as opções ao scanear se resumem ao tamanho do papel (que você pode ajustar com uma guia deslizante na entrada/alimentador) e a resolução, que por default é de 300DPI (típica de documentos) e pode ser colocada em 600DPI (para fotos).

Opcional: conexão Wi-Fi

Em seu modo de operação default o Doxie Go transfere as imagens scaneadas para processamento no seu computador sempre que você o conecta via porta USB, mas existe uma alternativa: por meio de um cartão SD Eye-Fi (normalmente usado em câmeras), ele pode fazer a conexão por meio da sua rede sem fio.

Eu comprei um cartão SD deste tipo no eBay, e após um procedimento de configuração ele funcionou muito bem: ao scanear, caso esteja na rede sem fio para a qual foi configurado, o Doxie Go já transfere a imagem para o computador, onde fica disponível para quando eu quiser processá-la, mesmo que neste momento o scanner já esteja desligado.

Agora a conexão USB ficou destinada apenas a recarregar a bateria do scanner, mas até o momento ainda nem precisei fazer isso ツ

Concluindo

Para mim ele merece nota 10, inclusive porque funcionou: não tenho mais na minha mesa uma pilha de papel esperando para scanear, e tudo que chegou desde que o Doxie Go apareceu por aqui está devidamente arquivado.

Mas a utilidade dele é restrita: ele não serve para scanear documentos encadernados, por exemplo, e sua definição não é a que eu escolheria para scanear fotos ou para publicação.

Além disso, há um ponto negativo forte: o preço é elevado. Para mim valeu a pena, mas na comparação com outros scanners (que funcionam plugados na tomada e ao computador e frequentemente envolvem operar um software na hora de usá-los) ele é bastante caro. O meu foi comprado na Amazon (entregue nos EUA e depois trazido para o Brasil).

Se você considerar comprar, vale atenção a um detalhe: a empresa que faz o Doxie Go recentemente lançou também o Doxie One, que custa 25% a menos mas abre mão de alguns recursos, como a bateria e a possibilidade de gravar diretamente em um pen drive.

Leia também:

Nota: Este artigo foi publicado simultaneamente no BR-Mac.org e no Efetividade.net

Presentes de Natal: como ir às compras em dezembro sem se estressar

Comprar presentes de Natal em dezembro pode ser uma aventura. A temporada das compras de Natal está a todo vapor e, se as suas ainda não estão concluídas neste momento, a situação já começou a se voltar contra você.

Mas com um pouco de planejamento, mesmo nesta época é possível reduzir o esforço e ao mesmo tempo garantir o presente certo para cada pessoa, sem perder de vista o verdadeiro espírito da época, incluindo a celebração da paz, o convívio familiar e vários sentimentos que não podem ser encontrados no shopping center.

Mesmo quem gosta de ir às compras tende a não apreciar as filas, a competição pelos produtos que sobraram (e pelas vagas de estacionamento e mesas de praças de alimentação), e o acotovelamento geral que são característicos desta época do ano.

Hoje, assim como fizemos nos 3 anos recentes, vamos aplicar um pouco de logística e organização pessoal para lidar com a perspectiva de ter mesmo que ir ao comércio e comprar as famosas "lembrancinhas" para os familiares, colegas, funcionários e outras categorias de presenteados.

Como organizar as compras de Natal

Logística muitas vezes é definida como a arte e técnica de garantir que o produto ou recurso certo esteja no lugar certo, na hora certa, a um preço razoável.

As compras de Natal podem se beneficiar muito dos conceitos da logística, garantindo que as pessoas certas recebam o melhor presente ao seu alcance, sem atrasos e com o mínimo de esforço necessário.

Tratar o Natal como se fosse uma operação logística e contábil NÃO é efetivo, mas não tenho dúvida de que é menos pior do que tratá-lo puramente como uma data comercial descontrolada.

Portanto, se você tem o hábito de dar presentes, mas quer ter mais tempo e paz de espírito para comemorar a data da forma como ela realmente merece ser tratada, veja uma forma de fazer, passo por passo:

  1. Defina seu orçamento
    Saiba quanto você pretende gastar, e até que ponto pode flexibilizar este valor. No mínimo verifique quanto e quando poderá gastar à vista, e quanto quer usar de crédito, ao longo de quantos meses. Use as dicas do nosso artigo sobre planejamento de despesas de final de ano para que os valores sejam realistas!
     

  2. Faça a lista dos presenteados
    Antes de gastar o primeiro centavo, identifique todas pessoas que você gostaria de presentear no Natal. Se tiver dificuldade, procure a partir desta lista de papéis: família, companheiros de trabalho, amigos, clientes, parceiros, pessoas que o tenham presenteado recentemente e que você gostaria de retribuir, pessoas que prestem serviço regularmente a você, e sem deixar de lado aquelas pessoas para as quais um presente seu possa fazer grande diferença ou ser o único presente que receberão.
     

  3. Coloque a lista em ordem de prioridade
    Lembre-se de que estamos falando de logística, e não do aspecto emocional. Coloque no topo da lista consolidada as pessoas para as quais a busca do presente adequado é mais urgente ou importante para o completamento da tarefa, e vá descendo, até chegar naquelas para as quais você pode até presentear com atraso.
     

  4. Agrupe os integrantes da lista sempre que possível
    Dependendo de como for a sua lista, existe a possibilidade de agrupar seus integrantes, definindo padrões de presentes: pessoas que vão ganhar cestas de Natal, pessoas que vão ganhar um DVD musical, um livro, ou mesmo um cartão (com uma mensagem original, pessoal, e escrita por você mesmo, à mão!)
     

  5. Estime o custo dos presentes "padronizados"
    Estime tudo, e some os valores ao final. Considere juntar-se a outras pessoas para dividir alguns destes presentes. E não entenda mal a expressão "presentes padronizados". Neste contexto, ela quer dizer apenas que, sob o ponto de vista logístico, os presentes terão características em comum. Por exemplo: os sobrinhos receberão brinquedos educativos, e os colegas do Departamento de Contabilidade receberão DVDs de shows. Isso não quer dizer que você comprará o mesmo DVD para todos eles, mas sim que bastará ir em uma única loja, apenas uma vez, e comprar os presentes de todos eles - escolhendo o DVD adequado a cada colega.
     

  6. Distribua o saldo do seu orçamento entre os presenteados restantes
    As pessoas mais especiais em sua vida provavelmente não poderão ser incluídas em nenhuma categoria padronizada. Ao subtrair do orçamento disponível o total dos presentes padronizados, você saberá quanto pode gastar nos presentes delas, e distribuir este valor entre elas. Talvez conclua que precisa reestimar ou redistribuir alguns saldos - se for o caso, repita os passos acima até acertar o ponto de equilíbrio.
     

  7. Defina (em casa) o presente ideal para cada pessoa
    Não deixe para quando já estiver num shopping ou acessando uma loja on-line, sendo bombardeado por sugestões que não consideram o seu interesse nem o do presenteado, mas sim o do lojista. Sente-se confortavelmente em casa, pense e anote. A namorada gosta de ganhar biquinis, o irmão queria um tênis e o pai é apreciador de vinhos? Defina o que gostaria de presentear a cada um deles, se possível com uma alternativa extra para cada um, e anote tudo, juntamente com o valor que definiu para cada pessoa.
     

  8. Crie o roteiro e agenda de compras
    Quando chegar neste ponto você já sabe o que pretende presentear a cada um. Crie um roteiro e defina os dias em que pretende visitar cada loja, procurando maximizar o número de presentes que poderá adquirir a cada deslocamento, ao mesmo tempo em que deixa tempo suficiente para escolher a variedade ideal, e garante que vai às lojas o quanto antes for possível, e de preferência em horários favoráveis. Considere também as rotas e estacionamentos, bem como os horários. As lojas estarão mais apinhadas conforme dezembro avança, portanto antecipe (já estamos no limite do conforto!) ou prepare-se. Mesmo assim, não deixe de comparar preços e condições para fazer a melhor escolha.
     

  9. Antecipe o amigo secreto
    O amigo secreto decidido em cima da hora pelos colegas de trabalho, da pós, do clube ou mesmo pelos familiares tem grande potencial de ser o fator que fará até mesmo o indivíduo mais planejado ter de enfrentar o comércio bem na semana de Natal, em que parecem sumir as vagas para estacionar e as lojas sem longa fila. Minha alternativa é uma aposta baseada em cenários: eu tento adivinhar onde podem surgir iniciativas como essa na minha vida, e qual seria o presente "genérico" adequado - e compro antes. Se o amigo secreto não surgir, é um presente a mais para alguém que não seria contemplado, ou eu fico com ele para mim ツ Mas se surgir - e geralmente eu acerto - já estarei preparado.
     

  10. Cuidado com as armadilhas
    Os lojistas SABEM o quanto é chata a peregrinação de loja em loja para encontrar o preço certo do presente ideal, e oferecem grande variedade de tentações para levá-lo a comprar algo mais por impulso, ou para comprar ali mesmo o que está sendo oferecido - que não necessariamente é o que você queria. Não seja inflexível, mas não aceite ser manipulado facilmente.
     

  11. Considere comprar on-line: especialmente no caso de lojas de boa reputação, e só quando tiver razoável folga entre o prazo de entrega prometido e a data em que o presente precisa estar de fato nas suas mãos. Navegue pelas suas lojas de comércio eletrônico preferidas, verifique a reputação delas e notícias recentes sobre como elas tratam seus clientes, e lembre que quanto mais perto do Natal, maior o risco de problema na entrega, ou de atraso completamente fora do seu controle.

E não esqueça: o espírito natalino não se encerra nos presentes. Comprando com mais eficiência e aplicando um pouco de logística, talvez você tenha mais tempo (e alguma sobra de recursos) para refletir sobre o que a data realmente significa, e para praticar um pouco desta idéia que perdura há tantos séculos.

Organizando com o ZTD (ou o GTD)

Esta é uma situação em que vale a pena ter uma lista de atividades específica de um projeto: as compras de Natal. Nela você pode colocar as atividades correspondentes ao que foi tratado acima.

Um exemplo de como poderia ficar no meu caso pessoal, incluindo observações sobre algumas tarefas:

  1. Definir orçamento disponível para as compras de Natal - considerando totais para compras a prazo e à vista, e em que datas as despesas devem ocorrer.
  2. Fazer a lista das pessoas que vão ser presenteadas
  3. Agrupar na lista as pessoas que podem receber presentes semelhantes (comprados em bloco)
  4. Destacar na lista as pessoas selecionadas que têm presente à parte já definido ou que precisam de pesquisa sobre qual o presente ideal
  5. Observar o custo dos presentes que serão comprados em bloco (por exemplo: DVDs, livros, cestas de Natal, chocolates) - até verificar que há o saldo orçamentário desejado para a compra dos demais.
  6. Pesquisar os presentes ideais para as pessoas que demandam pesquisa
  7. Prevenir a ameaça de amigos secretos imprevistos
  8. Conferir os valores de tudo, considerando o orçamento previsto e ajustando se necessário
  9. Encomendar o que vai ser comprado on-line - para encomendar tão cedo quanto possível, serviços de entrega pouco confiáveis durante o ano todo pioram quando dezembro começa.
  10. Definir onde e quando serão comprados os demais presentes
  11. Comprar os presentes do local A
  12. Comprar os presentes do local B
  13. Comprar os presentes do local C

O planejamento ocorre como de hábito, já exposto no post recente sobre ZTD minimalista: a cada dia você tira da lista do projeto algumas tarefas, para executá-las.

Mas este projeto tem um detalhe interessante: admite paralelismo, ou seja, você pode ir começando algumas das atividades posteriores (como fazer as encomendas on-line) sem terminar as anteriores, desde que não perca de vista o impacto sobre o orçamento ou a vantagem potencial de poder rever alguns dos presentes inicialmente definidos antes de começar a comprar todos em bloco. Possivelmente você só vai riscar as tarefas iniciais definitivamente quando concluir até as últimas.

E na execução você vai perceber claramente que as atividades iniciais (de 1 a 8 - orçar, definir lista de pessoas, de presentes, etc.) precisam de muito mais detalhamento e atenção, mas são as atividades finais (de 9 em diante - operacionalização das compras) que vão consumir mais tempo e esforço, além de eventualmente exigir retorno aos passos de planejamento.

Lembre-se de quem tem menos do que você

Natal não é comércio: esta é uma época de solidariedade, união e celebração de determinados valores que não estão à venda no shopping.

As circunstâncias acabam colocando no seu caminho muitas oportunidades para ajudar pessoas que têm muito menos do que você. Sejam quais forem as suas crenças, saiba aproveitar estas oportunidades.

Não vou fazer campanha por aqui – não é difícil encontrar este tipo de iniciativa, se você quiser procurar. O foco deste post é a questão das compras, mas achei importante incluir esta lembrança no texto, para lembrar que a essência dessa época não pode ser o consumo, e que se formos eficientes neste aspecto, sobra mais tempo e recursos para se dedicar ao que realmente importa.

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