Aproveitando melhor o seu tempo livre em casa, mas sem chegar atrasado aos compromissos

Usualmente eu acordo várias horas antes de precisar sair de casa para o primeiro compromisso do dia, mas mesmo assim, quando chega perto da hora de sair, me vejo correndo contra o tempo para conseguir estar pronto e sair sem me atrasar.

O que acontece comigo também acontece com várias outras pessoas, embora muitas vezes a fatia de tempo que se expande incontrolavelmente não esteja entre acordar e sair. Pode ser entre jantar e dormir, por exemplo, ou em qualquer momento da rotina em que você faça atividades diversas sem maior controle.

No meu caso, estas atividades matinais discricionárias que ocupam todo o tempo disponível são uma mistura de afazeres domésticos, lazer e eventualmente a escrita de algum artigo. Eu pego a caixa de ferramentas para fazer "só um ajustezinho" em algum aparelho, e quando dou por mim, 90 minutos se passaram, eu já resolvi 4 ou 5 outras coisas, me diverti, espaireci, mas esgotei todo o tempo que tinha disponível, e mais um pouco.

Isso é bom e é ruim. É bom porque este tipo de atividade, feita por prazer e não por obrigação, deve mesmo ficar isenta de controle. E é ruim porque a ausência de controle pode prejudicar outros compromissos.

Mas é claro que existe solução, e ela está no meio do caminho. Quando necessário, eu uso até mais de uma, e vou compartilhá-las com vocês.

Abusando do despertador ou agenda eletrônica

Quando os compromissos se repetem sempre no mesmo horário, pode-se usar um despertador barato (desses que o camelô dá de troco...) para tocar todos os dias da semana, no horário em que você precisa parar o que estiver fazendo e se concentrar em ficar pronto para encarar o seu compromisso.

Se puder contar com uma agenda eletrônica (até mesmo a agenda do celular pode servir), você pode até mesmo definir horários específicos para cada dia da semana, evitando inclusive a possibilidade de esquecer de desativar a campainha no final de semana.

Meus horários são suficientemente flexíveis, e eu sou disciplinado o bastante para poder fazer soar o alarme um pouco antes, e ter tempo de encerrar com calma o que estiver fazendo. Se você tiver um cronograma diário mais apertado, ou tiver menos disciplina, o ideal é obrigar-se a para imediatamente assim que o alarme soar.

Abusando de um timer de cozinha

Timers de cozinha movidos a corda são fáceis de encontrar em lojas de produtos para o lar (e nas tradicionais lojas de R$ 1,99, e até em camelôs), em formato de ovo, de cozinheiro, de legumes diversos, de animais da fazenda, e mais.


A Galinha Temporal

Eu uso há anos uma Galinha Temporal (sim, era isso que constava na caixa dela, vinda direto da China), já mencionada em outros artigos aqui do Efetividade, para marcar a duração de bem mais coisas além do tempo de fervura de alguma receita.

E ela entra no nosso assunto de hoje exatamente no contexto dos compromissos irregulares que correm o risco de prejuízo devido à nossa tendência de perder a noção do tempo quando fazemos algo que nos entretem.

Vamos imaginar o seguinte cenário:

Sábado chuvoso, você precisa sair de casa às 18h para ir à colação de grau de um primo, e calcula que consegue se aprontar para isso em 45 minutos. Mas ainda são 16h45, portanto você dispõe dos 45 minutos necessários, e mais meia hora de folga. Quem sabe você não liga o videogame para tentar terminar aquela fase que faltava no seu jogo preferido? Certamente dá de jogar só uns 20 minutinhos, e ainda sobrar uma boa folga.

Reconhece o cenário? Ele tem grande potencial de terminar em atraso, ou em correria. E se você não gosta de videogame, pode trocar por "ler um capítulo de um livro", "assistir o começo de um filme", ou mesmo "tirar uma sonequinha na rede da sacada", ou o que quer que você tenha a ilusão de que vai durar só 20 minutos.

E é aí que eu emprego a Galinha Temporal: por ser uma maravilha tecnológica, extremamente durável, portável e sem precisar de tomadas ou de substituir baterias, eu posso colocá-la exatamente sobre o videogame, ou ao lado da bancada de ferramentas, junto à TV, ou ao lado da rede da varanda, com a segurança de que na hora certa ela vai tocar, e me lembrar do compromisso.

Tem outro lado

Despertador, rádio-relógio, timer de cozinha, agenda do celular e similares são apenas ferramentas que permitem que você seja lembrado, na hora certa, de que precisa ir se preparar para seu compromisso.

Elas não vão conseguir motivar você a largar o que estiver fazendo para poder encarar o compromisso. Essa parte é com você ;-)

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Eficiência supermercadológica: usando uma lista de compras permanente para nunca mais esquecer o adoçante do vovô, nem a pilha do controle remoto da garagem

Quando eu estava no ensino médio, lembro que as mercearias próximas à casa do meu avô distribuíam como brinde seus bloquinhos de listas de compras pré-impressas, patrocinados por atacadistas ou por marcas de mantimentos ou produtos de limpeza.

Meu avô não as usava, e fazia bem: os itens pré-preenchidos do bloquinho incluíam muitos supérfluos, procurando criar um hábito que substituísse a típica compra deles por impulso, e ao mesmo tempo deixavam de fora várias compras frequentes da casa.

Mas a idéia da lista pré-impressa em si é boa, e por muitas vezes eu as revisitei ao longo dos anos. Hoje fazer e imprimir uma lista é bem fácil, e ter um modelo pré-impresso ajuda em 2 momentos:

  • na hora de verificar o que está faltando em casa,
  • na hora de fazer a compra

Ter o roteiro pronto ajuda ainda mais quando sabemos que os supermercados são mestres da arte de nos fazer comprar o que não precisamos, mas não oferecem garantia de que vamos lembrar de tudo que precisávamos.


Uma lista de compras da semana retrasada - não achei os sacos de lixo...

Se você já tem o hábito de montar uma lista de compras antes de ir ao supermercado, e já considera as compras uma tarefa objetiva, a vantagem principal é reduzir o esquecimento da inclusão de itens: você parte de uma lista completa e rapidamente verifica o que falta, sem ter de fazer mentalmente um inventário do que deveria estar (mas já não está) em cada prateleira do armário da cozinha e da lavanderia, e sem deixar de lado categorias menos evidentes, como lâmpadas de reserva, pilhas, sal ou o que quer que de vez em quando falta na sua casa, por mero descuido, às 23h30 de uma noite chuvosa.

Criando a lista permanente

A lista permanente de compras é uma herdeira direta das práticas de controle de estoque, embora só parcialmente, pois concentra-se na disponibilidade e em registrar a lista completa dos itens estocáveis em casa, e não chega nem mesmo (por não precisar) a tentar manter um controle atualizado das quantidades presentes de cada um deles.

Montar a versão inicial da sua lista pode ser bem simples - pegue papel e caneta e dê uma volta em todos os "estoques e almoxarifados" da casa: geladeira, armários da cozinha, do banheiro, da área de serviço, gavetas diversas, etc. Em cada um deles, anote todos os itens cuja compra é regular.

Quando terminar de anotar tudo, simplesmente digite, agrupando em categorias, cada um dos itens que anotou. Há dois grupos básicos de categorias: relacionadas ao local em que você armazena os itens em casa, ou relacionadas à organização das prateleiras do seu supermercado usual.


Minha lista permanente

Ao final, coloque em colunas, e procure copiar várias vezes no espaço de uma página, para aproveitar melhor o papel. Se não for imprimir em papel rascunho, tente aproveitar ambos os lados da folha!

Se necessário, crie uma categoria extra para incluir itens relacionados a outros estabelecimentos anexos ao supermercado, como a farmácia, lavanderia ou o caixa automático do banco. E deixe espaço reservado, no final, para quando precisar anotar itens extraordinários!

Usando a lista permanente para verificar o que falta

Eu deixo o exemplar em aberto da lista permanente no balcão da cozinha, e ao longo do período, vou fazendo círculos à esquerda de cada item que esteja para acabar, ou cuja falta seja percebida.


Círculos e confirmações

Quando chega o dia de ir às compras, uso a própria lista como roteiro para verificar o que mais pode estar faltando ou quase acabando, marcando também com os mesmos círculos - e assim nunca mais esqueci de verificar os itens raramente usados por aqui, como o adoçante (ninguém em casa usa, é só para conveniência dos visitantes) ou as pilhas dos milhares de controles remotos.

Usando a lista permanente na hora de comprar

Ir ao supermercado sem uma lista é uma maneira segura de gastar mais do que o necessário, e ainda voltar para casa sem comprar tudo o que precisava.

Com a lista em mãos, basta ir direto aos itens anotados, e ir fazendo uma marcação (como na imagem acima) de cada item que coloca no carrinho. Quando deixar de comprar algo porque está em falta (ou muito caro, ou má qualidade), risque o item inteiro (e lembre de já inseri-lo na próxima lista!).

Quando você tiver marcado todos os itens, poderá fazer algo que o supermercadista odeia: ir direto para o caixa, sem ter de dar "mais uma olhadinha" pelos corredores para ver se faltou algo - oportunidade em que todas as chances estariam mais favoráveis ao interesse do comerciante do que ao seu.

Aproveitando as informações

Se você trouxer as listas e tickets de volta para casa poderá comparar o planejado com o realizado, e eventualmente encontrar novos itens para inserção em uma futura versão da lista permanente, bem como já marcar na lista da próxima compra os itens que não comprou.

Claro que daria para também fazer uma série de comparativos com relação a preços, duração, ciclos e mais. Mas aí já estaríamos falando de sistemas de estoque (ou de logística, dependendo da amplitude) completos, algo que vai bem além da utilidade de uma simples lista de compras permanente ;-)

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Domingo no efetividade.net: meia dúzia de fatos aleatórios

Não costumo participar de memes e correntes da web, mas o convite veio do Renato e foi reforçado pelo Sebastião, e vários dos nossos colegas de trabalho blogueiros estão aderindo depois que circulou a notícia de que a primeira pessoa que quebrou a corrente foi atropelada por um Boeing 737 no segundo subsolo do seu prédio.

Portanto, chegou a minha vez. Se você não gosta de correntes da Internet, aguarde calmamente o próximo post do Efetividade, pois ele não tardará. Mas tente compreender, hoje é domingo ;-)

Vamos, sem mais delongas, aos 6 fatos aleatórios sobre mim:

1 - Eu já fui skatista, e ainda tenho guardado o meu último skate, o long board da foto acima, com o qual levei alguns belos tombos (e tenho as cicatrizes pra comprovar) mas também dei muitas voltas. Inclusive, para espanto de muitos colegas, cheguei a ir trabalhar com ele algumas vezes, o que às vezes me parece ser difícil de acreditar para os colegas que me conheceram na fase profissional em que eu tinha o hábito de trabalhar de terno.

2 - Eu ando com canivete no bolso. É um canivete bem pequeno (6cm), e às vezes nem dispara o bloqueador de acesso à agência do banco... E uso quase diariamente a caneta esferográfica embutida nele. A tesoura (bem boa, por sinal) serve principalmente para abrir os sachês de mostarda nas lanchonetes da vida. E a lanterna led de vez em quando é útil também.


Tarrafa

3 - Eu sei tarrafear, e nos bons tempos sempre garantia a janta, com camarões e siris, sardinhas, paratis e o eventual robalo. Hoje até tenho uma tarrafa, mas faz anos que ela não vê água salgada. Até gostaria de ir pescar com ela, mas não faço questão de pegar peixe, o que meio que acaba reduzindo a motivação da coisa toda.

4 - Eu gosto de videogame, mas não tenho interesse suficiente para tentar terminar os jogos. Jogo inúmeras vezes as fases iniciais, depois desisto - o que acaba se tornando um hábito caro, porque compro os jogos originais. Mas às vezes ocorre uma exceção, e eu me fixo em algum jogo em particular. Foi assim com o Crazy Taxi e o Return to Castle Wolfenstein (ambos no PS2), com o Medal of Honor Heroes 2 (no Wii) e com o Star Wars The Force Unleashed, no PS3. E aí o efeito realmente se inverte: eu completo o jogo inteiro e recomeço inúmeras vezes, ao longo de várias semanas, sem cansar de ver sempre as mesmas fases.


Space Trader, para Palm OS

5 - Embora eu seja Administrador, sou formado (como técnico e também na pós-graduação) na área de TI também, o que me habilita a de vez em quando dar uma de programador (mas sem vergonha de recorrer a técnicas avançadas de POG, já que não é atuação profissional), com remendos malucos pro Wordpress e scripts diversos nas linguagens menos prováveis, como o que eu fiz em PHP para calcular (iterativamente) a Taxa Interna de Retorno de um investimento, em um dia em que eu tinha o computador à mão e muito tempo sobrando durante uma aula de investimentos. E eu tinha uma planilha à mão, claro. Meu projeto atual é uma reimplementação em AWK do jogo Space Trader, do Palm. Já está jogável (por mim), com um sistema solar de 12 planetas (com toponímia extraída dos universos de Battlestar Galactica e de Star Wars), todos com suas economias independentes e produtos variados sendo comprados e vendidos, controle de autonomia de combustível e desgaste da nave, possibilidade de empréstimo (com juros), e expansibilidade da capacidade de carga e dos saltos hiperespaciais da nave. Do product backlog inicial ainda falta implementar a possibilidade de trocar de nave, contratar tripulação (pilotos, mercadores e mercenários), criar a possibilidade de encontros com piratas e com a polícia durante os trajetos, e popular um universo de pelo menos 120 planetas.

6 - Sou fanático por mochilas, e acabo tendo mais delas do que consigo usar. Mas eu uso bastante, até porque costumo carregar comigo uma mistura ambulante de escritório e CPD. A que eu uso no momento é uma Swissgear Synergy, da Wenger, que parece uma barraca, de tão grande, mas tem boa divisão do espaço interno.

7 (faixa-bônus) - Sou fã do Sherlock Holmes. Eu li todos os contos, histórias e livros do Sherlock Holmes escritos pelo seu autor original (Arthur Conan Doyle, 1859-1930). Depois de adulto (e já tendo aprendido pelas traduções brasileiras a tentar confiar nas evidências e não pular direto para conclusões com base em impressões), lá pelos 21 anos eu encontrei em um sebo uma edição de 1938 do "The Complete Sherlock Holmes", que compila toda a obra e que eu demorei bastante tempo para completar (relendo, portanto, mas agora no idioma original - e aperfeiçoando o domínio da gramática e do vocabulário), e às vezes ainda uso para matar algum tempo.

E era isso. Claro que tem bem mais fatos aleatórios sobre mim, mas acredito que bastam 6 (mais o bônus) para evitar que o Boeing 737 me persiga.

A etiqueta das correntes da Internet exigiria que eu aproveitasse o momento para convidar mais 6 pessoas para participar, mas eu não assinei nenhum contrato, por isso a série de convites termina em mim. A não ser que algum de vocês resolva continuar por conta própria, aí avise nos comentários, para que eu possa conhecer melhor a audiência!

E bom domingo ;-)

Pen drives da LaCie em formato de chave, para nunca mais perder - e mais alguns gadgets interessantes

Pen drives são artigos de grande conveniência para quem tem volume considerável de dados ou softwares que gostaria de carregar sempre consigo. Com a popularização dos modelos de 4GB, 8GB e superiores, fica cada vez mais difícil encontrar rivais que ofereçam a mesma conveniência.

Hoje, entretanto, eles ainda enfrentam 2 grandes desafios: o da segurança (são vetores ideais para malwares, e ainda por cima podem comprometer a política de segurança de informações de muitas organizações), e o da facilidade de extravio ou perda, como já abordamos anteriormente - e em especial quando eles vêm com as intoleráveis tampas removíveis.

Existem muitas soluções para isso, mas vi no Uncrate que a LaCie levou a questão ao seu laboratório de design, e chegou a uma solução interessante: uma linha de pen drives feitos para serem carregados junto com as chaves, mas sem fazer papel de chaveiro (isso já existe, mas eu prefiro manter o chaveiro que escolhi, obrigado!), e sim como se fosse mais uma chave.

Eu gostei especialmente do modelo PassKey, que não é exatamente um pen drive, mas sim um leitor de cartões microSD (e microSDHC). Mas acabaria (ou acabarei, se encontrar à venda de forma conveniente) escolhendo a iamaKey (foto acima), que oferece algo que um leitor de cartões não tem tanto, que é a resistência a água e a arranhões - situações prováveis a algo que passeia no chaveiro, dentro do bolso.

Para quem gosta de USB no chaveiro, tem mais uma utilidade a considerar: um carregador portátil como o acima. Eu comprei por R$ 12 um modelo para celulares Nokia, e funcionou mesmo - é abrir o chaveiro, plugar numa interface USB alimentada que esteja dando sopa, e carregar o celular.

Enquanto não surgem por aqui as chaves da LaCie, por enquanto vou seguindo com a minha alternativa que funciona bem: 2 pen drives pé-de-boi (como o da foto acima - com conector retrátil, e sem tampa removível), sendo um deles (adequado à segurança corporativa) preso por um cordão retrátil ao meu crachá funcional, e o outro (quase permanentemente infectado pelos vírus dos laboratórios de informática da Estácio de Sá, que felizmente não afetam meus computadores, com outro sistema operacional) preso por um cordão retrátil à minha mochila.

E já que estamos falando de chaves complementares para o chaveiro, não posso deixar de mencionar a Utili-key (foto acima), já mencionada em um artigo anterior do Efetividade.

Como declarar o imposto de renda de autônomos - e de blogueiros que faturam suficientemente bem ;-)

O Imposto de Renda, ou mais propriamente a declaração de ajuste anual de Imposto de Renda de Pessoa Física, é uma das grandes preocupações periódicas dos brasileiros - sejam ou não autônomos.

Benjamin Franklin já dizia: neste mundo não há nada inevitável, exceto a morte e os impostos. E no caso da classe média brasileira, isso é uma verdade incontestável: a Receita já nos tributa diretamente na principal das fontes pagadoras, e depois ainda precisamos fazer a famosa Declaração de Ajuste Anual, que para muitos é razão de expectativa positiva, porque gera restituição de imposto pago a mais, e para muitos outros (especialmente os que têm fontes de renda adicionais, e os autônomos) é um desprazer maior, porque vai gerar pagamento adicional, às vezes em grande volume.


Observando o IRPF em detalhes

Mas, seja qual for o caso, preencher a declaração em si é um trabalho chato, tedioso e cheio de oportunidades para erros - que podem custar caro. Um caso em particular é o dos blogueiros que recebem rendimentos do programa de anúncios Adsense, do Google (pagos em dólar), ou por intermédio de contratos em Reais, com agências ou anunciantes diversos.

No primeiro caso (recebimento em dólares), quem recebe já é obrigado (pela Instrução Normativa RFB nº 896, de 29 de dezembro de 2008) a recolher o imposto no mesmo mês, sem limite mínimo (ou seja: até quem recebe só um trocadinho jáfica obrigado), por intermédio de Carnê Leão, e aí quando chega a hora da declaração anual, basta registrar estes pagamentos já efetuados.

No segundo caso, do recebimento em reais pago por agências ou anunciantes, a declaração anual é o momento de quem recebeu acima do limite de isenção reunir todos os dados e declarar o total recebido de cada uma das fontes, junto ao CNPJ de cada uma delas.

Nunca é uma tarefa agradável, mas o G1 publicou ontem um resumo de como os autônomos devem declarar. Reproduzo abaixo duas das perguntas e respostas publicadas:

1. Olá, tenho meu trabalho, porém sou informal. Não tenho carteira de trabalho, não me dão nenhum comprovante de renda, ganho anualmente cerca de R$ 40 mil. Como faço pra declarar esse valor?

Os rendimentos recebidos como autônomo deve ser informados, mês a mês, na ficha “Rendimentos Recebidos de Pessoas Físicas e do Exterior Pelo Titular” na Declaração de Ajuste Anual de 2009, ano-calendário de 2008. Lembramos que os autônomos e os profissionais liberais que tenham recebido rendimentos de pessoas físicas e do exterior em 2008 superiores a R$ 1.372,81 por mês, ficam sujeitas ao recolhimento mensal – Carnê-leão, cujo código de recolhimento é 0190.

2. Sou autônomo e não sei como declarar meu imposto de renda.

O autônomo deve preencher a ficha de “Rendimentos Recebidos de Pessoas Físicas e do Exterior”. Nesta ficha, devem ser declarados os rendimentos tributáveis recebidos, em 2008, de pessoas físicas e do exterior, sujeitos ao recolhimento mensal (Carnê-leão), pelo titular da declaração, ainda que a soma dos valores mensais seja inferior ao limite de isenção de até R$ 1.372,81 por mês. É bom lembrar que as informações a seguir relacionadas devem ser observadas pelo declarante que não importar os dados do programa Carnê-leão 2008 ou, se o fizer, necessitar complementar os dados dessa ficha.

Declare, na ficha ou importe do Programa Carnê-leão 2008, os rendimentos tributáveis relacionados recebidos de pessoas físicas no ano de 2008, tais como os relativos a:

  • profissão, ocupação e prestação de serviços (inclusive de representante comercial autônomo);
  • honorários de autônomos, como médico, dentista, engenheiro, advogado, veterinário, professor, economista, contador, jornalista, pintor, escultor, escritor, leiloeiro; direitos autorais de obras artísticas, didáticas, científicas, urbanísticas, projetos técnicos de construção, instalação ou equipamento;
  • exploração individual de contratos de empreitada de trabalho, como trabalho arquitetônico, topográfico, de terraplenagem e de construção;
  • emolumentos e custas dos serventuários da Justiça, exceto quando pagos exclusivamente pelos cofres públicos;
  • lucro obtido no comércio ou na indústria pelo contribuinte que não exerça habitualmente a profissão de comerciante ou industrial;
  • aluguel, assim considerados a ocupação, sublocação, uso ou exploração de bens móveis, imóveis e royalties;

A principal dica é não chutar, e nem deixar de se informar: a legislação tributária é coisa séria e, quando o Leão morde, em geral dói bastante. Sempre que tenho dúvidas sobre a minha própria declaração, consulto meu contador ou um profissional do Direito Tributário.

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