Aprenda a não depender das suas apresentações em Powerpoint na hora de expor suas idéias

E não basta trocá-lo pelo OpenOffice ;-)

Você é um dependente das apresentações de slides quando precisa expor um projeto ou idéia? "No reino do Power Point - Recurso da informática tornou-se vício entre executivos e homens públicos em apresentações de planos de ação". Esta é a chamada de um artigo publicado na Isto É Dinheiro desta semana, falando do uso crescente das apresentações de slides preparadas em computador como recurso básico de palestras e exposições por executivos e autoridades, e do perigo de este apoio virar dependência, quando o palestrante não consegue mais explicar e convencer se não puder contar com o recurso que deveria ser apenas um coadjuvante.

O artigo cita como exemplo uma recente exposição de um plano do governo federal, apresentada pelo Ministro da Fazenda, que não pôde começar enquanto um técnico não resolveu um problema nos slides. O Ministro massacrou a platéia com 84 slides em 40 minutos, muito além do que se recomenda quando o objetivo é transmitir e fixar um conjunto de idéias durante uma apresentação breve.

E o trecho crucial do artigo é o que pergunta o que aconteceria se o Powerpoint (ou qualquer outro programa usado para criar e exibir os slides) falhasse:

E se o Power Point falhasse? O que fariam os dois ministros de Lula? Deixariam a exposição para outra oportunidade? Evidentemente, não. Seriam forçados a fazer o que sempre se fez nos tempos em que não havia o recurso eletrônico. Teriam de convencer pelas palavras e não pelas imagens. Em dias não tão distantes, a clareza vinha das idéias, e não das telas computadorizadas. E nem por isso os executivos, públicos ou privados, tinham dificuldade em apresentar suas estratégias e seus planos de ação.

Mas justiça se faça à informática: as apresentações com powerpoint são mais convincentes. Em slides coloridos, o planejamento fica menos etéreo. Ganha mais solidez. O efeito positivo só não acontece quando o expositor se limita a repetir o que está demonstrado na imagem. Aí, a impressão é de que se procura convencer o espectador a golpes de repetição. As palestras, então, tornam-se monótonas e aborrecidas. E o moderno Power Point, um recurso inútil e irritante.
Que não se faça juízo errado: não foi esse o caso das exposições de Guido Mantega e Dilma Rousseff.

A pergunta, de qualquer forma, fica no ar: é possível viver sem a ajuda do powerpoint?

A resposta depende de cada um, mas é recomendável que todo palestrante esteja preparado para prosseguir sem apoio dos slides, no mínimo para não evaporar no dia em que a lâmpada do projetor queimar ou o computador do auditório não funcionar.

E mesmo quando tudo funciona, 84 slides em uma apresentação de 40 minutos é dose para leão... Quando for criar uma apresentação com ênfase em transmitir e fixar idéias, não faça como o Ministro: aproxime-se o mais que puder da regra dos 10-20-30.

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