Top 13: dicas para tirar melhores fotos casuais com sua câmera digital ou celular

Que tal aprender como garantir fotos de maior qualidade, mesmo sem ler o manual inteiro da câmera, nem frequentar um curso sobre a arte e a técnica da fotografia?

A praticidade das câmeras digitais e a popularidade cada vez maior dos celulares com câmeras de melhor qualidade vem permitindo que cada vez mais pessoas - que não desejam dominar a técnica da fotografia - se dediquem a tirar fotos dos momentos que desejam preservar, paisagens que desejam relembrar, e das pessoas de que gostam.

O aumento do número de fotos causado por este fenômeno já me levou a escrever um artigo anterior sobre como sair melhor em fotos casuais, já que não conseguimos evitar que nossas fotos sejam tiradas nos momentos mais inesperados ;-)

E agora chegou o artigo do ponto de vista oposto: as dicas para quem não quer dominar a técnica e a arte da fotografia, mas mesmo assim deseja aproveitar melhor os recursos que tem à disposição, melhorando a qualidade das fotos casuais que tira.

Ler o manual inteiro dos equipamentos, e frequentar um bom curso sobre o tema, seriam estratégias bastante interessantes, se você realmente quer dominar a Fotografia. Mas se o seu interesse é casual, as dicas a seguir irão lhe ajudar a melhorar bastante seus resultados, sem esforço desproporcional.

Como fotografar melhor

  1. Dirija e intervenha: Se estiver tirando fotos de pessoas posando, não se limite a fotografá-las como estiverem, ou aos clássicos comandos direcionais ("mais pra trás", "mais pra direita"). Procure o melhor fundo, a melhor iluminação, reagrupe-as. Procure mostrar a personalidade delas, tire múltiplas fotos para depois escolher as melhores. Mas não exagere, a não ser que sejam modelos pagos para isso, senão logo elas vão parar de colaborar!

     

     

  2. Não centralize tudo! Depois que você aprender a travar o foco (veja a dica 5, abaixo), passe a dar mais vida e dinamismo às suas fotos, abandonando a técnica antiga de deixar o ponto principal da foto exatamente no seu centro. Uma das maneiras mais básicas de obter um enquadramento harmonioso é imaginar que a sua foto é um grande tabuleiro de jogo da velha, e alinhar o modelo a uma das duas linhas verticais traçadas, como no exemplo acima. Depois de dominar o alinhamento básico, você pode buscar aprender mais sobre o bom uso da grade de 3x3 células formada pelo "jogo da velha", usando bem suas linhas e células para enquadrar. Dica extra: algumas câmeras dispõem do recurso de exibir esta grade diretamente no display, facilitando a vida de nós, amadores.

     


    Plano médio e plano americano

  3. Dê dois ou cinco passos para a frente... Meu avô dizia que uma foto bem enquadrada mostra ao mesmo tempo os pés e a cabeça do modelo, mas às vezes faz bastante sentido tirar as fotos bem mais de perto. Enquadre bem, e conscientemente, mas não tenha medo de tirar as fotos um pouco mais de perto. Se for o caso, tome emprestado do Cinema o Plano Americano (do joelho pra cima, mostrando melhor a expressividade do rosto, sem esconder o fundo) ou o Plano Médio (da cintura pra cima, mostrando com clareza a interação entre os modelos).

     

  4. Pratique o uso do seu flash fora de casa: Ao tirar retratos fora de casa, dependendo das condições de iluminação, o rosto ficará sombreado. Dominar o uso do flash nestas condições exige alguma prática, mas praticar com fotos digitais custa pouco - convide alguém e pratique posicionamento (contra o sol, a favor do sol, na sombra, etc.) e distâncias até saber como se posicionar - e aí aplique o que aprendeu, quando chegar a hora certa. Às vezes a distância máxima para uso do flash ao ar livre não passa de 5 ou 6 passos, e se você tirar fotos com ele ligado a distâncias superiores a isso, o efeito será o oposto ao desejado: vai ficar tudo escuro.

     

  5. Aprenda a "travar" o foco: já aconteceu de você tirar uma foto, e ao vê-la posteriormente, perceber que a câmera colocou em foco alguma coisa do fundo da imagem, e o que você queria mostrar ficou borrado, como no exemplo acima? Normalmente, para "travar" o foco, você deve apontar a mira da sua câmera digital exatamente para o ponto que deseja focalizar, e aí apertar o disparador até a metade, aguardando para que seja focalizado (até ouvir um bip, ou ver o indicador da mira ficar verde). Aí, sem soltar o disparador (que está apertado apenas até a metade), reposicione a câmera para dar o enquadramento que desejar - o foco permanecerá fixo, por mais que você reenquadre.

     

  6. Tenha memória e bateria suficientes: a marca do fotógrafo amador mal-sucedido é o despreparo. Quem já não viu alguém num canto da festa apagando fotos da memória da câmera porque acabou o espaço, e reclamando porque está tendo de apagar fotos de que havia gostado? Quem nunca ouviu a clássica pergunta desesperada: "alguém tem pilha? a minha acabou!" Se você gosta de fotografar, comprar mais um ou dois cartões de memória para a sua câmera não é caro, e ter baterias carregadas de reserva é essencial.

     

  7. Fique na altura do seu modelo: Especialmente se for tirar fotos de crianças ou bichos, procure segurar a câmera na altura dos olhos deles. A foto vai ficar muito mais interessante e natural, mesmo que eles não estejam olhando para a lente da câmera! Veja a diferença no exemplo acima, cortesia da Kodak.

     

  8. Prefira um plano de fundo que seja uniforme: não precisa ser liso, mas idealmente deve ser contínuo. Tome cuidado especialmente com composições que façam parecer que um galho ou um poste "nascem" da cabeça de alguém retratado. Um fundo uniforme destaca o tema da sua foto, como demonstra o exemplo acima, cortesia da Kodak.

     

  9. Conte a história toda: Se estiver fotografando um evento, como uma viagem ou uma festa, não se esqueça de contar a história toda: registre os preparativos, a partida, arrumações, chegada de convidados, retorno, etc. Tire muitas fotos, e depois escolha quais merecem ser guardadas. Assim, o registro fica muito mais rico.

     

  10. Automatize o que precisar: Eu prefiro escolher sozinho o foco e o momento exato da foto, mas há quem tenha dificuldades na operação ou coordenação e acaba tirando grande quantidade de fotos tremidas, fora de foco, ou perdendo o momento exato que queria registrar. Se você conhece alguém assim, insira na lista de possíveis presentes de aniversário para esta pessoa uma câmera com estabilização automática de imagem, detecção de face ('face detection') e detecção de sorriso ('smile shutter'). O primeiro estabiliza a cena, evitando o efeito causado pelo tremor do fotógrafo ;-)


    Na foto da direita, o face detection estava ativado, e a câmera ajustou sozinha o foco e exposição

    Ambos os demais são recursos exclusivos para "retratos", sendo que o primeiro deles identifica automaticamente os rostos das pessoas sendo enquadradas, e ajusta o foco, exposição e outros parâmetros da câmera para mostrá-los melhor. Já o último fica atento a estes rostos, e tira a foto no momento em que detectar o surgimento de um sorriso. As configurações avançadas podem ser complicadas (de sorrisinho a gargalhada, sorrisos de todos os modelos ou de um específico, etc.), mas a configuração padrão tende a ser boa, bastando ativá-la (e essa parte é fácil) quando necessário.

     

  11. Mantenha a câmera em alta resolução: Uma dica clássica, e completamente desnecessária se você seguiu a dica lá de cima sobre estar preparado, era configurar a câmera para usar baixas resoluções, permitindo assim guardar mais fotos na memória. Tenha bastante memória disponível, e aí não tenha medo de manter a configuração original de resolução - 5 megapixels ou mais, e nunca menos de 3 megapixels. Você sempre pode reduzi-las na hora de arquivá-las no micro, se desejar, mas mantê-las em alta resolução lhe dará a opção futura de imprimir com qualidade, até mesmo em formatos maiores.

     

  12. Gosta de auto-retratos? As câmeras digitais, especialmente as de celulares e smartphones, são responsáveis pela proliferação de auto-retratos tirados segurando a câmera com o braço esticado, tendo de adivinhar o enquadramento, o foco e o fundo. Muitas vezes, mesmo que a foto não fique tecnicamente boa, serve como um registro divertido e interessante. Se você tem o hábito, peça ao Papai Noel uma câmera com flip no display LCD, permitindo girá-lo para ver a imagem mesmo quando se está de frente para a lente. Se não rolar, ao menos procure uma câmera com um mini-espelho de enquadramento ao lado da lente, como as de alguns smartphones Treo, de aparelhos diversos da Nokia (o meu E71 tem), e de muitos outros.
  13. ... ou compre um mini tripé: Se você gosta de tirar fotos de si mesmo (seja com o timer da própria câmera, ou segurando a câmera apontada para si), está na hora de arranjar um mini-tripé. Muitos deles cabem, quando desarmados, no estojo da sua câmera. Eles permitem melhor posicionamento e controle de enquadramento, e custam tão barato que não vale a pena continuar sem eles.

 
Uma dica extra, para quem quiser praticar, é a da "revelação" caseira. Imprimir fotos em casa, com qualidade típica de serviços profissionais, pode exigir equipamentos e suprimentos relativamente caros. Mas uma impressora doméstica típica, operando em seu modo de mais alta qualidade e com papéis fotográficos que você encontra na papelaria da esquina, pode servir bem para uma impressão casual ou eventual, especialmente quando for para praticar. Eu sempre tenho em casa um envelope destes papéis, e de vez em quando eles são úteis - mas tomo o cuidado de guardá-los seguindo as recomendações do fabricante, expressas no envelope, senão eles estragam rapidinho.

Para saber mais - fontes consultadas:

Seja positivo: aprenda a dizer não!

O título deste artigo parece uma contradição? Na minha opinião, pessoas que não sabem como dizer "não" a um pedido que não pretendem atender causam muitos problemas a si mesmas e aos outros, devido a não ter desenvolvido esta capacidade - que muitas vezes é realmente complicada.

Dizer "sim" quando deveria dizer "não" pode sobrecarregar você, lotar sua lista de pendências com itens que não deveriam estar lá e, o que é pior, reduz sua eficiência para fazer o que você deveria (e desejaria) estar fazendo - podendo até mesmo levá-lo a ter dificuldade de dizer "sim" a um pedido posterior, devido à sobrecarga existente.

Além disso, a sobrecarga causada pelo seu bloqueio ao "não" pode prejudicar as próprias pessoas a quem você disse "sim" indevidamente, quando a sobrecarga faz com que você, quase inevitavelmente, atrase ou deixe de entregar o que prometeu a elas sabendo que teria dificuldade em atender. E esse prejuízo causa frustração e rejeição, de ambas as partes, além de fazer com que você deixe de ser levado a sério.

...mas também saiba dizer "sim"

Dependendo da sua posição ou papel, pode ser difícil dizer não, especialmente se não houver uma justificativa externa. Mas quem diz "sim" nas horas certas tende a ter resultados de produtividade que ajudam a justificar os frequentes "nãos".

Ser assertivo, afirmando clara, objetiva e categoricamente suas posições, é uma característica mais valorizada em uma equipe quando o seu portador não a confunde com ser agressivo nem com ser "do contra". É necessário levar em conta as circunstâncias e as posições dos demais envolvidos, e ter a habilidade de se expressar na hora certa, e usando a forma mais apropriada - especialmente na hora de dizer não.

Reinaldo Polito explica como fazer

Quando você se depara com uma situação com a qual não concorda, ou recebe um pedido que não deve (ou não pode) atender, pode ter de encarar a tentação de dizer imediatamente tudo o que pensa sobre a situação, suas causas, a paersonalidade e o comportamento das pessoas envolvidas. Isso não é assertividade: é grosseria, e geralmente não melhora a situação geral.

Reinaldo Polito, que há anos é um autor muito procurado no que diz respeito a comunicação e expressão, dá algumas dicas sobre como se portar na hora de intervir ou dizer não. Reproduzo:

  • "Durante a conversa você deveria falar de maneira firme, sem hesitações, para deixar claro que o assunto é importante. Entretanto, repito, sem agressividade."
  • "Nessas circunstâncias é muito importante, embora seja difícil, não demonstrar nervosismo ou descontrole emocional."
  • "Fale sem desviar os olhos do interlocutor. Evite esfregar nervosamente as mãos. Não grite nem segure a voz na garganta."
  • "Escolha o lugar certo. Esse tipo de conversa não pode ocorrer diante de outras pessoas, nem em lugares inadequados como corredores ou elevadores. Muito menos por telefone. (...) Procure falar também em um horário com pouca ou nenhuma chance de interrupção."
  • "Não dê uma de coitadinho. Nada de chororô. Se quiser ser respeitado e ouvido seja firme, olhe na direção do interlocutor sem fugir com os olhos, fale "para fora", não fique esfregando as mãos ou cruzando e descruzando as pernas nervosamente. Mostre que você tem razão."

No ambiente profissional

Dependendo do seu papel ou de suas obrigações e responsabilidades, há tarefas ou pedidos corretos que você não pode simplesmente recusar. Mas quando você pode, seja direto e concreto. Nada de "veja bem" ou "te respondo amanhã" - não é não, e - a não ser que a solicitação seja fútil - quem está lhe pedindo precisa saber que vai ter de partir para outra alternativa.

Sempre ajuda se você puder expor rapidamente a razão do não - mas sem "coitadismo", nem desculpas (como já vimos no artigo "Liderança e motivação: quer ser levado mais a sério?"). Também evite a justificativa com base em posição hierárquica ou de poder, ou fugir de apresentar uma posição clara. Assuma claramente que está dizendo "não", exponha suas prioridades e obrigações e, se possível, apresente alternativas ou oportunidades.

Em especial, mantenha a sua posição, a não ser que haja uma mudança de circunstância. Não diga "não" só para dar um susto ou para se enganar - se disser que não pode fazer algo, realmente não faça. Se disser que vai fazer, faça, no prazo e na qualidade esperados. Mantenha sua palavra para ser levado a sério.

Um caso à parte é o do assédio moral, em que dizer "não" pode ser insuficiente. O assédio moral geralmente acontece devido a abuso do poder pela autoridade, e pode provocar um cenário de discriminação dentro da organização, eventualmente culminando no fim da relação de trabalho e emprego. Se for o seu caso, saiba dizer não, mas procure também outras formas de lidar com a situação, sem abrir mão da ética profissional!

Dizendo "não" em projetos

No artigo anterior "As muitas formas de dizer “não” em um projeto", já tratei sobre 5 maneiras de dizer "não" durante o andamento de um projeto.

Claro que elas devem ser reservadas apenas para quando não se pode dizer "sim", e sempre sabendo dos riscos que podem gerar ;-)

No andamento de um projeto, dizer "não" é uma arte e um talento que o responsável estratégico ou tático por projetos precisa desenvolver e cultivar, para o bem de sua equipe e mesmo de seus resultados. E saber só usar nos momentos corretos, para poder dizer “sim” ao que de fato é estratégico e crítico.

Saiba lidar com as conseqüências

Toda ação gera reação, e os relacionamentos humanos (inclusive os profissionais) usualmente são vias de mão dupla. Quando você disser "não" e seu interlocutor esperava um "sim", deve saber que isso pode trazer consequências no futuro.

Dizer "não" pode ser um caminho para esclarecer e assumir sua posição, e para afastar diversos incômodos da vida, mas ao mesmo tempo deixará outras pessoas magoadas ou brabas. Trata-se, como quase tudo na vida, de uma oportunidade de escolha, e de um ponto de equilíbrio difícil de atingir.

Mas pode valer a pena tentar, sem se isolar em nenhum dos extremos da escala. Experimente dizer "não" para ser mais positivo!

Ganhou mais chocolates do que pretende consumir?

Páscoa é época de renascimento, renovação, fuga da escravidão do Egito para a Terra Prometida, e muito mais. É uma tradição milenar cheia de significados, mas por razões diversas acaba se traduzindo, para muitas pessoas, em uma fartura de chocolates que ameaça a eficácia de dietas, eleva o nível de diversas substâncias no organismo, prejudica a pele e muito mais. É um caso clássico do excesso de algo bom, que acaba se tornando algo... não tão bom.

Se você é o feliz destinatário de uma quantidade de chocolates maior do que pretende consumir em curto prazo, que tal tratá-los racionalmente, reduzindo a quantidade até um ponto de equilíbrio e ao mesmo tempo dando a outras pessoas menos afortunadas uma parcela deste excesso?

Basta escolher um abrigo de crianças (ou de idosos ou de qualquer outra categoria que conte com seu apreço especial) e deixar lá, amanhã ou depois, uma caixinha com o seu excesso. Eles provavelmente receberam bem menos que você!

Mas não deixe para a semana que vem. As ações de transformar boas intenções (ou, neste caso, um par de boas intenções: evitar o excesso de chocolate e distribuir algo com quem tem menos que você) em realidade costumam ser as primeiras vítimas da procrastinação, e manter a motivação para agir vai ser mais difícil conforme o estoque de chocolate for se reduzindo...

Uma opção extra é fazer uma implementação alternativa da curiosamente bem-sucedida experiência da revista Nova Escola que ofereceu livros a quem pedia esmolas no centro da cidade, e (onde a violência urbana não impedir) oferecer uma parcela do seu excesso a quem lhe aborda no cruzamento pedindo um trocado.

Aliás, as mesmas considerações valem para outras formas de excesso que entopem artérias ou gavetas em casa: tem mais pares de luvas e cachecóis do que vai usar? E brinquedos? Quem sabe está sobrando material para cuidar de animais de estimação? Abrigos e instituições de proteção provavelmente precisam deles bem mais do que você.

E dar uma nova utilidade a estes objetos está bem dentro do espírito de renovação que celebramos na Páscoa.

Transformando um laptop velho em um media center para a copa e cozinha

Na minha casa, grande parte do tempo útil é passada no conjunto copa+cozinha, cujo layout já foi criado considerando esta situação. Nos dias da semana, tomamos lá o café da manhã antes de sair para os expedientes, e no retorno comemoramos o fim do dia com um lanche ou mesmo uma cervejinha. Nos finais de semana, ocorrem as refeições mais elaboradas (e com execução coletiva), incluindo o eventual churrasco.

E sendo uma casa de pessoas conectadas, isso significa que algum jeito foi dado para que o noticiário e a previsão do tempo estejam disponíveis durante o café, e algum show ou trilha sonora adequada esteja em execução no momento da preparação das demais refeições. Esse jeito envolveu posicionar a TV da sala de modo a poder ser vista a partir de boa parte da copa+cozinha, e ouvida a partir do restante da área.

Este esquema vinha funcionando bem, embora naturalmente pudesse ser melhorado, ainda que (aparentemente) ao custo de uma nova TV pequena e um ponto extra de TV a cabo para a copa, para oferecer parte da funcionalidade da TV da sala. Até que eu vi este artigo sobre o KitcheNET, que acabou mudando completamente meus planos a respeito.

O KitcheNET é, essencialmente, um notebook velho (da virada do século) que estava sobrando na casa de seu dono, e foi ligeiramente reformado - essencialmente para inverter a posição da tela LCD, deixando-a virada para fora - para transformar-se em uma estação de entretenimento digital para a casa.

O processo não foi muito complexo (para quem não tem medo de encostar em parafusos e montagens delicadas), e ao final o aparelho foi fixado abaixo de uma das prateleiras da cozinha, rodando um aplicativo no estilo media center (cuja aplicação já foi abordada anteriormente por aqui) para assistir a coleção de vídeos e DVDs do seu dono (transmitida dentro da casa via streaming na rede sem fio), ver a previsão do tempo, a situação das rodovias e as últimas notícias em um ticker de RSS (que mostra, rolando lateralmente na base da tela, as últimas atualizações da sua lista de sites preferidos), ou ouvir a programação de uma grande variedade de rádios on-line.

Para ser sincero, eu gostei apenas da idéia do KitcheNET. A implementação (mostrada na foto acima) ficou meio mambembe demais para o meu gosto, e acredito que a aplicabilidade justifica ligar um notebook velho (escondido dentro de algum armário) a um monitor LCD externo mais recente e bonito, que fique exposto. E, naturalmente, recorrer a um bom controle remoto multimídia, ou algum outro tipo de interface que não precise ficar exposta nas bancadas.

Vou além: eu até consigo imaginar me sujeitar a interromper alguma atividade, lavar as mãos e só então pegar o controle para mudar a programação, mas a idéia de ter de interromper o que estou fazendo para limpar a bancada e poder usar o mouse não é compatível com a minha visão de mundo, e é também a razão para que não passemos a simplesmente colocar o notebook em cima da bancada quando queremos usá-lo nessas horas.

Na verdade parece ser uma aplicação ideal para o Mac Mini (que ficaria escondido no armário) e seu minúsculo controle remoto que lembra um iPod clássico, mas não sei se estou psicologicamente preparado para deixá-lo na cozinha. Vamos ver como esta situação vai se desenrolar e, caso eu venha a implementar algo, posteriormente compartilho com vocês.

Vale mencionar que manter hardware tão antigo na prateleira às vezes representa uma grande perda de oportunidade de contribuir com iniciativas de inclusão digital de sua comunidade. Se você tiver um propósito, aproveite - caso contrário, considere a idéia de procurar alguma instituição que possa fazer uso do equipamento que você não quer mais, evitando assim deixá-lo ocupando espaço no armário até passar da obsolescência à inutilidade!

E se você se interessou pelo tema, leia também esta coleção de dicas relacionadas a dar vida nova em sua casa a notebooks velhos: "Give an Old Laptop New Life with Cheap (or Free) Projects"

Efetividade.net no "top 10" de dicas para home offices do Lifehacker.com

O Lifehacker é a principal referência internacional em grande parte dos assuntos relacionados a produtividade pessoal também tratados aqui no Efetividade, o que me leva a comemorar cada vez que o material daqui é citado por lá.

E isso acaba de acontecer mais uma vez. O Lifehacker publicou um top 10 de dicas para home offices, e incluiu nele a versão em inglês do meu artigo descrevendo como eu organizo os cabos atrás da escrivaninha, em uma solução econômica (e sem danificar os móveis) para fazer desaparecer os cabos do computador, mantendo-os organizados.


Os cabos sumiram - versão 2007

Se os cabos do seu computador estão desorganizados, empoeirados e excessivamente visíveis, recomendo a leitura! O artigo é de 2007, mas duas mudanças de casa depois, eu continuo ainda usando a mesma solução, que custou menos de R$ 20, e menos de 1h de esforço para montar.


Versão 2008

As 10 dicas do Lifehacker para quem quer melhorar seu escritório doméstico estão detalhadas lá no artigo, mas estão relacionadas aos temas abaixo, com links para artigos do Efetividade quando aplicável:

  1. Qualidade da iluminação
  2. Limpeza e redução do ruído dos computadores
  3. Confortos não-óbvios
  4. Quadro branco
  5. Arquivamento de documentos e papéis
  6. Carregamento e armazenamento de eletrônicos
  7. Fazer desaparecer os cabos
  8. Ergonomia
  9. Uso de um rotulador ou etiquetador
  10. Manter limpo e organizado

Veja também as 10 dicas do Efetividade.net para seu escritório doméstico, e os nossos artigos anteriores da categoria Home Office.

E se você já tem um escritório funcional em casa, compartilhe suas dicas respondendo meu questionário para um artigo sobre o assunto que estou preparando aos poucos ;-)

Mudança sem sustos: guia prático, parte 3 - empacotando e encaixotando

Como contei no início da semana, estou de mudança para um novo apartamento, e envolvido no turbilhão de atividades necessárias neste tipo de ocasião. Mas já sou praticamente faixa preta em mudanças, devido inclusive a uma série de dicas que acumulei ao longo dos anos no caderninho de anotações que uso especialmente para esta finalidade.

Na minha mudança anterior eu publiquei a coleção de dicas que havia acumulado até então, mas elas se aprimoraram um pouco mais durante o processo, e agora estou compartilhando com vocês a versão atualizada, que estou usando na mudança corrente.

No capítulo anterior falamos sobre a organização da mudança, seguindo o capítulo inicial que tratou de como planejar a mudança. Hoje é a vez de fechar o ciclo, falando sobre a operacionalização do encaixotamento. Vamos às dicas!

Encaixotando a mudança com Efetividade

  • Antes de encaixotar, reduza! Você certamente tem em casa hoje muitas coisas que nunca mais irá usar ou precisar. Livros que não vai reler nem consultar, revistas, instrumentos, utensílios, roupas e muito mais. Muitos destes itens podem ser úteis para outras pessoas e instituições, que podem até mesmo ir buscar na sua casa. Alguns deles podem ter valor de mercado e ser vendidos, até. Você ganha múltiplas vezes: vendendo o que puder, doando o que quiser, deixando de transportar o que não irá mais usar, e aproveitando a oportunidade para reduzir a bagunça e renovar. A exceção são as toalhas, panos de pratos e lençóis velhos: ao invés de doá-los, considere a possibilidade de reciclá-los para embrulhar os seus itens mais frágeis (veja a dica a seguir).
  • Empacote e encaixote desde cedo: comece assim que estiver firmemente decidido a mudar, ou 10 dias antes da data da mudança. Mesmo que você more sozinho em um apartamento de 1 quarto, pode se surpreender com o trabalho que dá reunir e guardar tudo o que você tem. Já conheci vários amigos que imaginaram que poderiam fazer tudo na véspera, ou no dia, com ajuda da equipe de mudança, e sofreram grandes atrasos e decepções. Comece pelos itens menos importantes e utilizados. Se for contratar uma empresa de mudanças, verifique se ela faz o encaixotamento, e deixe para ela todos os itens menos frágeis e menos sensíveis.
  • Não empacote antes da hora nenhum item que você ainda vai precisar usar. Planeje a operação empacotamento com cuidado, pensando numa linha temporal. Até a hora de ir embora você pode precisar de alguns utensílios de cozinha, remédios, estojo de primeiros socorros, ração dos animais de estimação, ferramentas para desmontar e empacotar, fitas adesivas, higiene pessoal, lista telefônica, carregadores para os aparelhos eletrônicos, uma lanterna, etc.
  • Empacote em uma caixa diferente um kit de itens de necessidade imediata: quando você chegar no novo endereço, vai precisar de bastante coisa imediatamente: toalhas de mão e rosto, panos de prato, papel higiênico, sabonete, detergente, ferramentas, uma lanterna, agenda telefônica, carregadores, ração dos animais de estimação, lâmpadas, estojo de primeiros socorros, etc. Muitos deles são os mesmos que você vai precisar deixar disponíveis no endereço anterior até o último momento antes de sair (veja a dica acima), portanto fica fácil colocá-los todos em uma mesma caixa, que deve ser tratada com atenção especial. Não esqueça de colocar nessa caixa a cafeteira, pó de café, filtro, açúcar e biscoitos, para a primeira pausa no novo endereço ;-)
  • Proteja seus objetos mais frágeis: Louças, enfeites, aparelhos eletrônicos e outros itens facilmente quebráveis ou arranháveis precisam ser armazenados com cuidado especial para reduzir sua movimentação dentro da caixa, a possibilidade de pressão externa amassá-los, e a tolerância a impactos. Lençóis velhos, panos de prato, plástico bolha, bolinhas de isopor, jornais amassados e vários outros materias podem colaborar nesta tarefa. Depois de encaixotá-los, identifique a caixa como frágil, de preferência com uma cor facilmente visível.
  • Use fita adesiva e plástico bolha como se não houvesse amanhã: Comprar vários metros, ou mesmo um rolo inteiro de plástico bolha, pode custar menos do que você pensa, e faz maravilhas na hora de complementar o embrulho de tudo que você quer evitar que arranhe - até mesmo pequenos móveis. Uma fita adesiva de boa qualidade, com aplicador voltado a empacotamento, também permite se preocupar bem menos com caixas e embalagens abrindo na hora errada. O complemento a ambos é um bom estilete, manejado com cuidado na hora de desempacotar.
  • Reforce e etiquete as caixas: Não é difícil encontrar caixas em supermercados e atacadistas, mas muitas vezes elas não foram projetadas para lidar com o volume ou o peso que você irá querer colocar dentro delas. Fitas adesivas de boa qualidade não são caras, use-as generosamente para reforçar o fundo de cada caixa. Imediatamente após encher uma caixa, marque o exterior dela de uma forma bem visível com um pincel atômico (use etiquetas adesivas grandes, se for reusar cada caixa várias vezes), indicando o conteúdo e o cômodo de origem (veja a dica a seguir). Se as caixas contiverem itens de maior valor, ou se você quiser rapidamente poder encontrar algum item dentro de qualquer uma delas, considere tirar uma foto do conteúdo antes de fechar. E no caso dos itens de valor, não escreva claramente isso na etiqueta da caixa - ao invés de "porta-jóias", coloque "miudezas", e assim por diante.
  • Nada de espaço livre no topo das caixas: Se você fechar as caixas deixando muito espaço livre no alto delas, vai perceber posteriormente a dificuldade de empilhá-las, pois ocorrerá amassamento e consequente desequilíbrio. Use este espaço livre para distribuir material leve e volumoso, como edredons, ou então corte cuidadosamente o excesso, deixando espaço para dobrar e fechar uma aba construída a partir das laterais preservadas.
  • Cuidado com portas, paredes, escadas...: Na hora de transportar a mobília pela nova casa, muitas vezes o foco se reduz a "fazer chegar cada peça no cômodo certo o mais rápido possível", e assim acabam ocorrendo arranhões difíceis de corrigir em portas, paredes, colunas e outros obstáculos do caminho. Vale mais fazer com calma, dividindo a tarefa entre várias pessoas (para facilitar o esforço extra de desviar das quinas e cantos) e cobrindo com flanela ou panos brancos as extremidades mais aguçadas dos objetos sendo transportados.
  • Use sacos, panos velhos ou trouxas como amortecedores: Alguns itens macios e resistentes podem ser acomodados também em sacos de lixo reforçados (do tipo usado em indústrias) ou em trouxas, mas tome cuidado especial com eles, não deixando de também identificá-los. Eles também podem ser usados como amortecedores entre itens mais frágeis.
  • Livros e documentos pesam muito. Não coloque todos eles em uma grande caixa, é possível que você depois tenha dificuldade em carregá-la, e ela pode não suportar o peso. Use caixas médias, e encha-as só até a metade com papéis e livros, reservando a outra metade para itens de grande volume e pouco peso, como almofadas e edredons.

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