Rapidinha efetiva #1: organização de cabos, celular no banheiro, e filtro de privacidade para tela de notebook

Conforme combinamos na semana passada, vou tentar manter uma coluna regular (semanal, sem data fixa) para tratar mais rapidamente de uma coletânea de assuntos que tenham atraído minha atenção mas não o suficiente para escrever um artigo completo sobre eles.

Dependendo do feedback de cada um dos temas nos comentários, eu eventualmente voltarei a ele posteriormente com mais profundidade. Isso é uma dica sutil de que eu gostaria muito que você comentasse sobre o que achou ;-)

Nova pesquisa sobre os "zumbis de celular"

Lembra quando eu escrevi sobre os zumbis de celular, e sobre uma pesquisa que mostra como a maioria das pessoas se irrita com esta gente sem noção?

Pois agora surgiu outra pesquisa, agora patrocinada pela Intel, comprovando as conclusões da primeira: o público sente falta de "regras de etiqueta" mais claras (e difundidas!) quanto ao uso de celular.

Além de tratar das questões da oportunidade de uso (se a pessoa se incomoda ou não quando outra responde mensagens ou atende o telefone durante uma refeição, por exemplo), também tratou de outros aspectos mais sutis, como o entendimento dado a cartões de felicitações recebidos on-line, por exemplo.

E, ao contrário da pesquisa anterior, desta vez a maioria dos entrevistados disse não estranhar quando percebem pessoas usando celular ou notebook no banheiro.

Boa pauta para o Dr. Bactéria, né? Por favor, por favor, por favor não façam isso com notebooks e smartphones da empresa, ou outros cujo uso seja compartilhado com mais pessoas.

Organizando cabos atrás da mesa

O Túlio Magno escreveu para avisar que ele encontrou uma implementação alternativa interessante para o meu organizador de cabos de R$ 20 que dispensa adesivos e furos na mesa. O meu continua em uso com exatamente os mesmos componentes originais (uma grelha e dois grampos-sargento), mais de 2 anos após eu ter escrito o artigo sobre ele.


A base da solução alternativa do Túlio

Ao contrário do meu modelo, que tem sustentação superior, pendendo do tampo da mesa, o do Túlio se baseia em um pequeno biombo aramado, que se compra (por R$ 12) em lojas de artigos para varejistas. Ele descreveu a experiência dele em Organizando cabos e acessórios - vai lá!

Alguém já usou o "filtro 3M Gold" para privacidade da tela do notebook?

O "filtro 3M Gold" é uma película nada barata (50 a 100 dólares) que, segundo consta, reduz bastante a visibilidade da tela do notebook para quem não está imediatamente à frente dela.


De frente, tela normal; de lado, só um brilho dourado. Alguém confirma?

Ou, como diz a Info, "você já parou para pensar no quanto a pessoa que está sentada aí do seu lado tem acesso às informações confidenciais do seu computador?" Eu já, e por isso não costumo manipular informações confidenciais quando há alguém ao lado que não possa vê-las. Mesmo assim, um filtro destes que funcione aumentaria bastante a sensação de privacidade ao usar o notebook fora do escritório...

Só que, pelo preço mencionado, não vale a pena fazer o teste e correr o risco. Por isso a pergunta: alguém já testou ou viu funcionar?

Sites recomendados da vizinhança

O tema aqui do Efetividade é amplo e difuso - passa por produtividade pessoal, lifehacking, tecnologia, home office, finanças pessoais e muito mais.

Isso significa que temos uma grande vizinhança de blogs nacionais com temas similares, muitos deles excelentes. Vou tentar ir recomendando alguns deles, a cada semana, pra estimular a boa vizinhança e para garantir que vocês saibam onde procurar mais assuntos relacionados.

Ao invés de começar pelos grandes e mais claramente relacionados, que muitos de vocês já devem conhecer, quero iniciar com um blog cujo relacionamento é mais colateral, mas tem muitos pontos de contato com as pautas daqui, embora às vezes seja bem mais "de menininha" (no bom sentido): o Canto da Lu.

Comece por estes posts de lá, que tem ligação mais direta com os temas daqui:

E isso conclui nossa "Rapidinha Efetiva" desta semana. Aguardo suas opiniões para que o formato possa ir sendo aperfeiçoado nas próximas edições. Bom final de semana!

Pilhas e mais pilhas? Como organizar suas revistas e periódicos de referência

Quem tem o hábito de ler revistas e periódicos está sujeito a acumular grandes quantidades delas, por variadas razões: apego, colecionismo, interesse em consultas posteriores, etc.

E se perguntarmos a diversos profissionais, teremos variadas respostas sobre qual a forma correta de lidar com elas: alguém da biblioteconomia ou arquivologia explicará como melhor classificar e armazenar, a turma da produtividade pessoal explicará como o GTD (ou outro método) indica que devemos lidar com materiais de referência, e o pessoal do colecionismo (por hobby ou não) virá com suas técnicas avançadas, envolvendo armazenagem individual em sacos plásticos selados, uso de luvas para manipular as revistas (sempre pelas bordas, jamais pelo lado encadernado!) e outras medidas que parecem exageradas para quem não compartilha dos mesmos interesses (é o meu caso).


É o correto procurar os conselhos de alguns destes especialistas (arquivistas, etc.) quando temos necessidades específicas, mas às vezes basta um pouco de atenção e algumas horas de trabalho podem dar uma arrumação suficientemente boa para aquelas pilhas de revistas que estão ali ocupando espaço e nas quais você nunca acha nada na hora em que precisa procurar.

Como eu fazia tudo errado

Para quem já se converteu à leitura somente por via eletrônica, o relato que farei a seguir parecerá extremamente anacrônico. Parcialmente eu também penso assim: as raízes dos fatos narrados ainda estão no final do século passado, e eu mesmo hoje já leio bem mais edições eletrônicas de periódicos do que já o fiz no passado.

Mesmo assim, antes de prosseguir eu preciso confessar: já houve época em que eu fazia tudo errado no que diz respeito a guardar revistas em casa. Morei durante alguns anos no mesmo apartamento, e neste período simplesmente fui acumulando (cuidado com os acumuladores!) e empilhando, sem grande classificação, e chegando até mesmo a comprar uma estante extra quando o espaço acabou.

Eu colaboro com textos para algumas revistas, e isso me levava a guardar com atenção exemplares delas - não apenas os que tinham minha participação. Além disso, sou a alegria do jornaleiro: leio avidamente revistas nacionais e importadas sobre variadas áreas de interesse - afinal, para ter assunto na hora de escrever para vocês, é preciso ler bastante, e de fontes variadas, certo?


As bandeirolas ajudam mas não resolvem...

Mas só empilhar e marcar páginas não ajuda muito - não importa se você tem apenas uma pilha, ou se tem mais de 10 pilhas altas e sempre correndo o risco de tombar, como era o meu caso, as pilhas são grandes acumuladores de pó, são difíceis de organizar e manter organizadas, e a presença delas é um estímulo constante a continuar acumulando cegamente as revistas.

Resultado: chegou um dia de mudança e eu percebi que tinha grande quantidade de papel guardado, e que mesmo que o conteúdo fosse interessante, eu já havia lido tudo o que me interessava, e grande parte não voltaria a me interessar. Passei 2 tardes separando o que me interessava preservar, e o que poderia interessar a outros, doei algumas coleções completas para uma biblioteca escolar, e descartei (para reciclagem) 2 carrinhos de supermercado cheios de revistas que estavam lá acumulando espaço.

Como tudo pode ser melhor

Depois da mudança, resolvi tomar os passos necessários para evitar que o mesmo comportamento (que acontecia no meu "modo automático") se repetisse. Continuei lendo a mesma quantidade de revistas (embora tenha mudado algumas categorias - boa parte das revistas nacionais do "mundo PC" permitiu que a Internet as tornasse irremediavelmente atrasadas e obsoletas), mas providenciei para que o acúmulo cego e o empilhamento sem sentido não acontecessem mais.

A primeira providência, como para mim a questão das revistas é de interesse profissional, foi inserir no planejamento financeiro do home office a compra de alguns organizadores de revistas como o da foto acima, da Acrimet. Aproveitei uma promoção do site da Kalunga e já comprei direto uma dúzia, para ter alguma folga na época (mas desde então já precisei comprar mais alguns, porque o crescimento vegetativo é inevitável).

A Kalunga entrega rápido, então no fim de semana seguinte já pude dar fim às pilhas, classificando por área de interesse todas as revistas que optei por guardar - algumas por ter participações minhas que eu tinha interesse especial em preservar, outras pelo interesse para referências futuras, outras pelo potencial de entretenimento: tenho várias revistas sobre História moderna e contemporânea, lado a lado com algumas sobre curiosidades (no estilo Charles Fort), e um revisteiro inteiro cheio de graphic novels dos anos 1990, por exemplo.

Assim, as revistas sobre administração e gerenciamento de projetos ganharam suas caixinhas, as de código aberto, TI e video games idem, e ainda reservei uma caixinha específica para cada título que assino ou compro regularmente, como a Trip e a T3, para guardar nelas todos os exemplares que couberem, em ordem cronológica - quando a caixinha enche, descarto (doando ou reciclando) os 3 exemplares mais antigos da mesma caixa.


Revisteiros acima da minha escrivaninha (no alto)

A foto acima, tirada com o celular, mostra a prateleira dos revisteiros no meu escritório, no alto e diretamente acima da escrivaninha. Todas as caixinhas estão devidamente rotuladas e agrupadas, e na hora de consultar, basta baixar a caixinha desejada.

Olhando com atenção e boa vontade, dá para ver que alguns dos porta-revistas são de uma tonalidade diferente (incluindo o que está isolado, mais à direita). Eles são 'made in China', em madeira, e têm o dobro da largura dos de plástico, contando com um divisor central. Comprei em uma loja de materiais de construção(!), e paguei bem mais barato do que o preço dos de plástico.

Outra consideração essencial é que o uso da prateleira para esta finalidade foi levado em conta na hora de projetar o móvel. Revistas e livros são materiais pesados, é preciso haver sustentação adequada.

Mas tudo também pode ser diferente

Os revisteiros de plástico são apenas uma ferramenta: o essencial é que você tenha um local pré-definido e auto-classificante para ir guardando as revistas assim que terminar de lê-las. O fato de o espaço ser limitado ajuda a estimular o descarte (doe, ou recicle!) das revistas que não precisam ser guardadas.

Vale mencionar que não é muito difícil construir seus próprios revisteiros, se você tiver as habilidades necessárias (e as ferramentas, e os materiais!). De fato, é uma construção tão simples que pode até mesmo se basear em outras caixas e recipientes que você já tenha à mão. As da foto abaixo são caixas de sucrilhos recortadas, por exemplo.

Para encerrar, um alerta importante: guardar revistas em pé, agrupadas e expostas à luz, à umidade do ambiente, ao pó e aos insetos é algo que só pode servir como solução para quem guarda as revistas por poucos anos e considerando apenas o seu potencial de ser re-lidas. Se você estiver guardando revistas pensando em algum potencial valor histórico ou mesmo de revenda posterior, o melhor é seguir as dicas (exageradas para outros propósitos) do link que mencionei na introdução.

Quero produtos "bons o bastante" - chega de me oferecer recursos que não me interessam!

Você já ouviu falar na revolução do "Good Enough"? Eu quero produtos que sejam suficientemente bons, chega de complicação e excesso de recursos.


Este luxuoso cortador de grama me inspirou a escrever este artigo

Há anos o "mercado" vem nos condicionando a associar a idéia de qualidade à impressão de que o produto tem uma quantidade maior de recursos, ou adere aos mais avançados padrões tecnológicos. Isto se aproxima de conceitos válidos de qualidade e de grau (saiba mais: "O que é qualidade"), mas está longe de ser o meu conceito preferido: eu prefiro identificar qualidade pelo conceito clássico de Juran, que a define como "adequação ao uso".


Um "MP12 dual chip" quadriband 11MP com TV, FM, bluetooth, compositor de melodias e muito mais! ;-)

Esta associação de qualidade ao número de recursos conduz até mesmo a contradições ambulantes, como é o caso dos aparelhos tipo "MP9" e alguns celulares clones: o aparelho vem com funções de player de áudio e de vídeo, gravação e edição de áudio e vídeo, jogos nativos e emulados, tira fotos, acessa a Internet, faz ligações como celular (com 2 chips!), conecta ao computador, à TV, à impressora, a periféricos variados, tem viva-voz, suporta jogos nativos e emulados, tem uma infinidade de conectores e cabos. O usuário tem trabalho para aprender a operar, passa por dificuldades nas conexões, no uso dos menus, nos manuais e até mesmo para alternar entre as diversas funcionalidades.

No final das contas, o produto é difícil, complexo, faz bem mais do que o usuário queria, às vezes nem faz muito bem o que o usuário queria, e mesmo assim vende bem, porque comunica bem a idéia de ser alta tecnologia a um preço acessível, mesmo sendo um exemplo da inflamação conhecida em inglês como featuritis: o inchaço causado pela adição de excesso de novos recursos e "vantagens".

Só que a mesma conclusão vale para diversos aparelhos que não passam pelo estereótipo do design clonado na China: grandes marcas também lançam aparelhos de DVD, celulares, notebooks, tênis, câmeras, carros e outros aparelhos que excedem em muito os recursos que seus clientes realmente desejam usar. Mas os clientes compram assim mesmo, inclusive porque associam esta "capacidade adicional" a qualidade superior, a distinção, a exclusividade (porque outras marcas não oferecem os mesmos recursos), sem perceber que a complexidade para instalar, configurar e operar o produto se deve muitas vezes apenas a estes recursos que não serão utilizados.

Entra em cena o "good enough"

Fiquei sabendo da idéia da "Revolução do good enough" ('suficientemente bom') lendo o longo artigo The Good Enough Revolution: When Cheap and Simple Is Just Fine ('A revolução do bom o suficiente: quando o barato e simples já está bom'), de Robert Capps, na Wired.


Este liquidificador a gasolina simboliza para mim o oposto da idéia de "good enough"

A idéia é complexa e foi apresentada através de exemplos, então acho difícil sintetizar aqui (leia o artigo da Wired, vale a pena!). Mesmo assim, vou apresentar a conclusão: cada vez mais consumidores optam por produtos e serviços que tenham estas 3 características:

  1. custam bem menos que os concorrentes
  2. são bem mais fáceis de usar
  3. estão disponíveis a qualquer momento e lugar

Em outras palavras: para os experts, profissionais e aficcionados, continuam a existir as opções premium em cada campo. Mas o restante do mercado vem optando cada vez mais pelos produtos que são apenas... suficientemente bons.

O princípio de Pareto, que já abordamos anteriormente (ao falar sobre arrumação de roupeiros, acredite!), usualmente leva a concluir que se escolhermos bem os recursos de um produto, podemos chegar a um grupo de 20% deles que será responsável por atingir 80% das necessidades de seus usuários.

Qual a fração dos aplicativos do seu celular que você já usou, descontando os primeiros dias com ele, quando você estava ainda experimentando tudo? E dos recursos do seu sistema operacional? E das opções do menu de preferências do seu navegador, ou do seu editor de textos?

Vamos aos exemplos

A tese do Good Enough pode ficar mais clara se exemplificarmos um pouco, e vou tomar emprestados alguns dos exemplos do autor.

Note que além de ter as 3 características acima, todos eles têm algumas desvantagens também, bem como a ausência de uma série de recursos presentes em seus concorrentes. Mesmo assim, sua adoção só cresce:

  • Formato MP3: a compressão causa perdas na fidelidade do som, mas é o preferido de toda uma geração - cabe nos nossos aparelhos de bolso, pode ser facilmente transmitido e obtido pela Internet, é fácil de manipular e usar, custa menos.
     

  • Netbooks: eles têm menos memória, menos armazenamento, tela menor, teclado apertado. Mas são fáceis de transportar e usar em qualquer lugar, resistentes, mais baratos... bons o suficiente. E vendem muito bem. Quem sabe não teremos em breve uma junção dos netbooks com os notebooks low-end, e aí estes aparelhos serão o único computador de muita gente que hoje tem o netbook como segunda opção?
     

  • Anúncios textuais: sem celebridades, sem jingles, sem mascotes. Mas vendem bem, são baratos, alcançam o consumidor em quase todos os lugares, etc. Bons o suficiente, e responsáveis por 45% dos anúncios na Internet nos EUA.
     

  • Google SketchUp: O SketchUp é uma ferramenta de modelagem 3D gratuita, com uma versão mais completa que custa $500. Faz muuuuuito menos que o seu concorrente supremo AutoCAD ($4000), e mesmo assim foi abraçado entusiasticamente por profissionais (arquitetos, engenheiros, artistas...) e amadores nos EUA, que fazem o layout de seus móveis, cômodos e outros projetos simples, repassando-os a um programa mais complexo apenas quando necessário - e nem sempre é. Meu home office foi inteiramente projetado no SketchUp (mas não é aquele da ilustração acima), mas depois a arquiteta se sentiu obrigada a refazer num sistema de CAD que ela adota - nos EUA consta que isso já começa a ser menos frequente, possivelmente porque o número de projetos simples é grande.
     

  • Google Docs e similares: cada vez mais gente usa. Os documentos estão disponíveis em qualquer lugar com conectividade à Internet, o uso do aplicativo é barato ou grátis, e costuma ser bem mais simples do que seus equivalentes desktop.
     

  • Nintendo Wii: Tem bem menos opções, botões, poder de processamento e definição de vídeo que seus concorrentes da mesma geração, custa mais barato, tem jogos tecnologicamente mais restritos, e mesmo assim atrai cada vez mais gente.
     

  • "Avião" Predator: Barato e não-tripulado, o veículo aéreo não-tripulado Predator voa até 20 horas consecutivas sobre áreas de combate, pode levar 2 mísseis, e faz tudo mais lentamente, e em menor proporção, que seus primos tripulados. Mesmo assim é cada vez mais usado, porque é mais barato, mais fácil e está sempre disponível.
     

  • Vídeos no Youtube: Muitos deles gravados com configurações como as da câmera abaixo. Bem abaixo da capacidade dos nossos monitores, mas acessíveis, fáceis de assistir, baratos para o usuário.
     

  • Flip Ultra: foi a câmera de vídeo digital mais vendida nos EUA nos últimos 2 anos, mesmo gravando apenas em formato VGA (640x480) quando suas concorrentes da Sony, Panasonic e Canon já gravavam em alta definição 1080p. Sua tela é pequena, os controles são poucos, não há ajustes de cores... e os consumidores adoram. É bem mais fácil de usar, e custa $150 (um modelo médio da Sony custa $800).
     

  • Telefonemas com Skype e similares: A qualidade varia, mas bastante gente usa e tem. O serviço custa pouco ou nada, a operação é fácil de aprender, e muitos dos seus contatos já têm e sabem usar.

A lista poderia continuar indefinidamente, e certamente em cada uma das categorias mencionadas há produtos "premium" que continuam sendo preferidos por muitos. A ênfase aqui é que estão também sendo oferecidos produtos só com os recursos básicos, e um nível de qualidade aceitável. Bons o suficiente!


Novo PS3 Slim, agora mais econômico e com MENOS recursos!

E mesmo os produtos "high end" e "premium" já começam a sentir a influência desta revolução, bastante adequada a um período econômico de recessão. A versão mais nova do iPhone não acrescentou muitos recursos à versão anterior, como era o costume. O recém-anunciado Playstation 3 Slim vai além, e remove recursos que a versão anterior tinha; o novo PSP também trilha o mesmo caminho. E não estamos falando aqui de empresas de design de fundo de quintal: tanto a Apple quanto a Sony são reconhecidas pela forma como atuam nesta área.

E eu com isso?

Faz algum tempo que venho trazendo à minha vida os produtos tecnológicos mais simples. Escolho as soluções mais com base no nível de conforto proporcionado e no problema que elas deverão resolver, do que na soma dos recursos e características que elas têm listados no manual e eu não usarei.

Nem sempre o componente "menos caro" da definição se aplica igualmente. Comprei um Mac Mini, com seu exterior relativamente espartano (quando comparado a outros Macs e similares, especialmente no campo de media centers) buscando as qualidades do "Good Enough", mas estou longe de considerá-lo propriamente barato, por exemplo.


Meu 'media center' - Mac Mini e seu controle sem fio

O problema é que em muitos casos ainda não encontrei alternativas, aqui no nosso mercado, que ofereçam apenas os recursos que eu valorizo. Mas isso não é motivo para que eu pare de procurar, ou que deixe de recomendar que vocês façam o mesmo. Nas que eu já encontro (como o Google Docs, os netbooks, o SketchUp e o Mac Mini), fico feliz - e nas que ainda não encontrei, continuarei procurando!

Feedback aos leitores, terceira rodada: os assuntos priorizados - e mais

Chegamos ao terceiro round deste diálogo produtivo. Deve ser o último post sobre o assunto neste momento, e na manhã de segunda voltaremos à programação normal, com novo post ;-) Mas se os comentários de vocês por aqui mudarem alguma conclusão, talvez voltemos ao assunto em breve!

Acompanhei ao longo do final de semana os comentários de vocês no primeiro e no segundo posts do nosso bate-papo sobre o Efetividade, e agora resumo mais uma vez as conclusões.


Diversos de vocês comentaram elogiando (obrigado!), outros escreveram sobre seu interesse em deixar de ser só recebedores de feeds e passarem a ser comentadores ;-) - obrigado também!

Outros atenderam sem demora ao meu pedido de classificar os assuntos do site que mais lhes agradam, com base no mapa mental abaixo:

As respostas colocam em destaque os temas:

  1. Gadgets,
  2. Home office e
  3. Atitude.

Fora do pódio, mas com menção honrosa, estão Carreira e Comunicação.

Os links acima levam a uma seleção de artigos sobre os assuntos mencionados, para você conferir o tipo de abordagem que é dado a eles por aqui ;-)

Isso não significa que os outros temas irão desaparecer - é apenas um critério para eu me guiar quando a pauta estiver em aberto, ok? E aguardo suas manifestações sobre este resultado da consulta, bem como as indicações de links quando vocês publicarem algo sobre estes assuntos nos seus próprios blogs e quiserem ver se dá para encaixar uma menção a eles nos mini-posts aqui do Efetividade!

Outros assuntos tratados:

  • A Bia fez uma distinção importante que também quero destacar: os 2 posts (+ 1 mini-post) semanais são uma meta, e não um compromisso. Como é uma meta combinada de comum acordo entre nós, vou me esforçar para atingi-la, mas naturalmente não tenho como garantir a disponibilidade e a inspiração todas as semanas ;-)
  • O Gabriel L. fez um acréscimo importante à já aprovada meta de 2 posts (+ 1 mini-post) por semana. Ele disse: "acho que o proposto por você (2 por semana) está ótimo :D Ex: Terça e sábado… e não 2 seguidos, pra não deixar o blog ‘morto’ o resto da semana…"
  • O Philemon chamou de "reunião" esse conjunto de 3 posts em que conversamos sobre as direções que o site pode tomar. Gostei da definição, embora eu tenha visto mais como um papo de cafezinho!
  • O Carlos Magno encaminhou o feedback de uma amiga arquiteta sobre o meu home office. Carlos, aé agora só mostrei o cantinho dele! Qualquer dia mostro e conto sobre o ambiente inteiro, aí conto com uma re-avaliação dela ;-)
  • O Saulo se adiantou e já está até falando em preço de um eventual livro do Efetividade.net. ;-) Vamos com calma!
  • O Luiz viu nos mini-posts a mesma possibilidade que eu. Ele disse: "Com posts curtos e links, há a possibilidade de conteúdo de outras pessoas e em maior quantidade, para aqueles ávidos por leitura e bom conteúdo."
  • O Anderson escreveu que "já demorou para algum veículo grande de mídia na internet lhe oferecer uma boa proposta por seu site/conteúdo" - mas propostas não faltam, Anderson, e eu até aceito algumas, como a parceria com o Yahoo. Mas a maioria não vale a pena, e creio que vocês sairiam perdendo se eu tivesse aceitado muitas delas.
  • O Rodrigo comentou positivamente sobre "o nível de pessoalidade e envolvimento do autor nos artigos do blog" (obrigado!), e aproveito para destacar que esta é mais uma razão que torna difícil para mim recorrer a estratégias que envolvam autores convidados regulares.
  • O Fernando Lima e o Rodrigo comentaram sobre o uso de mapas mentais. Funciona mesmo!
  • O StartingUp escreveu sobre a possibilidade de outros blogs conduzirem consultas similares à que estou fazendo. Para mim já está dando muito certo, desejo sucesso a quem mais tentar ;-) Mas é importante saber antes qual o problema que se quer resolver!
  • E o Rafael Ramos escreveu sobre a possibilidade de acompanhar por e-mail os comentários de um post. Por e-mail não dá, Rafael, mas agora coloquei mais destaque no link para a assinatura do feed dos comentários de qualquer post (agora aparece no quadro "Fique ligado", ao final dos comentários de cada post).

Feedback aos leitores: respostas, propostas, *novas perguntas* e um mapa mental

Conforme prometido ontem, seguem minhas respostas a quem respondeu ao meu pedido de feedback.


Eu pergunto, vocês respondem, eu pergunto mais, etc. ;-)

O pedido continua valendo, e podem responder lá mesmo ou aqui, tanto faz - leitores do final de semana, não se acanhem! Acrescentei mais algumas perguntas aqui neste novo post também.


Para quem não está interessado neste diálogo e prefere ver a programação normal do Efetividade, seguem os links pros posts "normais" desta semana:

Aos demais, agradeço a participação e vejam abaixo o que tenho a acrescentar - e a perguntar!

Sobre a "morte dos comentários"

Numerosos leitores comentaram que, além do fato de boa parte do público interessado reservar seus comentários aos seus próprios blogs e microblogs, o fato de muitos de vocês lerem os artigos apenas via feed RSS contribui para que não tenham ensejo de comentar - ampliando o fenômeno da hiperbólica e metafórica "morte dos comentários em blogs" que venho observando na web como um todo.

Se meu objetivo fosse ter grande número de comentários, isso me levaria a uma tentação pecaminosa: parar de publicar feeds completos ;-) Mas não me passa pela cabeça, e de fato tenho a consciência de que a maioria dos leitores interessados não comenta - é o fenômeno "read-only", como lembrou o Jonas Sousa. Eu mesmo raramente comento, e olha que leio muitos blogs, incluindo alguns que são de vocês. Como bem disse o Rafael Ramos, todos nós temos que nos acostumar com essa realidade da escassez crescente de comentários.

Podem continuar lendo pelo RSS à vontade, mas lembrem-se que seus comentários são muito bem-vindos, especialmente quando é para complementar meus textos, ou para dar um feedback sobre como as coisas funcionam nos contextos de vocês!

A quantidade de posts por semana

A absoluta maioria respondeu que 2 posts por semana são suficientes. Vou adotar isso como meta, ok? Não vou me comprometer, pois (como mencionei anteriormente) estou passando por uma situação que não permite garantir que vou dedicar a esta atividade o meu tempo disponível.

Pela mesma razão, não vou tentar seguir a sugestão do Phillip de ter dias da semana fixos para os posts - a idéia parece boa (assim como o exagero do Seiti, que propôs voltar ao tempo dos posts diários por aqui), mas a minha disponibilidade no momento impede. E vocês sempre podem torcer para em determinadas semanas haver mais do que 2 posts, como está sendo o caso da semana corrente ;-)

Eu teria interesse em pelo menos uma vez por semana fazer posts curtos, com links e comentários para outros artigos interessantes que vi por aí. A idéia agrada a vocês, ou não?

O feedback de vocês sobre a qualidade geral do site

Existem muitos conceitos de qualidade, mas eu prefiro o de Juran: "adequação ao uso". Pelo que eu li nos comentários de vocês no post de ontem, vocês encontram aqui o que gostariam de encontrar, e isso me deixa muito satisfeito. Vou tentar manter os mesmos tipos de conteúdo, portanto!

Preciso confessar que encontro um outro feedback que me diz muito: o fato de eu ser patrulhado simultaneamente por tribos tão distintas entre si como a dos eco-extremistas e a dos churrasqueiros fundamentalistas me dá a certeza de que estou conseguindo atingir vários públicos da forma como eu desejaria, e me permite acreditar que eu mesmo não estou praticando visões excessivamente monocromáticas ou unidimensionais.

Me ajudem a ordenar a relevância dos temas

Quanto à temática, notei nos comentários de vocês referências predominantes a GTD, home office, tecnologia/gadgets, currículo, planejamento financeiro e dicas de organização.

A figura abaixo mostra uma versão simplificada do mapa mental que uso para selecionar assuntos para o site, quando faço reuniões comigo mesmo para definição de pauta via brainstorm, na ausência de um assunto pré-selecionado:

Normalmente seleciono 2 temas por artigo - um atua como protagonista, e o outro faz o papel de contraponto ou o plano de fundo. Como a Carina descreveu, alguns temas predominam, e acredito que reflitam bastante meus próprios valores e escolhas pessoais - e isso não é algo que vá mudar ;-)

E agora convido vocês: se puderem responder, juntamente com as demais questões que abri neste post, quais os 3 temas gerais (escolhidos entre os que estão em caixas vermelhas no mapa acima) que cada um de vocês gostaria de ver mais frequentemente por aqui, vai me ajudar bastante quando faço estas "seleções livres".

Mas para evitar expectativas infundadas, já adianto: muitas vezes já chego ao editor de texto sabendo exatamente sobre o que quero escrever, e aí não há recurso ao mapa mental ou a priorizações ;-)

Outras questões que vocês mencionaram

Foram variadas: do conflito felinos X cabos até os méritos comparados de e-books e livros impressos, passando por automóveis e a criação de uma equipe de articulistas para o site. Vamos a elas:

  • O Jerônimo Medina Madruga perguntou sobre a possibilidade de transformar o Efetividade em livro. A idéia sobre o produto me parece boa, mas o processo em si não me atrai muito (especialmente neste meu momento de indisponibilidade). Quem sabe no futuro? E com material renovado, é claro.
  • O Bruno comentou sobre mudar o layout para aproveitar melhor o espaço em monitores wide, e isso é algo que tenho vontade de fazer há tempo. Mas com baixa prioridade, pois via Google Analytics eu sei que mais de 60% dos leitores aqui do site ainda usam resolução com largura de 1024 pixels, para a qual o site está voltado. Além disso, sei que vocês preferem que eu me dedique a escrever posts, não é? ;-)
  • O Erick Engelhardt falou sobre colocar outras pessoas para escrever aqui para o blog, mas a receptividade nas vezes que tentei isso não foi boa. Mesmo quando o conteúdo é de boa qualidade, aparentemente o pessoal estranha e rejeita. Vou tentar mais vezes, aos poucos. Mas a idéia de ter uma equipe de articulistas fixos não me agrada, pois para mim o Efetividade funciona muito bem como um canal para que eu escreva, e não apenas para que vocês tenham o que ler ;-)
  • A neuzalima tratou de algo interessante: como as pessoas ficam sabendo da existência do Efetividade.net, e como repassam a dica para seus familiares e colegas. Agradeço a disseminação, continuem assim ;-)
  • O Rodrigo deu uma de joão-sem-braço ;-) e perguntou sobre o que vale mais: ele publicar um livro tradicional ou um e-book. Além do que o Anderson Fortes já respondeu nos cometários, acrescento: depende do objetivo, Rodrigo - se for simplesmente para disseminar o seu conhecimento, creio que o e-book já é a melhor opção. Se for para obter retorno pessoal com isso, acredito que o livro impresso, mesmo com a audiência potencial bem menor, ainda leva vantagem. Mas as fronteiras entre os 2 universos estão ficando mais tênues a cada dia que passa, como você já deve ter percebido.
  • O Luiz falou uma frase que resumiu bem o que eu procuro atingir quando escrevo aqui: "Há muita coisa dos posts que no dia-a-dia não nos damos conta. Fazemos tudo ligados no automático. Então o blog nos proporciona um momento de reflexão." Ele também sugeriu alguns temas para posts futuros, que vou procurar lembrar. Mas sobre investimentos eu recomendo o vizinho Dinheirama!
  • O henriquezrx contou que vai tentar ser um comentarista mais assíduo. Eu vou retribuir, e passar a tentar responder mais frequentemente aos comentários de vocês nas notícias mais recentes!
  • O Fernando Lima sugeriu que eu passe a escrever mais sobre automóveis, mas aqui preciso confessar que é melhor não ;-) Não dirijo mal, mas me interesso tão pouco pelo assunto, que não sei dizer qual o ano do meu carro. E o segredo dos melhores artigos que publico por aqui é que tento escrever sobre assuntos que eu gosto!
  • O Otavio falou sobre os posts que tratam da organização de cabos, pois ele precisa recorrer a isso para evitar problemas com o bichano que tem em casa. Por aqui a situação é a mesma, Otavio! E vou tentar lembrar de mencionar os aplicativos que você citou, embora eu muitas vezes não o faça por preferir praticar GTD e organização pessoal baseados em papel e caneta!
  • O Cristiano Vieira falou sobre algo que também me incomoda: a separação pouco clara entre os artigos na capa do site, com distinção fraca entre subtítulos e títulos. Prominto resolver isso logo, Cristiano!
  • O Anderson Fortes cometeu um pecado gravíssimo ao confundir minha sugestão de dar opções aos vegetarianos nos churrascos com outra, muito mais radical e fora do meu próprio interesse, de fazer churrascos vegetarianos. Churrascos vegetarianos devem ser muito bons para quem gosta, mas não foi isso que eu sugeri, Anderson ;-)

Acho que abordei tudo que foi comentado até agora. As próximas rodadas acontecerão diretamente nos comentários desta notícia, ok? Fico no aguardo dos complementos, sugestões, reclamações e outras manifestações de vocês!

Saldo parcial da semana: 3 dias úteis, 3 posts. O que estão achando?

Na semana passada comentei sobre a razão da escassez de posts aqui no Efetividade, mas a própria menção da existência da situação acabou me dando um estímulo para tentar revertê-la, reduzindo o tempo dedicado a outras atividades eletivas para ter condições de escrever um pouco mais para vocês.

A "morte em andamento" dos comentários em blogs é um fenômeno que já descrevi antes, e as estatísticas de acesso comprovam: cada vez mais gente acessa os artigos aqui do site, e cada vez menos gente comenta. Isso é natural e esperado, até porque sei que grande parte da minha audiência escreve seus próprios blogs e microblogs, e faz seus comentários por lá.


A caixinha de sugestões está aberta

Mesmo assim pergunto aos que tiverem interesse em responder: estamos indo bem? Seria bom abordar outros assuntos? Dois posts novos por semana está bom? O que mais vocês gostariam de sugerir? (sem exageros, por favor!)

Quero aproveitar para registrar que, mesmo sendo cada vez mais raros, comentários como este da "Compradora Compulsiva", no post sobre o fluxograma para ajudar a frear o impulso da compra, assim como tantos que relatam sucesso nos posts sobre preparação para entrevistas de emprego, me ajudam a me manter motivado a continuar escrevendo.

Não estou aqui com o objetivo de resolver os problemas do mundo, mas perceber que ajudo algumas pessoas a ter o estímulo para tentar uma nova solução para seus problemas, e que várias delas acabam mesmo melhorando suas condições, como o conceito de efetividade indica, é o melhor estímulo.

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